Hoje é um dia de longas viagens, antes de chegar a Sooretama, no Espírito Santo (170Km de Vitória). Saí de Juazeiro (Petrolina) no voo das 5h45, na GOL. Peguei um TAM para Rio de Janeiro, aonde estou neste momento. O terminal 2 de passageiros é uma beleza. Ainda não conhecia. Chegarei a Vitória pelas 16h30. Literalmente é um domingo missionário. Mas alguns de meus colegas padres no Mato Grosso ou no Maranhão fazem o mesmo e até mais para chegar a pequenas comunidades que têm uma missa por ano.
Esta é a pergunta que todo o Brasil se faz, depois que a FOLHA DE SÃO PAULO publicou matéria em que a funcionária da Receita Federal, Sra. Lina admitiu que em 2008 foi convocada para um encontro pessoal com a ministra, na qual esta teria lhe pedido para “agilizar” um processo contra um filho de José Sarney, que corre na Receita Federal. Inquirida, Dilma negou que o encontro tivesse acontecido. É a palavra de Lina contra a de Dilma. A rigor não haveria ilegalidade no pedido de “agilização” da parte da Ministra. Não é muito legal negar o encontro se ele de fato aconteceu. Não existem provas materiais e estas deveria ser apresentadas por Lina e não por Dilma. Mas o Brasil fica com uma pulga atrás da orelha. Será que a ministra mente? Tem a lógica maquiavélica de que os fins justificam os meios? Ela é uma das principais candidatas à presidência da república e parece que a campanha já começou. Diem que a mentira tem pernas curtas. Vejamos neste episódio. Razões para mentir ela não teria, pois seu ato seria legal. Então, quais as razões de Lina. Uma das duas mentiu. Teria razões Lina para colocar a ministra nesta saia justa? Como cidadão você tem o direito (e até o dever) de fazer estes questionamentos, preparando-se para o voto consciente.
Uma das formas de evangelizar, hoje, em sido a promoção de shows. Muitos bispos e padres já me convidaram para este tipo de atividade. Este final de semana mesmo acabo de fazer um show de encerramento da CAMINHADA PELA PAZ, em Juazeiro e estou a caminho de Sooretama, no ES, aonde acontece um show na festa da padroeira. Pe. Zezinho parece ter sido um dos pioneiros deste tipo de linguagem. Mas nem de longe esta é minha principal atividade. Sou professor de teologia e diretor da Faculdade Dehoniana, em Taubaté. Ali, no escondimento da tarefa acadêmica gasto meus minutos mais preciosos. O show tem sua linguagem própria. Missa não é show. Show não é adoração. Palestra não é missa nem show. Neste sentido precisamos parar para refletir sobre a missão do sacerdote nestes três tipos de linguagem. Definitivamente não precisamos de padres espetaculares. O dia-a-dia da missão passa pela tarefa de padres elementares. Mas será que devemos eliminar os nossos shows e espetáculos? Em outras palavras, justifica-se a vocação de um padre que só faz shows? É possível ser padre sendo somente artista? Posto aqui um provocante artigo recente e peço a sua opinião sobre este polêmico assunto.
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ROMA, sexta-feira, 20 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- “Para a evangelização, não servem os sacerdotes showman que vão à televisão”, declarou o secretário da Congregação para o Clero, arcebispo Mauro Piacenza.
O prelado falou nessa quarta-feira em um Dia de Estudo sobre “A comunicação na missão do sacerdote”, organizado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma.
Ele afirmou que “a comunicação deve favorecer a comunhão na Igreja, que, do contrário, converte-se em protagonismo individual ou, o que ainda é mais grave, introduz divisão”.
Também indicou que “o sacerdote não deve improvisar quando utiliza os meios de comunicação, nem deve comunicar a si mesmo, mas os dois mil anos de comunhão na fé”, uma mensagem que “só pode ser transmitida através da experiência própria e da vida interior”.
Também interveio o professor Philip Goyret, professor de eclesiologia e teologia sacramental na Universidade Santa Cruz.
Ele explicou que, de alguma maneira, a dimensão comunicativa pertence à essência de todo sacerdote, “seja em si mesmo enquanto que sacramentalmente representa Jesus Cristo e portanto deve viver conforme aquilo que representa, ou enquanto portador de graça e ministro da Palavra de Deus”.
Portanto, acrescentou, “consagração e missão são correlativas: a Palavra dá sentido ao testemunho e o testemunho dá credibilidade à Palavra”.
O professor Sergio Tapia-Velasco, docente na Faculdade de Comunicação da Santa Cruz, afirmou que a homilia dominical pode-se converter em um momento privilegiado da transmissão da Palavra.
E lamentou que em contrapartida se assista frequentemente a “tantas homilias longas e chatas”.
Veja só a foto do povo que lotou o estádio para cantar em favor da paz…25.000 pessoas nas contas da polícia militar. Tudo na mais santa paz!!!
Em 2011 será ordenado em Juazeiro o nosso Frater Damião… olho a saudade do povo dele que esteve no show:
Aqui vai uma foto da banda que me acompanha pelo nordeste… são todos de Recife: