O doutor angélico, Santo Tomás de Aquino utilizou com fluência os conceitos e a metafisíca de Aristóteles, que aliás, nunca conheceu Jesus Cristo. Portanto, utilizou uma filosofia pagã. Não espanta, pois o fantástico Santo Agostinho já havia utilizado as categorias de Platão, outro grego pagão. A Igreja reconhece uma verdade filosófica mesmo quando é cultivada fora dos seus jardins. Isto é muito bonito. Porém, estes teólogos e suas raízes filosóficas exigem muito estudo para não confundir as coisas. Uma das confusões no que tange a Aristóteles é o conceito de “matéria”. Sua teoria do conhecimento se apoia no famoso hilemorfismo, ou seja, um objeto é composto de matéria e de forma. Matéria aqui não quer dizer a composição química. Isto seria um “acidente” outra categoria utilizada pelo filósofo grego. Santo Tomás utilizou tudo isso para afirmar com todas as forças a presença real da pessoa de Jesus na Eucaristia. Os caçadores de hereges que comentam neste BLOG certamente ficarão tristes quando perceberem que existe ortodoxia fora dos seus jardins. Tenho dúvidas que para alguns deles o papa Bento XVI seja ortodoxo. Lamentável!!!

17 Comentários

  1. Padre, Joãozinho bom tarde eu não ia mais incomodar o senhor, mas estou escrevendo para te dar uma força, não liga para o que este tipo de gente fica escrevendo por ai, fica em paz, tranqüilo porque tenho certeza que Deus esta do lado certo e o lado certo é o senhor, eu não sou de rezar para Maria, mas hoje vou rezar pelo senhor e também vou à missa (faz muito tempo que não vou) vou pedir pelo senhor, fique firme, fique em paz , tá bem ! Um beijo e um abraço apertado …

  2. Pingback: RCC Brasil

  3. “Os caçadores de hereges que comentam neste BLOG certamente ficarão tristes quando perceberem que existe ortodoxia fora dos seus jardins.”

    Não consigo me conter….rsrssrssrs..kkkkk
    Poxa tadinhos né?….:)..heheh

    Abraço fraterno!!
    Ana Valeska

  4. Olá, Padre!

    Sinceramente, este post me pareceu provocação desnecessária. Particularmente acredito que é possível existir Ortodoxia “fora dos jardins” da Igreja. Chesterton dizia que ser herege é amar a “sua verdade particular mais que ela mesma”. O mesmo São Tomás dissera em seu clássico De Modo Studendi que é uma resposta à Frei João sobre conselhos de como estudar:

    “On respicias a quo, sed quod sane dicatur memoriae recommenda.”
    Não atentes a quem disse, mas ao que é dito com razão e isto, confia-o à memória.

    Depois, não sei como chegaste a conclusão de que aqueles que questionam sua Ortodoxia fazem o mesmo em relação ao Papa.

    Att!

  5. Michelli Brainer

    Lamentável, padre é ver muitos pseudo-católicos se achando mais Papa que o próprio…
    Triste, muito triste!

    Sua bênção e Feliz Dia dos Pais!

  6. Simone Teixeira

    Pe. Joãozinho,

    Sempre soube que o Pão e o Vinho Consgrados são verdadeiramente e totalmente Jesus. Qualquer fração da Hóstia ou gota do Vinho Consagrados são Jesus por inteiro,(corpo, sangue, alma e divindade do Senhor). O momento da comunhão é o momento da profunda intimidade com Nosso Senhor Jesus e de união com toda a Igreja. Por isso a Comunhão nos deve impulsionar a viver plenamente o Amor Evangélico e a Comunhão Fraterna. Não faz sentido participar da Comunhão Eucarística e viver desvinculado do compromisso com os ensinamentos do Senhor e com os Irmãos. Mesmo os doentes e aqueles que sofrem, podem se unir a Jesus e oferecer seu sofrimento pela conversão de todos e pela santificação da Igreja! Por outro lado, quem estiiver afastado da Eucaristia por algum motivo, pode fazer sua comunhão espiritual e viver a comunhão através da Palavra de Deus e da comunhão com os irmãos. O Pão e Vinho consagrados só deixaram de ser corpo e sangue de Jesus se perderem, por algum motivo, as características de pão e vinho e por isso devem ser consumidos antes de qualquer degeneração. O fato de depois da consagração continuarem quimicamente pão e vinho é realmente um acidente para quem crê e enxerga com os olhos da fé e não deixa de ser Jesus, mesmo se alguém não acredita. Isso não significa que o pão consagrado não vá fazer mal para quem tem alergia a trigo ou que o Vinho, mesmo senddo o sangue de Jesus, não deva ser evitado por quem tem problemas com o alcoolismo ou problemas no fígado. Por isso existe a autorização para que alguns padres celebrem utilizando o “Suco de Uva” e que pessoas alégicas ao trigo recebam a comunhão só sob a forma de Sangue de Jesus (Vinho.) Isso não significa negar a transubstanciação. Estou certa na minha forma de entender?

