Acabo de receber um comentário sincero e preocupante. Uma pessoa chamada Alexandre pergunta a alguém que considera “seu professor” o que acha da afirmação de Pe. Joãozinho em um programa de TV. Então ele procura reproduzir ao seu modo o que ouviu. Não sei se devo rir ou chorar, pois o modo como o jovem reproduziu minhas palavras foi totalmente distorcido e colocado fora de contexto. Lembro bem de uma entrevista à Myrian Rios, em que eu falava sobre um fato da vida de Santo Agostinho, que abriu a Bíblia em um lugar qualquer e leu. É o famoso episódio “TOMA E LÊ”. Naquele momento isso contribuiu, e muito, para a conversão do “doutor da graça”. Nas minhas palavras alertei para o fato de que algumas pessoas fazem isso com superstição. Mas qualquer frase da Bíblia pode lhe fazer bem. Ela toda é um livro inspirado, mas que deve ser lido no seu contexto. Para isso a Igreja indica as diversas formas de exegese e, principalmente, a leitura orante da Bíblia.

Agora reproduzo o texto do Alexandre:

PERGUNTA
Nome: Alexandre Prado
Enviada em: 29/09/2009
Local: Taubaté – SP, Brasil
Religião: Católica
Escolaridade: Pós-graduação concluída

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Professor, muito embora a querela com o tal Pe. Joãozinho tenha acabado, visto ele ter fugido da discussão totalmente (em seu blog, ele postou uma coisa com o título mais ou menos assim, “Há o tempo de falar e o de calar” ou mais ou menos isto), ontem, estava eu sem nada para fazer quando liguei a televisão (coisa que raramente faço) e fiquei passando por vários canais, quando, de repente, na Canção Nova, vi que o Pe. Joãozinho estava lá, dando uma entrevista. Curioso, fiquei esperando a próxima bobagem que o tal padre iria falar, visto que, dias antes, em outra entrevista, ele dissera uma bobagem sobre algo de história que agora não me lembro… bem, não demorou muito e minha curiosidade foi satisfeita, pois não é que o dito soltou a afirmação, melhor, ele ensinou, no ar, na televisão, para milhares que estavam assistindo (a maioria ignorantes nas coisas verdadeiras da Igreja) que, para se ler a Bíblia, deveria-se fazer assim: abra a Bíblia em qualquer lugar; leia uma frase ou trecho; pense sobre aquilo que você leu e procure entender o que Deus está lhe dizendo ali, visto que se a Bíblia é a palavra de Deus, então ele está falando com você; agora, faça isto todos os dias e saberá o que Deus quer e espera de você, qual a mensagem que Ele está lhe passando.
Juro, ele falou isto! Não lembra algo? Fiquei estupefado com aquilo, ali, na minha frente, um PADRE (!), na televisão, dizendo ao populacho que a livre interpretação da Bíblia não só é válida, mas que ela é igual ou superior àquela interpretação oficial da Igreja, visto que a visão da Igreja é só a visão da Igreja, não vale para os particulares, afinal é uma opinião como qualquer outra!!!!!!
Deus nos livre de padres assim, no entanto…
É… parece que o que chamam hoje de Igreja Católica não é mais a Igreja, mas a Outra, como dizia Corção..
In corde Iesu, semper,
Alexandre

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Após esta postagem, Alexandre (que é de Taubaté) leu o BLOG e escreveu um comentário muito bonito, digno de alguém que tende à sabedoria e humildade. Por uma questão de honestidade reproduzo o comentário aqui:

