Duas vezes por ano os bispos da Província Eclesiástica de Aparecida se reúnem com a direção da Faculdade Dehoniana. Hoje a tarde acontece uma destas reuniões. O diálogo fraterno representa uma oportunidade de partilha. Certamente um dos temas principais desta vez vai ser o resultado da visita ad limina (a Roma). Os bispos acabaram de voltar e devem estar cheios de idéias.
Estamos no 1º domingo do Advento. O ano litúrgico não coincide com o ano civil. Com o domingo do CRISTO REI, terminou o ano litúrgico. Agora começamos um tempo novo. É um tempo grávido de muitas expectativas, mas a maior dela é que Jesus nunca pare de nascer de novo. Deus nos salva nascendo permanentemente na história, por meio da ãção do seu Espírito nos sacramentos, na Igreja, no povo de Deus.
— EVANGELHO DO DIA —
Evangelho segundo S. Lucas 21,25-28.34-36.
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;
os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»
«Tende cuidado convosco: que os vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, a embriaguez e as preocupações da vida, e que esse dia não caia sobre vós subitamente,
como um laço; pois atingirá todos os que habitam a terra inteira.
Velai, pois, orando continuamente, a fim de terdes força para escapar a tudo o que vai acontecer e aparecerdes firmes diante do Filho do Homem.»
Gosto é gosto. Tenho gostado de muita coisa recente na musica popular produzida no Brasil. Outros são subproduto que o marketing de cada dia produz para vender plástico musical (CDs). Nem tudo dá para ouvir. Há letras que são simplesmente proibidas para menores. Outros exigem um sensual mexe e remexe que são verdadeiros estupros sociais. Diante deste mar de lama repetitiva e pornográfica, surgem cantadores populares que ainda têm coragem de cantar o amor de maneira simples e bela. Ainda existem românticos que cantam a lua, as estrelas, as coisas bonitas do interior. Falam até que vão não missa… Mas alguém que cante isso pode fazer sucesso? Estou falando de VICTOR E LEO. “Não posso negar” que aquele violão-aço no melhor estilo Dire Streits (confira: http://www.youtube.com/watch?v=RPGlqSURRww&feature=PlayList&p=077CFE0F16FC8EE5&playnext=1&playnext_from=PL&index=3
é um violão sedutor para quem toca e persegue bons solos desde os 9 anos de idade. Música instrumental diz tudo o que as intrepretações vocais sem a perturbação das palavras frustradas em não conseguir exprimir todos os conceitos.
Acho que Victor e Léo gostam mais de tocar do que de cantar. Pensei que já tinha ouvido tudo em BORBOLETAS, mas no novo CD mostra que esta dupla tem muito ainda para mostrar. Tem pequena amostra na Internet: ESTRELA CADENTE:
Neste momento, na clausura do repouso orientado pelos médicos por uma faringite inoportuna, assisto as comemorações de ação de graças pelos 20 anos da CANÇÃO NOVA. Vejo em cada detalhe uma lágrima e uma gota de suor. Mas vejo e escuto algo mais. Quem não falou foi quem mais disse. O silêncio de Monsenhor Jonas Abib mostra que é possível evangelizar sem ocupar os holofotes. O velho João Batista já havia dito: importa que Jesus cresça e eu diminua! Monsenhor Jonas se desgastou como uma vela para dar luz. E esta luz ilumina a tantos e todo o mundo. Somente os grandes sábios ao final de uma jornada vitoriosa podem cantar sem usar microfone. Afinal, o maior milagre da humanidade, aconteceu discretamente em um casebre de periferia há dois mil anos. Deus costuma falar pelos simples… confundindo até mesmo os sábios. Bonito ver que uma obra como a Canção no Nova amadureceu a ponto de colocar os jovens no palco e… bem… lá no céu São João Bosco sorri. E o sorriso que todos queriam ver no rosto desgastado de Monsenhor Jonas… ao final também sorriu: É O AMOR DE DEUS!!!
A “maiêutica” é um método de reflexão filosófica criado por Sócrates 400 anos antes de Cristo. O nome é inspirado em sua mãe que era “parteira”, ou seja, a Maiêutica significa parir novas idéias. O pedagogo cria condições entre seus discípulos para avançar a novas idéias, mais profundas e complexas. Isto se faz em dois momentos. O primeiro consiste em colocar uma série de questões, ou perguntas, que colocam em dúvida as certezas consolidadas na mente. É aquilo que mais tarde Descartes chamaria de “dúvida metódica”. O segundo momento consiste em construir uma nova elaboração ou resposta, mais adequada, profunda, madura e consistente para a qeustão em foco.
