Responde a rumores que circulam na mídia

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 27 de agosto de 2009 (ZENIT.org).- O colaborador mais próximo de Bento XVI desmentiu os rumores promovidos pela mídia, que assegura uma suposta intenção do Papa de “retroceder” no caminho de aplicação do Concílio Vaticano II.

O cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, em uma entrevista concedida à edição italiana de L’Osservatore Romano do dia 28 de agosto, esclarece debates surgidos por revelações de supostos documentos, desmentidos pela Santa Sé, interpretados como uma volta atrás por parte do Papa, sobretudo em matéria litúrgica.

“Para compreender as intenções e a ação de governo de Bento XVI, é necessário remontar-se à sua história pessoal – uma experiência variada que lhe permitiu passar pela Igreja conciliar como autêntico protagonista – e, uma vez eleito Papa, lembrar também do discurso de inauguração do pontificado, do dirigiu à Cúria Romana no dia 22 de dezembro de 2005 e dos atos precisos que ele quis e confirmou (às vezes pacientemente explicados)”, começa dizendo o purpurado.

“As demais elucubrações e rumores sobre supostos documentos de retrocesso são pura invenção, segundo um clichê apresentado continuamente com obstinação.”

O cardeal cita “algumas instâncias do Concílio Vaticano II que o Papa promoveu constantemente com inteligência e profundidade de pensamento”.

Em particular, “a relação mais compreensiva instaurada com as igrejas ortodoxas e orientais, o diálogo com o judaísmo e com o islã, com uma recíproca atração, que suscitaram respostas e aprofundamentos como nunca antes teriam sido registrados, purificando a memória e abrindo-se às riquezas do outro”.

“Além disso, agrada-me sublinhar a relação direta e fraterna, assim como paternal, com todos os membros do colégio episcopal nas visitas ad limina e nas demais numerosas ocasiões de contato.”

“É preciso recordar a prática que empreendeu de intervenções livres na assembleia dos sínodos, com respostas pontuais e reflexões do próprio pontífice.”

“Não podemos esquecer tampouco do contato direto instaurado com os superiores dos dicastérios da Cúria Romana, com quem ele estabeleceu encontros periódicos de audiência.”

A reforma, uma questão de coração

No que se refere à “reforma da Igreja”, o cardeal considera “que é sobretudo uma questão de interioridade e santidade”.

Por este motivo, assegura, o Papa se concentra em recordar “a fonte da Palavra de Deus, a lei evangélica e o coração da vida da Igreja: Jesus, o Senhor conhecido, amado, adorado e imitado”.

É por isso que ele está preparando neste momento o segundo volume do seu livro “Jesus de Nazaré”.

No concernente às intervenções do Papa sobre a Cúria Romana, o cardeal explica que, no tempo que tem de pontificado, Bento XVI “realizou 70 nomeações de superiores dos diferentes dicastérios” vaticanos, sem contar as de bispos e núncios no mundo.

Neste sentido, anuncia para um futuro próximo “nomeações importantes” nas quais estarão representadas as “novas Igrejas: a África já ofereceu e oferecerá excelentes candidatos”, afirma.

O cardeal adverte sobre o erro de atribuir ao Papa todos os problemas da Igreja no mundo e todas as declarações dos seus representantes.

“Uma correta informação exige que se atribua a cada um (unicuique suum) a própria responsabilidade pelos fatos e palavras, sobretudo quando estes contradizem abertamente os ensinamentos e exemplos do Papa”, recorda aos jornalistas.

7 Comentários

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  2. Júnior Brito

    O Papa padre, é um dos maiores interessados nas mudanças que se DEUS quiser virá,o descurso é muito bonito do padre Bertone, mais não é a realidade, vamos esperar o começo das reunões.
    né verdade?

    D. Alfonso de Galarreta, FSSPX, liderará o diálogo com Roma

    El hispano-argentino Mons. Alfonso de Galarreta ha sido nombrado presidente de la Comisión de Teólogos de la FSSPX a cargo de las discusiones doctrinales con Roma. Su papel será el coordinar y dirigir los encuentros con la comisión designada por la Santa Sede. Como actualmente se encuentra a cargo del Seminario Nuestra Señora Corredentora de La Reja, Argentina, único de habla hispana, deberá repartir su tiempo entre estas funciones de director y los viajes a Europa que ésta y otras obligaciones le demanden.

