Dois erros que devemos evitar ao iniciar um debate é a pressa de tirar uma conclusão. Normalmente esta pressa é amiga da opinião, do senso comum e do erro. Bons debatedores não têm pressa… ponderam muito. O segundo erro é o autoritarismo. Você determina o que o outro “tem” que dizer. Veja bem: um debate é um diálogo entre liberdades. Avance esclarecendo o seu ponto de vista e deixe o o outro manifeste o ponto de vista dele. Em alguns comentários alguns apressados e autoritários têm me dado verdadeiras “ordens”. Diga isso. Revele os nomes. Fale logo. Estabelecer critérios para saber, por exemplo, quando um padre vive a sua incardinação ou quando vive seu ministério de modo “solto” já é um grande passo.
Quando debatemos, entramos na dialética, uma tese que gera por sua vez a atitese e o desafio é encontrar a sintese. Isso me remete a dois grandes filósofos da antiquidade: Sócrates e Platão, alias, através de Sócrates o discurso filosófico começa a tomar um novo rumo diferente dos seus antecessores com o método da “maêutica”, que significa o mesmo que parir ou dar a luz.
Quando damos a luz a uma idéia ou conceito internalizado entramos em contato com os nossos 5 sentidos e damos um significado ao novo que chega. Alguns preferem abandonar a idéia como se abandona ou rejeita uma criança recem nascida, mas, a idéia, igual a uma criança depois de gerada, necessita de cuidados, se fica abandonada, finda a se tornar uma idéia rejeitada e desconecta de sentidos.
O debate sobre o padre showman, nos serviu para parirmos dentro de nós a sintese entre o que se está fazendo de bom e o que está se fazendo de boas intenções mas de forma ilicita a hermenêutica da continuidade, nos remetendo que aqui não cabe a máxima maquiaveliana de que o fim justifica os meios, ou, como diz a sabedoria popular, que de boas intenções, o inferno está cheio.
Abç fraterno
Padre João Carlos,
Discordo de ti mais uma vez. O errado é debate no escuro. Não sou adeptas dessa forma de dialogar…
Algo vago que pode atingir a quem age com honestidade…
E quer saber?
Já me cansei…Esse negócio de ficar enrolado não é comigo.Estou cansada de ler comentários nada edificantes e que não avançam…
Arrogãncia? Pode ser… Mas aprecio coisas que propiciem avanços e não ficar no mesmo lenga-lenga…
Não tenho mesmo paciência para andar em círculos…
Que o senhor e seus debatedores que possuem dúvidas continuem com o jogo de gato e rato…
Já consegui tirar minhas conclusões após tantos comentários que o senhor postou e as muiotas contradições expostas…
Quando surgir algo mais interessante, participo…Isso já me cansou…
Se há músicos fazendo coisas erradas já não me interessa, continuarei sendo uma cristã solta, dizimista,participando dos sacramentos, mas de nenhum grupo de oração, pois não gosto de hipocrisia, realizando a minha missão designada por Deus, ser preofessora e na certeza de que só Ele vê o coração e julgará no dia do juízo e muitos serão surpreendidos.
Abomino o fanatismo.
Uma boa noite
Isso diz respeito ao comportamento do ser humano como um todo pois quando julgamos alguêm ou algo com pressa corremos o risco de fazer julgamentos superficiais, ao cobrarmos do outro determinadas posturas acabamos por agir na base do autoritarismo algo que nos lembra as posturas ditatoriais outrora tão combatidas . Lembro me agora de uma frase de Vangogh onde ele diz foi você que olhou depressa demais , um olhar mais atento nos leva a criar opniões bem mais elaboradas em todos os ramos da vida.
Um abraço
Como dizia acidamente Niestzche : “Não existem fatos, o que existe são interpretações”. Engraçado as preocupações da Igreja, ou melhor, a interpretação da igreja, o que seriam os “Padres show man”, precisaríamos sim avaliar de qual ‘espetáculo’se fala e qual tem sido mais nocivo para os fiéis católicos:
Os talvez pequenos erros doutrinários causados por Padres cheios de boas intenções e vontade de ir e levar para ‘águas mais profundas’, erros cometidos á luz do dia e dos holofotes,…Ou se os escândalos cometidos nos segredos e escombros das sacristias, de toda sorte de hipocrisia, falta de compromisso com o evangelho, falta de amor pelo seu povo, mornidão na evangelização, compromisso mais com a estrutura de que com o “dono dela”,…
É não sei amado Padre, acho que a Igreja precisa de mais FOCO e de ouvir seus fíeis e evoluir de : ‘FOCO NO CLIENTE’ PARA buscar mais o ‘FOCO DO CLIENTE’.
Sua benção.
