Demorei para aprovar este Post do Sr. Antônio, não porque ele não tivesse valor. Pelo contrário, aqui está um horizonte muito rico para debater assuntos como: o gregoriano como matriz ideal para o canto litúrgico (como disse João Paulo II em seu quirógrafo sobre música); a forma ideal de o padre se comportar com relação à gestualidade; o lugar do altar e do sacrário; o uso do vernáculo ou do latim; a possível adaptação litúrgia e os limites desta adaptação; a Tradição e o Magistério na liturgia; a pesquisa sobre os diversos ritos, especialmente da Igreja Oriental.
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Caro Pe. João, que a Paz esteja contigo.
Não sou tão jovem, nem tão velho, nem mais inteligente, nem menos desatento.
Sou um observador e católico, praticante e errante, no sentido da prática católica e, dos pecados que caio, mas, com a Graça, levanto.
Sou formado em Música (Canto), dirijo um Coro Gregoriano (Schola Cantorum Sancte Michael Archangele; http://www.scsma.blogspot.com). Já fui catequista, membro de diversas pastorais paroquiais, diocesanas e de regionais da CNBB. Já vi muito discurso em busca de “poder” clerical por parte de pessoas do estado laico, leigos, e discurso tanto modernista quanto tradicionalista, mas com os mesmos viéses da busca por “poder”, não reta doutrina, fidelidade à Igreja, mas à sua “igreja”, o seu “grupo”, “patota”.
Se me permite, comentarei os tópicos levantados pela Gabriela, com quem “teclo” também…
* 1º Missa alegre: existe alegria maior que participar piedosamente da Santa Missa? Lembrando: 950. Cân. 3. Se alguém disser que o sacrifício da Missa é somente de louvor e ação de graças, ou mera comemoração do sacrifício consumado na cruz, mas que não é propiciatório, ou que só aproveita ao que comunga, e que não se deve oferecer pelos vivos e defuntos, pelos pecados, penas, satisfações e outras necessidades — seja excomungado [cfr. n° 940].
Concílio Ecumênico de Trento
– Há quem tenha participado da missa no Mosteiro de São Bento em São Paulo. Bom, em todas as vezes que fui lá, sempre vi pessoas de todos os níveis socioculturais participando, cantando de cor as partes fixas da missa (Ato Penitencial, Hino de Louvor, Profissão de Fé, Santo, Pai Nosso, Cordeiro) e mesmo no Ofício Divino / Liturgia das Horas, já vi esse mesmo povo cantar o Pai Nosso, o Magnificat e a Antifona Mariana final, tudo isso em latim. Logo, a justificativa dada para o não uso do latim só se sustenta se não houver ensino, que deve partir das autoridades responsáveis por essa missão. São os catequistas? Coitados, nem sempre tem até mesmo fé no que ensinam… Muitos só estão fazendo número, ou, pior, pretender um “cargo clerical”, uma função para se ocupar dentro da igreja, não a função de formar almas para a Igreja.
* 2º A Igreja perderia muitos fiéis por não entenderem o latim: Ora, missal português-latim existe para isso.
– O missal bilíngue ajuda, mas a formação é ainda mais imprescindível. O que seria das igrejas que usam o rito bizantino se não houvesse a catequese, o ensino do grego como língua litúrgica, dentro de casa? Ora, não existiria mais. No entanto, ainda existe e é bem viva. Da mesma forma ocorre com o rito maronita, e tantos outros que usam suas linguas litúrgicas ditas “fossilizadas”. Há que se pensar nisso, pois o latim começou a ser considerado “língua morta” pelos Iluministas, os mesmos que usavam o latim em seu tempo para propagar as idéias filosóficas que fizeram crescer o pensamento humano, os mesmos que também combatiam a Igreja. Eles, e todos os “bons estrategistas”, sabem que, ao se minimizar a cultura de um povo, este se torna fácil de se manipular. O que falta mesmo é formação do clero, dos pastores, para conduzirem melhor suas ovelhas.
* 3º É chato um Padre celebrando de costas para o povo: e muito mais lícito certamente. O Sacerdote deve estar voltado para DEUS. Ou acaso a Missa não passa de um teatro onde se cultua aos homens ao invés de DEUS? É o que vemos hoje. Infelizmente. Muitos sacerdotes não fazem nem questão de celebrar a Missa que temos hoje de modo mais conveniente.
– A saber, na liturgia bizantina isso é ainda mantido, e a Divina Liturgia não se torna mais ou menos “chata” por isso, pelo contrário, mantém sua beleza, desde que se faça o devido esforço para entendê-la. Logo, há que se formar as pessoas na Liturgia para melhor compreender, participar e, principalmente, amar. “Ninguém ama o que não conhece”, já dizia um certo Aurélio Augusto…
* 4º A Igreja deve se modernizar, pois, a sociedade se moderniza e a Igreja acompanha: isso não tem lógica, pois a Igreja é a Igreja de Cristo, a verdadeira Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, cuja Verdade lhe foi ensinada para que durasse até o final dos tempos. É tudo imutável. Cristo deixou de uma forma mas a maioria hoje mostra o contrário de tudo aquilo que ELE ensinou. O mundo, a sociedade, tudo se modernizou, mas nunca foi dito que a Igreja abandonasse suas Tadições para agradar aos homens com novidades.
– A Igreja muda? Uma coisa é “mudar”, outra, se transformar, atualizar a práxis dinâmica da Palavra de Deus. Se lembramos do que está nos evangelhos: pobres vocês vão sempre encontrar… Mas nem por isso devemos virar as costas ao apelo de ajuda do próximo, das suas necessidades; deveríamos ensiná-lo a pescar… Muito menos cruzar os braços diante da balbúrdia litúrgica que muitas vezes testemunhamos nas missas. Missa é palavra de origem latina, se não estou enganado… Ite missa est, e a missão se faz. Parodiando Guilherme Arantes, “agora é brincar de viver”. Após a participação na missa é que o “jogo” começa, é que a nossa “missão” começa a fazer sentido mesmo, pois o próprio Filho nos deu a força. Louvar a Deus ultrapassa o momento da Missa. Ela é o centro da vida do cristão católico, sem dúvida. Mas, quantos sabem o que é e vivem a dimensão plena dessa ação de graças (eucaristia)? Quantos sabem que as Horas deveriam ser também parte da vida do cristão católico? Bom, acho que se a dúvida paira, falta informação, falta formação. Escolas da Fé não são palanques para “iniciados”, muito menos para “candidatos”, mas momento em que se aprende sobre a Igreja. Me lembro do tempo da catequese, quando pouco se falava da vida dos santos, da história da Igreja, da liturgia e sua formação, desde os primórdios da Igreja até hoje. E creio que isso ainda continua… infelizmente.
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MUITO INTERESSANTE E ATENTO ESTE POST DO SR. ANTÔNIO.
HÁ MUITA COISA QUE REALMENTE-A ALGUMA INFELIZMENTE-FAZEM SENTIDO.
MAS HÁ OUTRAS QUE REQUEREM-ORA, ORA-UM POUCO DE ESTUDO E DISCERNIMENTO.
EM RELAÇÃO AO LATIM: O PAPA BENTO XVI, SE NÃO ME ENGANO, DECRETOU QUE SE USE O LATIM EM MISSAS INTERNACIONAIS, COM EXCESSÃO DAS LEITURAS QUE DEVEM SER NAS LÍNGUAS VERNÁCULAS DOS PAÍSES PRESENTES. ATÉ AÍ ÓTIMO, POIS, SE O LATIM É A LÍNGUA OFICIAL DA IGREJA E É UMA LÍNGUA UNIVERSAL, TUDO CERTO
É VERDADE QUE AS MISSAS EM LATIM SÃO BELAS, SOLENES E ETC E QUE POR VEZES CAUSA ATÉ UMA “SANTA” INVEJA DE ROMA.