    De bajo perfil, es sabido que sostiene posiciones doctrinales duras, poco, casi nulo trato con la prensa y un estilo pastoral que le ha ganado el respeto de fieles y clero en toda la fraternidad, particularmente por su habilidad como persona de consejo y la claridad en la exposición de su pensamiento. Si bien su intransigencia doctrinal está fuera de discusión, se caracteriza por sus actitudes razonables y de un experimentado realismo.

    Según fuentes cercanas a la FSSPX, permanecería destinado en la Argentina hasta que la marcha de las discusiones determine si sus funciones europeas le insumen demasiado tiempo como para atender el Seminario.

    Se ha confirmado, asimismo, la reelección del Superior de Distrito América del Sur, R. P. Christian Bouchacourt por un período de seis años normalmente. Los cargo de superior de distrito tienen términos fijos, en cambio los de director de seminario no están delimitados por un período prefijado.

    La actual imposibilidad práctica de que Mons. Williamson realice tareas apostólica dado el acoso de la prensa y su situación legal ha generado una recarga de trabajo sobre los otros tres obispos coadjutores de la FSSPX.

    Las discusiones doctrinales comenzarían presumiblemente después de verano europeo, sin fecha fija todavía definida.

  3. BENTO XVI DEFENDE CONCÍLIO VATICANO II E CONDENA NEGACIONISMO ANTISSEMITA

    O jornal vaticano esclarece informações sobre a renovação das excomunhões

    CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 26 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O compromisso de Bento XVI na aplicação do Concílio Vaticano II não muda pelo fato de ter levantado as excomunhões de quatro bispos consagrados por Dom Marcel Lefebvre em 1988, esclarece o jornal da Santa Sé, constatando a criação de um «caso de mídia».
    Carlo Di Cicco, subdiretor do L’Osservatore Romano, considera que nestes dias os meios de comunicação se equivocaram quando, «com precipitação, culparam Bento XVI não só de ter cedido a posições anticonciliares, mas inclusive de cumplicidade ou ao menos imprudência ao apoiar teses negacionistas sobre a Shoá», o Holocausto judaico.
    O jornal vaticano se referia à polêmica surgida horas antes de a Santa Sé anunciar a revogação da excomunhão, quando meios de comunicação republicaram declarações que havia pronunciado em novembro à televisão sueca um dos bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X reabilitados, Dom Richard Williamson, adotando pessoalmente teses «negacionistas».
    Imediatamente depois, a Rádio Vaticano declarou que se tratava de «posições pessoais, que não podem ser compartilhadas e que não afetam o Magistério pontifício nem as posições da Igreja solenemente enunciadas em várias ocasiões».
    Segundo o L’Osservatore Romano, a atribuição ao Papa dessas declarações que não lhe correspondem foi desmentida por ele mesmo neste domingo, jornada de encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos e por ocasião do Ângelus.
    Bento XVI afirmou que «entre nós, os idosos certamente não esquecem» o primeiro anúncio do Concílio Vaticano II feito por João XXIII, em 25 de janeiro de 1959, há exatamente 50 anos, um gesto que o Papa definiu como «decisão sábia» sugerida pelo Espírito Santo.
    Precisamente, declara o jornal vaticano, a revogação da excomunhão deve ser entendida como um gesto que se enquadra no espírito do Concílio Vaticano II.
    «A reforma do Concílio não se aplicou totalmente, mas já está tão consolidada na Igreja Católica que não pode entrar em crise por um gesto magnânimo de misericórdia, inspirado, também, no novo estilo de Igreja promovido pelo Concílio, que prefere o remédio da misericórdia ao da condenação», explica o subdiretor.
    «A revogação que suscitou tantos alarmes não conclui um caso doloroso como o cisma lefebvriano – declara o jornal. Com ela, o Papa elimina pretextos para infinitas polêmicas, enfrentando o autêntico problema: a aceitação plena do magistério, inclusive, obviamente, o Concílio Vaticano II.»
    «Ainda que seja verdade que a Igreja Católica não nasce com o Concílio, é verdade também que a Igreja, renovada pelo Concílio, não é uma Igreja diferente, mas a mesma Igreja de Cristo, fundada sobre os apóstolos, garantida pelo sucessor de Pedro e, portanto, parte viva da tradição.»
    «Com o anúncio do Papa João, a tradição não desaparece, mas continua ainda hoje segundo as formas próprias de uma pastoral e de um magistério atualizado pelo último grande Concílio.»
    L’Osservatore Romano considera que tampouco é justo dizer que o Papa «não está convencido do caminho ecumênico e do diálogo com os judeus. Os compromissos estratégicos de seu pontificado estão à luz do sol e cada um dos atos pastorais e de magistério avançam claramente na aplicação da estratégia anunciada no momento de sua eleição».
    «O diálogo é parte constitutiva da Igreja conciliar e Bento XVI repetiu em várias ocasiões, e agora voltaram a fazê-lo, que o ecumenismo exige a conversão de todos – também da Igreja Católica – a Cristo. Em uma Igreja convertida, ‘as diversidades deixarão de ser um obstáculo que nos separa e passarão a ser uma riqueza na multiplicidade das expressões da fé comum’.»
    «A revogação da excomunhão não significa ainda a plena comunhão – acrescenta o jornal. O caminho de reconciliação com os tradicionalistas é uma opção colegial já conhecida pela Igreja de Roma, e não um gesto repentino e imprevisto de Bento XVI.»
    «Da aceitação do Concílio se deriva necessariamente também a clara posição sobre o negacionismo. A declaração Nostra aetate, o mais autorizado giro católico com relação ao judaísmo, deplora ‘os ódios, perseguições e manifestações de antissemitismo de qualquer tempo e pessoa contra os judeus’.»