    Um abraço grande,

    Simone.

  7. Padre Joãozinho,
    Salve Maria!

    Platão diretamente, e Aristóteles indiretamente, são discípulos de Sócrates, que morreu acusado de ateísmo, pelos gregos pagãos. Não eram homens comuns e nem eram dados a religiosidade popular grega, não podem simplesmente serem taxados de pagãos. Ainda mais quando provam a Lutero que a razão, não esta totalmente corrompida pelo pecado original, e ainda prepararam o terreno para o Cristianismo. O altar da razão natural, aquele que São Paulo encontrou no areópago em Atenas, é fruto do trabalho dos filósofos gregos, veja:

    Percorrendo a cidade e considerando os monumentos do vosso culto, encontrei também um altar com esta inscrição: A um Deus desconhecido. O que adorais sem o conhecer, eu vo-lo anuncio!At 17

    Cumpre lembrar que os pagãos não possuíam nenhuma filosofia (não eram afeitos a razão; cultuavam o instinto e os sentidos, não a inteligência), quem a possuía, eram os gentios, por isso São Paulo diz:

    “Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego.” Rm 1,16

    Dizer pura e simplesmente que Santo Tomás utilizou-se de uma filosofia pagã, é primeiramente um erro (os pagãos não tinham filosofia), e em segundo lugar, algo desproporcional a obra do Aquinate, que batizou e ultrapassou Aristóteles. Além disso, Cardeal Caetano (Um dos príncipes da filosofia tomista, e um dos seus melhores comentadores), testemunha que o Doutor Angélico, não é redutível a Aristóteles, como pode se ler:

    “Doctores sacros, quia summe veneratus est, ideo intellectum omnium quodammodo sortitus est” [Porque teve a mais profunda veneração pelos santos doutores da Antiguidade, adquiriu, de certa forma, a inteligência de todos eles] (Tomás de Vio Cayetano, superior geral da Ordem dos Pregadores, Cardeal [1469–1534]).

    A história da relação entre a filosofia grega e a Igreja, pode ser lida na Carta Encíclica Aeternis Patris de Leão XIII (Disponível na internet). Não se converteu o platonismo e o aristotelismo do dia para noite. Muito menos, os Santos Padres permitiram que estas filosofias adentrassem a Igreja, sem antes serem purificadas de suas vicitudes. Um processo completamente diferente do que foi feito no Concílio Vaticano II.

    Como o Sr. disse, Aristóteles não conheceu e nem teve oportunidade de conhecer Jesus Cristo. Deste modo, a filosofia deste, não pode ser considerada fora dos jardins do mesmo modo que consideramos fora dos jardins da Igreja, a filosofia moderna. Enquanto Aristóteles não teve a oportunidade de ser orientado pela Igreja, todos os filósofos modernos, a tiveram, e a rejeitaram. No fim das contas, o que sobra no homem moderno (adepto da filosofia moderna) de imagem e semelhança de Deus, é apenas o atributo de Deus criador. Nada além disso.

    As razões desta afirmação podem ser observadas nos efeitos produzidos pelo criacionismo do homem que se julga Deus. Cresci ouvindo que o mundo acabaria com uma guerra mundial, mas com o progresso da iniqüidade que esfria o amor nos corações, ameaça a vida no planeta, e não é necessária, uma terceira guerra mundial.

