Comentário é bom em BLOG e em TWITTER, mas em missa “ninguém merece”. Já é hora de acabarmos com os comentários inúteis e com estes folhetos que mais atrapalham que ajudam. Veja a reação aqui no BLOG:
Amigo Pe. Joãozinho;
Parabéns pela sua iniciativa de abrir um espaço sobre liturgia!
Quero fazer algumas considerações:
Em primeiro lugar, o termo “apelo” apresentado pela CEPL confirma os extrapolamentos que os folhetos liturgico induzem tanto o clero, como os fiéis.
Em segundo lugar, tal “apelo” mostra o quanto o magistério e a tradição liturgica andam sendo desrespeitado. Quando eu li a IGMR tive a sensação de que esse paragráfo deve ter sido apagado dos missais de nossas paróquias. É o sacerdote que preside a celebração e é ele o reponsável pela catequese doutrinal, moral e liturgica do povo! Sendo assim, os “animadores” mais agem como concelebrantes não instituídos para essas funções.
Em terceiro lugar, eu tenho a sensação de quem justifica a presença de um “animador” como um instrutor das partes da missa, devem suspeitar das faculdades cognitivas dos fiéis, como se quem vai a missa frequentemente não sabe o momento das leituras, evangélhos ofertório etc. Chega ser comico o termo “animador” que para quem aprendeu latim sabe que anima significa “alma”, ou seja, quem é a alma da missa?! O ministro e seus fiéis, ou o individuo que fica mandando o povo sentar, levantar, ajoelhar, qual animador de festa?
Para finalizar, e teria muitas coisas a dizer, essa admoestação no meu parecer se resumiria em uma simples advertência aos pastores do povo: “Por favor, leiam as IGMR e orientem o seu clero a faze-lo e coloca-lo em prática”!
Boa tarde, Pe. Joãozinho.
Infelizmente, não sei quem é o autor das cosiderações acima, mas quero dizer que concordo plenamente.
Eu já fui “comentarista”, ou “animador” nas Missas, e achava que a participação de tal figura deveria ser incentivada. Felizmente, nós mudamos a nossa opinião, porque contamos com sabedoria, conhecimento e discernimento.
Hoje, considero totalmente dispensável a figura do “animador” nas Missas. Não se trata de tolher a participação do leigo (embora em alguns casos o “animador” seja um ministro ordenado), mas de se retomar o verdadeiro sentido da Missa.
Nesse sentido, considero muito ruim a proliferação de folhetos litúrgicos, embora reconheça que em alguns casos ele seja útil – principalmente nas comunidades onde ainda não se viva a espiritualidade da Missa em sua plenitude.
Aprendi que a Liturgia da Missa fica muito mais adequada e “clean” – para usar um termo em inglês – sem a presença do “animador”.
Os leigos já tem a sua participação, além da própria assembléia, em muitas partes da celebração. Há os ministérios não ordenados dos leitores, dos acólitos, dos músicos, da acolhida, extraordinário da sagrada comunhão…
Louvável a decisão da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, em 2007, de haver apenas uma monição para introduzir a Liturgia da Palavra, não havendo mais um “comentário” específico para cada Leitura. Tenho visto em Missas transmitidas pela televisão, através da Rede Vida, que esta decisão não está sendo acatada. É triste, porque não segue uma determinação do nosso episcopado.
Na comunidade em que participo, as monições feitas pelo “animador” restringem-se a apenas duas, antes dos Ritos Iniciais e da Liturgia da Palavra. Reconheço que elas não fariam falta se fossem excluídas.
Abraço fraterno.
A sua bênção.
A relação entre padre, paroquianos e os folhetos não é amorosa (risos).
Aqui, não usamos os folhetos. Bem, liturgicamente não é correto, mas foi adotada o uso da Sagrada Escritura nas celebrações, ao invés dos folhetos. O povo gostou dessa mudança, em vigor há dez anos.
Desde o documento e Aparecida, em nossa paróquia tem-se enxugado ao máximo os comentários…
Aqui, comentarista, só se pronuncia:
Na introdução a celebração antes do canto de entrada;
Na liturgia da Palavra, antes das leituras, um breve comentário geral, ao estilo da Liturgia Diária. Antigamente se comentava a 1ª, 2ª, Evangelho e até os salmos;
Preces universais;
E recados finais.
Claro que há umas aberrações: Comentarista que faz a parte do Ministério de Música, e na mesma missa, além de ser Ministro de Música, é cometarista e canta o salmo. Católico “Bombril”,1001 utilidades…
Mas, concordo com o irmão, deve-se dar uma parada para padronizarmos a Lturgia.
Chega ser comico o termo “animador” que para quem aprendeu latim sabe que anima significa “alma”, ou seja, quem é a alma da missa?! O ministro e seus fiéis, ou o individuo que fica mandando o povo sentar, levantar, ajoelhar, qual animador de festa?
Caro Pe Joaozinho. Estou de acordo com quase todo o texto do comentário. Porém, acredito que dizer que a alma – anima – da Santa Missa é o Presidente e os fiéis, é incorreto. A alma da missa é Cristo! Verdadeiramente presente na Eucaristia (nome mais sublime da missa) em Corpo, Sangeu, Alma e Divindade. Tal afirmação, mesmo sem intenção, passa a idéia da negação da transubstanciação e de que todos os participantes são “divinizados”, o que se aproxima muito da gnose.
Sua benção,
Luiz
Quantas árvores estão sendo derrubadas para fazerem os folhetos de milhares de missas?
O que dizer dos comentários antes da missa começar que leva quase dez minutos falando nomes de pessoas. E o comentarista meio “picolé de xuxu” da a impressão que vai começar um velório: “Agora… com muita alegria…” aff…
Eu sei que gosto é subjetivo, mas as músicas da liturgia não são uma maravilha no que diz respeito a arranjo e melodia, e o que tem de gente desafinado e sem noção de rítmo tocando em missa, certa vez assistindo a missa da Rede Vida fiquei com vergonha de ouvir e imaginar que os cantos todos desentoados estavam sendo transmitida por televisão para todo o país, um protestante ouve uma coisa dessa acaba tendo a certeza que sua opção é a certa.
E aquele sininho que insiste em tocar para avisar que é o momento de consagração.
Homilia deveria ser exposição em tom familiar feita pelo sacerdote para explicar as matérias de religião e sobretudo o Evangelho. Quantos sacerdotes usam pra dar broncas pessoais e levam pessoas a humilhação em público (testemunhei várias vezes).
E por fim refaço a pergunta, quantas árvores estão sendo derrubadas para fazerem os folhetos de milhares de missas? pra que o folheto sendo que o que está escrito é o que será dito, basta então eu ouvir o que será dito e a natureza agradecerá.
IIª parte de: Quantas árvores estão sendo derrubadas para fazerem os folhetos de milhares de missas?
Padre joãozinho, perguntas: Compramos a bíblia que contém todos os livros e aí com o dízimo a igreja compra folhetos que trás na sua maioria o conteúdo que tem na bíblia. Se temos a bíblia, porque a igreja nos dá “outra” bíblia em “dose homeopática” domingo a domingo?
Se o folheto é uma reprodução daquilo que se tem na bíblia e as falas dos ritos já estão decoradas ou conhecidas pela maioria dos paroquianos assíduos, pra que folheto?
Ai eu pergunto, será que isso não é apenas uma maneira de alimentar uma indústria?
Um grande abraço!
Animador em Missa?
Na igrejas que frequento não tem isso não.
Lá a participação dos leigos é restrita à leitura de alguma reflexão ANTES da missa propriamente dita e nos recados finais.
Sobre os folhetos acho que seria muito bom se fossem extintos.
Pelo lado ecológico e pela lógica. Se os textos estão na Bíblia, qual a necessidade?
Sua benção, um domingo cheio de paz para o sr, que Deus guie seus passos.
Padre faço parte há 16 anos do ministério de musica da Missa das 19:00 hr aos Sabados. A equipe de liturgia tem bom relacionamento com o nosso grupo, mas as vezes entramos em conflito com os comentaristas pelo motivo que já foi citado acima… acho que os problemas são todos parecidos em toda paróquia…..
Bom dia.
Na Paróquia onde participo, os folhetos foram abolidos. Com base no folheto padrão preparado pela Arquidiocese de São Paulo e disponível no seu site, preparamos a Liturgia da Missa,com as adequações possíveis.
Utilizamos datashow para projetar partes da Missa. Por enquanto, projetamos quase tudo, mas este é um passo intermediário. A idéia é ir retirando gradativamente a projeção, deixando apenas os cantos, algumas respostas e orações específicas.
A não utilização de folhetos dá mais liberdade ao sacerdote e à eqipe de liturgia de preparar a Missa considerando a particularidade de cada comunidade, sem, entretanto, desrespeitar o que a Santa Madre Igreja nos pede e orienta.e
Abraço fraterno.
Sou da cidade de Esteio no RS e aqui desde o ano passado deixamos de usar o folheto liturgico e não vimos muito problema como foi dito, apenas quem não está acostumado a participar da Missa sente falta do mesmo e estamos tentando aos poucos “dispensarmos” o comentarista, acho que comentarista é bem vindo em jogo de futebol, não em uma celebração Eucaristica.
Mas, devagar se vai longe e assim, esperamos que aos poucos sem causar um impacto muito forte, consigamos fazer as mudanças necessárias e assim, possamos realizar uma melhor Celebração dos Mistérios Pascais.
Um grande abraço!
PS:Acho que postei o mesmo comentário equivocadamente no texto que falava sobre o twitter.
Estava lendo os comentários e me chamou a atenção o que foi postado pelo nosso amigo José Carlos Penha onde ele diz que na paróquia na qual faz parte fazem uso do datashow para projetar partes da Missa então lembrei-me de um comentário do padre que ministra os cursos de liturgia na região metropolitana de Porto Alegre, padre Márcio. O QUE O SENHOR ME DIZ?
Opinião: O uso de projetor multimidia na celebração litúrgica
Pe. Márcio Andrade da Silva
O uso do projetor multimidia nas celebrações litúrgicas é uma espécie de “trocar 6 por meia duzia”, pois o povo que prendia seu olhar no folheto, agora volta-se para o telão. Esse recurso moderniza, reduz a médio ou longo prazo a despesa com papel, livretos e cria-se novas funções na liturgia, etc. Mas ainda não consegui ver verdadeiras vantagens nisso: parece que tornamos a liturgia um tanto midiática ( talvez pela influência das missas transmitidas pela tv!!!), aonde o presidente começa a ser visto como apresentador principal, evidencia-se ao máximo a aparência, o visual, o show.
Sabemos que as inovações precisam de tempo, assimilação, interiorização e convencimento. Assim, o uso desse meio, como outros, necessita de uma experiência piloto, porém cuidando muito para que não se piore a realidade celebrativa de nossas comunidades. Muitas pessoas tem dificuldade de concentração nas celebrações, na compreensão do que se está celebrando, da interpretação dos símbolos, de perceber a centralidade do Mistério Pascal. E pior: às vezes participamos de celebrações litúrgicas que alguns presidentes e suas equipes celebrativas parecem não saber o que estão celebrando, pois fazem cada coisa!
A projeção multimidia é ainda algo estranho no ninho da liturgia, mas acredito que conquistará seu espaço. Poderíamos compará-lo com outro recurso comum na liturgia: os microfones. Eles também são corpos estranhos e quanto menos aparecerem melhor. Frequentemente vemos o aparato utilizado para segurar microfones: pedestais, mesas, fios espalhados pela Igreja, etc. Isto quando não vemos leitores e presidentes segurando o microfone, seja na cadeira, seja no ambão ou no altar (para que isto? Isto só destaca o microfone, que não deveria aparecer!).
O instrumento usado para projetar cantos ainda é admissível, mas há lugares em que se projetam as leituras, imagens, ícones, mensagens pós-comunhão, etc. Isso é terrível !!!!! Sem falar em fundos musicais no ato penitencial, na consagração e após a comunhão com verdadeiros shows de som e luz . A Palavra é para ser proclamada e ouvida, favorecendo a ação de Deus através do sujeito que proclama (exercendo seu ministério) e a comunidade que escuta e acolhe o anúncio. Somos desafiados a preparar nossas equipes em viver uma harmonia entre o espírito amador, no sentido de quem ama o que faz; o profissionalismo da execução com o uso da tecnologia como ferramenta facilitadora do trabalho e da ciência litúrgica que se debruça sobre o objeto para estudá-lo e procurar soluções.
