Agradeço aos críticos de plantão pelo estímulo que estão me dando para estudar sempre mais. Porém não posso deixar de reafirmar que a constituição da Igreja é essecialmente Eucarística. Será que isso é heresia? Não tenho receio de afirmar que a Eucaristia nos arrasta no ato oblativo de Jesus. Não é só de modo estático que recebemos o Logos encarnado, mas ficamos envolvidos na dinâmica da sua doação. Ele arrasta-nos para dentro de Si. A conversão substancial do pão e do vinho no seu corpo e no seu sangue insere dentro da criação o princípio de uma mudança radical, como uma espécie de “fissão nuclear”, verificada no mais íntimo do ser; uma mudança destinada a suscitar um processo de transformação da realidade, cujo termo último é a transfiguração do mundo inteiro, até chegar àquela condição em que Deus seja tudo em todos. A Eucaristia é constitutiva do ser e do agir da Igreja. Por isso, a antiguidade cristã designava com as mesmas palavras — corpus Christi — o corpo nascido da Virgem Maria, o corpo eucarístico e o corpo eclesial de Cristo. Bem atestado na tradição, este dado faz crescer em nós a consciência da indissolubilidade entre Cristo e a Igreja. A beleza intrínseca da liturgia tem, como sujeito próprio, Cristo ressuscitado e glorificado no Espírito Santo, que inclui a Igreja na sua ação. Podemos até mesmo afirmar que o próprio Cristo nos assimila a si mesmo. O pão que vemos sobre o altar, santificado com a palavra de Deus, é o corpo de Cristo. O cálice, ou melhor, aquilo que o cálice contém, santificado com as palavras de Deus, é sangue de Cristo. Com estes sinais, Cristo Senhor quis nos confiar o seu corpo e o seu sangue, que derramou por nós para a remissão dos pecados. Se nós os recebemos bem, somos Aquele que recebemos. Assim, nos tornamos não apenas cristãos, mas o próprio Cristo!!!

Já estou a caminho da cidade de Divino de São Lourenço, no estado do Espírito Santo, onde hoje acontece show de evangelização na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, do Pe. Gelson de Sousa.

15h – CHEGAMOS – A viagem foi longa, mas a paisagem no Estado do Espírito Santo sempre vale a pena. Passamos aos pés do Pico da Bandeira, o terceiro mais alto do Brasil. Aqui a temperatura é sempre agradável. A cidade tem 5.000 habitantes, aliás, o município. Se mandar uma carta, não precisa colocar o nome da rua. O carteiro conhece a todos. Existem lugares assim no Brasil, escondidos entre as montanhas.