MAS, AÍ QUERER COMETER A VELHA QUESTÃO DO RETROCESSO, É ESTRANHO.
ÓBVIO QUE PODERIA-SE SE ENSINAR O POVO, ETC E TAL. MAS, SERÁ QUE ISSO ATINGIRIA A TODOS? CREIO QUE NÃO.
E NÃO ADIANTA ENTRAR NA QUESTÃO QUE “O GOVERNO É QUE TEM DE CUIDAR DA EDUCAÇÃO, ALFABETIZAÇÃO, ERRADICAÇÃO DA POBREZA…”, POIS ISSO DISTANCIA DO OBJETIVO: POR MELHOR E MASI UNIVERSAL QUE SEJA, HOJE NÃO CABE MAIS A LITURGIA EM LATIM. ELA DEVE SER SIM EM LÍNGUA VERNÁCULA, POIS A BÍBLIA TAMBÉM O É. OU VAMOS CAIR NO MUCULMANISMO DE ACHAR QUE A VERDADE SÓ SE DÁ NUMA LÍNGUA DETERMINADA, COISA TAMBÉM PRESENTE NO JUDAÍSMO-NO FUNDO TUDO ISSO NÃO PASSA DE PURO NACIONALISMO ARROGANTE.
SE TÍVESSEMOS QUE VOLTAR “ÀS ORIGENS” NÃO SERIA EM LATIM, SERIA EM HEBRAICO E ARAMAICO; NÃO FORAM ESSAS AS LÍNGUAS USADAS POR JESUS NA SUA PASSAGEM PELA TERRA?
MAS HÁ UM PORÉM. CRISTO FALOU O ARAMAICO NÃO POR QUE ESSA ERA “A LÍNGUA”, MAS PORQUE NO CONTEXTO ERA O NECESSÁRIO.
DUVIDO MUITO QUE ELE TENHA FALADO EM ARAMAICO COM SÃO FRANCISCO NO EPISÓDIO DA CRUZ DE SÃO DAMIÃO EM HEBRAICO COM SANTA MARGARIDA MARIA.
E O QUE DIZER DE NOSSA SENHORA QUE SE FAZ À IMAGEM E SEMELHANÇA DO POVO DOS PAÍSES EM QUE APARECE. ÍNDIA EM GUDALUPE, FRANCESA EM LOURDES…
E AINDA QUEREMOS INSISTIR NO USO DO LATIM?
QUE SE PARENDA, SE DIFUSE, SE CELBRE MISSAS EM LATIM, MAS NAO COMO VIA DE REGRA.
ATÉ SERIA MUITO INTERESSANTE QUE AS PARÓQUIAS RESERVASSEM UMA MISSA DOMINICAL PARA SER CELEBRADA EM LATIM. VIVVERIA-SE A UNIVERSALIDADE DA IGREJA. MAS REPITO:QUE NÃO SE QUEIRA CRIAR UMA DITADURA LATINA, POIS ISSO NÃO SERIA PELO BEM DO POVO, SERIA PELO BEM DE UM GRUPINHO.
EM RELAÇÃO À MISSA DE COSTAS.
ESSE FOI UM ERRO DE INTERPRETAÇÃO DURANTE UM LONGO TEMPO.
“REZAVA-SE” A MISSA DE FRENTE PARA O SACRÁRIO COM A JUSTIFICATIVA DE QUE NÃO ERA CORRETO VIRAR DE COSTAS PARA CRISTO.
MAS ISSO NÃO FAZ SENTIDO EM DIVERSOS PONTOS.
PRIMEIRO, PORQUE SE CRSITO ESTÁ SE FAZENDO TOTALMENTE PRESENTE NA EUCARISTIA QUE SE ESTÁ CELEBRANDO NA MISSA, ELE ESTÁ TAMBÉM ALI NO ALTAR, NÃO SÓ NO SACRÁRIO.
ORA, SE FORMOS LEVAR A FERRO E FOGO A QUESTÃO DO “DE COSTAS”, TEREMOS QUE SAIR DAS IGREJAS ANDANDO DE RÉ, PARA NÃO COMETER O ERRO DE VIRAR DE COSTAS PARA JESUS; MAS MEIA HORA DEPOIS DE SAIR DA MISSA, JÁ ESTAMOS FALANDO MAL DA VIDA ALHEIA, COM SE ISSO FOSSE MUITO LÍCITO.
É PRECISO DIZER MAIS ALGUMA COISA?
OBS:SERIA MUITO BOM QUE SE APROFUNDASSE ESSA QUESTÃO DO CRISTO QUE SE FAZ PRESENTE NA EUCARISTIA DURANTE A CELEBRAÇÃO DA MISSA, POIS PARECE NÃO ESTAR MUITO CLARO PARA MUITA GENTE ESTE PONTO.
RICARDO BECKER MAÇANEIRO
Pe. Joãozinho,
Sei o quanto é bom participar de uma missa em que o celebrante não age automaticamente. Infelizmente há alguns que parecem ter se habituado com o sagrado… Não creio que a celebração em latim mudaria alguma coisa nesse sentido. Pessoalmente, gosto muito de poder entender o que estou rezando e de ouvir a homilia numa lingua que faz parte da minha vida. Se a “primeira” missa foi o mistério da vida de Jesus: sua palavra, a última ceia, sua morte e ressureição e é isso que “celebramos”, não vejo o porquê de dever ser celebrada numa lingua diferente daquele da vida de cada um. Jesus foi mestre na arte de se comunicar numa liguagem acessível aos simples! Concordo que há celebrações que exageram no acidental e acabam por deixarem a desejar, principalmente não respeitando o silêncio e profundidades necessárias para a interiorização de quem está participando. Isto não é uma regra, mas acontece. Penso que há algo errado quando algumas pessoas dizem que vão numa missa para “participar” e noutra para cantar ou “coordenar” (já ouvi isto, mas acho ilógico…). Quanto ao estudo, é realmente essencial, mas isso independe do tipo de rito que se reza (decorrar orações em qualquer lingua e repetí-las sem colocar o coração no que se está fazendo, esvazia o sentido, tanto em português, como em latim ou grego!!! Acho que esse tipo de discução não é essencial, mas viver realmente o cristianismo, vendo Jesus nos marginalizados, dependentes químicos, presidiários, pobres, políticos, ateus tanto quanto nos que estão ao nosso lado na nossa comunidade é um desafio bem maior!!!
Grande abraço,
Simone.
Vitória, 24 de agosto de 2009
Sua benção Pe Joãozinho!