    Desde que a Igreja assumiu o método moderno, com o Concílio Vaticano II (a começar por este), seus ensinamentos tornaram-se incognoscíveis. Isto sem contar que o espírito da economia de mercado (liberal) e o espírito do Concílio (Condenado por Bento XVI), são irmãos gêmeos, na aversão a regras e dogmas. Passou-se a não falar mais nos dons do Espírito Santo, virtudes, vícios, pecado, inferno, etc que foram preenchidos pela ciência.

    Qual a verdade contida na filosofia moderna?

    O que me transmite a filosofia moderna, é que ela tem por logus, a matéria, que não sabemos efetivamente o que é, mas tão somente que ocupa lugar no espaço. Se não sabemos o que é a matéria, e ela é elevada ao logus, as coisas tornam-se incognoscíveis, pois não existe um SER que define aquilo que as coisas são. Logo, as coisas receberam apenas nomes, e o que temos não é algo moderno, mas o nominalismo medieval de Guilherme de Ockham, desenvolvido ao máximo.

    A Igreja não reconheceu nenhuma verdade no nominalismo. Não sei se o Sr. sabe, mas, o protestantismo, é o nominalismo religioso. Sobre este São Pio X na Pascendi, diz que “deu o primeiro passo para o ateísmo.” Não é um fato que as nações reformadas foram as primeiras a aprovarem leis anti-cristãs?

    Quando vejo a cruz, vejo o nome de Cristo escrito em grego, latim e aramaico. Nisto vejo, também a verdadeira filosofia, o verdadeiro direito e a verdadeira religião. Tudo isto foi negado pelos povos de origem anglo-germânica, que tem em sua natureza uma postura anti-filosófica, anti-direito (acreditar que a justiça moderna, aplica o direito, é algo difícil) e anti-religiosa. Poderá se encontrar alguma verdade filosófica, naqueles que negam a Igreja, Cristo e Deus?

    Fique com Deus!

    Abraço

  8. EXISTIRÁ A MATÉRIA?

    Gustavo Corção
    O leitor que não costuma freqüentar com assiduidade os textos deixados pelos filósofos, embora já tenha descoberto que esse coro de vozes é o mais discordante e desafinado que jamais se ouviu, e embora já tenha notado que não há coisa que algum deles não tenha afirmado ou negado, talvez não saiba que houve um filósofo para provar que a matéria não existe. Pois houve. Nasceu em 1685, morreu em 1753, foi inglês e chamou-se George Berkeley.

    No seu The Principles of Human Knowledge, seguindo a tradição empirista de seu meio, Berkeley leva-a até as suas últimas conseqüências. Contestando a distinção traçada por Locke entre as duas espécies de qualidades sensíveis, distinção que de certo modo se assemelhava à da tradição aristotélica-tomista, Berkeley diz: “Alguns autores fazem uma distinção entre as qualidades primárias e as secundárias. Por primárias entendem eles a extensão, a figura, o movimento, a solidez ou impenetrabilidade e o número; por secundárias designam todas as outras qualidades sensíveis tais como gosto, cor, timbre, etc. As idéias que temos sobre essas últimas são reconhecidas como não tendo semelhança alguma com qualquer coisa que exista fora da mente; mas esses mesmos autores consideram as qualidades primárias como modelos ou imagens de coisas que existem sem a mente, numa substância não pensante que eles chamam Matéria. Por Matéria, então, devemos entender uma substância inerte, desprovida de percepção (senseless) na qual a extensão, a figura e movimento atualmente existem. Mas é evidente – continua Berkeley – pelo que já mostramos, que extensão, figura e movimento são somente idéias existentes na mente e que uma idéia só pode ser semelhante a outra idéia, e que portanto nem elas nem os seus arquétipos podem existir em uma substância desprovida de percepção. Logo, é claro que a própria noção do que chamam Matéria ou Substância Corpórea envolve nela mesma uma contradição.”

