Impressionante como existem “protestantes” católicos. Depois de algum tempo de debates aqui no BLO eles finalmente reconhecem que não conseguem aceitar o Concílio Vaticano II e se reconhecem como “protestantes” contrários ao atual Magistério da Igreja. Um deles acaba de dizer que não mais visitará o BLOG. Que pena. O debate estava interessante e sereno.

Pe. Joãozinho,

Agora ficou complicado!

V. Rev. pergunta o que vem a ser a Igreja?

Estava me convencendo – no início das discussões – que se tratava apenas de um pequeno “escorregão” em palavras ditas em conversa informal de um programa de televisão!

Mas percebo que a situação de V. Rev. vai se complicar!

“O QUE É A IGREJA? Se a consideramos somente uma BARCA INSTITUCIONAL, então quem estiver inscrito na INSTITUIÇÃO se salva… os outros não. Algumas igrejas evangélicas também caem neste erro de alguns tradicionalistas católicos. Isto não é DOGMA da Igreja Católica. A Igreja vai além de sua dimensão visível, institucional. Ela é MISTÉRIO; é SACRAMENTO UNIVERSAL DE SALVAÇÃO (Lumen Gentium). Neste sentido é preciso entender as diversas figuras da Igreja: videira, luz, sacramento, corpo místico etc.”

V. Rev. prega como um protestante, e não como um padre. Ouvi estas mesmas palavras, que V. Rev. usa, de um pastor de uma dessas seitas protestantes no Estado de Santa Catarina.

A partir de hoje, deixo de visitar seu blog.

V. Fé não é católica.

Ao final de meus comments sempre finalizei com um “PAX”, como ensinado por nosso Senhor: “ofereça a paz!”!

Mas não retornando a PAX, sacudo minhas sandálias dessa “cidade”, para que nem o pó dela o leve comigo.

Fernando Firmino

6 Comentários

  1. Padre Joãozinho, o sr. se espanta?? Fernando Firmino é da seita Montfort. É protestantismo mesmo. O Fedeli já é considerado o Lutero do Brasil.

  2. Ora, ora, Padre Joãozinho contra santo Agostinho.
    Mas… DE NOVO?!?!? =D

    Não traduzirei porque Padre Joãozinho entende italiano.

    DISCORSO 75
    SULLE PAROLE DEL VANGELO DI MT 14, 24-33:
    “LA NAVICELLA FRATTANTO ERA SBATTUTA DAI FLUTTI
    IN MEZZO AL MARE” ECC.

    La barca sbattuta dalla tempesta.

    3. 4. Frattanto la barca che trasporta i discepoli, cioè la Chiesa, è agitata e scossa dalle tempeste delle avversità, e non cessa il vento contrario, cioè il diavolo che le si oppone e si sforza d’impedirle di giungere alla tranquillità del porto. Ma più potente è Colui che intercede per noi. Poiché in mezzo a queste nostre tempeste, che ci travagliano, egli ci dà fiducia venendo verso di noi e confortandoci; quando siamo turbati badiamo soltanto di non uscire dalla barca e gettarci in mare. In realtà anche se la barca è sbattuta è tuttavia sempre una barca. Essa sola porta i discepoli e accoglie Cristo. È vero, essa corre pericolo nel mare, ma senza di essa uno va in perdizione. Rimani perciò ben saldo nella barca e prega Dio. Quando non approdano ad alcun risultato tutti gli accorgimenti e sono insufficienti le manovre del pilota e le stesse vele spiegate possono apportare più pericolo che utilità; quando non si può più fare affidamento su ogni specie d’aiuti e di forze dell’uomo, ai passeggeri non resta altro che intensificare le preghiere e implorare l’aiuto di Dio. Colui il quale dà ai naviganti la possibilità di arrivare al porto, abbandonerà forse la propria Chiesa senza condurla alla tranquillità?.

