Bem que eu desconfiava. Eles não concordam com o pensamento do papa Bento XVI. Estão FORA DA COMUNHÃO. Depois de uma semana em que postei um trecho da SACRAMENTUM CARITATIS eles permanecem com provocações emotivas e algumas mal educadas. Mas não tenho visto uma defesa consistente do pensamento do nosso papa. Da minha parte não preciso dizer mais nada. Estou com o papa. Pe. Fábio também está. Estamos em comunhão com nosso bispo, nossos superiores e nosso papa. Eles têm medo de dizer que o papa tem razão. Alguns já disseram que são anti-romanos. Outros abominam o Concílio Vaticano II. Beberam de seu próprio veneno.
Repito as palavras de Bento XVI. Será que algum de vocês ainda se atreverá a defender as palavras do papa ou vão admitir definitivamente que estão fora da comunhão? Contem com minha prece.
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SACRAMENTUM CARITATIS nº 36
36. A beleza intrínseca da liturgia tem, como sujeito próprio, Cristo ressuscitado e glorificado no Espírito Santo, que inclui a Igreja na sua acção.(109) Nesta perspectiva, é muito sugestivo recordar as palavras de Santo Agostinho que descrevem, de modo eficaz, esta dinâmica de fé própria da Eucaristia; referindo-se precisamente ao mistério eucarístico, o grande santo de Hipona põe em evidência como o próprio Cristo nos assimila a Si mesmo: « O pão que vedes sobre o altar, santificado com a palavra de Deus, é o corpo de Cristo. O cálice, ou melhor, aquilo que o cálice contém, santificado com as palavras de Deus, é sangue de Cristo. Com estes [sinais], Cristo Senhor quis confiar-nos o seu corpo e o seu sangue, que derramou por nós para a remissão dos pecados. Se os recebestes bem, vós mesmos sois Aquele que recebestes ».(110) Assim, « tornamo-nos não apenas cristãos, mas o próprio Cristo ».(111) Nisto podemos contemplar a acção misteriosa de Deus, que inclui a unidade profunda entre nós e o Senhor Jesus: « De facto, não se pode crer que Cristo esteja na cabeça sem estar também no corpo, pois Ele está todo inteiro na cabeça e no corpo (Christus totus in capite et in corpore) ».(112)
108. Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. sobre a divina revelação Dei Verbum, 2.4.
109. Propositio 33.
110. Sermo 227, 1: PL 38, 1099.
111. Santo Agostinho, In Iohannis Evangelium Tractatus, 21, 8: PL 35, 1568.
112. Ibid., 28, 1: o.c., 35, 1622.