    Como se vê, Berkeley parece negar a existência daquilo que todos entendiam por Matéria; e é fácil imaginar a celeuma levantada no século XVIII que justamente pode ser imputado como o tempo em que o materialismo ganhava consistência e entusiasmo na cultura ocidental. O doutor Johnson, saindo da Igreja após um ofício dominical, conversava sobre assuntos filosóficos com Boswell, que acreditava, pessoalmente, na existência da matéria mas confessava que não sabia como provar sua existência. “I shall never forget – diz-nos Boswell – the alacrity with which Johnson answered, striking his foot with mighty force against a large stone, till he rebounded from it, I REFUTE IT THUS”. O doutor Johson repetia, a dois mil anos de distância, a mesma sensata indignação de um grego quando Zenon pretendia provar que não existia o movimento. Mais severo ainda foi o médico conhecido de um amigo de Berkeley, chamado J. Percivel, que mandou dizer ao filósofo que ele certamente estava doido e era urgente que tomasse remédios. Hoje recomendaríamos choques elétricos até que o filósofo desse sinais daquela sadia alacridade do doutor Johnson; ou então daríamos ao filósofo uma cátedra para ensinar aos meninos do curso secundário…

    Mas agora creio que vou inquietar o meu leitor habitual dizendo que concordo com a conclusão de Berkeley. Não acompanho os passos de seu raciocínio nem tenho suas premissas, mas como modestíssimo ouvinte da tradição aristotélico-tomista, digo também que não existe matéria, se por matéria devo pensar uma substância extensa, móvel, etc. Quem concebia a Matéria como um ser atualizado (em ato), como uma espécie de encarnação da extensão, eram os filósofos da nova civilização: Descartes, Hobbes, Locke; e era contra eles que Berkeley proclamava aos quatro ventos a sua doutrina imaterialista.

    O aspecto curioso desse debate é a concordância profunda que existe entre os que discordam tão asperamente, ou é a discordância profunda dos que concordam nas conclusões. Berkeley sentia o aspecto grosseiro da concepção mecanicista, que não repugnou ao genial e piedoso Descartes, e tentou corrigi-la. Não parece que tenha escrito obra para demonstrar, pela redução ao absurdo, as premissas nominalistas e empiristas. Berkeley parece querer realmente corrigir a filosofia de Locke, mas nessa tentativa usa os mesmos critérios empiristas, o mesmo descaso pela esquecida tradição escolástica, e vai parar comicamente no extremo oposto, dando ao bravo velho mundo inglês do século dezoito o espetáculo de um imaterialismo construído com critérios materialistas!

    Uma das coisas mais difíceis, no panorama geral da história da filosofia, é saber quem está contra e quem está a favor. Em cada caso é mister determinar bem o ângulo em que este concorda com aquele ou discorda daquele outro. Se tivéssemos aqui um quadro negro eu desenharia a figura que passo a descrever apelando para a imaginação do leitor. Tracemos um triângulo ABC com a base BC horizontal e o vértice A no topo do quadro. No vértice A escrevamos Aristóteles-Santo Tomás; no vértice B, à esquerda, Berkeley; no vértice C, à direita, Descartes, Hobbes e Locke. O problema a que o diagrama se refere é o da matéria. Temos de um lado os que afirmam a matéria como um ser atualizado na extensão e no movimento, e de outro o que nega a existência de tal ser e por conseguinte a inexistência da matéria. Aristóteles e Santo-Tomás, lá do púlpito em que os colocamos, diriam a Berkeley: — Tens razão de estares chocado com a conclusão a que chegaram seus colegas, mas não tens razão – e até admiramos que tenhas tido a coragem de dizer tal coisa aos teus concidadãos – quando negas a existência de algum substratum e de alguma semelhança entre a sensação e as qualidades existentes fora da mente.

    A Descartes, Hobbes e Locke, nossos sábios fariam outro discurso, talvez mais severo: — Assim não! Atualizais e dais corpo de ser em ato ao que existe como princípio dos seres corpóreos, mas EM POTÊNCIA. Se tiverdes a paciência de reestudar a doutrina da potência e do ato, e a correlata doutrina da matéria e da forma, evitareis a continuação dessa cômica oscilação do pensamento entre dois extremos errados ambos.

