Posto aqui este longo comentário de Luciana, que por algum motivo não consigo inserir nos comentários postados.

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Caro padre João Carlos,
Irei discordar de alguns pontos. Inicialmente, conheço algumas pessoas com “bichos horrendos tatuados ” no braço que não fizeram o que dois “servos” de Deus fizeram com meu pai.
Meu pai foi enterrado segunda-feira…
Durante mais de 30 anos esteve à frente da Liga Católica…
Morreu no dia de dois mártires da igreja, São Pedro e São Paulo…E não foi coincidência…
Era simples como Pedro,estudou até a 8ª série,mas possuía a eloquência de Paulo…Pregou para os que estavam na igreja e foi
instrumento divino paa que muitos “gentios” reencontrassem o caminho.Visitou os enfermos nos hospitais,os idosos no asilo, participou de todos os momentos litúrgicos da Igreja, foi um verdadeiro servo de Deus no verdadeiro sentido da palavra.Para ele a expressão “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos” pode-se aplicar, não adquirirá a banalização com que muitos utilizam-na atualmente…
Há 4 meses soubemos do câncer em fase terminal, em nenhum momento se revoltou…Pelo contrário,quando questionamos a razão dessa injustiça,afinal acabara de aposentar,disse-nos que estávamos blasfemando contra Deus e não devíamos fazer isso…
Uns sete dias antes de seu falecimento, pediu ao padre da paróquia onde frequentou e foi servo por mais de 30 anos que viesse à nossa casa,já não podia andar,parecia sentir que a “travessia” estava próxima… O padre não “pôde” vir…
Minha irmã(sem o conhecimento dele) pediu a uma amiga evangélica
que pedisse ao pastor da igreja onde frequenta(foi católico carismático e conhecia meu pai)que viesse conversar com ele…
Este não veio,como sua saída da igreja fora traumática, o padre poderia achar que ele estaria se apreveitando da situação…Para
mim,”desculpa esfarrapada”…
No domingo, fui à missa(em outra paróquia),durante a homilia, o padre fez referência aos dois anjos que libertara Pedro e em seguida fez referência à frase de Paulo “minha missão terminou, minha hora chegou,combati o bom combate…”Senti que Deus estava dizendo-me que meu pai iria morrer…
Fui ao hospital,lá estavam minha mãe, meu irmão, minha irmã que rezava por ele… Esperei que terminasse e ousadamete assumi ser um dos anjos de Deus,coloquei a mão sobre sua cabeça e pedi a Deus que libertasse o meu pai daquela prisão…Ele foi acalmando,acalmando…E faleceu às 11 horas…
Sem heresia,ouso dizer que quem fez a extremaunção do meu pai foram dois anjos que Deus enviou,minha irmã e eu…
Talvez os “ungidos” por Deus estivessem ocupados demais para cumprirem os rituais que a igreja pede que sejam seguidos…
E qual não foi a minha surpresa ao ler que uma pessoa famosa recebera a extremaunção duas vezes em São Paulo…
Mas, o que me consola é saber que Deus tudo vê, se os homens que estão à frente da igreja não cumprem os desígnios, Ele se encarrega disso…
Meu pai sofreu pouquíssimas dores, os médicos ficaram surpresos porque o câncer que ele tinha, em sua fase final,acarretam dores insurpotáveis…
Durante a missa, no seu velório, numa segunda-feira à tarde, pude comprovar e entender a frase bíblica “Nunca louve um homem antes de sua morte, pois nesta saberemos se os frutos que plantara foram reais…” E percebemos que os frutos que Deus germinou através de meu pai foram reais e concretos…
E devemos gritar “Eu sou de Cristo” não só em palavras, mas em gestos, quando meu irmão estiver à morte, devo visitá-lo…
E podemos apagar o nome de Jesus não só por meio do pecado, mas também através da omissão…
Seria bom que nesse ano sacerdotal, todos os consagrados relebrassem de sua frase “…entreguei meu coração para Deus para Ele me entregasse ao povo…” E às vezes não precisamos buscar os nossos próprios interesses paa afastar-nos de Deus, basta que se faça como esse padre fez com o meu pai…
E será que fazendo adorações ao santíssimo e na prática negando ajuda ao enfermo estou fazendo a vontade de Deus?
Não, certamente não…
Não perdi a fé em Deus, mas questionei e hoje questiono ainda mais as regras da igreja, não os mandamentos divinos.
Um abraço e desculpe o meu desabafo,o senhor não tem nada a ver com a história,mas se soubesse das coisas que acontecem em muitas paróquias…Penso que a hipocrisia deve ser banida da nossa igreja…

DÉCIMA SEGUNDA PROMESSA – A GRANDE PROMESSA

 

“O amor todo-poderoso do meu coração concederá a graça da perseverança final a todos os que comungarem na 1ª Sexta-feira do mês, por nove meses seguidos.”

 

      Chegamos à ultima promessa desta coleção inspirada a Santa Margarida Maria. Certamente haveriam muitas outras promessas. Para descobrí-las bastaria folhear as páginas das Bíblia ou da História. Como não lembrar a promessa feita ao Profeta Ezequiel: “Eis que vos darei um novo coração”(        ). Ao longo do seu caminho Jesus prometeu vida em plenitude, o Pão que alimenta a alma, a Agua Viva, a cura do corpo e do coração, a justiça, a fraternidade, o perdão… daria assunto para mais alguns livros.

