A história dos “padres soltos” nos dá ocasião para falar desta dimensão essencial da nossa fé: a comunidade. Ser cristão é estar inserido no Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja. Isto não significa viver em uma comunidade religiosa ou mesmo em uma destas novas comunidades como a canção nova. Mas você precisa participar da IGREJA. Precisa saber quem é seu pároco. Precisa viver algum tipo de engajamento comunitário… ir à missa, contribuir com o dízimo. Cristão solto não está com nada. Veja este comentário que acabo de receber:

Eu sei que o senhor não vai publicar porque vai me boicotar, mas tem coisas que não dá para se ficar calado! aff! Cristãos soltos? Tem que viver em Comunidade? Antes de viver em comunidade tem que ser realmente de “Jesus” isso sim! Olha eu nunca fui tão sincera na minha vida: A Canção Nova não é um espelho de comunidade REALMENTE CRISTÃ de forma homogênea( só alguns se salvam) sinto falta de verdade do Padre Leo, este sim como dizem as crianças da escola ele ” ERA O CARA” . Já vi e percebi cada coisa lá dentro que eu não sei como todos se denominam Cristãos!”Tem muito mais cristãos VERDADEIROS” soltos do que dentro das pseudo-comunidades, (e não estou falando apenas da igreja Católica, mas no geral) como diria o Boris Casoi:
“ISSO É UMA VERGONHA!
Como disse Jesus: Ninguém poderá ver o reino dos céus se NÃO NASCER DE NOVO DA AGUA E DO ESPIRITO, sabe para mim o que ele quis dizer: NASCER DA AGUA (NASCER PARA UMA NOVA VIDA UMA VIDA COM JUSTIÇA CARIDADE,ETICA E HONESTIDADE)E DO ESPIRITO NÃO COLOCANDO INSTITUIÇÕES NA FRENTE DE JESUS E NEM INTERESSES PROPRIOS ACREDITAR E VIVER DE VERDADE PARA ELE… EU TENHO FÉ QUE UM DIA ISSO ACONTEÇA… EU ACREDITO,VAI ACONTECER! COMO COMENTEI ANTES… O RESTO… O RESTO É DETALHE.

— AGORA OUTRA VISÃO—

Entendo o que quer dizer. Participo da minha comunidade desde 1998, fora que na paróquia que comecei, atuei de 1991 a 1998. Sou ministro extraordinário da Sagrada Comunhão e ministro de música. Sei que o mais difícil não é exercer as funções, mas é ir até as últimas consequências da minha consagração batismal e crismal. O mais difícil é ser cristão. É por isso que nesses shows e eventos, quem está a frente deve dizer que o indíviduo passe a frequentar a paróquia mais perto da sua casa. Mas vai dizer isso a quem se apegou ao movimento…é colocar o dedo na ferida, mas deve ser feito. Ultimamente, quem tem feito muito isso, justiça seja feita, é o Padre Zezinho. Por falar nisso, porque a Canção Nova nunca chamou o Padre Zezinho para fazer um acampamento de pregação e retiros? Porque canta temáticas ousadas e diferentes? Porque ele fala o que deve falar? Eu gostaria de ver o Pe. Zezinho pregando vários retiros na Canção Nova! Para refletir….

Ricardo Ferrara

15 Comentários

  1. David Menezes

    Paz e graça…

    Não sei se o Cristianismo solto funciona, mas, Deus nos ensinou a sermos igreja juntos. O sentido de Igreja, só se faz real quando vivida em comunidade, quando temos algo em comum, viver em comunidade é ter coisas em comum na vida, uma delas o cristianismo.

  2. Entendo o que quer dizer. Participo da minha comunidade desde 1998, fora que na paróquia que comecei, atuei de 1991 a 1998. Sou ministro extraordinário da Sagrada Comunhão e ministro de música. Sei que o mais difícil não é exercer as funções, mas é ir até as últimas consequências da minha consagração batismal e crismal. O mais difícil é ser cristão. É por isso que nesses shows e eventos, quem está a frente deve dizer que o indíviduo passe a frequentar a paróquia mais perto da sua casa. Mas vai dizer isso a quem se apegou ao movimento…é colocar o dedo na ferida, mas deve ser feito. Ultimamente, quem tem feito muito isso, justiça seja feita, é o Padre Zezinho. Por falar nisso, porque a Canção Nova nunca chamou o Padre Zezinho para fazer um acampamento de pregação e retiros? Porque canta temáticas ousadas e diferentes? Porque ele fala o que deve falar? Eu gostaria de ver o Pe. Zezinho pregando vários retiros na Canção Nova! Para refletir….

