Aspectos positivos do sofrimento, segundo Bento XVI
Publicada a mensagem do Papa para o 18º Dia Mundial do Doente
Por Patricia Navas
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 3 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- A experiência da doença e do sofrimento pode se converter em uma escola de esperança, maturidade e união com Cristo, além de beneficiar toda a Igreja, afirma Bento XVI em sua mensagem para o 18º Dia Mundial do Doente.
A celebração acontecerá no próximo dia 11 de fevereiro, coincidindo com o 25º aniversário da instituição do Conselho Pontifício para a Pastoral no Campo da Saúde.
A mensagem, publicada nesta quinta-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé, indica que, “com a graça de Deus acolhida e vivida na vida de cada dia, a experiência da doença e do sofrimento pode se converter em escola de esperança”.
O Papa pede aos doentes que “rezeis e ofereçais vossos sofrimentos pelos sacerdotes, para que possam manter-se fiéis à sua vocação e para que seu ministério seja rico em frutos espirituais, em benefício de toda a Igreja”.
O texto também dedica um espaço às pessoas que atendem os doentes e os que sofrem, às quais o Papa expressa seu agradecimento e anima a continuar desempenhando esta importante tarefa, mostrando “um zelo apostólico mais generoso”.
Concretamente aos sacerdotes, a quem se dirige como “ministros dos doentes, sinal e instrumento da compaixão de Cristo”, o Santo Padre convida a “não poupar esforços ao oferecer vosso cuidado e consolo”.
Bento XVI também destaca a necessidade de expressar a “ação humanitária e espiritual da comunidade eclesial pelos doentes e os que sofrem (…), de múltiplas formas e estruturas sanitárias, também de caráter institucional”.
“A criação do Conselho Pontifício para a Pastoral no Campo da Saúde, há 25 anos, faz parte desta solicitude eclesial pelo mundo da saúde”, acrescenta.
Por outro lado, o Papa destaca que, “no atual momento histórico-cultural, adverte-se ainda mais a exigência de uma presença eclesial atenta e ao lado dos doentes”.
E também a de “uma presença na sociedade capaz de transmitir de maneira eficaz os valores evangélicos para a tutela da vida humana em todas as suas fases, da concepção até seu fim natural”.
Falando sobre o sentido do sofrimento, Bento XVI cita vários documentos, entre eles sua encíclica Spe salvi.
Nela, o Papa indica que “o que cura o homem não é esquivar o sofrimento e fugir diante da dor, mas a capacidade de aceitar a tribulação, amadurecer nela e encontrar nela um sentido mediante a união com Cristo, que sofreu com amor infinito”.
Apontando Cristo, Bento XVI destaca que, “no mistério da sua paixão, morte e ressurreição, o sofrimento humano alcança o sentido e a plenitude da luz”.