Padre João, sou o autor do tal comentário postado acima pelo senhor. Devo confessar que o escrevi no calor do momento, quando vi sua entrevista, mas é que já estou cansado de ouvir e ler disparates sobre as questões de fé (muito embora o senhor diga que falava de outra coisa – não vi, como o senhor afirma, a parte sobre Santo Agostinho). Como o senhor diz que eu entendi errado o que foi falado no programa – juro que ouvi o senhor falar que havia inventado um método de sete passos para se ler a Bíblia – peço desculpas, se realmente não foi isto o que foi dito (já tem algum tempo o ocorrido e tinha até me esquecido dessa carta) – tenho a humildade de fazer isto, aqui, por escrito, ou, se o senhor quiser, pessoalmente, visto que moramos na mesma cidade. Confesso, também, que não quis colocar “mais lenha na fogueira” naquele caso com o professor Fedeli (sim, ele é mesmo professor, por isso eu assim o chamo, embora ele não seja o meu professor e nem eu seja aluno ou membro da Montfort – é um título que ele tem, assim como o senhor é devidamente chamado de padre, por exemplo), foi mais um desabafo. Peço desculpas, também, pelo tom nada amistoso do texto, eu mesmo, ao lê-lo agora, vejo que passei dos limites do aceitável – aliás, o li a poucos momentos, no site da Montfort e, preocupado, ia pedir para que fosse retirado do site; no entanto, resolvi passar primeiro pelo seu blog, e vejo que a coisa explodiu antes que eu pudesse fazer algo. Se não foi mesmo o que o senhor disse o que entendi ter dito, peço novamente desculpas – escreverei agora mesmo para o professor Fedeli retirar a carta. Quanto às acusações que me fazem, a nenhuma responderei, pois como quem escreveu não me conhece, nada tenho a dizer, e eu não faço propaganda de mim mesmo. Se o senhor achar conveniente, pode postar este pedido de desculpas em seu blog.

39 Comentários

  1. José Carlos Penha

    Estou chocado, escandalizado.

  2. Padre, fazem muito isso, acabam atacando em DM no Twitter, por exemplo e se defendendo pelo reply usando como se fosse a vítima e na real é o que atacou, isso é preocupante, é distúrbio até de caráter muitas vezes, quando não é patológico.
    Um abraço, com carinho,
    Cris

  3. Padre Joãozinho, para um questionamento nesse nível só há uma solução: abre a Bíblia em qualquer página e dedica os ensinamentos dessa página ao Alexandre.

  4. Ana Suely Pierre

    O rapaz deturpou mesmo as palavras do senhor. É uma pena que existem pessoas que só veem o que querem. Coração e mente fechadinha, só isso!

  5. Engraçado um ser tão intelectual e católico citar determinadas situações em que não lembra. Acusa sem ao menos argumentar com sensatez e certteza. Triste!!!

  6. Gente, o que faz uma folha e branco e uma mente ainda mais vazia….Que horror

  7. Maria Edna do Nascimento Dias

    Será que ele realmente acredita no que ele acha que ouviu? Meu Deus, ele chega a jurar…

  8. Simone Teixeira

    É impressionante como o que escreveram como sendo palavras suas vai contra tudo o que você sempre nos ensina! Se não houve má fé de quem interpretou, o desafio para comunicadores em veículos de massa é quase impossível de ser utilizado… Pode estar surtindo efeito totalmente oposto ao que se pretende.
    Vamos rezar não só para que Deus inspire quem fala, mas abra os ouvidos, as mentes e os corações de seus ouvintes.
    Grande abraço,

    Simone.

  9. Erica Dobina

    Me faz pensar no quanto ficamos a margem da intepretação do outro ao ler um texto, um post ou um fragmento de um programa de TV. Ao mesmo tempo que a modernidade nos oferece ferramentas que levam rapidamente a informação, não conseguimos interagir com o interlocutor, que tira conclusões e pre julgamentos sem comprender o cerne da mensagem, comprometendo assim o emissor… Também me faz refletir sobre a seguinte afirmação de Freud: Qdo Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo.

  10. Sergio Souza

    Para mim não é surpresa…! Infelizmente, quanto mais o tempo passa, mais fica claro o nível de cristianismo que esse pessoal tem. Lamento sinceramente que isso ocorra dentro da Igreja! Lamento profundamente! Lamento que um cristão se dê o trabalho de sintonizar um canal de TV, que certamente detesta, para perseguir a figura de um sacerdote, obssessivamente para ficar a espreita de uma frase, que no seu entender, seja motivo de acusá-lo de heresia. É lamentável!

    Agora é extremamente preocupante quando um ser humano chega ao nível de crer profudamente naquilo que ele próprio deturpa.

    Chega a jurar por céus e terra, e querem que as pessoas acreditem nas suas fantasias…: “Juro, ele falou isto!”. Nossa Senhora! Creio que já seja tempo de um bom tratamento psicológico. Algo com o ser humano não está bem, e precisa de muita ajuda, médica e espiritual.

    Não digo, “Deus nos livre de cristãos como esse rapaz”, mas digo que oremos pela sua cura e libertação, porque isso não vem de Deus.

    Deus tenha misericórdia desse moço! Lamentável padre Joãozinho! Mais um capítulo deplorável nessa discussão.

  11. Alessandro

    Boa noite, Pe Joãozinho.
    Só pelo formato do texto já dá pra saber de onde ele saiu. Até que as coisas estavam calmas, mas pelo visto vai começar tudo de novo. Paciência…
    Mas , enfim, vamos lá: Eu também assisti a essa entevista do senhor na CN e é bom que os leitores do seu site fiquem sabendo por outras mãos (já que texto não é falado, mas digitado) que não foi nada disso que aconteceu. A frase foi colocada fora de contexto e manipulada para endossar a posição dessas pessoas. Curioso que parece haver um padrão nos textos que são colocados nesse site:

    1 – Católico inocente em busca de instrução que se depara com um livro, texto, música ou entrevista que é, em sí, um escândalo.
    2 – Assustado, indignado ele envia uma carta para um guardião em busca de esclarecimento ou simplesmente para fazer fofoca, digo, denunciar a heresia.
    3 – No final, ele termina o texto se lamentando da atual situação na igreja, no mundo e rezando para que Deus nos salve a todos dessas heresias.

    Francamente, já ficou chato.Isso me parece mais como uma tentativa de algumas pessoas de chamarem a atenção sobre si.
    Essas pessoas parecem viver de discussões que só fazem mal aos católicos. Ou seja, é inútil debater com elas.
    Fica aqui um apelo: não volte a debater com esse grupo. Não sei se existe sincera intenção de ajudar aos “verdadeiros católicos”, por parte dessas pessoas. Até mesmo porque, a essência de ser católico está na união e não na divisão.
    Divisão é a arma de outro. Seria bom refletirmos sobre isso.
    Abraço.

  12. Se ele não lembra é melhor ficar calado ao invés de escrever besteiras. Pe. não de preocupe com pessoas como essas, pobres de espírito, continue, siga em frente, seja sempre essa ponte que nos leva a Jesus.

  13. Lúcia Farinhas

    Pe. Joãozinho, acho que o Alexandre até poderia argumentar sobre algumas idéias, já que muitas vezes, por ignorar, colocamos opiniões equivocadas. E muitas vezes é através do erro que crescemos, porém, penso que ele não deveria ter perdido a elegância ao se expressar. Quando se perde o respeito, perde-se também a autoridade sobre o que se diz.

  14. Janice Sales

    É o desabafo de alguém que não consegue entender e tampouco vivenciar os ensinamentos da Bíblia… e que depois dessa entrevista, tenha aberto a mesma e ainda continua sem entender. Talvez falte nele a sabedoria em abrir o coração… entrar em oração… lavar a alma… não só para \tentar\ entender as palavras da Bíblia (até mesmo porque não é um livro qualquer e sim, sagrado), mas também para entender as palavras que chegam aos seus ouvidos no seu dia a dia.

  15. oi joao..
    que podemos fazer, senao rezar por pessoas tao desocupadas e preocupadas em demonstrar que pouco conhece da sua propria religiao. Alexandre deve ter muita inveja… ´rezo por voce. Joao nao desista,porque tua missão é muito maior daqueles que tentam te provocar. Resista e invista. Teu coração é marailhoso. tua irma Sandra

  16. Pingback: Padre Xaropinho

  17. “Fala Senhor! Preciso ouvir sua voz. Eis aqui o teu servo.” A leitura orante da palavra de Deus não gera interpretações pessoais. Todos os que chegam a tal compreensão são sim seguidores de Cristo e católicos que conhecem a sua Igreja e obedecem ao seu magistério. Quanto ao resto, só resta-nos orar por eles.

  18. Não vi a entrevista, mas a afirmação de alexandre só estará correta se em seu contexto não fique claro que ao abrir a Bíblia em qualquer página e ao ler ali um texto, o entendimento do leitor deve ser de acordo com o que o Sagrado Magistério Católico ensina e no qual o Papa tem a última palavra estabelecida em concílios dogmáticos infalíveis.
    De outra forma haverá a livre interpretação bíblica, que nega a Tradição e o Magistério Católicos e, portanto, que os Papas não são sucessores do Apóstolo Pedro.
    A crença somente nos escritos bíblicos, foi uma das causas teológicas da reforma protestante de Lutero em 1517. É considerada uma eresia pela Igreja, pois os textos da Bíblia foram escolhidos pela Tadição e pelo Magistério da Santa Igreja que estabeleceu o Seu Canon por volta do ano 400 dC. Prova disso é que já havia católcos antes do novo testamento.
    A livre interpretação é causa da proliferação de tantas religiões evangélicas hoje existentes. A pessoa intepreta a seu modo, sem contexto histórico, e funda uma religião nova.