Em relação aos padres penso o seguinte. Nasci em uma comunidade católica dirigida por padres Holandeses, em Governador Valadares, MG, estudei em um colégio de padres Espanhois também em Valadares, muitos dos meus professores e o diretor da escola eram padres. E o que pude observar foi o seguinte. Quando criança achava que vocês, padres e freiras, eram seres celestiais, eu era apaixonada pelo padre Geraldo, ele falava a língua das crianças, ficava fascinada as missas celebradas por ele eram recheadas de crianças, ele realmente era divino. Depois na escola, já adolescente, me encantava com o Pe José Luis professor de matemática e orientador da escola, ele era um baixinho espetacular, engraçadíssimo, no recreio era difícil conseguir um lugarzinho para ficar ao lado dele. Pe João Frias, professor de educação artística, simplesmente um artista,tudo o que sei hoje de perspectiva, aprendi com ele. Pe Teodoro, diretor da escola e também sabia tudo da gente, eu nem precisava abrir a boca ele sabia quando eu estava alegre ou triste colocava a mão em meus ombros e mesmo com tanto trabalho tinha tempo para conversar comigo, e com todos os alunos e professores. Pe Ignácico meu professor preferido de física, eu detestava física, mas as aulas dele eram fantásticas principalmente quando ele falava do espaço e dos planetas, ninguém perdia. E nessa escola descobri que os padres são seres como nós, e o que faz alguns serem mais conhecidos que os outros é a personalidade de cada um, é o jeito de cada um ser e demonstrar seus dons. Quando um padre começa a fazer tudo aquilo que a comunidade ou os fiéis querem, não sei porque, mas dá errado. O pe que tem uma personalidade definida e que estabelece metas a serem alcançadas, dentro das doutrinas da igreja, é claro, fatalmente se destaca.
Moro em Vitória, ES, ontem foi o encerramento do I Sínodo Arquidiocesano de Vitória- ES, fui ao encerramento. E observei uma coisa muito interessante, na procissão de entrada, quando entraram os padres de Vitória e das cidades vizinhas, o povo aplaudia e gritava o nome de seus párocos, foi interessante ouvir que uns eram muito mais aplaudidos que outros. E não foi surpresa pra mim, os mais aplaudidos são os pe que agitam suas paróquias, com algum tipo de programa para jovens, crianças ou adultos. As ovelhas se alegram ao ver seus pastores, principalmente aqueles que realmente conseguem apontar a direção em meio a este mundo tão conturbado.
Acho que existem coisas que precisam ser mudadas, porque estamos em constante evolução e não temos como escapar disso.
Posso entender a preocupação do sr Antônio, pela preservação da cultura, realmente é triste ver morrer aquilo que sabemos o significado, e que nos identificamos. Escrevo para o jornalzinho da minha paróquia e a pouco tempo me pediram uma matéria sobre as Equipes de Música de nossa comunidade. E antes de procurar as equipes, fui pesquisar na internet alguma coisa sobre a música religiosa e olha o que achei:
A palavra música nasceu na Grécia, onde “Mousikê” significa “A Arte das Musas”, abrangendo também a poesia e a dança. O ritmo era o denominador comum das três artes, fundindo-as numa só.
Aproximadamente 1000 anos antes de Jesus nascer, o rei Davi usava a musica para adorar e louvar a Deus. Havia muitos instrumentos que acompanhavam as vozes. Existiam diversos ministros de musica. Havia até mesmo o animador que orientava e regia as musicas. As canções animavam o povo nas procissões em que a arca da aliança era transportada (1Cr 15,16-28)
Quando Jesus nasceu, já não se cantava da mesma maneira. O povo estava mais descuidado e a musica litúrgica havia entrado em decadência. Mas isso não significa que os judeus não cantavam em suas liturgias. O próprio Jesus cantou os salmos na última ceia antes de ir para o Jardim das Oliveiras (MT 26,30).
As primeiras comunidades cristãs não imitaram a musica do tempo de Davi. A musica mais cantada nos primórdios do cristianismo era de origem grega. Dessa maneira, a liturgia cristã foi um verdadeiro caldeirão onde se misturaram tres culturas musicais. Os cristãos começaram a cantar os salmos de Davi ao “modo” das melodias gregas em língua latina. A musica dos cristãos era um síntese perfeita de diversas culturas daquela época. Nascia da alma de diversos povos. Por isso podia ser chamada de CANTOCHAO.
Algum tempo depois, o papa Gregório Magno (590-604) transformou o cantochão na musica oficial da Igreja. Sendo conhecida como Canto Gregoriano.
Hoje em dia, o gregoriano não representa mais a síntese das nossas culturas. Por isso ele deixou de ser “cantochão”. Precisamos fazer brotar de nossa terra uma nova canção, um novo cantochão. A Igreja admitiu e estimulou isso apos o Concílio Vaticano II. Hoje precisamos compor canções com as quais o povo de uma determinada região se identifique. Mais que isso, precisamos estimular o povo a compor suas próprias canções de amor a Deus. O Espírito Santo fala todos os idiomas. Se expressa em todas as culturas. A música eleva a alma, nos deixa leves, é instrumento do Espírito Santo para nos lavar e purificar. A nova canção sobe até a Deus em forma de louvor…. na certeza da libertação.
História da Música Cristã fonte de pesquisa:
http://www.musicrista.hpg.com.br/historia.htm
Paz e Bem em Cristo Jesus
Beatriz Lobo
Sua benção Pe. Joãozinho!
1) Gostaria de saber o que é independência e autonomia para nós cristãos catolicos?
2) Em que se fundamenta as inpirações pessoais perante as a Igreja? Pois percebo que os debates criados a partir delas (inspirações pessoais) nos levam ao partidarismos e disputas. Muitas vezes, as certeza são permeadas por interesses pessoais.
3) Existe alguma regra que um ou outro é que tem o direito sobre a verdade revelada particularmente? Ela exclui da graça de Deus por não concordarmos com ela (verdade revelada particular)?
4) Se faz necessário os ataques a aqueles e daqueles que não concordam com as ideias dessas pessoas/instituições? Acredito que o desejo de Deus vai além das nossas limitações humanas; e a nossa humanidade deve ser um elo de união e contribuição para ação de Deus na Igeja.
Meu nome é Josenilton Pio da Silva Bezera, 23 anos, nascido em Belém do S. Francisco-PE, resido em Petrolina-PE, partipo da obra de evangelização Cristo Ama (fruto da RCC) e da banda Hora Nona.
Gostaria de pedir a indicação de livros para aprofundamento da Fé Catolica.
Favor, se possivel, enviar resposta támbem por e-mail.
Grato e Deus ilumini!
Padre Joãozinho: é um absurdo não reconhecermos santidade entre os protestantes
PERGUNTA
Nome: Octávio Caetano Monteiro
Local: São Paulo – SP, Brasil
Religião: Católica
Escolaridade: Pós-graduação concluída
Profissão: Engenheiro
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Prezado Prof. Orlando, Salve Maria!
Recebi de um amigo católico,um texto de título ” EVANGÉLICOS SANTOS E INTELIGENTES” excrito por um sacerdote chamado Pe. Joãozinho da canção nova, que diz que seria absurdo não reconhecermos santidade e inteligência entre os protestantes.
O Padre Joãozinho cita para afirmar a santidade dos protestantes e inteligência, o fato de um tal curso de teologia de Luteranos de ter sido o primeiro curso a ser reconhecido pelo MEC e eles possuírem o único doutorado com nota máxima pela CAPES.
Como exemplo de inteligência deixa uma carta ecumenica de uma protestante .
A Igreja sempre utilizou o Processo de Canonização.,pelos menos até a mudança apenas por uma análise de uma biografia positiva do candidato a santo,
que segue a seguinte ordem:
1) Verificava-se se o candidato à canonização como santo fora cultado sem licença da Igreja;
2) Examinava os escritos e palavras da pessoa que se pretendia canonizar
3) Examinavam os dez últimos anos de vida do candidato a santo
4) Finalmente, eram necessários milagres alcançados através do candidato a ser canonizado. Esses milagres deveriam ter sido realizados após a morte do santo
E é óbvio que os candidatoss a santo deveriam ser católicos.