  3. Elaine Mendes

    Na minha visão esse relato retrata uma fé ingênua.
    Só se conhece verdadeiramente as pessoas no convívio e é em comunidade, através das atividades paroquias, que realmente conhecemos e amamos os semelhantes, pois é neste convívio que conhecemos as virtudes e defeitos de cada um. O verdadeiro cristão é aquele que se engaja mesmo sabendo das fraquezas dos nossos irmãos. Há três padres que convivo nas minhas atividades paroquias e conheço seus defeitos e virtudes, não é por causa dos seus defeitos que desisto da minha comunidade, pois eu também tenho defeitos e quero crescer junto com eles.
    Até mesmo o twitter vem me proporcionando conhecer mais nossos padres midiáticos. Há traços na personalidade do Pe. Fábio que não me agrada, mas não é por isso que descarto ele, de jeito nenhum! Ele é humano como eu e está em processo de vir a ser, filosoficamente falando. Não sei, as pessoas se esquecem que somos humanos e não anjos ou demônios. Infelizmente os padres vivem com esse estigma.
    Sua benção

  4. Somos pequenas brasas. Quando estamos juntos a fogueira ganha chamas e ganha força. Isto é bíblico (quanto dois ou mais estiverem reunidos…). Padre por favor me lembre qual livro, capítulo e versículo.

    Mas precisamos entender que todos somos humanos santos e pecadores e precisamos exercitar o perdão e lutar para andar corretamente seja como pessoa, seja como instituição.

    Para isso existem regras (catecismos da igreja, código canônico e etc).

    Vamos nos unir, vamos obedecer as regras e vamos exercitar o perdão. Melhor junto que solto.

  5. Caro Ricardo, vc já perguntou ser o Padre Zezinho faz questão de aparecer na CN? Mas a questão do apegar-se ao movimento, seja ele qual for, é realmente um caso muito sério. É muito triste ver cristãos se dividindo por fazer parte daquele ou outro movimento, desta ou daquela comunidade. Quando disse que nao queria fazer mais caminho para uma determinada comunidade, fui duramente criticada, me dizeram até que era fogo de palha, deixei que o tempo mostrasse a realidade. A partir dessa experiencia vivida, nao posso negar que o ministerio do Padre Zezinho é um presente de Deus para nós, mas será que é preciso mesmo que ele aparecer sob os holofortes da CN para que sua evangelizaçao chegue aos ouvidos dos escolhidos por Deus?
    Precisamos ter cuidado com nossos julgamentos, quando me pego julgandio as atitudes daqueles que consagraram sua vida a evangelizaçao me pergunto seu eu visse São Fracisco se jogando nas roseiras falaria que ele era um fraco? Ou que encontrasse São Paulo dizendo tem espinhos na carne eu perderia os olhos que estão fixos em Jesus?

    Abços

    Fabiana

  6. Padre o senhor nem imagina como estou gostando desses “diálogos”. O senhor consegue ver essa estrada?
    É muito bom que as pessoas saiam da inércia e passem a defender seu ponto de vista, ainda que sejam diferentes dos nossos. Como já postei em seus outros artigos, maturidade vem de vicência e é vivênciando a vida que podemos reavaliar nossos conceitos. É discutindo e ponderando nossas crenças que moldamos nosso ser. O importante nisso tudo é tentar sermos seres humanos mais humanos e, por consequência, mais divinos!
    Gosto muito do senhor e de seu trabalho, continue a compartilhá-lo.
    Sua benção!
    http://twitter.com/Lorena_Avelino

  7. Elaine Mendes

    Aliás, sei que os grandes santos tinham uma irritação crônica, eram temperamentais, estouravam por qualquer coisa, muito impacientes. Sei que São Camilo, padroeiro da minha paróquia, era uma pessoa difícil de conviver, muito exigente, mas ele não deixou de ser o anjo dos doentes e desvalidos. Imagino que São Paulo tinha também esse defeito e desconfio que o Pe. Fábio também, afinal, ele é muito inteligente e não deve ter muita paciência com nossas burrices.
    Não se preocupe, amo muito vocês, pois vejo a graça de Deus atuando através de seus talentos.
    Sua benção.