  19. O tal intelectual é uma lástima!
    Criticar o que nem lembra!
    Memoriol e gingo biloba nele!
    Ele é pós graduado em que mesmo????
    “A palavra é prata, o silêncio é ouro.”
    Vamos tentar lembrar sempre disso.

  20. Marta Martins

    Nada haver o comentario deste Alexandre aí, ei assistir o programa neste dia, e tudo aconteceu exatamente como o senhor esta falando… Meu DEUS alguém precisa orientar esta pessoa…
    DEUS te abençoe Padre e q ELE te livre destas acusações sem sentidos…

    FICO EU AQUI EM ORAÇÂO… PRECISAMOS MAIS Q NUNKA.

    (Abrindo aqui um parentese, para pedir oração também por todos o clero de nossa Igreja que tem passado por situações extremamente desesperadoras, pois estes dias aqui em meu estado ALGOAS- MACEIó- um de nossos padres -PE GUIMARÃES- foi brutalmente assassinado. Rezem…Estamos muito tristes…)

    Marta Martins…

  21. O Pe. Fábio comentou sobre o perigo de pegar uma frase e colocá-la fora do contexto, dando um significado totalmente diferente do original.
    Que absurdo o que esse rapz falou, ele não conhece nem se deu ao trabalho de conhecer seu trabalho, tão cuidadoso com a interpretação correta da Bíblia.

    Vou aproveitar hj, dia em que participei tanto do twitter, para perguntar ao sr. sobre a parábola dos farelos que caem da mesa.
    O sr. poderia explicar o significado dessa parábola em um post?
    Jesus entendeu que a fé da mulher era grande, a partir da frase que ela disse, que os cachorrinhos comem dos farelos que caem embaixo da mesa. Não compreendo essa passagem, agradeceria se o sr. esclarecesse.

    Sua benção.
    Obrigada pela companhia.

  22. Maria Inês

    Padre,

    Fiquei com saudades, já há alguns dias não passo por aqui… esta animado o Blog o twitter heeimmmmm!

    Minha contribuição é a Palavra de Vida do mês de novembro/2009…é a gente pode ser “rico de tantas coisas”, até das próprias idéias conforme o comentário que originou o post acima.

    Eis a frase e o comentário de Chiara Lubich para vivermos este mês:

    ‘É MAIS FÁCIL UM CAMELO PASSAR PELO BURACO DE UMA AGULHA, DO QUE UM RICO ENTRAR NO REINO DE DESU.”(Mt 19,24)

    Essa frase o impressiona?
    Acho que você tem razão de ficar perplexo e de pensar no que é oportuno fazer. Jesus nunca falou só por falar. É necessário, pois, levar a sério essas palavras, sem querer reduzi-las.
    Mas vamos tentar entender o verdadeiro significado delas, observando o próprio Jesus, o seu modo de se comportar com os ricos. Ele frequentou também pessoas abastadas. E disse a Zaqueu, que tinha dado apenas metade de seus bens: “Hoje a salvação entrou nesta casa” (Lc 19,9).
    Além disso, os Atos dos Apóstolos testemunham que, na Igreja Primitiva, a comunhão dos bens era livre e, assim, não se exigia dos cristãos a renúncia material de tudo aquilo que possuíam.
    Jesus não tinha, portanto, a intenção de fundar apenas uma comunidade de pessoas chamadas a segui-lo e que deixam todos os seus bens.
    No entanto, Ele diz:

    “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos céus”.

    Afinal, o que é que Jesus condena? Certamente não os bens desta terra em si, mas o rico apegado a eles.
    E por quê?
    É evidente: porque tudo pertence a Deus, enquanto que o rico se comporta como se as riquezas fossem dele.
    O fato é que as riquezas ocupam facilmente o lugar de Deus no coração humano, ofuscam a vista e favorecem todo tipo de vício. Paulo, o Apóstolo, escrevia: “Pois os que querem enriquecer caem em muitas tentações e laços, em desejos insensatos e nocivos, que mergulham as pessoas na ruína e perdição. Na verdade, a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por se terem entregue a ele, alguns se desviaram da fé e se afligem com inúmeros sofrimentos” (1Tm 6,9-10).

    O próprio Platão já havia afirmado: “É impossível que um homem extraordinariamente bom seja ao mesmo tempo extraordinariamente rico”.
    Qual deve ser, então, a atitude de quem tem posses? É preciso que ele tenha o coração livre, totalmente aberto para Deus. Que ele se sinta administrador dos próprios bens e saiba que sobre eles, como disse João Paulo II, pesa uma “hipoteca social”.
    Os bens desta terra não são um mal em si mesmos, por isso convém não desprezá-los, mas usá-los bem.
    Não é a mão e sim o coração que deve estar longe deles. Trata-se de saber utilizá-los para o bem dos outros.
    Ser rico só tem sentido em função dos outros.

    “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.”

    Mas talvez você diga: eu, de fato, não sou rico; portanto, essas palavras não se referem a mim.
    Cuidado! A pergunta que os discípulos, consternados, fizeram a Cristo logo após a sua afirmação foi: “Quem, pois, poderá salvar-se?” (Mt 19,25). Isso indica claramente que aquelas palavras eram, de certo modo, dirigidas a todos.
    Mesmo alguém que deixou tudo para seguir a Cristo pode ter o coração apegado a mil e uma coisas. Até um pobre que esbraveja porque alguém se atreve a tocar em sua sacola pode ser um rico diante de Deus.

    Chiara Lubich

    Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em julho de 1979

  23. Boa noite,padre
    Inicialmente, pela forma de expressar-se já imagino de qual segmento da igreja esse rapaz faça parte…
    Não assisti ao programa, mas pelas entrevistas do padre em questão,sei que ele jamais daria esse direcionamento,pois a Bíblia se tornaria horóscopo e o senhor embora tenha uma forte espiritualidade,estudou muito,tem embasamento.
    Aliás,estou afastada da igreja há três meses por discurso descontextualizados e sem conteúdo.
    Na missa de sétimo dia do meu pai, na homilia,o padre diz “Muitos não são curados porque não possuem fé…”
    Olhei para minha irmã e falamos “Meu pai foi um servo fiel praticante por trinta anos, teve câncer no fígado e não foi curado por falta de fé? Que Deus é esse?”
    Ligo a tv e alguém diz “Você quer um milagre na sua vida? Então venha participar de…”
    O Cristo dos milagres.
    E quem não obeteve a graça? Como fica?
    Por que não explicam direito, aprofundam? Simplificam demais.
    E se a linguagem bíblica,extremamente metafórica,for analisada fora de contexto,causa interpretações errôneas e inexatas.
    Frase sem contexto abre margem para inúmeras reflexões,como educadora especializada em Língua Portuguesa,posso confirmar isso…
    Tenho extremo cuidado nas minhas leituras,pois em diversas passagens pude constatar a multiplicidade de sentidos, como o fato de Jonas ficar aprisonado na baleia por três dias e a analogia com a ressurreição de Jesus, o mar que se abriu,etc.
    Aliás,percebo em algumas pregações televisivas que alguns palestrantes “agarram-se” a parte que lhes convêm…
    E dependendo do evento a passagem bílica fica de acordo com os interesses do momento,ora Jesus somente “milagreiro”,ora exímio “castigador”,ora o que considera tudo que está no mundo “diabólico”,etc.
    No mais, tudo o que ele escreveu já foi exaustivamente debatido aqui e tornou-se cansativo…
    Aguardo com ansiedade o seu livro sobre Deus na mídia, confesso que não tenho assistido a programas religiosos pelas deturpações feitas sobre a palavra de Deus.
    Boa semana.