    Na filosofia escolástica, efetivamente, afirma-se que há em todas as substâncias corpóreas dois princípios substanciais, a matéria (matéria-prima) e a forma, o indeterminado e o determinante, o ser em potência e a forma atualizadora. Matéria, aquilo de que são feitos os seres materiais, levando ao mais puro estado esta noção “aquilo de que são feitos”, mas tomando-a como um princípio de ser corpóreo, como uma potência, um quase não ser como diziam Platão e Plotino, essa existe. Voltemos agora ao nosso triângulo. A concorda com B quanto à existência do substratum material, mas discorda vivamente da atualização da extensão substancializada; com “C” a concordância de “A” é mais sutil, mas a discordância mais nítida. Entre si, “B” e “C” concordam e discordam; ou talvez fosse melhor dizer ao contrário, porque o que aparece ao primeiro exame é a discordância. Berkeley diverge dos mecanicistas, dos pais do materialismo moderno, por não ver nenhuma necessidade de distinguir as qualidades sensíveis que Locke chamava de primárias das outras chamadas secundárias. Dava a todas o mesmo tratamento; e como o tratamento das chamadas qualidades primárias era o que condizia bem com a doutrina vigente, ou melhor, com os princípios nominalistas inconscientemente possuídos, que cortam a linha de comunicação entre a inteligência e o ser e que se firmam nesse pessimismo de um divórcio irreconciliável entre o cognoscente e o conhecido, Berkeley se viu compelido a negar a objetividade do substratum material. Uma intuição fina lhe dizia que o modelo da extensão substancializada e atualizada era grosseiro demais; não possuindo porém os instrumentos mentais da tradição escolástica, confinada nos seminários e aí mesmo maltratada, o bravo inglês não teve outro remédio senão negar a objetividade do que em nossa mente é movimento, extensão, etc., sem todavia negar a existência do mundo exterior, notem bem. O que Berkeley negava, como todo bom descendente de Ockam, era a semelhança e a união de conhecimento entre os dois mundos, o da mente e o das coisas.

    Tracemos no quadro negro imaginário um triângulo simétrico àquele, com a mesma base BC mas com um vértice voltado para baixo, ao qual damos a letra “N”. Assim como o vértice superior simboliza a síntese do que há de verdadeiro em cada um dos outros, o vértice inferior simbolizará a soma eclética, a soma-ajuntamento dos erros de ambos, e sobretudo simbolizará as raízes inconscientes que unem no mesmo fundamental nominalismo as duas filosofias que brotam na história do pensamento com cores complementares. Berkeley, com seu impertinente imaterialismo, é irmão gêmeo de Descartes, de Hobbes, de Locke, e seus antepassados se chamam Demócrito, Lucrécio e Epicuro, e seus descendentes são os materialistas dos séculos dezoito e dezenove.

    Em filosofia, convém notar, importa mais o critério usado na argumentação do que a conclusão atingida. Usando uma expressão derivada por analogia da teoria da matéria e forma, dizemos que importa mais o objeto formal do que o material na valorização de uma tese. Nesse sentido, falando com precisão filosófica, e sem nenhuma antipatia pelo inglês George Berkeley, podemos dizer que seu imaterialismo é muito mais materialista do que o hilemorfismo Aristotélico.

    (Diário de Notícias, 31 de janeiro de 1960)

  9. Elaine Mendes

    Pe. Joãozinho,

    colocaram no youtube dois vídeos nos quais chamam o senhor e o Pe. Fábio de hereges. Fiquei assustada, parece vídeo polícial, pois lá estão os retratos do senhor e do Padre Fábio e pela edição só faltava dizer: “Procura-se por atos de heresia”.

    Quem postou o vídeo não aceita o fato do Pe. Fábio ter escrito que a Eucaristia é o significado da ausência e que há duas subtâncias.

    Penso que o grande problema padre é o Pe. Fábio estar ensinando conceitos complexos de uma forma muito avançada e que pode nos confundir mesmo. Sei que precisamos de uma fé mais madura, mas como o Pe. Fábio constuma dizer, toda palavra sobre Deus esbarraça na minha inteligência.

    Sua benção.

  10. Alexandre Antunes

    Salve Maria!

