Com essa frase do evangelho de São Marcos, podemos ver um traço da personalidade de Jesus. Era um homem maduro em todos os sentidos. A maturidade é sinônimo de eficiência, eficácia e simplicidade. Em suma, maturidade é sinônimo de santidade!

Afetivamente: maduro! Psicologicamente: maduro! Politicamente: maduro! Espiritualmente: maduro! Jesus Cristo era tão maduro que no derradeiro dia, prestes a entregar-se nas mãos do Pai Celeste, afirmou: “Tudo está consumado!” (Jo 19,30). Que êxito! Os seus 33 anos bem vividos. Não faltava nada! Tudo foi ‘bem’ feito. Não deixou as coisas ‘pela metade’. Não precisou de um dia a mais. Nem mesmo um minuto além do que lhe foi dado. Tudo consumado! Bem diferente de algumas pessoas que chegam ao final da vida com ‘tudo consumido’. Que incrível diferença faz uma única letra: consumado, consumido… Que alegria seria se muitos dos nossos políticos pudessem ter um fim de mandato semelhante ao de Cristo. Que honra seria saber que muitos padres, pais, médicos, professores, profissionais das mais variadas áreas, encerraram a carreira com tudo ‘consumado’ e não ‘consumido’!

A maturidade de Cristo se dá não apenas por talento pessoal ou predisposição genética. É verdade que seus pais: Maria e José, eram ‘justos’; isto é, cumpriam fielmente o que lhes era recomendado pela lei religiosa. Mas acima de tudo, Jesus aprendeu isso de seu Pai Celeste. No início da Bíblia, vemos que Deus criou o mundo e viu que ‘tudo era bom’(Gn 1,10). Ou seja, sua obra é boa! É bem feita! É perfeita!

Que necessidade temos de aprender essa qualidade de Jesus! Quantas vezes deixamos as coisas por fazer, ou fazemos as coisas ‘de qualquer jeito’. Neste mundo escravo do tempo e intoxicado por múltiplas tarefas, descobrimos homens e mulheres apressados, estressados e doentes porque não conseguem cumprir uma agenda, atender todas as solicitações e corresponder a todas as expectativas. Talvez o grande problema seja nossa extrema capacidade de complicar as coisas que são tão simples. Conseguimos tempo para tudo o que é secundário e deixamos de lado o que é essencial. A escala de valores foi perdendo sua textura natural e acabamos por colocar em primeiro lugar itens que não garantem um ‘final feliz’. A vida se torna pesada demais quando colocamos mais peso no telhado e nos esquecemos de fortalecer o alicerce da própria casa. Que o digam os engenheiros encarregados de justificar os desabamentos fatais que vimos nos noticiários nacionais ultimamente.

A estrutura humana ideal é aquela que se assemelha à do Nazareno. Vivia com simplicidade. Valorizava os relacionamentos e dava chance até mesmo àqueles que potencialmente poderiam feri-lo (Judas). Não se deixou prender pela mágoa, perdoava sempre (“Perdoai-os, eles não sabem o que fazem” – Lc 23,34). Não era preso à própria opinião, sabia submeter-se (“Que se faça a tua vontade, o Pai; e não a minha!” Lc 22,41 ). Era íntegro o bastante para não se afligir com a opinião alheia, acolhia pecadores e excluídos. A todos tinha uma palavra pacífica e orientadora (“Bem-aventurados os mansos!” Mt 5,5 ). Amadureceu sem desviar o motivo da própria existência. Aliás, tinha um sentido claro da própria vida (“Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância!” Jo 10,10).

Quer fazer bem todas as tuas coisas? Imite Jesus!

Seu irmão,

Pe Delton Filho

Ultimamente temos visto uma tendência crescente em avaliar nossos dias como ‘tempos de mudança’. Basta pensar no medo do terrorismo, mesmo após 10 anos do terrível atentado às torres gêmeas nos Estados Unidos. O Brasil inaugurando um tempo de mudanças com a população participando mais das decisões políticas e, expressando pelos meios de comunicação, seu ponto de vista. O grande avanço tecnológico que encurtou distâncias e transformou o mundo numa ‘aldeia global’. A própria natureza respeita os seus tempos e partilha experiência de mudanças. Ao ingressar a estação primaveril, os campos, as nuvens e o ar espalharão ‘novidade’ para a nossa região. Se é assim em todos os ambientes, por que não deveria ser também no nosso interior?

A vida do homem também precisa passar por mudanças. Não podemos nos acostumar com as situações nem nos deixar levar pelas ‘ondas’ da vida. Quem fica engessado em situações antigas, prisioneiro do próprio passado ou acorrentado a teorias e ideologias ultrapassadas e enganosas, não terá condições de sobreviver nos tempos atuais. Quem não se renova, se mumifica. Quem não se (re) forma, se deforma!