  24. Alexandre Prado

    Padre João, sou o autor do tal comentário postado acima pelo senhor. Devo confessar que o escrevi no calor do momento, quando vi sua entrevista, mas é que já estou cansado de ouvir e ler disparates sobre as questões de fé (muito embora o senhor diga que falava de outra coisa – não vi, como o senhor afirma, a parte sobre Santo Agostinho). Como o senhor diz que eu entendi errado o que foi falado no programa – juro que ouvi o senhor falar que havia inventado um método de sete passos para se ler a Bíblia – peço desculpas, se realmente não foi isto o que foi dito (já tem algum tempo o ocorrido e tinha até me esquecido dessa carta) – tenho a humildade de fazer isto, aqui, por escrito, ou, se o senhor quiser, pessoalmente, visto que moramos na mesma cidade. Confesso, também, que não quis colocar “mais lenha na fogueira” naquele caso com o professor Fedeli (sim, ele é mesmo professor, por isso eu assim o chamo, embora ele não seja o meu professor e nem eu seja aluno ou membro da Montfort – é um título que ele tem, assim como o senhor é devidamente chamado de padre, por exemplo), foi mais um desabafo. Peço desculpas, também, pelo tom nada amistoso do texto, eu mesmo, ao lê-lo agora, vejo que passei dos limites do aceitável – aliás, o li a poucos momentos, no site da Montfort e, preocupado, ia pedir para que fosse retirado do site; no entanto, resolvi passar primeiro pelo seu blog, e vejo que a coisa explodiu antes que eu pudesse fazer algo. Se não foi mesmo o que o senhor disse o que entendi ter dito, peço novamente desculpas – escreverei agora mesmo para o professor Fedeli retirar a carta. Quanto às acusações que me fazem, a nenhuma responderei, pois como quem escreveu não me conhece, nada tenho a dizer, e eu não faço propaganda de mim mesmo. Se o senhor achar conveniente, pode postar este pedido de desculpas em seu blog.

  25. Esse pessoal que se diz tradicionalista…não sabem nem português, quanto mais a tradição da Igreja Católica!

  26. Sergio Souza

    “Falsa crença baseada numa conclusão equivocada sobre a realidade externa, a qual está firmemente embasada, não importando o que os outros pensem ou o que possa constituir prova ou evidência contrária à crença, mesmo que incontestável”.

    Enquanto ainda era vivo, Saddam Husseim levava o seu povo a crer que havia vencido a Guerra do Golfo, e muito acreditavam piamente nessa “verdade”. Apesar das evidências incontestáveis, ele acreditava em sua particular “verdade”.

    Esse tipo de comportamento, carece de tratamento psicológico e psiquiátrico.

    “Juro, ele falou isto!”

    Mt 5,34 – Eu, porém, vos digo: não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus;

    Tg 5,12 – Antes de mais nada, meus irmãos, abstende-vos de jurar. Não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem empregueis qualquer outra fórmula de juramento. Que vosso sim, seja sim; que vosso não, seja não. Assim não caireis ao golpe do julgamento.

    É lamentável que a idolatria por um certo ‘professor’, conduza, equivocados católicos, a quererem a expulsão do padre Joãozinho da Igreja (Disse: ‘Deus nos livre de sacerdotes assim…’).

    Adicionalmente, se alguém afirma que a Igreja de hoje, não é mais a Igreja Católica, é porque acredita que as portas do inferno prevaleceram sobre ela, e automaticamente chama Jesus de mentiroso! Não é? E se isso não é uma heresia?!… Até onde vai o ódio de uma pessoa por um sacerdote, a ponto de passar por cima de uma promessa de Jesus?!

    Por fim, oremos por todos os Sacerdotes! Estamos em pleno Ano Sacerdotal e sofremos ao ver tamanha ofensa a um padre, como é o padre Joãozinho, e tantos outros espalhados pelo mundo, que são vítimas de calúnias desenfreadas de católicos equivocados.

    Oremos também por esse moço, que parece andar em conflito consigo mesmo.

    P.S. E quero crer que ele não esteja bem, porque se essas palavras são frutos de uma mente plenamente sadia, aí há outro nome para esse comportamento: MALDADE!

  27. Alexandre Prado

    Padre, embora o tenha ofendido, espero vir a conhecê-lo para desculpar-me pessoalmente, obrigado por ter aceito minhas desculpas.