  8. Pingback: Ricardo Ferrara

  9. Boa tarde,padre
    Continuo com a minha posição. É muita pretenção de alguém,seja consagrado ou não, dizer quem será salvo.
    Não sou eu quem falo, é Jesus. Ele julgará os merecedores e olha muitos serão surpreendidos…
    Continuo afirmando, não basta frequentar a igreja sem realizar obras…
    A prática cristã sem atos concretos é morta…
    Vejo muitos falando que discordam disso e daquilo…Farei uma pergunta: são cristão em espírito e verdade ou só de teoria?
    E o seu interior, está repleto do amor divino ou quando saio da igreja faço o contrário de tudo o que Jesus disse?
    Fala sério, padre João Carlos. Sabe muito bem que há fariseus engajados em comunidades e na igreja…O joio e o trigo…
    Por isso as prostitutas nos precederão na entrada do reino dos céus, o ladrão foi perdoado, só Deus vê o coração…
    E a frase “Mas, senhor, eu realizei curas em seu nome, profetizei…” E Jesus responde “Afastai-vos de mim pois não vos conheço…”
    Quanto a Canção Nova concordo com a amiga acima, vivem em comunidade ,mas maltratam quem vai lá, são orgulhosos, enaltecem-se em demasia e são proselitistas.Querem sócios e mais sócios, para eles e não para a igreja.
    De que vale então estar em comunhão e subordinado a um bispo se minha prática religiosa não condiz com os ensinamentos de Deus?
    Já diminui minha contribuição com eles e no mês que vem saio definitivamente…Detesto hipocrisia…Há muito tempo estou observando a atitude nada cristã deles…
    E em Aparecida? As bebidas, o consumo exagerado em torno de Nossa Senhora, estão em comunhão, possuem um bispo e erram…
    Sou cristã solta e continuo afirmando, não compactuo com a hipocrisia, alías, há uma passagem bíblica que afirma que não podemos compactuar com o erro…
    Entretanto, sou dizimista,participo dos sacramentos, contribuo com algumas obras assitenciais e exerço a missão designada por Deus para mim nesse mundo, sou professora, modéstia a parte,arrebento…
    E não somente em conteúdo, mas na formação humana, sei atender quando precisam de mim no nível pessoal e acadêmico.Já fiz a diferença na vida de muitos assim como eles fizeram na minha…A troca é constante e genuína…São os anjos a quem Deus me confiou…
    Minha fé não é sentimental, nem imatura e simplória, é ativa…
    Lembre-se da frase “A quem muito foi dado, muito será cobrado.”
    Admira-me que uma pessoa tão estudada como o senhor tenha uma visão tão simplória e ingênua…
    Antes de cristão solto não estar com nada, pior é cristão meia boca, vive na teoria, não põe em prática os ensinamentos divinos.
    Este está realmente por fora. Não faz diferença no mundo e será duplamente cobrado por Deus. Está na bíblia…
    E os músicos católicos que não obedecem à doutrina? Quem são? Vai deixar no ar também?
    Boa tarde.

  10. Ainda sobre a influência destes padres “show man”…às vezes são ótimas influências: para quem já alcançou uma certa maturidade consegue extrair coisas mais profundas em suas pregações,para os que estão iniciando o contato com a igreja são essenciais para sua aproximação…uma missa mais animada!Um show onde há a pregação, isso empolga e dá vontade de conhecer mais.
    Confesso que às vezes me questiono…no show que fui do Padre Fábio ficamos horas esperando começar…podia haver alguém que rezasse o terço,fizesse alguma pregação enfim…preparasse a platéia na sua esmagadora maioria de católicos, para em clima de oração receber o Show principal, lembrando a verdadeira missão dele (o Padre ali).
    Outro dia uma seguidora do Twitter questionava porque o Padre Fábio não usou o nome PADRE na capa do seu livro mais novo recém lançado cujo autor é Fábio de Melo.(???)
    Quando me pego com essas questões volto a lembrar:Rezar e rezar muito! para que a missão de vcs Padres “Show man” só cresça e que Cristo apareça…assim aumentando cada dia na fé e nos proporcionando sempre mais oportunidades de crescer também!!
    Abraço!
    Symoni Florentino Mossoró Rn/ twitter:symoniflorentRN

  11. Renata Prado

    Continuando…
    eu entendo que a igreja representa nossa renovação diária com a fé, com os valores religiosos, que é um reencontro diário, semanal ou mensal com o Cristo, mas também acho que por causa da nossa natureza “humana demais” (olha o Pe. Fabio aí novo!…rsrs), é muito mais fácil tomarmos como referência aqueles padres que estão em destaque por sua competência em traduzir a fé e o cristianismo através de suas músicas, textos e palavras, do que seguir uma paróquia, onde muitas vezes a condução do padre ainda é distante e suas palavras não cala nos corações das pessoas, nem diz das verdades humanas, emocionais e psicológicas de que precisamos para amadurecer espiritualmente, então não acho que somente a igreja irá nos conferir o lugar de cristãos verdadeiros, acho sim, que há um conjunto de coisas como: a igreja, o padre, a palavra, nossas escolhas, nossa coerência entre aquilo que dizemos e aquilo que fazemos, entre tantas outras coisas, que farão de nós território cristão ou não.
    Digo também que se eu puder, vou evidentemente preferir me engajar numa paróquia em que eu possa sorver dos benefícios de um padre carismático, a ficar fazendo número dentro de uma igreja que não me toca o coração e a alma e, isso não pode me tirar a condição de cristã, pois seria muita crueldade e radicalismo se assim fosse.
    Renata Prado.

