Acabo de receber um comentário sincero e preocupante. Uma pessoa chamada Alexandre pergunta a alguém que considera “seu professor” o que acha da afirmação de Pe. Joãozinho em um programa de TV. Então ele procura reproduzir ao seu modo o que ouviu. Não sei se devo rir ou chorar, pois o modo como o jovem reproduziu minhas palavras foi totalmente distorcido e colocado fora de contexto. Lembro bem de uma entrevista à Myrian Rios, em que eu falava sobre um fato da vida de Santo Agostinho, que abriu a Bíblia em um lugar qualquer e leu. É o famoso episódio “TOMA E LÊ”. Naquele momento isso contribuiu, e muito, para a conversão do “doutor da graça”. Nas minhas palavras alertei para o fato de que algumas pessoas fazem isso com superstição. Mas qualquer frase da Bíblia pode lhe fazer bem. Ela toda é um livro inspirado, mas que deve ser lido no seu contexto. Para isso a Igreja indica as diversas formas de exegese e, principalmente, a leitura orante da Bíblia.

Agora reproduzo o texto do Alexandre:

PERGUNTA
Nome: Alexandre Prado
Enviada em: 29/09/2009
Local: Taubaté – SP, Brasil
Religião: Católica
Escolaridade: Pós-graduação concluída

——————————————————————————–

Professor, muito embora a querela com o tal Pe. Joãozinho tenha acabado, visto ele ter fugido da discussão totalmente (em seu blog, ele postou uma coisa com o título mais ou menos assim, “Há o tempo de falar e o de calar” ou mais ou menos isto), ontem, estava eu sem nada para fazer quando liguei a televisão (coisa que raramente faço) e fiquei passando por vários canais, quando, de repente, na Canção Nova, vi que o Pe. Joãozinho estava lá, dando uma entrevista. Curioso, fiquei esperando a próxima bobagem que o tal padre iria falar, visto que, dias antes, em outra entrevista, ele dissera uma bobagem sobre algo de história que agora não me lembro… bem, não demorou muito e minha curiosidade foi satisfeita, pois não é que o dito soltou a afirmação, melhor, ele ensinou, no ar, na televisão, para milhares que estavam assistindo (a maioria ignorantes nas coisas verdadeiras da Igreja) que, para se ler a Bíblia, deveria-se fazer assim: abra a Bíblia em qualquer lugar; leia uma frase ou trecho; pense sobre aquilo que você leu e procure entender o que Deus está lhe dizendo ali, visto que se a Bíblia é a palavra de Deus, então ele está falando com você; agora, faça isto todos os dias e saberá o que Deus quer e espera de você, qual a mensagem que Ele está lhe passando.
Juro, ele falou isto! Não lembra algo? Fiquei estupefado com aquilo, ali, na minha frente, um PADRE (!), na televisão, dizendo ao populacho que a livre interpretação da Bíblia não só é válida, mas que ela é igual ou superior àquela interpretação oficial da Igreja, visto que a visão da Igreja é só a visão da Igreja, não vale para os particulares, afinal é uma opinião como qualquer outra!!!!!!
Deus nos livre de padres assim, no entanto…
É… parece que o que chamam hoje de Igreja Católica não é mais a Igreja, mas a Outra, como dizia Corção..
In corde Iesu, semper,
Alexandre

—-

Após esta postagem, Alexandre (que é de Taubaté) leu o BLOG e escreveu um comentário muito bonito, digno de alguém que tende à sabedoria e humildade. Por uma questão de honestidade reproduzo o comentário aqui:

