História da criação da Arquidiocese de Palmas
Os primeiros missionários vindos ao antigo norte de Goiás, ainda no século XIX, fizeram um percurso que deixaram suas marcas: na catequese do povo e especialmente nos títulos marianos das Igrejas, mais tarde Paróquias, como Nossa Senhora dos Remédios em Arraias, Nossa Senhora da Natividade em Natividade, Nossa Senhora do Carmo em Monte do Carmo e Nossa Senhora das Mercês em Porto Nacional.
Assim, a Igreja foi delineando sua ação missionária e evangelizadora entre o povo sertanejo. No final do século passado, chegou uma missão dominicana e aportou em Porto Real, hoje Porto Nacional. Em 1915, Porto Nacional tornou-se a 1ª sede de Bispado, desmembrando-se da Diocese de Goiás. Se fortaleceram, na época, as “desobrigas”, com as quais os padres saíam pelos povoados recém-criados e permaneciam de três a quatro meses em missão. Nas desobrigas assistiam ao povo em confissões, Missas, Batismos, Matrimônios, benção às capelas, etc.
A Igreja do Norte foi se estruturando e cresceu muito, especialmente, pelo zelo do “Missionário do Tocantins” Dom Alano Marie du Noday OP, segundo Bispo de Porto Nacional que, com grande zelo apostólico, semeou e espalhou a fé ao longo da vasta Diocese; considerado como bispo do povo e das ações sociais. Com grande conhecimento da realidade, lutou pela criação de novas Dioceses, a saber: Tocantinópolis, Miracema do Tocantins e a Prelazia de Cristalândia.
Surge uma nova esperança para o empobrecido Norte de Goiás, quando, em fevereiro de 1987, o Movimento Pro-criação do Estado do Tocantins recolheu mais de 100 mil assinaturas pedindo a divisão territorial do Estado de Goiás, sonhada desde o século XIX. Muitas outras manifestações e projetos revelaram aos parlamentares o desejo do povo. Assim em cinco de outubro de 1988, com a nova Constituição Brasileira, foi criado o Estado do Tocantins. Dom Celso Pereira de Almeida OP, então Bispo de Porto Nacional, designou o Padre Jones Ronaldo do Espírito Santo para assistir ao povo de Palmas e das cidades vizinhas, criando no dia 25 de 1991 a Paróquia São José, em Palmas, desmembrada da Paróquia Nossa Senhora das Mercês de Porto Nacional.
Com o grande desafio evangelizador e o movimento migratório para a região, o Episcopado do Regional Centro Oeste, logo se mobilizou e organizou em 1995 uma Missão liderada pelos Bispos do regional, auxiliada por mais de mil missionários de todo o Brasil, entre sacerdotes, religiosos e leigos. No decorrer da missão, os bispos pediram à Santa Sé uma circunscrição eclesiástica para atender adequadamente esta nova área da Igreja. O pedido foi aceito e em 27 de março de 1996 foi criada a Província Eclesiástica e a Arquidiocese de Palmas; foi também, nomeado o primeiro Arcebispo de Palmas, Dom Alberto Taveira Correa.
20 anos da Arquidiocese de Palmas, uma linda história iniciada por homens e mulheres de ousadia e muita fé, que é continuada hoje por todos nós. Nela somos chamados a evangelizar e construir cada vez mais o reino de Deus. Nosso povo tocantinense merece receber a contribuição da Igreja para um Estado mais justo, solidário e de paz; merece receber a boa noticia do evangelho.
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