DÉCIMA PRIMEIRA PROMESSA
“As pessoas que propagarem esta devoção terão seus nomes escritos para sempre no meu coração e jamais será apagado.”
O Coração de Jesus nos ama com afeto de esposo, com ternura de namorado. Na Bíblia Deus manifesta este carinho dizendo que o nosso nome está gravado na palma de sua mão ( ). É como fazem os jovens apaixonados. Escrevem o nome um do outro na palma da mão. Alguns, m ais irreverentes escrevem uma faixa e a colocam em um lugar próximo da casa de sua amada: “Roberta, eu te amo”. Mas vem a chuva, os vândalos da cidade, os fiscais da prefeitura e, mais dia menos dia, a faixa some dali. Os mais exagerados arriscam-se e pixam seu amor em algum muro da região. Nada disso é tão profundo do que dizer que o nome está gravado para sempre no seu coração.
No casamento, marido e mulher passam a usar definitivamente uma aliança. Um está onde o outro estiver. Não caminharão mais sozinhos. Estarão em comunhão de amor até que a morte os separe. Pois bem. Nosso matrimônio com o Coração de Jesus ultrapassa até mesmo a morte. Somos esta esposa adornada para seu divino esposo. E sabemos que o nosso nome estás gravado em seu Coração. Este é o selo da nossa aliança. Será que o nome dele também permanece gravado em nossos corações?
Fico impressionado (e um pouco assustado) com estas pessoas que mandam tatuar todo tipo de bichos horrendos nos braços. É uma marca idelével. Sabem que a tatuagem não sai mais. Nossa tatuagem é no coração. No batismo recebemos esta marca, este selo. Ele deveria ser visto em nossos olhos de gente apaixonada por Jesus, comprometida com seu Reino, participantes desta comunhão de amor. É muito bonito ver a multidão gritando: Ahhh… eu sou de Cristo!!! É a mais pura verdade. Somos dele. Estaremos para sempre tatuados em seu Coração.
Tudo isso faz lembrar um outro trechinho da Bíblia: “Não apagarei o seu nome do Livro da Vida” (Ap 3,5). Isto é uma promessa de salvação. Os devotos do Coração de Jesus confiam nesta promessa. É claro que sempre temos a liberdade de apagar nosso nome deste livro por meio do pecado. Mas o Coração de Jesus, nosso eterno e terno esposo, lutará para nos manter. É neste sentido que a Bíblia fala que Deus tem ciúme de seu povo. Não é um ciúme de posse. É um sinal de pertença. Nos entregamos a Deus. Nos consagramos ao seu coração. Fizemos com ele uma aliança eterna de amor. Ele não abre mão da gente. Tem mil maneiras de nos recuperar. Não sei bem como falar disso. Mas é uma realidade que sinto e vivo intensamente. Como padre, entreguei meu coração inteiro a Deus para que ele me entregasse ao povo. Sinto o ciúme de Deus quando me afasto, quando quero buscar meus próprios interesses, quando… bem, Deus tem ciúme de mim. Basta. E eu me sinto muito amado por isso.
Esta promessa tem uma condição: propagar a devoção ao Coração de Jesus. Estou fazendo a minha parte ao escrever este livro, ao cantar minhas canções, pregando, etc. Tenho inúmeros irmãos que fazem muitas coisas para que o Coração de Jesus seja mis conhecido e amado. Uma das mais belas é a adoração eucarística semanal. Muitas paróquias já instituiram um dia inteiro de adoração. Os frutos já estão aparecendo. E você? O que está fazendo para propagar esta devoção? Não basta vivê-la na intimidade e no silêncio. A Décima Primeira Promessa nos pede que façamos propaganda. Existem comerciais de tantas coisas, algumas até prejudiciais. Porque não podemos fazer comercial do amor de Deus no Coração de Jesus? Fica esta pergunta no ar…