Para este exercício utilizarei o comentário sincero de uma assídua frequentadora deste BLOG, que responde pelo nome de Luciana, que, aliás, tem a ver com “luz”. Vamos ver se conseguimos avançar em direção à Luz. Quem constuma ler os comentários percebeu que Luciana quer insistentemente saber os nomes dos padres soltos e dos músicos soltos. Calei. Estamos ponderando, estudando critérios, auxiliando na reflexão. Nada de pressa. Matutar é preciso. Outro comentarista, por sinal um grande estudioso (o que não significa que concordo com tudo o que ele diz), que estava ausente daqui há tempos, que responde pelo nome de Gederson, questionou a Luciana, argumentando que este não é o espaço adequado para dizer o nome dos padres soltos ou dos músicos soltos. Luciana respondeu de modo categórico. A sua sinceridade e clareza é tão grande que me permite um ótimo exercício de MAIÊUTICA. Postarei em seguida do comentário da Luciana e colocarei em letras destacadas minhas perguntas, ou seja… começa nosso exercício socrático.
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Citaste o meu nome e irei respondê-lo. Estudei Filosofia, meu filho, não precisa ensinar-me do que se trata, gosto muito daquele ditado, quer ensinar o padre a rezar missa?
Estás completamente equivocado. Descontextualizou o que eu disse sobre Filosofia, fiz uma crítica direta ao pe.João Carlos através desse argumento.
É possível alguém estar “completamente equivocado”?
E quer saber? Não suporto comentários a meu respeito sem embasamento, com ideias tolas e artificiais.
Este juizo não é um pouco apressado? Você conhece bem o interlocutor?
Além disso, o que se comenta aqui é o post e não os comentários de quem escreve nesse BLOG.
Quem determinou esta “regra”?
Não venha queira falar em caridade, pois os seus comentários a respeito dos assuntos expostos aqui estão muito longe sê-los…
Poderia esclarecer o conceito de “caritas”?
Acreditas que sou intolerante? Tens absoluta razão,assim como a falta de humildade e arrogância. Não sou hipócrita, não sou lobo em pele de cordeiro. Já postei muitas vezes aqui e foram inúmeras vezes em que eu mesma fiz essas afirmações…
Você é uma intolerante convicta?
Não suporto críticas de pessoas que penso não ter o mesmo conhecimento que o meu…É uma verdade, logo eito tecer comentários a respeito de outras pessoas, pois a opinião delas não me interessa.
Você só dialoga com pessoas que julga ter o mesmo conhecimento que você? Aceitaria a crítica de uma criança?
Só entro nesse blog e faço alguns comentários porque sei que o dono deste possui cultura e nível intelectual. Jamais me dou ao trabalho de comentar post que o padre costuma colocar como referência…
Você entra em outros BLOGs?
Entretanto, caríssimo, esse problema é entre mim e Deus, ninguém mais tem a ver com essa história, logo dispenso seus comentários também…
O que você pensa da função social das idéias? Acredita em valores como a “solidariedade”? Ou dá pra resolver tudo na base do “eu e Deus”?
Quanto ao padre, agora farei uma crítica clara, pois sou pela verdade.
Pode me ajudar a entender o conceito filosófico de “véritas”? Pode ser na acepção grega de “aletéia”!
O senhor está fazendo algo, no mínimo, infeliz, por isso digo, que as vestes sacerdotais não representam muito para revelar a essência de alguém…
Pode ser mais clara?
A cada crítica que lhe fazem,posta no twitter, expondo as pessoas ao escrutínio público… Precisas de defensores, caríssimo?
BLOG e comentários não são públicos?
Qual é a sua real intenção? Expor a pessoa ao ridículo ou aumentar o número de acessos em seu blog?
É atitude cristã o que está fazendo?
Você acredita na força do debate ponderado?
Ainda coloca a retratação da pessoa… Como se dissesse, estão vendo? Eu estou certo…
Falaste ontem sobre certezas… Cada um tem a sua, principalmente o senhor, pois tiveste a coragem de escrever no twitter que um determinado programa da Cançaõ Nova era muito bom… Fala sério… Uma apresentadora insípida e que pouco sabe, o rapaz até que faz colocações pertinentes, chamar aquilo de programa de qualidade?
Você diz que cada um tem suas certezas. Não acha contraditório, então, criticar minhas certezas de que aquele programa vale a pena para jovens e adolescentes?
Não duvido de sua capacidade, mas o seu gosto deixa a desejar.
Esta é uma certeza sua? Posso duvidar dela?
Na verdade, o tempo passa e vamos percebendo na verdade quem é quem…
Quem é quem?
Eu nunca fui hipócrita, sempre deixei bem claro os meus defeitos… E o senhor,hem?
Nunca devemos dizer nunca?
Pelo que estou vendo, não, definitivamente, não…
Quer saber? Percebi agora que o senhor não tem nada a me acrescentar, pois as suas atitudes só comprovam a minha teoria, não adianta ter cara, roupa de padre, mas atitudes…
Nada? Não acha esta palavra muito categórica? Nadinha mesmo?
Sejas feliz com essa pessoas retrógradas e incapazes de pensamento próprio. Essa foi minha última visita aqui e não sou de voltar atrás como muitos fazem…
Neste caso me pergunto se você vai aceitar este exercício de maiêutica?
Finalizando, se quiseres colocar o meu comentário a fim de execução pública, não sou fraca de ideia como as outras, já deixei bem claro aqui que estou acima disso, só aceito um jugo e juízo, o divino.