Padre João, sou o autor do tal comentário postado acima pelo senhor. Devo confessar que o escrevi no calor do momento, quando vi sua entrevista, mas é que já estou cansado de ouvir e ler disparates sobre as questões de fé (muito embora o senhor diga que falava de outra coisa – não vi, como o senhor afirma, a parte sobre Santo Agostinho). Como o senhor diz que eu entendi errado o que foi falado no programa – juro que ouvi o senhor falar que havia inventado um método de sete passos para se ler a Bíblia – peço desculpas, se realmente não foi isto o que foi dito (já tem algum tempo o ocorrido e tinha até me esquecido dessa carta) – tenho a humildade de fazer isto, aqui, por escrito, ou, se o senhor quiser, pessoalmente, visto que moramos na mesma cidade. Confesso, também, que não quis colocar “mais lenha na fogueira” naquele caso com o professor Fedeli (sim, ele é mesmo professor, por isso eu assim o chamo, embora ele não seja o meu professor e nem eu seja aluno ou membro da Montfort – é um título que ele tem, assim como o senhor é devidamente chamado de padre, por exemplo), foi mais um desabafo. Peço desculpas, também, pelo tom nada amistoso do texto, eu mesmo, ao lê-lo agora, vejo que passei dos limites do aceitável – aliás, o li a poucos momentos, no site da Montfort e, preocupado, ia pedir para que fosse retirado do site; no entanto, resolvi passar primeiro pelo seu blog, e vejo que a coisa explodiu antes que eu pudesse fazer algo. Se não foi mesmo o que o senhor disse o que entendi ter dito, peço novamente desculpas – escreverei agora mesmo para o professor Fedeli retirar a carta. Quanto às acusações que me fazem, a nenhuma responderei, pois como quem escreveu não me conhece, nada tenho a dizer, e eu não faço propaganda de mim mesmo. Se o senhor achar conveniente, pode postar este pedido de desculpas em seu blog.

Não é um micro-BLOG, apesar de que as postagens devem ter um conteúdo mais relevante do que “estou fazendo isso… estou fazendo aquilo”. o “

140

O Twitter é a novidade do momento na Internet. Muita gente, que não embarca em qualquer moda virtual, olha com desconfiança. Outros nem se interessam. Confesso que entrei por curiosidade e, no começo, não gostei nem vi qualquer utilidade. Mas os especialistas em Internet insistiam em defender que a coisa tinha consistência… então perseverei. Fui percebendo que o Twitter não tem nada de Micro-BLOG, como alguns dizem. Você pode escrever somente 140 caracteres em cada postagem. Por isso, está mais para Macro-CHAT. Mas há algumas diferenças brutais em relação aos CHATs convencionais. Normalmente, nas redes de relacionamento, você entra no Chat com um nick, ou seja, com um pseudônimo. É padrão você manter oculta a sua identidade. No Twitter a tendência é você utilizar sua identidade verdadeira. É bom twittar com pessoas reais. Claro que algumas pessoas confundem Chat com Twitter… mas acabam sendo ignoradas. Outra diferença é que no Chat você entra, conversa e depois tudo acaba.  O twitter é um chat permanente. Assim, algumas pessoas vão ganhando a sua predileção e você passa a ser seguidor delas. No momento eu sigo 28 pessoas. Tenho 5618 seguidores. Posso classificar estas pessoas em grupos como família, amigos conhecidos, estrangeiros, assíduos etc. Com isso, o twitter vai se afirmando como uma ferramente com alto potencial de gerar interatividade. No meu BLOG existem pessoas que deixam comentários. Tenho 1500 visitantes por dia. Recebo cerca de 100 comentários diariamente. Já era uma pequena comunidade virtual. Agora ligando com o Twitter esta comunidade se expande rapidamente. Mas para criar esta relacionalidade virtual é necessário conhecer cada vez melhor as ferramentas do twitter. Algumas ainda estão sendo desenvolvidas. Uma delas é a certificação. Você sabe que aquele twitter é daquela pessoa. O Twitter do Paulo Coelho é certificado. Existem twitters falsos de pessoas famosas. Você começa a seguir pensando que é o Padre Marcelo, mas não é!!! Outra coisa que estou aprendendo é que é necessário adquirir uma disciplina para usar o twittter. Algumas pessoas ficam totalmente viciadas e não saem dali. Outros acham que o mundo se reduziu ao seu ambiente virtual. O twitter não pode atrapalhar nossos relacionamentos reais, familiares. Em alguns países, como na Inglaterra, o twitter está se tornando um problema no trabalho. Muitos olham atentamente para a tela do computador como se estivessem trabalhando, mas na verdade estão twittando.

Quer conhecer o meu twitter?

http://twitter.com/Padrejoaozinho