  12. Interessante que a maiores dos padres que estão na mídia católica que são dehonianos passaram pela Canção Nova:
    P. Léo, P. Joãozinho, P. Fábio de Melo, P. Mario Marcelo, P. André Luna, P. Vicente. Menos o P. Zezinho. (Pelo menos, até onde me consta…)
    E olha que ele formou toda essa turma e muito mais, fora várias gerações de sacerdotes no Brasil e no exterior!
    Acho que se ele tivesse recebido ao menos algum convite, não recusaria. É o caso de sabermos dele.
    Lembro-me que o P. Zezinho já pregou em um Congresso Nacional da Renovação Carismática em Aparecida, já faz algum anos…e só…
    Mas diante dessa “leva” de padres dehonainos que já foram para a Canção Nova, é muito estranho não ter ido o formador de todos eles.
    Vamos pensar os movimentos da Igreja Católica Una e Santa. Que não haja guerrilhas entre os movimentos, nem represálias, nem intrigas bestas que geram contendas, maledicências.
    Que tudo que tiver que ser dito, o seja pela caridade na verdade e verdade na caridade, como nos lembrou o S.S. o Papa Bento XVI.
    Seria bonito se Padre Jonas e Padre Zezinho cantassem e pregassem juntos! Dois profetas que deram suas vidas para o bem da Santa Igreja.
    Subir ao Monte Tabor é muito bom para louvar o Senhor, mas não esquecemos que há situações contemporâneas tristes, como a fome, o materialismo, o ateísmo, o aborto , eutanásia e etc…! Sem falar que esquecemos o que vem a ser o significado da gratuidade, no mundo moderno embebido das relações utilitaristas. Que não falte o espiritual e o social, a fé e a razão, a verdade e a caridade!

    Ricardo – twitter: @ricardoferrara

  13. Se a minha paróquia não é espelho de uma comunidade cristã homogênea, porque a CN seria? Qual a diferença dos humanos de lá dos de cá? Qual a diferença dos padres de lá, dos daqui? Pra mim, nenhuma…já ouvi inúmeras vezes a orientação dos consagrados de que devemos participar de nossas paróquias, de que devemos pagar nosso dízimo independente de ajudar alguma obra, e principalmente, que a missa da TV não substitui a missa paroquial…já ouvi os próprios consagrados falando que na comunidade existem os mesmos problemas que uma paróquia pequena… ciúmes, panelinhas, inveja…quem disse que eles tem que ser perfeitos só porque se expõem na mídia? Porque o defeito deles é majorado? Eles também não estão na caminhada? Ou será que só porque vivem em comunidade supõe-se que estão mais prontos? Se eu não consigo ser exemplo, porque cobraria deles?
    Acho que o pe Zezinho não faz muita questão de fazer um acampamento na mídia. O programa dele na Século 21 dura 3 minutos…acho que prefere menos exposição…

  14. É padre… esse post me fez pensar. Obrigada!
    Sua bênção, Deus o abençoe!

  15. Pingback: Dria de Melo

  16. Clébio Cid

    A Canção Nova e o padre Zezinho têm suas qualidades e seus defeitos naturalmente… Mas eu acho que alguns se precipitam de mais nos seus julgamentos… Cuidemos para que as nossas “boas intenções” não sejam um tano injustas pelas nossas opiniões.

  17. Ricardo Ferreira

    Padre João, sua benção.
    Quando entendo que posso contribuir com alguma coisa participo deste espaço de discussão.
    Já mensionei em outro post que minha preocupação como comunicador é que nossa Igreja entre na linha de comunicação publicitária dos protestantes pentescostais. E, quanto aos padres que saem aos shows etc, deve haver padres suficientes para o atendimento da comunidade, pois pouco adianta ter missionários a oferecer a quem está longe e não tê-lo para a comunidade.
    A política econômica brasileira mostra bem isto: privilegia a exportação e “supertributa” o mercado interno.
    Quanto à questão do cristianimo essencialmente comunitário, tenho algumas observações.
    Quando o padre Fábio esteve no programa do Jô, este fez uma observação que chamou a atenção, e ficou “martelando”. Ele disse que achava a Igreja muito Paulina, e que acreditava que ela deveria ser mais Petrina. Diante do tema deste post creio que ele tenha alguma razão.
    A fé é individual, assim como a salvação, mas a força de uma comunidade é algo que vai além de nosso entendimento.
    Jesus formou comunidade. Os apóstolos, depois de Pentecostes, formaram comunidades também. E está escrito: “suportai-vos uns aos outros”. Só conseguiremos efetivar este imperativo na comunidade, afinal quando um não puder outros poderão.
    Já aos críticos de plantão, uma sugestão: palavras que não edificam devem ser levadas ao confessionário.

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