    http://www.augustinus.it

  3. BENTO XVI: RITO EXTRAORDINÁRIO EM LATIM NÃO SE OPÕE AO CONCÍLIO

    Afirmou aos jornalistas do vôo papal antes de aterrissar na França

    PARIS, sexta-feira, 12 de setembro de 2008 (ZENIT.org).- É infundado ver na publicação do «motu proprio» sobre o rito extraordinário da missa em latim, como se celebrava antes do Concílio Vaticano II, uma volta atrás, afirmou nesta sexta-feira o Papa Bento XVI aos jornalistas que o acompanhavam durante o vôo papal à França.
    Como é tradicional, o Papa se aproximou dos 70 jornalistas que o acompanhavam no avião e respondeu, durante cerca de 10 minutos, quatro perguntas, antes de aterrissar no aeroporto parisiense de Orly.
    Liturgia
    Diante da pergunta de se é um retrocesso para a Igreja a publicação do motu proprio Summorum Pontificum sobre o rito extraordinário em Latim na missa (7 de julho de 2007), o Papa explicou que «é um medo infundado, pois este ‘motu proprio’ é simplesmente um ato de tolerância, com um objetivo pastoral, para pessoas que foram formadas nesta liturgia, que a amam, que a conhecem e querem viver com esta liturgia».
    «É um pequeno grupo, pois supõe uma formação em latim, uma formação em certa cultura. Mas me parece uma exigência normal da fé e da pastoral para um bispo de nossa Igreja ter amor e tolerância por estas pessoas e permitir-lhes viver com esta liturgia», reconheceu o Papa.
    «Não há oposição alguma entre a liturgia renovada pelo Concílio Vaticano II e esta liturgia. Cada dia, os padres conciliares celebraram a missa segundo o rito antigo e, ao mesmo tempo, conceberam um desenvolvimento natural para a liturgia em todo este século, pois a liturgia é uma realidade viva, que se desenvolve e que conserva em seu desenvolvimento sua identidade.»
    «Portanto, há certamente acentos diferentes, mas uma identidade fundamental que exclui uma contradição, uma oposição entre a liturgia renovada e a liturgia precedente. Creio que existe uma possibilidade de enriquecimento pelas duas partes.»
    «Está claro que a liturgia renovada é a liturgia cotidiana do nosso tempo», concluiu.
    Laicidade
    A primeira pergunta havia sido sobre a laicidade. O jornalista perguntou ao Papa se por causa desta visão da separação entre a Igreja e o Estado a França está perdendo sua identidade cristã.
    «Parece-me evidente hoje que a laicidade não está em contradição com a fé. Eu diria inclusive que é um fruto da fé, pois a fé cristã era, desde o início, uma religião universal, portanto, não se identificava com um Estado e estava presente em todos os Estados.»
    «Para os cristãos, sempre estava claro que a religião e a fé não eram políticas, mas que faziam parte de outra esfera da vida humana, indicou. A política, o Estado, não eram uma religião, mas uma realidade profana com uma missão específica e as duas deviam estar abertas mutuamente.»
    Neste sentido, o Papa disse aos cristãos de hoje neste mundo secularizado: «é importante viver com alegria a liberdade de nossa fé, viver a beleza da fé, e mostrar ao mundo de hoje que é belo ser crente, que é belo conhecer Deus, Deus com um rosto humano em Jesus Cristo, mostrar a possibilidade de ser crente hoje, e inclusive que é necessário para a sociedade de hoje que haja homens que conhecem Deus e que, portanto, possam viver segundo os grandes valores que Ele nos deu e contribuir com a presença de valores que são fundamentais para a construção e sobrevivência de nossos Estados e sociedades».
    Amigo da França
    Outra pergunta dos jornalistas permitiu ao Papa confessar sua admiração pela França e sua cultura.
    «Amo a França, a grande cultura francesa, sobretudo, claro está, as grandes catedrais, e também a grande arte francesa, a grande teologia.»
    Após recordar que manteve contatos com alguns dos maiores teólogos e pensadores franceses do século XX, confessou que esta bagagem de amizades e experiências: «determinou realmente, de maneira profunda, meu desenvolvimento pessoal, teológico, filosófico e humano».
    Lourdes
    Por último, o Papa falou do motivo central de sua viagem ao país, a visita a Lourdes por ocasião dos 150 anos das aparições da Virgem Maria.
    O dia da festa de Santa Bernadete, a jovem testemunha destas aparições, «é também o dia de meu nascimento. Por este motivo, eu me sinto muito próximo dessa pequena santa, dessa pequena jovem, pura, humilde, que falou com Nossa Senhora».
    «Encontrar esta realidade, esta presença de Nossa Senhora em nossa época, ver os passos dessa pequena jovem que era amiga de Nossa Senhora e, por outro lado, encontrar Maria, sua Mãe, é por outro lado um acontecimento muito importante para mim.»
    «Naturalmente, não vamos para encontrar milagres. Vou para encontrar o amor da Mãe, que é a verdadeira cura para todas as dores e para ser solidário com todos os que sofrem, no amor da Mãe. Este me parece um sinal muito importante para a nossa época», declarou.
    O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé, pediu aos jornalistas que viajavam com o Papa que apresentassem as perguntas por escrito. Foram lidas em francês e o Papa respondeu neste idioma.
    Segundo declarou o Pe. Lombardi, estas 4 respostas «deram verdadeiramente um tom, uma inspiração a quem deseja acompanhar o Santo Padre, compreendendo verdadeiramente o espírito de sua peregrinação e de sua visita à França».
    Jean-Marie Guénois, correspondente do jornal «Le Figaro», que se encontrava no avião pontifício, explicava que em seu encontro com os jornalistas, «o Papa parecia muito sereno e em boa forma».