    Quanta confusão!!! Humildade e simplicidade são palavras não aplicáveis ao Pe Fábio de Melo nem ao próprio Pe Joãozinho (somente aparência não basta)!

    Pe Joãozinho vai cursar seus “doutorados” em Roma pra ensinar a CONFUSÃO.

    Graças a Deus São João Maria Vianney não tinha doutorado em Roma.

    O pai da mentira e da confusão vocês sabem muito bem quem é. Então quem prega a mentira, a confusão certamente não está do lado do VERDADE e da CONCÓRDIA.

    Pe Joãozinho: SEJA HUMILDE! OS TEUS TÍTULOS DE DOUTORADO NÃO LHE OUTORGAM O PODER DE SEMEAR JOIO NO MEIO DO TRIGO.

    Aliás, gostaria de saber por que as opiniões contrárias ao DR PADRE foram retiradas deste blog.

  11. Pe. João,
    Não deixe o orgulho e a vaidade se interporem entre o sr. e a Verdade. Não se deixe cegar pela raiva às críticas ácidas de alguns católicos. Tenha certeza que por de trás de suas palavras
    duras, há a Caridade! Eles amam a sua alma mais que alguns que estão a lhe “apoiar”. Deus age de forma Misteriosa em nossas Vidas.
    Considere toda essa polêmica como uma Graça Divina!
    Deus tenha Piedade de nossas Almas.

  12. Toda essa polêmica gerada pelas palavras utilizadas para explicar a Eucaristia, tanto pelo Pe. Fábio de Melo quanto pelo Pe. Joãozinho, nada mais é do que uma ambivalência doutrinal para não entrar em confronto e nem escandalizar os protestantes e evangélicos, a quem os dois chamam de “irmãos separados”. Querem agradar e serem bem vistos por eles, o primeiro para vender mais discos e livros e o outro para sustentar e exibir como um pavão uma falsa caridade, em nome de um ecumenismo delirante, para com eles. Esses dois Padres NÃO SÃO CATÓLICOS. São um câncer dentro da Igreja e como tal devem ser extirpados para o bem do Corpo Místico de Cristo que é a Igreja.

    Acostumados como estavam somente com bajulações, aplausos e elogios, por qualquer coisa que falassem que só poderia vir da ala “católica” mais empobrecida espiritualmente, a qual eles ajudaram a criar, como numa simbiose, é uma honra para Deus vê-los agora sendo humilhados e se tornando desprezíveis aos olhos do povo.

    Pois o que fizeram esses dois nada mais foi do que fizeram os sacerdotes do AT na época de Malaquias.

    “Vós, porém, o profanais quando dizeis: A mesa do Senhor está manchada; o que nela se oferece é um alimento comum”. (Malaquias 1, 12)

    E o Senhor dos Exércitos profere contra eles essas palavras:

    “A vós, ó sacerdotes, dou esta ordem:
    Se não me ouvirdes, se não tomardes a peito a glória de meu nome – diz o Senhor dos exércitos -, lançarei contra vós a maldição, trocarei em maldições as vossas bênçãos; aliás, já o fiz, porque não tomastes a peito (as minhas ordens). Eis que vou abater vosso braço, espalhar-vos esterco no rosto – o esterco de vossas festas – e sereis lançados fora com ele. Então sabereis que fui eu que vos dei esta ordem para que subsista o meu pacto com Levi – diz o Senhor dos exércitos. A minha aliança com Levi foi um pacto de vida e prosperidade e também de temor, a fim de que ele temesse o meu nome; e ele temeu-me e sempre teve reverência por meu nome; sua boca ensinou a verdade, e não se encontrou perversidade nos seus lábios. Andou comigo na paz e na retidão, e afastou do mal grande número de homens.
    Porque os lábios do sacerdote guardam a ciência e é de sua boca que se espera a doutrina, pois ele é o mensageiro do Senhor dos exércitos. Mas vós vos desviastes do caminho reto e fostes causa de muitos vacilarem na lei; violastes o pacto de Levi – diz o Senhor dos exércitos. Por isso, eu vos tornei desprezíveis e abjetos aos olhos de todo o povo, porque não guardastes os meus mandamentos e fizestes acepção de pessoas na aplicação da lei. (Malaquias 2, 1-9)

    Se Deus com essas palavras se dirigiu aos sacerdotes do AT por desonrarem o sacrifício da antiga aliança que era pré-figuração do Sacrifício de Cristo na Cruz que se renova na Santa Missa, que maldições não cairão sobre esses dois pobres coitados?

