As nossas solidões nascem não do isolamento dos outros, mas da nossa incapacidade de atravessar a soleira do nosso eu e abrir-nos plenamente a nós mesmos. Só assim inicia o processo do amor; assim se recupera a amar a si mesmo e aos outros, porque se reencontra Deu-Amor dentro de nós.

A esta maravilhosa verdade podemos reconduzir uma das mais belas celebres parábolas de Jesus. É a parábola comumente dita de Filho Prodigo (Lc 15,11-32). Acontece a este filho, que reencontra a misericórdia divina, quanto a cada um de nós que também é dado de experimentar. Ele fugia do próprio coração (a casa de seu pai), para buscar ter casa fora do verdadeiro amor, de um amor que já possuía que estava na historia da sua vida.

O amor de Deus se encontra, então, na nossa casa. E porque, entra em si mesmo, isto é ouve de novo a voz do Espírito que o chama mais uma vez à vida interior. A decisão tem como conseqüência uma coisa: para reencontrar a via do amor perdida, não acha se não voltar a casa (cf. Lc 15,18). Em casa o filho reencontrará a alegria de ser amado: gozará da alegria de uma festa, lhe presenteada pelo pai, uma inesperada alegria da qual se torna protagonista. Quanta honra, quantas atenções, quantos privilegiados presentes existem reservados quando “Deus permanece em nós e o amor dele é perfeito em nós” (1Jo 4,12b).