Agora para o Pe. Joãzinho conforme ele escreveu, para ser santo não é necessário ser católico e muito menos uma análise profunda pela Igreja , basta o reconhecimento do MEC e avaliação da CAPES.
Sabemos que a Igreja excomungou Lutero quase quinhentos anos atrás e chamar um protestante de santo , isso sim é um absurdo. Principalmente vindo de um Padre,
que tem a obrigação de ensinar a verdadeira fé, combater o erros e heresisas para glória de Deus e salvação das almas.
Dom Bosco foi verdadeiramente um sacerdote católico, com sabedoria e santo.
Dom Bosco combateu o protestantismo.
Professor, sendo assim como pode Pe. Joãozinho da canção nova , reconhecer santidade e inteligência entre os protestantes?
Obrigado,
Octávio Monteiro
http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2009/08/05/evangelicos-santos-e-inteligentes/
Evangélicos santos e inteligentes
O comentário do “missionário” que postei ontem tá dando o que falar. Um deles resumiu o sentimento geral: “ufa… sempre as mesmas questões…” Mas pelo tom de nossos debates poderia parecer que não reconhecemos santidade e inteligência entre os evangélicos. Nada mais absurdo. O primeiro curso de teologia a ser reconhecido pelo MEC, no Brasil, foi o dos Luteranos de São Leopoldo, no RS. Eles têm o único doutorado com nota máxima pela CAPES. Aliás, falando em inteligência, acabo de receber um comentário de uma evangélica que vale a pena destacar. Veja só:
Olá padre, como está?
Já lhe disse certa vez que não pretendo fazer deste espaço um lugar p/ debates, mas tem coisas que são impossíveis de serem ignoradas. Como a opinião do tal “missionário”.
Como o senhor sabe, sou evangélica, mas me incomoda demais essa necessidade que alguns evangélicos tem de atacar os católicos. Felizmente isso não é generalizado, mas opiniões como a desse sujeito, faz com que pareçamos um bando de ignorantes e soberbos!!! Conheço muitos que, assim como eu, aprendem muito com a fé católica. Desenvolvemos e praticamos nossa fé de maneiras diferentes, e que bom, porque não somos feito de “baciada”, mas ainda assim somo filhos do mesmo Deus Altíssimo!
Só mais um desabafo: QUEM ESSE CIDADÃO PENSA QUE É P/ AFIRMAR QUE OS CATÓLICOS VÃO P/ O INFERNO???? Pelo amor de Deus!!Se ele é de fato um missinário, deve saber que só Deus conhece o coração de seus filhos, e somente Ele pode nos julgar!!! E quem foi que disse à ele que os católicos não creem na ressurreição de Jesus Cristo??? Para alguém que quer criticar, ele me parece bem desinformado.
Padre, me desculpe, mas essas coisas me entristecem e me irritam muito, porque penso que devíamos andar todos na mesma direção e no mesmo intuito que é levar a salvação através de Cristo Jesus para o mundo todo, e não perdermos tempo com esses ataques…
Peço desculpa a todos que frequentam esse blog tão abençoado, mas eu precisava falar…
DEUS ABENÇÕE A TODOS!
DEUS O ABENÇÕE SEMPRE PADRE JÃOZINHO!
ABRAÇOS
RESPOSTA
Muito prezado Octávio, salve Maria.
Esse Padre Joãozinho não tem boa doutrina. Ainda agora estamos em polêmica com ele por causa de uma entrevista dele com um tal padre Fábio de Melo, que é um horror, pelas heresias que diz. Padre Joãozinho apoiou as heresias desse padre exibida e escandalosamente galã.
Que entre os protestantes possa haver pessoas dotadas de inteligência, é possível.
Padre joãozinho deve achar que há muitos hereges inteligentes… É uma questão que se pode explicar, porque ele deve comparar outros com ele mesmo…
E que ele admire notas de doutoramento alheio, também é bem compreensível, pois ele revela um tão grande desconhecimento doutrinário, que é normal ele chegar a essa conclusão.
Mas que haja santos protestantes não é possível.
Diz São Paulo — que não foi avaliado pelas notas da Capes — que “Sem a fé é impossível agradar a Deus”(Heb, XI, 6).
Ora, os protestantes não têm Fé verdadeira. Logo, eles não podem agradar a Deus e, portanto, não podem ser santos.
Padre Joáozinho muito provavelmente desconhece que o IV Concílio de Latrão declarou infalivelmente que fora da Igreja não há salvação:
“De coração cremos e com a boca confessamos uma só Igreja, não de hereges, mas a Santa, Romana, Católica e Apostólica, fora da qual cremos que ninguém se salva”(IV Concílio de Latrão, Denzinger 423).
Desafiamos Padre Joãozinho a subscrever ou a negar publicamente essa declaração infalível do IV Concílio de Latrão.
Um forte abraço bem amigo.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20090823154146&lang=bra
Deus do céu, quanta falta de respeito!!!!!!!!
E esse assunto já não rendeu o que tinha não? Minha nossa, que necessidade esse pessoal tem de ferir, denegrir!!!!
Belo cristianismo pregam!!!!
Olá Antônio
DEUS contigo!
Padre João, a vossa bênção!
Irmãos e irmãs, DEUS convosco!
3º É chato um Padre celebrando de costas para o povo: e muito mais lícito certamente. O Sacerdote deve estar voltado para DEUS. Ou acaso a Missa não passa de um teatro onde se cultua aos homens ao invés de DEUS? É o que vemos hoje. Infelizmente. Muitos sacerdotes não fazem nem questão de celebrar a Missa que temos hoje de modo mais conveniente.
– A saber, na liturgia bizantina isso é ainda mantido, e a Divina Liturgia não se torna mais ou menos “chata” por isso, pelo contrário, mantém sua beleza, desde que se faça o devido esforço para entendê-la. Logo, há que se formar as pessoas na Liturgia para melhor compreender, participar e, principalmente, amar. “Ninguém ama o que não conhece”, já dizia um certo Aurélio Augusto…
Bem observado…
“Ninguém ama o que não conhece”
Isso é bem verdade…
Parabéns pelo post Antônio, ajudou a esclarecer muitas coisas.
Fique com DEUS!
^.^
Carissimos, com todo o respeito e antes de tudo, agradeço pelos comentários, principalmente ao Pe. Joaozinho por te-lo postado. Não, não esperava que seria agraciado…
Esqueci de dizer que a minha contribuição para a Igreja ainda é pequena, mas, talvez maior que muitos acomodados… Também esqueci de dizer que além de bacharel em música (canto) sou mestre e doutorando, concluinte, em Linguística (Fonética/Prosódia). Falo e escrevo pelo menos em oito linguas, mesmo tendo origem humilde e estudando sempre em ensino público, pois meus pais são pobres. Logo, ignorância não justifica a inação do governo ou de qualquer órgão, apesar de ser passível de perdão. Novamente parodiando os grandes compositores da MPB, “depende de nós”. Se eu quero transformar minha realidade devo dar o primeiro passo, dar o melhor de mim, confiar em Deus e não esperar que algum milagre se faça na minha frente, como passe de mágica.