Se Mons.Mauro vinhesse ao Brasil, tenho certeza que mudaria de opnião.
Acho que assim ficaria melhor: “Para a igreja, não servem sacerdotes carnavalescos”
Querido Sacerdote,(perdoe meu laptop sem acentos.rs)
Certa vez ouvi um outro Sacerdote dizer assim:”Presos a Deus, livres no mundo”(Pe.Fabio de Melo). Verdade em poesia. Por esta razao quero agradecer aos nossos queridos Bispos que enviam seus Sacerdodes pelo mundo afora para prenderem o coracao de Seu povo ao Coracao de Deus, somente assim poderemos viver livres.
Livres, presos a Deus.
Se hoje posso viver longe do meu Brasil seguramente, eh porque com toda certeza um Sacerdote aprisionou-me ao coracao de Deus com suas palavras, para que eu fosse livre em qualquer lugar do mundo.
Obrigada pelo uso abencoado da sua sabedoria!
Fique com Deus e que nada possa lhe tirar a Paz!
Gloria Fernandes
Framingham/MA USA.
Prezado Pe Joãozinho,
Salve Maria!
Os dois erros apontados pelo Sr., nos debates, não é uma boa ocasição para se pregar as virtudes intelectuais relacionando-as aos dons do Espírito Santo?
Acredito que isto edificaria a muitos. Uma vez que a pressa em se tirar conclusões, é uma imprudência. Já o autoritarismo, é fruto da arrogância e até mesmo da soberba. O ensinamento das virtudes, poderá fazer os apressados reverem seus conceitos e aplicarem o que aprenderem, em outros aspectos da vida. Isto me lembra o Sermão de São Bernardo de Claraval; “Sobre o conhecimento e a ignorância”. Onde no subtítulo ele diz; “O conhecimento das letras, é útil a instrução, mas o conhecimento de si mesmo, é mais útil a salvação”. Quando debatemos com uma pessoa, também podemos saber, se ela se conheci a si mesma ou apenas as letras.
O Sr. já leu o comentário de São Gregório Magno, ao livro de Jó? Não seria pertinente uma tradução para o português desta obra?
Fique com Deus
Abraço
P.S.: Em off (fora do assunto), é interessante notar que nos tempos de São Clemente de Roma, ele escreveu aos corintios dizendo:
“Cada qual seja submisso a seu próximo, segundo o dom que Deus lhe deu”.
Atualmente cada pessoa, submete-se apenas a própria consciência. Considerando esta realidade, é pertinente sempre falar dos dons e das virtudes, até mesmo em simples debates.
Queria dizer algo a respeito dos comentários da “cristã solta” Luciana, mas depois de relê-los, só posso lembrar o conselho de Jesus: “Não julgueis para não serdes julgados”.
Sem querer condena-la, me parece que ela incide nos erros que critica: faz acusações veladas, insinuações dirigidas não se sabe a quem. E parece ter a pretensão de saber mais da doutrina católica que os bispos.
Eu não pretendo aqui parecer melhor católico que ela. Eu sou apenas um ignorante e um grande pecador. Só poderei me salvar mesmo pela infinita misericórdia de Deus. Apenas penso que tal modo de agir e julgar os outros não é salutar.
Minha oração de agora:
Senhor ensina-nos a sermos humildes e verdadeiros.
Que nos dediquemos mais ao estudo do silêncio.
A descobrir suas idéias para cada um de nós.
E mas do que nossas opiniões, que conheçamos a Tua Verdade.
E que ela purifique o nosso coração de todo orgulho e vaidade.
Também da soberba ou mediocridade… da arrogância e hipocrisia…
Assim seja.
Pois é padre,
O debate é muito interessante e rico…são tantos ângulos diferentes…engraçado…você lê e pensa: “nossa, não tinha pensado por esta ótica”…você pode até nem concordar em nada do que o outro falou,mas o raciocínio alheio abre a mente para outros horizontes…expande…não me sinto mal em analisar um escrito antigo e pensar:” puts, não era bem isso o que eu queria dizer”…não acho que se trata de falta de personalidade mudar de idéia…tenho a sensação que há uma perda da essência do que se quer dizer, entre o percurso do pensamento até a palavra escrito/falada…sei lá…nós vivemos muito ansiosos…magoamos, julgamos muito fácil…é um dilema…pensamos:” não vou julgar”,mas no ímpeto sentimos uma necessidade imensa de emitir uma opinião, ainda mais assim invisível…será que pessoalmente teríamos coragem? Certamente seria tudo mais claro, pois o outro teria como elaborar melhor a opinião…de tudo isso resta a sensação de que temos muito o que aprender…
” Só sei que nada sei”. Sócrates