    Fonte: http://www.zenit.org/article-19453?l=italian%C3%83%C6%92%C3%86%E2%80%99%C3%83%E2%80%9A%C3%82%C2%B9

  4. Começa a ser interessante esclarecer qual seu objetivo ao continuar a escrever posts sobre documentos do Concílio Vaticano II, o que sempre levanta polêmica com os católicos ditos tradicionalistas.
    O objetivo é instruir a todos os católicos, tornar evidente a postura quase cismática dos tradicionalistas ou tentar convencer os próprios tradicionalistas?
    Diversas pessoas já lhe escreveram pedindo para parar, alguns padres inclusive. No entanto, o senhor continua a travar uma, digamos assim, batalha. Não entendo.
    É claro que um sacerdote pode citar os trechos dos documentos oficiais da Igreja(tem todo o direito a isso, evidentemente), mas será oportuno, sábio, sensato fazer isso, nesse momento, considerando os acirrados debates já existentes? Não seria melhor evitar os temas mais polêmicos, por uns dias, para depois retornar às postagens?
    Estar-se-ia, com essa postura, querendo provar aos tradicionalistas que o atacaram que o senhor possui comunhão com a Igreja(fato esse de que nunca duvidei e sinceramente não entendo como se pode duvirdar)? Seria um gesto de legítima defesa? Ou seria um gesto de caridade, insistir, insistir, insistir, para ver se a razão retorna aos seus detratores?
    Serão esses tempos de discernimento para todos nós, leitores do blog e blogueiro?
    De toda sorte, é forçoso reconhecer que aprendemos um bocado. Sobre Eucaristia, filosofia (substância e acidente), sentido do ecumenismo, unidade entre os cristão, salvação dentro e fora da Igreja, real sentido dos termos Sacramentum e Mysterium…
    Findo com outra pergunta: será que o fato de termos aprendido isso tudo não justifica, por si só, todos esses posts? Afinal, tem-se católicos mais instruídos…
    Esses seus debates, Padre Joaozinho, dão literalmente o que falar!!!!

  5. Fausto Ramos

    Se existem protestantes do Concilio Vaticano II, existem também os protestantes dos quase vinte séculos anteriores ao CVII, ja’ que um resulta da negação do outro. Façamo-nos uma pergunta, de forma bem sincera: se o CVII nunca tivesse existido, em que outro lugar poder-se-ia encontrar apoio às idéias que dele se originaram? Se os papas anteriores ao CVII condenaram afirmações como:
    – “A revelação divina é imperfeita e. portanto, sujeita ao progresso contínuo e indefinido que corresponde ao progresso da razão humana.”
    – “No culto de qualquer religião podem os homens achar o caminho da salvação eterna e alcançar a mesma eterna salvação.”
    – “O protestantismo não é senão outra forma da verdadeira religião cristã, na qual se pode agradar a Deus do mesmo modo que na Igreja Católica.”
    … hoje os defensores do CVII se baseam justamente na concordância destas, mesmo que os proprios documentos do concilio não o afirmem explicitamente, mas indiretamente por interpretações as mais diversas.
    Deixo algumas questões inquietantes para todos os leitores deste post:
    1) A noção do que seja certo ou errado muda com o tempo?
    2) Seria pecado mortal não aceitar o Concilio Vaticano II, mas aceitar a sua antitese (o syllabus)?
    3) A evolução dos ensinamentos da Igreja poderiam permitir em breve o casamento dos padres e a sagração de “padras”, o aceite irrestrito de desvios morais como homosexualismo e o aborto, em um processo semelhante ao que acontece hoje à igreja anglicana? Até que ponto poderia ir esta evolução, antes de ser considerada uma degeneração?

  6. O Fausto Ramos disse tudo!
    Poderemos concluir que a diferença entre o cvll e os anteriores, é exatamente a ruptura com a continuidade magisterial.
    Vemos claramente que assim como o cvll não fez questão de ser dogmático e sim pastoral, todos os “seguidores” desse concílio seguirão a mesma linha de raciocínio.
    A permissividade será tamanha que chegará ao cúmulo da heresia.

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