Pensando assim, o nosso grupo Schola Cantorum Sancte Michael Archangele (SCSMA) aceitou o convite feito pelo Pároco da Catedral de Santo Antônio (Piracicaba-SP). Além de ter a sorte de contar com “um bando de loucos” por gregoriano, assumimos uma mussa dominical, com muito prazer, a cada segundo domingo do mês. Nós cantamos alguns cantos da missa em latim, não todos. Logo, o povo deveria participar cantando conosco na maior parte da Santa Eucaristia, pois cantamos os cantos de entrada, salmo, ofertório e comunhão em português, ousadamente sem acompanhamento, pois pressupomos que o povo conheça as mesmas canções e melodias que são executadas durante os domingos anteriores ao que nós apresentamos, e, quando isso não acontece, ensaiamos com o povo.
Daí me perguntam, mas o que acontece que o povo não canta junto? De novo, falta formação, talvez incentivo. Devo pensar que seria possível, e talvez ajudasse, a criação de Escolas Diocesanas de Música? Por que não? Existem em várias dioceses, e aqui no Brasil, não só da Europa ou USA. Mais. Mesmo sendo considerado um “nerd-rad-trad” por alguns que nem formação possuem, não sou contra o trabalho magnifico que os diversos movimentos tem com a música, entre eles os focolares e a RCC. Muito pelo contrário. Se hoje alguma coisa boa ainda existe na liturgia é devido a esses esforços, donde eu mesmo bebi nessas fontes. O problema está na formação, no exagero, na falta de discernimento em alguns casos, e de algumas pessoas. É pontual. Há que se formar e acolher quem queira participar verdadeiramente desses esforços, para somar, não dividir.
Vejo as dificuldades que existem na região central da minha cidade. Na Catedral há grupos de música que vem de outras paróquias, pois não há pessoas que atendam ao chamado para esse trabalho. Falta engajamento e compromisso, que poderiam surgir se as escolas de fé fossem convidativas e esclarecedoras, não mommentos de culto paracristão. Engraçado falar da missa em português, que deve ser valorizada, e deve. Mais engraçado é transformar a missa num culto do Rev. Moon ou algo pior, em nome da mudança litúrgica. Há que se formar o povo, repito.
Quanto a questão do latim, novamente, nosso grupo se destina não somente ao cantar na missa. Definitivamente, não só, pois tenho o esmero em ensinar ao grupo música, grego, latim e, ultimamente até um pouco do aramaico que aprendi, para possíveis atuações dentro do rito maronita. Afinal, sou foneticista, talvez alguém com formação para isso… Nosso engajamento vai além dos muros do templo… Em 2007 fizemos vários concertos de Natal, além de um concerto no Teatro Municipal de Piracicaba, onde houve canto gregoriano, canto bizantino, canto trentino (em italiano, dos alpes) e dança grega (grupo Zorbás, São Paulo). Esse foi um evento onde houve apoio da Igreja Ortodoxa Grega, onde tenho muitos amigos, incluindo o Arcebispo. Fomos inclusive elogiados pela pronúncia do grego que cantamos, do tempo de Jesus. A regente do coro trentino (Caneva), masculino, é minha amiga e metodista! Em 2008 fomos convidados para participar de outro evento misto, com dança, música popular brasileira e teatro, além de ter membros de diversas crenças, inclusive muçulmanos e ateus. Daí eu me pergunto, se não compartilhassemos do mesmo objetivo, que é trazer um pouco de alegria, informação e cultura para o povo, mostrando que nossa união que ultrapassava os limites das igrejas que pertencemos e que pode ultrapassar as culturas, sendo realmente universais, mostrando com nosso exemplo que é possível trazer paz ao mundo, esse esforço daria certo? Há que se pensar, pois mesmo entre os católicos, denro das igrejas mesmo, o discurso parece de divisão…
Novamente, nosso grupo (o SCSMA) tenta seguir o apelo que Bento XVI fez em 2007, se não estou enganado, para a valorização da cultura católica. Publico alguns textos que inclusive abordam a história do Canto Gregoriano, marcado também por disputas políticas, não litúrgicas ou sacras. Quem tiver interese nessa parte histórica ver blog acima citado. Quer mais intrinseco à cultura católica romana que o Canto Gregoriano? Tem a arte sacra, digo, pinturas, arquitetura, mesmo de cemitérios e que precisam ser também valorizados como espaços de disseminação da cultura católica… Mas, parodiando Bach, há cantos que nos colocam perto da porta dos céus, se quisermos entrar isso fica a nosso critério… E também parodiando o falecido abade da abadia premonstratense de Averbode (Bélgica), que tive a honra de conhecer pessoalmente, e que me autografou um dos discos gravados pelos padres na abadia, ao se colocar ouvir o canto poderiamos e deveriamos nos colocar em oração, mesmo sem entender muito bem o que se diz. Mas o CD dos padres norbertinos que me deu e autografou é bilingue… latim e flemish… com as Vésperas!
Por esse caminho também é bendito o comentário de Ruben Alves: “Neste momento estou ouvindo canto gregoriano. Agora entraram as vozes femininas dos meninos. Cantam em latim. Que estão dizendo? Sei lá. E nem quero saber. A beleza me basta. A beleza faz amor com o corpo. Por isso ele treme e chora. As palavras ficam na cabeça. Lembro-me do dito por Kierkegaard, um filósofo que entendia dessas coisas: ‘A Verdade não está naquilo que é dito mas como ele é dito. Deus não está na letra. Está na música.’… O canto gregoriano continua. Vai fazendo sua tarefa de sedução sensual. Penetra suavemente nos meus ouvidos como uma macia serpente de veludo, até atingir o centro da minha alma onde se localizam os meus pontos erógenos. Me entrego à melodia. Estou derrotado. Esse canto gregoriano é por certo a maior produção musical e litúrgica de todos os tempos” (do Filósofo Presbiteriano Ruben Alves).
Ainda, voltando ao Canto, na solenidade da Assunção de Maria, 15 de agosto passado, nós (SCSMA) cantamos a Missa toda em latim a convite do Pe. Cleber Danelon, que é da Pastoral Litúrgica Diocesana (Piracicaba – SP). Ele nos deu total liberdade de fazer tudo em latim, unicamente com o intuito de mostrar para a comunidade que não tem mais a oportunidade ver, a beleza do “fóssil” litúrgico, sem a pretensão de fazer a re-implantação dessa forma em todas as missas, pois era um evento extraordinário, dentro das comemorações dos quartenta anos da paróquia. Mas, e se houvesse uma missa tridentina na diocese, qual o problema? Bato de novo na tecla, que sejam formados os participantes dessa celebração, que estejam em sintonia com o Ordinário local (o Bispo Diocesano), que sigam o que o Papa e o Magistério ensinam. A missa é para o povo sim, tem que ser celebrada em venáculo, claro, mas a valorização do que se tem como tesouro milenar não deve ser rechaçado, a não ser que as inteções sejam divisórias, ou, em bom grego, diabólicas…
Enfim, esse é um universo muito amplo para almas pequenas… Há que se formar as pessoas, principalmente para não se fazer uso do discurso do Pai Nosso, inclusive, para justificar a valoriação do “vosso reino”, com “próprio”, ou ainda “meu”. Se convencemos pelo exemplo, exemplo precisamos ser.
Laudetur Iesus Christus!
(Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!)
A discussão tá interessante aqui!
Quando à valorização da cultura católica, devo dizer que cultura é algo dinâmico. O que faz parte da cultura agora, pode não fazer no futuro. A missa em latim faz parte de uma época em que não se havia unidade quanto à linguagem, pois os dialetos eram inúmeros na Europa.