Não acha que existe verdade para além do suas próprias certezas?
P.S. O MEU CARRO NÃO TEM MARCHA RÉ, POIS QUEM TEM DEUS E RECONHCE-SE PECADOR NÃO TEM MEDO DA QUEDA, MAS SABE QUE O RECOMEÇO DA CAMINHADA VIRÁ…
Aviões também não têm marcha-ré. Sempre fico um pouco tocado com a humildade destas grandes máquinas que aceitam a ajuda de um pequeno trator guiado por gente muito simples, para poder alcançar a pista e decolar… Não acha que seria uma boa idéia para você? Já que é um avião e não tem marcha-ré… será que o trator do Gederson não pode “te” ajudar?
Um grande abraço filosófico
Pe. João Carlos Almeida
Padre Joãozinho
Eu concordo em partes com o Carlos.
Como diz o funk carioca, cada um tem que ter o seu quadrado. Não um quadrado que feche ou molde as pessoas, mas um quadrado que delimite o espaço de cada um.
Sou professor de Filosofia na rede pública estadual, uma das perguntas que os alunos mais fazem é se eu acredito em Deus (isso porque um outro colega de magistério meu é ateu). Eu logo respondo que sim, e falo com tranquilidade que além de acreditar em Deus eu sou um cristão católico, não para me vangloriar do meu credo, mas para mostrar que em nada a Filosofia deturpa a fé; e deixo claro que estou lecionando Filosofia sem o intuito de fazer proselitismo religioso respeitando também os demais credos.
Acho que o padre que tem a função de levar a mensagem de Deus na mídia (acho que está na hora de colocar o termo “padre showman” de lado por ter sido um equivoco do agente da ZENIT), tem que respeitar a diversidade ideológica de cada veículo de comunicação e participar apenas daqueles onde convém sem detrimento das mídias que não partilham do mínimo respeito ao valores morais e da família cristã, e estão apenas preocupados com os índices do IBOBE.
Com isso, eu não estou dizendo que os padres não devam estar nos canais abertos seculares, mas terem ponderação e participarem dos que promovam a boa repercussão da mensagem.
Um programa onde o padre Fábio esteve várias vezes e onde ele conseguiu pregar a sua mensagem com êxito, foi o Programa Raul Gil, na Band (e olhe que além do programa ser secular, o apresentador se denomina evangélico). Outro programa onde ele esteve e onde a sua participação não produziu mensagem, foi num quadro do Programa Silvio Santos, onde o padre Fábio se limitou a participar de um quadro onde tentava descobrir as charadas lançadas do homem do baú.
Com isso, quero deixar bem claro, que não estou criticando o padre Fábio de Melo, não foi só com ele que aconteceu isso, é só a gente se lembrar do que aconteceu com o padre Marcelo Rossi em uma de suas participações no Domingo Legal há alguns anos: o padre foi convidado ao programa e o ator Jorge Lafond (o que fazia o transformista Vera Verão no humorístico “A Praça é Nossa”). Passado algum tempo o Jorge Lafond veio a falecer e começaram a surgir comentários na mídia que no dia do programa, onde o mesmo estava travestido de seu personagem e participando da equipe feminina do programa, ele se ausentasse do palco no momento em que o padre fosse se apresentar e, retornasse em seguida, não o fazendo por se sentir discriminado. Logo a imprensa atribuiu o quadro de hipertensão e depressão do ator ao acontecido, atribuindo a culpa não a produção do programa, mas sim, ao padre Marcelo Rossi. Ou seja, um programa de televisão como esse, era o lugar mais propício para evangelizar?! E nem estou falando com relação a homossexualidade do ator, que ao meu ver é tão filho de Deus como qualquer hetero que estava lá no dia, mas um programa que não sabe lidar de forma coerente nem com os seus convidados?! E quem ficou falado no final? Claro que foi o padre, uma vez que o povo não está nem ai se a produção paga atores pra se fazerem de membros do PCC ou leiloarem falsas roupas intimas de atores globais!
Então, não penso que o monsenhor esteja com ciúmes, mesmo porque esse artigo é fruto de uma conferência de uma universidade da Itália, mas sim, preocupado que tais desconfortos como esse que eu citei, denigram mais a imagem dos padres, como da Igreja.
Acho sim, temos que usar dos meios de comunicação para evangelizar, mas com cautela, pois, nem mesmo Jesus que sendo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, não conseguiu realizar milagre algum onde não foi bem recebido (Mc 6,5-6). Imagine nós que somos humanos e suscetíveis a erros!
Para concluir, gostaria muito de pedir ao padre Joãozinho que aproveitasse dos rumos que o debate e fizesse alguma referência ao Decreto “Inter Mirfica” sobre os meios de comunicação social, do Concílio Vaticano II.
Estou gostando de participar e ver todos os comentários positivos e negativos, isso está me levando a aprofundar melhor a minha reflexão!
até mais!
Fernando Mazer (@fernandomazer)