A necessidade de letras de músicas deveria ser mínima (cantos de entrada, apresentação de oferendas e de comunhão), pois os outros cantos, ou são as respostas dos diálogos da missa (todos deveriam saber de cor), ou são do ordinário da missa e temos uma única letra com possibilidade de muitas melodias. Assim como não precisamos de letras para o Pai-Nosso e o Creio (nunca aparecem nos folhetos, porque todos conhecem), não deveríamos precisar de letras para o ato penitencial, o glória, o santo, o cordeiro de Deus, etc. que são as mesmas, ou seja, retiradas do ordinário. Assim, precisamos de muito poucas letras (folhas) se seguíssemos o que a liturgia pede. Sem falar no próprio prejuízo que pode causar ao espaço litúrgico. Nossos templos não foram pensados para terem uma ou mais telas, de modo que o uso de um projetor não garantiria que todas as pessoas pudessem ler as letras dos cantos.
A projeção multimídia não deve tornar-se o centro da celebração, nem algo fundamental que sem ela a ação litúrgica torne-se algo quase que irrealizável. O ideal é que não sejamos dependentes dessas ferramentas, mas que elas colaborem e facilitem a tarefa. A liturgia foi feita para ser proclamada e ouvida. Creio que o fundamental para que melhoremos esta questão dos cantos seja incentivar a que se componham melodias para os textos do ordinário da missa. A projeção veio para ficar, mas não pode ser mais importante que a ação litúrgica.
Minha cara Adriana Aparecida Borges, concordo com tudo o que você escreveu.
O uso do datashow ainda é uma espécie de auxílio para aqueles fiéis que fazem questão de ler o que se está celebrando.
O datashow é utilizado somente aos domingos; nas Missas durante a semana não se faz uso dele. A idéia, como eu disse, é restringir cada vez mais o seu uso nas Missas.
Como não temos grandes espaços para a formação dos fiéis, estas são efetuadas na própria Igreja. Foi esta a intenção prioritária, a de utilizar a mídia como recurso didático nos encontros de formação.
Há, como foi dito, o benefício marginal de redução de custos com papel. É uma economia significativa, mas que pode ser anulada se não houver o cuidado com o manuseio dos equipamentos.
Na verdade, a utilização de sistema de projeeção passa pelas mesmas dificuldades na utilização do sistema de som.
Quantas vezes não nos deparamos com alto-falantes “rajando” pelo excesso no volume do som, instrumentos musicais mal tocados, descompasso entre o violão e a bateria, cantores desafinados, cantos inapropriados para os diversos momentos da celebração…
Com o sistema de projeção é a mesma coisa: operador que não acompanha a Missa e deixa projetado no telão slides que não tem nada a ver com o momento, apresentações em PowerPoint mal formatadas, letras miúdas, cores extravagantes…
Em tudo precisa haver o cuidado, caso contrário dispersa a atenção da assembléia. E depois as críticas sobram para o padre…
Abraços.
Olá novamente
Quero agradecer a correção teológica do Luiz, realmente, me equivoquei e longe de mim induzir heresia.
Abçs a todos!
Querido Pe
Assunto, a Liturgia, como deve ser feita e como não deve ser feita. Nas missas, eu, particularmente, tenho presenciado alguns absurdos e até ações estupidas mesmo de desrespeito. Faz tempo que observo, pensei que fosse só aqui, uma ou outra vez, mas agora lendo neste blog vejo que são mais frequentes e isso me preocupa. Conheço pessoas de outras igrejas, e percebo um forte empenho delas no sentido de acertar, pois errar todos erramos, precisamos é persistir em acertar, e isso deveria ser uma constante no dia a dia. Entretanto vejo que as pessoas que tem essa tarefa, ou precisam de treinamento e formação ou precisam ter Deus de verdade no coração. Perdoe-me, se estou errada. Sou católica, frequento as sempre as missas faço parte de uma pequena comuniade, aqui em Belém, não sei tudo, apenas escrevo minha opinião, procuro sempre aprender e me informar mais. Abraços.
na celebraçao do culto o diacono pode centar na cadeira principal?
sou de rio branco acre, participo na paróquia sao sebastiao- comunidade santa luzia e aqui, estamos icentivando o uso da bíblia e tentando abolir o folheto.