Mas não vivemos na Europa dessa época. Hoje é de suma importância a comunicação. Por isso preocupa-me demais esse saudosismo do latim. Como foi dito anteriormente, é interessante para um grupo, não para todos. Não sei se as pessoas percebem que existe uma tendência de escrever e falar tudo em inglês. Isso ocorre também pela língua é simples, rápida. Eu creio firmemente que se fosse em latim, perderiímos fiéis por não entenderem o que é dito, perderíamos também a oportunidade maravilhosa da conversão de outros, pois se o latim fosse estudado, o seria por nós somente. Acho mais procedente pensarmos que é nosso dever evangelizar. Músicas de diferentes seguimentos, que atingem a todos sem preconceitos, missas acessíveis, momentos de louvor “barulhento” com momentos de louvor “silencioso”. Não é à toa que a Igreja Católica é universal. Ela abrange e respeita a todos. Como diz a Beatriz,quando cita os vários padres diferentes que encontrou em sua vida, e estendendo a todos, quando não somos nós mesmos, há algo de errado. Nem todos somos contemplativos. Nem todos somos efusivos. Mas somos todos católicos apostólicos romanos e, em nossas diferenças,somos um.
Deus não criou uma forma para todos, mas sim, joga fora a forma depois de realizada a criação. Desculpem-me o clichê, mas precisamos aprender a respeitar as diferenças. Jesus o fez lindamente, deixou todos, sem excessão, aproximarem-se Dele (mesmo quando ralhava, não mandava ninguém embora). Não tentemos afastar as pessoas Dele. Eu acho que esse tipo de atitude mais afasta do que aconchega.
Atenciosamente
Gabriela
Olá a todos, Pe. Joãozinho a sua benção!!
Estou ensaiando para comentar neste blog já faz dias. Fico lendo e me admirando com a profundidade e a dedicação de todos os fieis que aqui comentam. Espaços como este e o blog do professor Felipe Aquino têm sido muito importantes no meu crescimento de maneira geral. Por isso agradeço a todos pela contribuição.
Meu nome é Ronan, sou um músico católico. Estudei Regência Coral na Universidade Federal de Goiás mas acabei “largando” a profissão porque entendi que este dom maravilhoso que Deus me deu só poderia ser usado para Ele, portanto, consagrei toda a minha música para o Senhor, hoje estou em processo de consagração da minha vida e a da minha família também.
O que mais eu admiro em nossa Igreja é a diversidade. Ela não é expressa somente nos dons, mas ela esta presente em cada parte do corpo místico de Cristo, por isso acredito que há lugar para as diversas manifestações artísticas dentro da Missa. O que precisamos combater firmemente é a falta de cuidado com o culto. A música, sem dúvida, é um dos elementos mais importantes da Missa, pois é ela quem abre os caminhos para a palavra, por isso não deve ser executada de forma displicente. Seja ela gregoriana, ou até mesmo com influencias regionais, a música tem que sair de dentro do coração de Deus e ir direto ao coração dos fieis. O povo de Deus precisa cantar, externalizar tudo aquilo que está dentro de seu coração para prepará-lo, deixá-lo limpo para que Jesus entre de fato e preencha todos o ser dos fieis.
O que não pode acontecer é o músico desrespeitar as normas liturgicas, escolher a música porque é boa de tocar, ou porque acha linda. Mas esta tem que estar ligada ao evangelho e ao que a liturgia propoe. Não dá para o grupo cantar o Cordeiro de Deus usando a melodia da Asa Branca, é inadimissível cantar um salmo piedoso com ritmo de louvor, da mesma forma que não dá pra cantar o Glória de forma piedosa. Uma vez, num ENUCC de Goiânia, o Padre Joãozinho pediu para o baterista tocar um ritmo de Bossa Nova, eu me empolguei e lancei um acorde com sétima maior (típico deste ritmo), logo levei uma bronca (santa) do Padre, pois ele cantaria o evangelho de forma improvisada e, portanto, seria difícil de determinar a harmonia. Daí pergunto: Cantar o evangelho em ritmo de Bossa Nova, numa Missa festiva, em um encontro de Universitários é errado? na minha opinião não é de jeito nenhum. Minha mãe, na ocasião, que nem é praticante me disse: Filho, aquele Padre me surpreendeu cantando daquele jeito a ”leitura”, fiquei tão encantada que ouvi tudo o que ele disse depois. Ou seja, aquela forma foi eficaz e ”quebrou o gelo” e abriu os caminhos para a palavra de Deus.
Infelizmente o Brasil não tem uma boa educação musical, somos musicais por natureza, mas não temos uma formação que dê ao brasileiro um gosto pelas artes eruditas. Pelo contrário, nós só vemos uma música fútil e que só tem o objetivo de alienar e de comércio pelos meios de comunicação. Portanto, na minha opinião, não adianta nós querermos utilizar uma forma musical que, para a nossa realidade, não funciona. O Canto-chão ou gregoriano, mesmo sendo o canto oficial da Igreja, não é, para mim, a melhor opção para se usar em uma Missa na nossa realidade, em alguns momentos sim, como no salmo por exemplo. Mas sabemos que o canto-chão foi utilizado nos primórdios da Igreja para desvincular o grande número de convertidos, muitos romanos, das influencias de seu passado, pois as culturas romana e judaica se utilizavam de instrumentos etc, por isso, os primeiros cristãos quizeram quebrar este vínculo com uma música mais contemplativa, com menos instrumentos (até por serem feitas em catacumbas e às escondidas) daí o surgimento do canto chão que foi, posteriormente, organizado pelo Papa Gregório. Acontece que a própria Igreja foi desenvolvendo a música, colocando novas vozes com a polifonia, depois tiveram outros tipos de manifestações musicais específicas para a Igreja como as Missas clássicas e barrocas com Mozart, Bach etc…
Portanto, meus amigos, eu acredito que a Igreja sempre foi aberta para o desenvolvimento, seja ele musical ou de qualquer outra parte da Missa. O fato do Padre ficar de costas ou de frente para o povo, ou para o Santíssimo não faz diferença. Há momentos em que o padre precisa olhar para a Cabeça, mas ele tem, também, que olhar para o corpo, pois este último é mais fraco e precisa de antenção. Existem coisas que não podem ser mudadas nunca: Maria é Santíssima, é Virgem e Imaculada, o aborto é pecado mortal, gravíssimo, a camisinha é proibida sim, o padre tem que ser celibatário. Estes são pontos que realmente a Igreja e nós temos que bater o pé e discutir. Agora precisamos entender que a Igreja não é retrógrada, é uma instituição que se desenvolve e, por isso, a intenção de todas as mudanças que ocorreram nos dois mil anos de Igreja, principalmente no concilio Vaticano II, foram somente para fazer com que o culto fosse mais eficiente e, assim, pudesse levar o povo de Deus a um encontro pessoal com o Criador.
Essa é a nossa Missão: levar o mundo para a vida eterna.
Senhor que eu não coloque meus desejos à frente da Tua vontade. Abençoe a cada um que lê este blog, principalmente, ao Padre Joãozinho que é um servo consagrado Teu e faça com que todos busquem, de coração, a Tua presença santificadora. “Não a voz e sim a vontade, não ao som e sim o amor, não as cordas e sim o coração produzem o louvor que o ouvido de Deus escuta…
Que a língua sintonize com a alma e a alma se harmonize com Deus!” Sta Clara.
Prometo, essa será minha última resposta…
* Quando à valorização da cultura católica, devo dizer que cultura é algo dinâmico. O que faz parte da cultura agora, pode não fazer no futuro. A missa em latim faz parte de uma época em que não se havia unidade quanto à linguagem, pois os dialetos eram inúmeros na Europa.