    Fonte: http://www.zenit.org/article-20646?l=portuguese

  4. Júnior Brito

    RICARDO

    A MUDANÇA É PAULATINA NÃO VAI SER NUM TOQUE DE MÁGICA, AOS POUCOS O PAPA VAI RECOLOCANDO AS COISAS NOS DEVIDOS LUGARES, COMEÇOU COM A LIBERAÇÃO DA MISSA EM LATIM, DEPOIS AS EXCOMUNHÕES DOS BISPOS, ENVIOU UMA CARTA AOS BISPO DA ALEMANHA REFERINDO-SE A RESPEITO DAS EXCOMUNHÕES DIZENDO QUE NÃO PODERIA DESCONSIDERAR GRANDE CONTRIBUIÇÃO DADA PELA FSSPX, AGORA SENTAR PARA CONVERSAR A RESPEITO DE UM CONCÍLIO, VC NÃO ACHA QUE O SIMPLES FATO DE SE CONVERSAR SOBRE UM CONCÍLIO JÁ É O SUFICIENTE EM ACHAR QUE ALGO ESTÁ ERRADO COM ELE, O PAPA PREPARA O POVO PARA PARA FUTURAS MUDANÇAS NA MENTALIDADE DO QUE É A IGREJA.

    QUE DEUS CONDUZA O PAPA NESSA GRANDE REESTRUTURAÇÃO DA SANTA AMADA CATÓLICA APOSTÓLICA IGREJA DE CRISTO.

  5. Caro Junior Brito, paz!

    Penso que o aprofundamento das questões do Vaticano II, deve-se ao fato de que suas indicações não foram totalmente assimiladas. A história mostra que leva-se muitos anos para a assimilação de um Concílio, com não poucas interpretações errôneas. Por isso o Papa colocou-se a favor da hermenêutica da continuidade, em perfeita sintonia com que a Igreja sempre ensinou. Isso não significa que o presente Concílio Vaticano II seria cancelado ou revogado.

    Permaneçamos com a Igreja, com Bento XVI. A obediência é que nos leva aos céus!

    Vivat Cor Jesu per Cor Mariae!

  6. MEDIDAS CONTRÁRIAS AO VATICANO II? BOATOS SEM FUNDAMENTO, AFIRMA CARDEAL BERTONE

    Cidade do Vaticano, 28 ago (RV) – O cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, o mais próximo colaborador de Bento XVI, desmentiu categoricamente os boatos divulgados por alguns meios de comunicação, segundo os quais o Santo Padre estaria para “retroceder” nas diretrizes aprovadas (e aplicadas) pelo Concílio Vaticano II.

    Em entrevista à edição desta quinta-feira, do jornal “L’Osservatore Romano”, o purpurado esclarece uma questão nascida da revelação de supostos documentos, imediatamente desmentidos pela Santa Sé, que seriam interpretados como um retroceder do papa, no que diz respeito à aplicação das decisões aprovadas pelo Concílio ecumênico Vaticano II, em particular no que diz respeito à matéria litúrgica.

    “Para compreender as intenções e ações do pontificado de Bento XVI – afirma o Cardeal Bertone − é preciso, antes de tudo, fazer uma retrospectiva de sua história pessoal – uma experiência variada, que lhe permitiu viver a Igreja conciliar como autêntico protagonista. Depois, uma vez eleito à cátedra de Pedro, é preciso recordar e considerar todos os seus pronunciamentos e atos.”