  28. Agora, se o Alexandre realmente assiste o programa torcendo para o pe. João pronunciar heresias, está tendo um comportamento pior do que aquele que ele visa corrigir.
    Estou revendo minha posição em relação a esse extremismo desnecessário que tem como frutos o pecado do juízo temerário. Talvez o Pe. João tenha feito bem em não ter diálogo com o Prof Orlando, parece que ele tem mais prazer em ver os outros errarem do que corrigir o irmão, essa é minha humilde opinião, posso estar errado uma vez que não tenho acesso aos pensamentos mais íntimos do professor.
    Difícl, a analisar pelo teor de algumas cartas especialmente essa, até que ponto ele realmente quer corrigir os desvios do catolicismo atual e até que ponto ele se delicia com os erros dos adversários para se sentir superior ou mais católico do que os outros.

  29. Sergio Souza

    Querido padre, sinta-se a vontade em retirar, meu post anterior, se assim desejar, diante do pedido de desculpas do irmão.

    De fato, como o irmão postou, é uma discussão que muitas vezes cansa, sobretudo quando se dá nesse nível de blog e portal de internet.

    Para essa polêmica, em particular, já foi proposto pelo padre Joãozinho ao ‘professor’, que esse diálogo fosse público e pessoal. Então cabe a outra parte, em se sentindo incomodado com a missão, idéias e comportamento do padre Joãozinho, que procure, pupila à pupila, civilizadamente tirá-las a limpo.

    Oramos pelo irmão sobre seu cansaço.

  30. A sua benção! Quero colocar as coisas como experiência pessoal a qual não indico para ninguém, pois isso funciona comigo, e por ser pessoal, não sei se funcionaria com qualquer um. Já li várias Bíblias: Ave-Maria, CNBB, Popular para leigos, Bíblias para estudo e tudo o mais, depois de ler de Gêneses à Apocalipse, tomo a liberdade de pedir ao Espírito Santo que me indique um trecho da Palavra para confirmar o que Ele quer prá mim em meu dia a dia. E funciona plenamente. Sempre sai a Palavra para aquele dia, inclusive confirma o Evangelho do dia, mesmo que eu nem saiba que é esse. Mas não indico isso para todos, mas que funciona comigo, contra fatos não há argumento, comigo funciona. Testemunho e vivo a Palavra assim e dá certo e muito. Faça-se de acordo com sua fé! Ajo assim e procuro andar sempre neste caminho. A paz! Portanto mesmo que você tenha dito isso, para mim não é nenhum mistério e muito menos bobagem. Abraço materno. Lourdes Dias.

  31. Muito bem! Que benção Padre Joãozinho! Parabéns por fazer do seu Blog, veículo de perdão e reconciliação. Parabéns também ao irmão Alexandre por reconhecer com que peso suas palavras atentaram contra o coração do querido Padre. Posso ver nesta página, a partir desta experiência, um modo mais justo de nos relacionarmos. O mais importante aqui aconteceu! O espaço foi usado para a reconciliação e não para acusações.
    Que o Espírito Santo nos ajude a não cair no terrível pecado que Tiago nos fala, nas linhas do capítulo 3 de seu livro. Ou alguém acha que por estar distante fisicamente, pode sair falando o que quer, achando não haver consequências? É um risco muito grande irmãos, atentem para isso! O fato de não nos apresentarmos fisicamente é uma tentação para que nosso orgulho e soberba apareçam mais que a finalidade do veículo de informação. No entanto, como cristãos, devemos usar a linguagem do amor! Sem condenação, sempre perdoando, levando a todos, onde estivermos a mensagem de paz!

    Um abraço a todos!

    Júlio

  32. Ana Vitória

    Sabe Alexandre, acredito que não devemos expor opiniões no calor da hora, sem analisar com calma aquilo que vai ser dito. Podemos ofender, magoar o outro, que em questão é o Padre Joãozinho.
    Uma pessoa que não agride a ninguém e tudo que procura postar ou falar, não são bobagens e nem mentiras.
    Tenhamos um pouco mais de delicadeza uns com os outros !!!

  33. Alessandro

    Parabéns para o Alexandre e para o Pe. Joãozinho pelas atitudes honestas demonstradas aqui no blog. Sigamos todos adiante e em paz.
    Abraço.