— Realmente, cultura é algo dinâmico, há altos e baixos, resgates e renovação, fissuras e adesões. Acho interessante a busca por parte de pastores de todo tipo de igreja autodenominada cristã pelos tesouros culturais da Igreja Católica, como o aprender grego, hebraico/aramaico, latim, e mesmo Canto Gregoriano. Tenho vários amigos de diversas confissões religiosas que me pedem para ensinar o gregoriano, menos os católicos. Bom, vou me dedicar a eles…
Quanto aos dialetos europeus, aconselho a leitura dos trabalhos do Prof. Sylvain Auroux (http://htl.linguist.univ-paris-diderot.fr/aurouxt.htm#pub) e os trabalhos organizados pela Prof. Dra. Eni Orlandi (http://www.unicamp.br/iel/hil/arquivo.html)
* Mas não vivemos na Europa dessa época. Hoje é de suma importância a comunicação. Por isso preocupa-me demais esse saudosismo do latim. Como foi dito anteriormente, é interessante para um grupo, não para todos.
Como eu disse, fazemos um trabalho de resgate cultural. Todos são convidados a participar, nem todos entendem, nem todos gostam, nem participam… como nem todos se colocam disponíveis a organizar, ensinar, aprender sobre a Liturgia, que não se resume somente na Missa…
— Há trabalhos como o nosso em todo o mundo, e eventos que valorizam essa diversidade, como o Festival de Fez (http://www.moroccofestivals.co.uk/fes_festival_of_world_sacred_music.html), bem como a difusão, aprofundamento e conhecimento da Liturgia das Horas (www.liturgiadashoras.org) e da Missa (http://romancatholicblog.typepad.com/roman_catholic_blog/the_liturgy/), além de cursos de formação (http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=1932&keywords=canto+gregoriano).
* Não sei se as pessoas percebem que existe uma tendência de escrever e falar tudo em inglês. Isso ocorre também pela língua é simples, rápida. Eu creio firmemente que se fosse em latim, perderiímos fiéis por não entenderem o que é dito, perderíamos também a oportunidade maravilhosa da conversão de outros, pois se o latim fosse estudado, o seria por nós somente.
— Já perdemos fiéis mesmo falando e cantando em português. O inglês mesmo no mundo está em mudança, e um dos instrumentos que proporciona isso é o Rap. Esse é um dos focos de uma das minhas qualificações do meu trabalho de doutorado, em Sociolinguística. Para quem não sabe, todo doutorando em Linguística tem que defender em duas áreas distintas, e, no meu caso, são Sociolinguística e Fonética/Fonologia.
* Acho mais procedente pensarmos que é nosso dever evangelizar. Músicas de diferentes seguimentos, que atingem a todos sem preconceitos, missas acessíveis, momentos de louvor “barulhento” com momentos de louvor “silencioso”.
— Concordo.
* Não é à toa que a Igreja Católica é universal. Ela abrange e respeita a todos. Como diz a Beatriz,quando cita os vários padres diferentes que encontrou em sua vida, e estendendo a todos, quando não somos nós mesmos, há algo de errado. Nem todos somos contemplativos. Nem todos somos efusivos. Mas somos todos católicos apostólicos romanos e, em nossas diferenças,somos um.
Deus não criou uma forma para todos, mas sim, joga fora a forma depois de realizada a criação.
Não foi Deus quem criou os ritos, foram os homens (conferir: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,5023,00.html e http://en.wikipedia.org/wiki/Rite). Nem todos são católicos, mas possivelmente se envolvem com a catolicidade da Igreja.
* Desculpem-me o clichê, mas precisamos aprender a respeitar as diferenças. Jesus o fez lindamente, deixou todos, sem excessão, aproximarem-se Dele (mesmo quando ralhava, não mandava ninguém embora). Não tentemos afastar as pessoas Dele. Eu acho que esse tipo de atitude mais afasta do que aconchega.
— Eu estou me afastando do blog, para continuar com meu trabalho no estudo e no ensino, procurando na prática respeitar as diferenças, sem prolongar em discussões.
Obrigado pela oporunidade.
Antônio Pessotti
Boa noite,padre João Carlos
Alguém disse “Não se ama o que se conhece.”
Realmente,deve-se “conhecer” qual o sentido real da missa,das partes que a compõem.
Por que entoamos o cântico de entrada,pedimos perdão pelos pecados,cantamos o Glória,escutamos os salmos,as leituras, o evangelho,participamos da eucaristia,recebemos a bênção final.
Certamente, muitos desconhecem ou apenas conhecem o cerimonial daquela que lhe convém,a tridentina, como se a “outra” fosse uma “invenção” de algum progressista em divisão com a igreja.
Colocar Deus como centro independe de posicionamento do padre, mas coerência com a fé que professa,seguimento do ritual litúrgico que celebra,afinal pode-se cultuar homens estando o padre de frente ou de costas,pois demonstra-se isso mais em pensamento do que em “gestos” e como apenas Deus sabe o que vai no coração das pessoas…(…limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e intemperança…”Mateus 23).
Além disso,Jesus nos diz:
“Cegos!Qual é maior:a oferta ou o ALTAR que santifica a oferta? Aquele que jura pelo ALTAR,jura ao mesmo tempo por TUDO o que está sobre ele. Aquele que jura pelo templo,jura ao mesmo tempo por aquele que NELE habita(Veja, Jesus habita o templo e não uma “parte” dele). E aquele que jura pelo céu,jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado.” Mateus 23, 19-22.
Portanto,”de frente” o Sacerdote está voltado para Deus.
Fazer da missa um teatro é quando participamos do ritual, em atitude piedosa,achamos tudo muito bonito, culto e não colocamos
em prática NADA do que a PALAVRA de Deus nos diz.Isso é fazer a missa e o cristianismo um teatro,como diz Jesus.
Penso que antes de se preocuparem em celebrar missas em latim, as pessoas deveriam ler a bíblia,é notório que católico não a lê, aliás,há alguns que leem,mas querem “contrariar” a palavra de Deus.
Fiz um comentário baseado na bíblia e uma pessoa reclamou que eu fiz um embasamento na Palavra.Pergunto,há algo mais importante que a palavra de DEUS? Há alguém que esteja acima DELE?
Gente,o povo é manipulado não apenas pelo desconhecimento da doutrina da fé que professam, mas por empobrecimento cultural,financeiro e educacional.
Não basta apenas “corrigir” ou “cruzar” os braços ante aquilo que considero balbúrdia litúrgica se o minha atitude não condiz com a vida de Deus.
Qual é o primeiro mandamento bíblico? Quem o segue realmente?
Vejamos, quem não sente raiva ou ódio do próximo? Quem é capaz de interferir quando vir o próximo ser assaltado na rua?
Quem abre a porta de sua casa, de madrugada, para alguém que peça um prato de comida?
Qual religioso paulistano levou ajuda e palavras de consolos às famílias desabrigadas? Somente ensiná-lo a pescar?
Não!!!!!
Veja em Mateus,25:
“Então, o Rei dirá aos que estão à direita: “Vinde,benditos de meu Pai,tomai posse do Reino que vos está preparado…porque tive fome e me deste de beber…eu era peregrino e me acolheste… e quando foi que te demos de comer…”todas as vezes que fizestes isto a um de meus pequeninos…” Volta-se-á para à sequerda e lhes dirá: Retivai-vos de mim…Porque tive fome…todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos foi a mim que o deixastes de fazer.”