    Que Deus e Nossa Mãe Santíssima dêem a esses dois Padres a graça da humildade, para reconhecerem publicamente o erro e pedirem perdão.

    Se não procederem assim , que caia sobre eles a maldição de Malaquias 2, 2-3.

    Sergio

  13. Mui Reverendo Padre,
    Não me parece que seja adequado utilizar os conceitos de heresia/ortodoxia religiosas para análise da obra de Platão e de Aristóteles. Mesmo porque estes autores não enunciaram verdades teológicas. A filosofia grega recusava-se a enunciar verdades definitivas. O filosófoso se definia apenas como amante, perquiridor, da sabedoria. E como, não conheceram a Cristo, Unica Verdade, parece-me difícil dizer se realmente puderam ter amado e expressado a Verdade em seu lógos filosófico. Eles não estavam “fora do jardim da Igreja”, como está um batizado que nega sua fé, como quem conhece a Verdade ou escutous seus ecos e a renega deliberadamente. De outra parte, heresia religiosa é a negação pertinaz de uma verdade da fé, de um dogma. Logo, não se pode dizer que aristóteles era ortodoxo porque em seus ensinos não havia heresia. Ademais, Sto Agostinho e Sto Tomás utilizaram a filosofia grega como instrumento da teologia (philosophia ancilla teologiae). E em muito a superaram.
    Quanto aos chamados “caçadores de hereges”, creio que V. Reverendíssima compreendeu mal muitos dos que entraram nesse debate. Não jogue todos no mesmo “saco”. Muitos trabalharam pela Verdade, na verdadeira caridade:
    “Um cristianismo de caridade sem verdade pode ser facilmente confundido com uma reserva de bons sentimentos, úteis para a convivência social mas marginais. Deste modo, deixaria de haver verdadeira e propriamente lugar para Deus no mundo. Sem a verdade, a caridade acaba confinada num âmbito restrito e carecido de relações…” (Caritas in veritaten, n.4).
    Dizer a verdade é questão de verdadeira caridade. E a verdade, obviamente não suporta ambigüidades, amfibiologias, rodeios. A verdade exige clareza, exatidão..”Sim, sim; não, não”.

  14. Padre Joao, depois de uma pesquisa na internet constatei que o Fedeli ele mesmo é tipo como “herege”. Veja este site: http://luterofedeli.wordpress.com/

    No site, o autor defende a tese de que ele sofre de paranóia…

  15. CARLOS DE OLIVEIRA

    Pe. João
    Aceite seus pecados, arrependa-se deles e peça perdão a DEUS por tanta falsidade e aos homens pelos terríceis erros doutrinários ensinados.
    Que o Senhor tenha misericordia com sua alma.

    CARLOS

  16. Padre Joazinho pelo o que entendi a verdade foi conhecida através da mentira?
    Sinceramente eu não entendo como fora de Deus se conhece uma verdade verdadeira.
    Pois o mundo traz muitas verdades que são travestidas,ou seja são mentiras absurdas.
    Eu lamento esse pensamento e essa forma de ver as coisas do Senhor!

  17. Pe Joãozinho, um dia o Senhor acusou os evangelicos de não serem Crislão de verdade, que para isso ainda deveria seguir dogmas da sua igreja, Hoje a sua igreja lhe condena como herege, não foram os evangelicos que morreram na idade media por defender as verdades biblicas e preferir a obdiência a Deus do que a igreja?
    Que Jesus possa ser o unico em sua vida, so ele lhe dara descanço das acusações e não acuse mais a fe dos evangelicos, eles são as meninas dos olhos do SENHOR, acho que o senhor sabe bem o que eu quero dizer com isso, Que DEUS lhe de a paz

  18. A Day at Jack and Jill

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