A grande mudança só pode surgir quando temos um encontro verdadeiro com o Senhor Jesus! Só Jesus reequilibra nossos afetos, redimensiona nossos valores e dá sentido à vida. Encontrar Jesus não significa apenas ‘conhecê-lo’. O Jovem Rico o conheceu e não conseguiu mudar nada em si (Mc 10); Judas Iscariotes conviveu com ele e não conseguiu escapar à sede de dinheiro e à sanha da inveja; Barrabás chegou a ficar lado a lado com Ele e, no entanto, nem se comoveu no momento. Encontrar Jesus exige uma abertura interior. Essa abertura pode ocorrer como fruto da fé vivida, o amor sincero, ou talvez possa ser provocada por um momento de dor e sofrimento. Os sofrimentos da vida também servem para nos acordar para o fato de que: somos nada, dependemos de Deus! Muitos viveram essa transformação a partir do encontro ‘verdadeiro’ com o Galileu. Basta pensar no ignoto pescador ‘Pedro’ que se tornou audaz pregador e Primaz da Igreja. E o caso de Zaqueu que de ladrão tornou-se amigo, gestor dos pobres e homem da caridade? Pra não falar da pecadora flagrada em adultério que ao experimentar o sabor da misericórdia abandonou o pecado e se apegou ao sonho da vida Eterna, pregada pelo Nazareno. Nos dias atuais muitos vivem tempos de mudança também. Pensemos à multidão de jovens que se reunião na Europa secularizada para ouvir um velhinho simpático (papa Bento XVI) falar sobre Jesus e seu Evangelho. As pessoas estão mudando. Os tempos estão em transição. Como está tua vida? Como você tem buscado Jesus? Você deseja mudar? O que tem feito para isso?

Seu irmão,

Pe Delton Filho

Vivemos tempos de grandes ‘milagres’ modernos. Nunca o mundo viu tamanha velocidade de informação. Nunca se viu possibilidades técnicas tão avançadas como agora. Qualquer coisa que aconteça do outro lado do mundo é conhecido, quase ao mesmo tempo, pelo planeta todo. Basta um ‘clic’ com o mouse do computador para enviar a centenas de destinatários informações sobre guerras, atentados, tsunamis ou mortes. O mundo vive seu apogeu científico: pesquisadores ousam romper o limite do ético e do biológico manuseando células tronco e redescobrindo as nuances do código genético humano. Nunca como agora foi tão fácil conhecer culturas e pessoas geograficamente distantes e virtualmente presentes. É fácil para empresas virtuais arranjarem até ‘casamentos’ por encomenda! Somando as características de cada pretendente e calculando num software online a maior probabilidade de ‘combinação’ conjugal. Ultimamente ouve-se falar até de robôs tecnologicamente treinados para manifestar emoções.

Em contrapartida, nunca se viu um mundo tão caótico. Hoje, com um simples botão pode-se acender uma lâmpada em casa ou iniciar uma detonação atômica capaz de deflagrar a 3ª guerra mundial. O apelo da multidão chega a causar medo, fobias… é mais seguro e prazeroso perder horas navegando na Internet. No mundo virtual: uma coleção de amigos de Orkut, popularidade garantida! No mundo real: uma coleção de dias em solidão à frente de um computador. Nunca como agora se ouviu falar tanto de depressão, suicídio, perda do sentido da vida e apelo ao uso de drogas para driblar o tédio da modernidade.

Não é pecado aproveitar as maravilhas do mundo moderno. Deus não condena ninguém que tente, cientificamente, salvar vidas respeitando-as absolutamente. Não há nada de errado em enriquecer-se conhecendo culturas e estreitando laços, virtuais ou não. O que de fato é contraditório é trocar o real pelo imaginário. É tolice trocar um abraço, enxugar uma lágrima de saudade por um emoticon do MSN. Com uma mensagem de celular posso escrever “eu te amo”, mas nada substitui a companhia fiel da pessoa amada nas horas difíceis da vida, de mãos dadas, lado a lado até que a morte os separe. Por mais que a era pós-moderna nos maravilhe com suas descobertas, o homem continua sempre o mesmo: criado para amar e ser amado. Agostinho, santo Católico que nasceu na África, convertido pelas lágrimas orantes de sua santa mãe, depois de 30 anos de libertinagem e boemia escreveu: “Senhor, tu nos fizeste e somos teus! E inquieto estará nosso coração enquanto não repousar em ti!” Ele tinha razão! Toda nossa curiosidade pela modernidade, acaba sufocada pela sede interior que não quer calar…

Maravilhemo-nos com aquilo que a modernidade nos dá. Todavia, não nos esqueçamos que, as coisas da alma não se resolvem com um clic ou um ‘enter’ de computador. É preciso algo mais. Alguém maior: Deus! Ele é o mesmo, ontem, hoje e sempre (Heb 13,8)! Sempre moderno!

Seu irmão,

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Pe. Delton Filho

Assessor de Comunicação da Diocese de Uruaçu

Comunidade Coração fiel, Rialma-GO

Programa de rádio, de 2ª a Sábado às 10h

Rádio Coração Fiel AM 1250

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