Prática religiosa teórica sem prática é “capenga”.
Há muitos que se preocupam com outras religiões e se esquecem de algumas passagens bíblicas importantes,as prostitutas que nos precederão na entrada do Reino, a passagem em que Jesus diz que muitos virão do Ocidente e do Oriente e verão a Glória e os filhos do Reino,não,etc.
Finalizando, o Concílio Vaticano II foi aprovado pela igreja. Católico que contesta documentos oficiais da igreja por opiniões pessoais não pode ser considerado um defensor da fé católica, mas apenas de PARTE da fé da igreja e como dizem a Igreja é Una.
Um santo abraço.
Olá a todos, Pe. Joãozinho a sua benção!!
Meu nome é Ronan, sou um músico católico. Estudei Regência Coral na Universidade Federal de Goiás mas acabei “largando” a profissão porque entendi que este dom maravilhoso que Deus me deu só poderia ser usado para Ele, portanto, consagrei toda a minha música para o Senhor, hoje estou em processo de consagração da minha vida e a da minha família também.
O que mais eu admiro em nossa Igreja é a diversidade. Ela não é expressa somente nos dons, mas ela esta presente em cada parte do corpo místico de Cristo, por isso acredito que há lugar para as diversas manifestações artísticas dentro da Missa. O que precisamos combater firmemente é a falta de cuidado com o culto. A música, sem dúvida, é um dos elementos mais importantes da Missa, pois é ela quem abre os caminhos para a palavra, por isso não deve ser executada de forma displicente. Seja ela gregoriana, ou até mesmo com influencias regionais, a música tem que sair de dentro do coração de Deus e ir direto ao coração dos fieis. O povo de Deus precisa cantar, externalizar tudo aquilo que está dentro de seu coração para prepará-lo, deixá-lo limpo para que Jesus entre de fato e preencha todos o ser dos fieis.
O que não pode acontecer é o músico desrespeitar as normas liturgicas, escolher a música porque é boa de tocar, ou porque acha linda. Mas esta tem que estar ligada ao evangelho e ao que a liturgia propoe. Não dá para o grupo cantar o Cordeiro de Deus usando a melodia da Asa Branca, é inadimissível cantar um salmo piedoso com ritmo de louvor, da mesma forma que não dá pra cantar o Glória de forma piedosa. Uma vez, num ENUCC de Goiânia, um padre pediu para o baterista tocar um ritmo de Bossa Nova, eu me empolguei e lancei um acorde com sétima maior (típico deste ritmo), logo levei uma bronca (santa) do Padre, pois ele cantaria o evangelho de forma improvisada e, portanto, seria difícil de determinar a harmonia. Daí pergunto: Cantar o evangelho em ritmo de Bossa Nova, numa Missa festiva, em um encontro de Universitários é errado? na minha opinião não é de jeito nenhum. Minha mãe, na ocasião, que nem é praticante me disse: Filho, aquele Padre me surpreendeu cantando daquele jeito a ”leitura”, fiquei tão encantada que ouvi tudo o que ele disse depois. Ou seja, aquela forma foi eficaz e ”quebrou o gelo” e abriu os caminhos para a palavra de Deus.
Infelizmente o Brasil não tem uma boa educação musical, somos musicais por natureza, mas não temos uma formação que dê ao brasileiro um gosto pelas artes eruditas. Pelo contrário, nós só vemos uma música fútil e que só tem o objetivo de alienar e de comércio pelos meios de comunicação. Portanto, na minha opinião, não adianta nós querermos utilizar uma forma musical que, para a nossa realidade, não funciona. O Canto-chão ou gregoriano, mesmo sendo o canto oficial da Igreja, não é, para mim, a melhor opção para se usar em uma Missa na nossa realidade, em alguns momentos sim, como no salmo por exemplo. Mas sabemos que o canto-chão foi utilizado nos primórdios da Igreja para desvincular o grande número de convertidos, muitos romanos, das influencias de seu passado, pois as culturas romana e judaica se utilizavam de instrumentos etc, por isso, os primeiros cristãos quizeram quebrar este vínculo com uma música mais contemplativa, com menos instrumentos (até por serem feitas em catacumbas e às escondidas) daí o surgimento do canto chão que foi, posteriormente, organizado pelo Papa Gregório. Acontece que a própria Igreja foi desenvolvendo a música, colocando novas vozes com a polifonia, depois tiveram outros tipos de manifestações musicais específicas para a Igreja como as Missas clássicas e barrocas com Mozart, Bach etc…
Portanto, meus amigos, eu acredito que a Igreja sempre foi aberta para o desenvolvimento, seja ele musical ou de qualquer outra parte da Missa. O fato do Padre ficar de costas ou de frente para o povo, ou para o Santíssimo não faz diferença. Há momentos em que o padre precisa olhar para a Cabeça, mas ele tem, também, que olhar para o corpo, pois este último é mais fraco e precisa de antenção. Existem coisas que não podem ser mudadas nunca: Maria é Santíssima, é Virgem e Imaculada, o aborto é pecado mortal, gravíssimo, a camisinha é proibida sim, o padre tem que ser celibatário. Estes são pontos que realmente a Igreja e nós temos que bater o pé e discutir. Agora precisamos entender que a Igreja não é retrógrada, é uma instituição que se desenvolve e, por isso, a intenção de todas as mudanças que ocorreram nos dois mil anos de Igreja, principalmente no concilio Vaticano II, foram somente para fazer com que o culto fosse mais eficiente e, assim, pudesse levar o povo de Deus a um encontro pessoal com o Criador.
Essa é a nossa Missão: levar o mundo para a vida eterna.
Senhor que eu não coloque meus desejos à frente da Tua vontade. Abençoe a cada um que lê este blog, principalmente, ao Padre Joãozinho que é um servo consagrado Teu e faça com que todos busquem, de coração, a Tua presença santificadora. “Não a voz e sim a vontade, não ao som e sim o amor, não as cordas e sim o coração produzem o louvor que o ouvido de Deus escuta…
Que a língua sintonize com a alma e a alma se harmonize com Deus!” Sta Clara.
Olá Padre Joãozinho, sua benção.
Percebi que moderou meu comentário sobre Canto Gregoriano neste post. Não tem problema algum, mas gostaria de saber o porque ele não foi aceito. Sei que é muito ocupado, mas se puder me orientar neste sentido eu ficaria feliz. Meu email é ronanmfilho@gmail.com
Sou um grande admirador do seu ministério e gosto muito de suas concepções e postura colocadas neste blog.
Deus abençoe
Ronan
Brasília DF
Olá.
Sou Mestre em Teologia Litúrgica pela PFTNSA, e fiquei muito satisfeito em poder vir ao site e descobrir que a Liturgia é toda imutável e deve ser mantida exatamente como está, já que Cristo inclusive falava latim e nos deixou a bela liturgia tridentina para ser seguida.
Peço-vos o especial favor de corrigirem as informações errôneas a respeito contidas na SC e na IGMR, onde se lê justamente o contrário.
E louvo-vos pela flexibilidade e correção: não fossem vós, passaria eu toda a minha vida iludido com um papel assinado em nome do Papa dizendo que o que ensinam nos cursos pontifícios de Mestrado é correto.
Louvores e Glórias a ti, Antonio.
Oi Padre gostaria de dizer que estou na caminhada a 20 anos e sou feliz porque quando voltei para igreja encontrei à renovada e falando a minha lingua, não consigo me ver na nossa igreja e a missa sendo rezada em latim.