      A décima segunda promessa é também conhecida como “A Grande Promessa”. Muitos até ignoram as outras onze. Seria no mínimo imprudente falar desta promessa sem ter falado das outras. É mais ou menos como entrar no meio de uma conversa. Corremos o risco de entender tudo errado, ou de modo incompleto. Assim muitas pessoas ao tomarem conhecimento da “grande promessa” a entendem de modo mágico, mecânico e automático. Não é nada disso. Esta promessa é uma pedagogia de conversão. É uma escola de salvação. É um exercício eficaz de mudança radical de vida.

      Dito isso, então vejamos o texto completo da promessa inspirada à Santa Margarida Maria: “Eu te prometo, na excessiva misericórdia de meu Coração, que meu amor onipotente concederá a todos os que comungarem durante nove primeiras sextas-feiras do mês seguidas a graça da penitência final: não hão de morrer em minha desgraça, nem sem receber os sacramentos, servindo-lhes meu Coração de asilo seguro naquela última hora”. Esta promessa foi feita numa sexta-feira de maio de 1688 durante a comunhão, na missa. A graça prometida é a mesma que pedimos cada vez que rezamos a ave-maria: rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Sabemos que é uma graça muito grande receber o sacramento da unção dos enfermos nos momentos finais da vida. Tenho acompanhado algumas pessoas neste momento. Posso testemunhar que a certeza do céu transforma toda dor em alegria.

      Os devotos do Coração de Jesus têm esta garantia. Não morrerão sem o auxílio da misericórdia divina. Como será este auxílio não podemos prever. Deus tem seus caminhos. Ordinariamente deveria ser o sacramento da unção dos enfermos e talvez até de uma boa confissão. Mas e no caso de uma morte inesperada? E era um grande devoto do Coração de Jesus. Tinha feito as nove sextas-feiras. O Senhor saberá muito bem como cumprir sua promessa. É claro que este auxílio final não anula a nossa liberdade. Na hora H podemos dizer sim, ou não. A promessa não elimina o nosso livre arbítrio. Mas podemos ter a certeza de que haverá um olhar fixo em nossos olhos dizendo: deixa teus pecados e vem! Só teremos que dar este último passo. É claro que se não nos exercitamos neste caminho durante toda a vida, na hora final podem faltar forças. O atleta vitorioso se constrói no exercício cotidiano, escondido e perseverante.

      É neste sentido que as condições da grande promessa na verdade são um exercício de conversão. O devoto deverá comungar durante nove primeiras sextas-feiras seguidas. Se faltar uma deverá começar novamente. Não bastam oito nem precisam ser dez. A comunhão deve ser feita em estado de graça. Para isso será útil fazer uma boa confissão antes de comungar. Deveremos receber a Eucaristia com a intenção de cumprir a novena e de honrar o Sagrado Coração de Jesus. Uma última condição importante é o propósito de perseverar. Se alguém pensasse assim: – “Vou fazer as nove primeiras sextas-feiras, depois posso pecar a vontade”. Naturalmente esta novena seria inválida.

      Existem pessoas que se afastaram da Eucaristia. Vão de vez em quando a missa. Já não conseguem se sentir membros da comunidade. Talvez nem saibam nome do padre da paróquia. Olham ao seu redor na igreja e não reconhecem ninguém. São os tais “católicos não praticantes”. E como existem destes católicos por aí!!! É gente que só entra na igreja carregado: no dia do batismo, nos braços da madrinha ou da mãe; no dia do casamento, levada pelo pai; no dia da morte… carregado pelos amigos. Como mudar esta situação? Não basta ir de vez enquando na igreja. Não é suficiente rezar de joelhos ao pé da cama. Um livro não vai ser o bastante. É preciso um exercício constante. Por isso o Coração de Jesus nos pede nove meses de intensa vida eucarística. É justamente o tempo que leva para uma criança nascer. Será o tempo necessário para nascer em você um homem novo, uma mulher renovada. Somos todos atletas em preparação para a grande Olimpíada do Reino, onde a medalha de ouro é a salvação. Nove meses é o tempo mínimo de exercício para recuperar a forma.

      Sabe, estou lembrando agora do conselho de minha médica. Apareci por lá com o colesterol um pouco elevado. Ela me disse que preciso abandonar a vida sedentária e começar a fazer caminhadas diárias de pelo menos 40 minutos. Tentei argumentar dizendo que tinha um livro muito interessante para escrever, e caminhando poderia perder algum tempo. Ela me olhou profundamente e disse: – “Padre, quantos livros o senhor ainda pretende escrever em sua vida?” Respondi imediatamente: “Muitos, tenho muitas idéias”. Então ela encerrou a conversa: – “Então comece a caminhar…” Entendi a mensagem. Por isso quero fazer um trato com você que termina a leitura destas páginas. Nem vou escrever a conclusão. Vou caminhar. E você vai procurar um padre, fazer sua confissão e começar as nove sextas-feiras. Nos encontramos no céu!.

 

Após longa viagem estou na querida cidade de Iguatu, no interior do Ceará. Amanhã pregarei o 9º REVIVENDO O ECC (Encontro de Casais com Cristo). No ano passado estive aqui e fiz a canção FAMÍLIAS EM ORAÇÃO, que está em meu novo CD. Este ano volto com o CD gravado. O tema deste ano será: “Família evangelizada constrói a justiça que gera a paz”. Ontem pousei no aeroporto de Juazeiro do Norte e fui acolhido pelo simpático casal diocesano de Iguatu: Cláudio e Neidimar. Hoje tenho o dia para colocar minhas coisas em ordem e amanhã prego o encontro… a partir daí aqui no BLOG você poderá acompanhar minhas andanças de 15 dias. Conto com sua oração.