    Todo o restante – assegura o cardeal secretário de Estado – “não passa de elucubrações e boatos sem fundamento”. E esses supostos documentos de retrocesso “não passam de pura invenção, elaborada segundo um clichê apresentado obstinada e continuamente”.

    Na entrevista, o cardeal cita “algumas instâncias do Concílio Vaticano II que Bento XVI promoveu, constantemente, com inteligência e profundidade de pensamento”. Em particular, “a relação mais compreensiva instaurada com as Igrejas ortodoxas e orientais, e o diálogo com o Judaísmo e com o Islamismo”, que “suscitaram respostas e aprofundamentos como nunca se registrara, purificando a memória e abrindo-se às riquezas do outro”.

    O Cardeal Bertone conclui suas declarações, advertindo para o erro de se atribuir ao papa todos os problemas da Igreja no mundo e todas as declarações de seus representantes.

    “Uma correta informação − sublinha − exige que se atribua a cada um (unicuique suum) a própria responsabilidade pelos atos e palavras, sobretudo quando esses atos e essas palavras contradizem, ostensivamente, os ensinamentos e exemplos do papa.” (AF)

    Fonte:http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=312406

  7. JÚNIOR BRITO

    PREZADO RICARDO,
    NUNCA NA HISTÓRIA DA IGREJA CATÓLICA UM CONCÍLIO FOI QUESTIONADO POR OUTRO, PORQUE SE ENTENDE QUE UM CONCÍLIO DOGMATICO O PAPA EXESCE DE FORMA INFALÍVEL AS VERDADES DE DEUS, PORQUE ISSO ACONTECE: PELO SIMPLES FATO DO BISPO EM QUESTÃO ESTA APENAS REPRESENTANDO A VONTADE DO ESPIRITO SANTO, NÃO É O BISPO E SIM O ESPIRITO SANTO QUE ESTABELECE A VONTADE DE DEUS,
    QUANDO FALO, FALO DE CONCÍLIO DOGMÁTICO,QUE NÃO É O CASO DO VATII,
    E IMAGINA QUANDO UM CONCÍLIO QUE NÃO É DOGMÁTICO ESTABELECE UMA VERDADE DESCONSIDERANDO TODOS OS OUTROS CONCÍLIOS, QUE SÃO DOGMÁTICOS.
    É POR ISSO QUE É O ÚNICO CONCÍLIO DA HISTÓRIA DA IGREJA, QUE ESTÁ SENDO REAVALIADO PELAS SUAS AMBIGUIDADES E RUPTURAS.

  8. Caríssimo Junior Brito, a paz esteja contigo!

    O Papa Leão X, que guiou a Igreja na época da Renascença, que excomungou Martinho Lutero por suas 95 teses contrárias à Igreja, condena a atitude de quem quer minar ou rechaçar QUAISQUER concílios aprovados pela Igreja.

    O Papa Leão X condenou: “Um meio foi dado a nós para enfraquecer a autoridade de Concílios, para contradizer seus atos livremente, julgar seus decretos e corajosamente confessar tudo o que pareça verdade, seja o que for que tenha sido aprovado ou desaprovado por qualquer Concílio” (SS. PAPA LEÃO X, Bula Exsurge Domine, erro condenado nº 29).

    Leão X está falando de Concílios (Tanto dogmáticos quanto pastorais) e não está fazendo distinção.
    Um Concílio Ecumênico legítimo não pode trair a Fé da Igreja, e o Concilio Vaticano II é Ecumênico e Legítimo, então ele não pode trair a fé da Igreja, como alguns pretendem. O Concílio Vaticano II não alterou a Fé da Igreja. A expressão “A Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica” não está em contradição com “A Igreja de Cristo é a Igreja Católica e somente Ela”.
    Vejamos o Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 816:
    §816 “A única Igreja de Cristo (…) é aquela que nosso Salvador depois de sua Ressurreição, entregou a Pedro para que fosse seu pastor e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la… Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na ( “subsistit in”) Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”:
    O Decreto sobre o Ecumenismo, do Concílio Vaticano II, explicita: “Pois somente por meio da Igreja católica de Cristo, ‘a qual é meio geral de salvação’, pode ser atingida toda a plenitude dos meios de salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança somente ao Colégio Apostólico, do qual Pedro é o chefe, a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de que alguma forma, já pertencem ao Povo de Deus”.

    Um abraço!

    Vivat Cor Jesu per Cor Mariae

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