  34. maria Rita avellar

    Eu tó pegando o bonde andando,mas estou aprendendo a amar e conhecer seu trabalho como sacerdóte e professor e até mesmo produtor músical…rsrs….Connheço à pouco,mas o suficiênte para dizer que o padre tá esquentando com um cidadão que não deve ter muito o que fazer,ou vive no tempo jurásico. Não esta aberto as boas novas como diz o anjo Gabriel,na minha família tem católicos que é a maoria,evangelicos,espíritas como meu irmão e todos nos nos damos muito bem e nos respeitamos.E confesso que só voltei à me interessar por minha religião de formação que é a católica depois que conheci a canção nova o senhor,o p.Fábio,a família canção.Sou aberta as novidades que me edificam.Leio texto do Chico xavier por que não? Se me edifica e nem por isso deixo de ser católica.Já até briguei com o senhor num momento que tava precisando de um aconselhamento,mas não entendi que no twitter não é possível de obter respostas imediatas.Me desculpei e pronto! Sou assim!Amo seu trabalho,sua alegria,seu amor pelos seus seguidores no twitter. E esse rapaz não sabe o que tá perdendo em não se aproximar mais da sua obra.Deus abençoe à ele para que depois de uma reflexão mude de ideia,vamos dar uma chance á ele.Todos nos temos esse direito de se retratar!

    DEUS ABENÇOE À TODOS… E PRICIPALMENTE À ESSE RAPAZ QUE TÁ PRECISANDO MUITO CONHECER COM OLHOS MODERNOS A PALAVRA!

  35. Margareth de Carvalho Ramos e Silva

    BOA TARDE PE JOÃOZINHO!

    SOMENTE HOJE TIVE TEMPO DE COLOCAR AS POSTAGENS DE SEU BLOG EM DIA E GOSTARIA DE DEIXAR MINHA IMPRESSÃO A RESPEITO DO Q DISSE O SR ALEXANDRE SOBRE A FALA DO SR NA ENTREVISTA COM MIRIAM RIOS.
    PENSO QUE SUAS PALAVRAS NÃO MERECEM CRÉDITO ALGUM.PREFIRO NEM ENTRAR NO CENTRO DE SEU DISCURSO E DIZER QUE, DO ALTO DE SUA SOBERBA INTELECTUAL E ARROGÂNCIA, SE REFERE A TODOS QUE ASSISTIAM AO PROGRAMA DE “POPULACHO”.DEMONSTRA COM ISSO QUE,MESMO DO ALTO DE SUA “INTELECTUALIDADE” NÃO APRENDEU A MAIS SIMPLES DAS LIÇÕES QUE JESUS NOS ENSINOU:A HUMILDADE DE CORAÇÃO.

    CONTINUE, PE, A PASTOREAR SUAS OVELHAS. SOU UMA,DELAS E CONFIO EM,MEU PASTOR!!

    DIQUE COM DEUS! SUA BENÇÃO!!

  36. Lamentavelmente Alexandre Prado

    Devo lhe informar que jamais o Sr. Orlando Fedeli irá retirar a sua carta e nem postar a sua retratação lá, porque ele posta apenas o que convém a ele, usando o seu nome e a sua voz para atacar outras pessoas e assim quando ele for acusado de calunia, ele se justifica:

    Não fui eu que escrevi isto não.

    Foi o Alexandre Prado.

    E ele é um inocente neste capítulo, Entendeu ?

    Se existir perdão para este tipo de pecado, do qual nem sei o nome, que Deus tenha misericórdia daquele Sr. e derrame sobre ele urgentemente uma dose redobrada do seu Espírito de Amor, afinal este remédio resolveu o problema de Eliseu e o tornou um grande profeta.

    Paz de Cristo.

  37. Sergio Souza

    Gostaria de não crer nas palavras do Sizenando, mas é a mais pura realidade…

  38. Lúcia Farinhas

    Que bom que o Alexandre entendeu que a palavra de Deus nos une e não o contrário. Retratando-se publicamente ele demonstra arrependimento. Que bom, né Pe. Joãozinho?

  39. Alexandre Prado

    Padre, comunico ao senhor que, a meu pedido, meu post foi retirado do site Montfort já faz alguns dias; peço agora o mesmo ao senhor que, na mesma linha, retire também este tópico de seu blog – em prol do melhor entendimento e pacificação – e para evitar maiores conflitos – creio que todos saímos aprendendo com este episódio.

  40. E o Senhor fez a mesma coisa com Ana Paula Valadão
    distorceu as palavras dela.
    Que pecado hein padre!!!

    kkkkkkkkkkkkkkkkkk

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