Acabo de receber o seguinte comentário radical proposto pelo meu amigo, o publicitário Paulo Victor.
http://www.paulovictor.com | paulovictor@paulovictor.com
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Ninguém é obrigado a seguir ninguém no twitter.
Padre Joãozinho: twitte o que quiser, seja quem o Sr. quer ser e é.
A pior coisa do twitter é o policiamento dos twichatos de plantão que se sentem no direito de criticar ou analisar uma existência por causa de 140 caracteres que nem sempre escrevemos em nossos melhores momentos.
Coloco aqui um comentário genial do publicitário Eden Wiedemann, que assino em baixo:
“A coisa mais louca é ter que, digitalmente, encarar os chatos.
Essa galera vem realmente se proliferando com certa velocidade. Todo mundo tem um chato lhe seguindo. Pode procurar, você tem um deles lá, na sua cola.
A chateação causada por esse individuo é proporcional ao seu destaque no Twitter. Quanto mais destaque você tem (se é famoso, se tem muitos seguidores, se é polêmico) maior a chance de um chato grudar em você.
Sim, amigos, no Twitter você não tem que ficar agüentando cutucadas, perdigotos e bafo, é verdade, mas ter que agüentar alguém de mimimi porque você nunca dá RT nele, ou porque não interage respondendo as super inteligentes e criativas twittadas direcionadas a você não é divertido… .
Solução? Block. Identificar e bloquear essa galera é a melhor forma de impedir que essa praga continue assolando.
O chato do Twitter é, por natureza, um ser carente. Quando ele gruda em alguém ele quer atenção. Ele tenta aparecer de toda forma, de todo jeito, ele quer que você o note e interaja. Alguns dos hábitos que podem ser facilmente identificados são:
No começo da “relação”
a) Pedidos constantes do tipo “Me segue, por favor”. O chato está só esperando ser seguido para vir com “Ah, vejam só quem está me seguindo, WOW”.
b) Ele retuita TUDO que você posta. “Dor de barriga infernal” vira “Dor de barriga infernal // HAHAHAHAHHA. Esse cara é muito hilário”
c) Ele responde tudo que você pergunta. Tudo mesmo. “Cara, queria saber o motivo desse transito caótico em São Paulo” será respondido por um “É muito carro na rua, meu!”.
d) Ele coloca seu nome em todo Follow Friday. Se deixar ele coloca no Follow Saturday, Follow Sunday e cia. “Ei, eu indico você, me segue aí!!!”
e) Tenta sempre incluir você em uma pergunta que faz. “Cara, acho que o Twitter vai revolucionar o mundo, não é @rosana?”.
O chato não entende que para ser seguido ele tem que cativar a pessoa a quem segue sem ser um grudento insuportável carente de atenção. Ser inteligente, divertido, útil e afins passa longe das prioridades dele. Claro que o infeliz termina sendo solenemente ignorado. E aí ele se torna ainda mais chato…
A dolorosa separação
a) Ele passa a falar mal de você, sempre incluindo seu nick, para ter certeza de que você vai ler. “Ah, o @marcelotas é um mascarado, ele não interage com os fãs”.
b) Tudo que você diz vira motivo de crise de mimimi. “São Paulo é uma cidade muito poluída” ganha uma resposta como “Tá vendo, @eden odeia São Paulo e os paulistas ficam seguindo ele. É um idiota!”
c) Você se torna um completo idiota para ele. “Cara, não sei como alguém aguenta seguir esse tal de @bqeg, o cara é um saco!”
d) Ele começa a ameaçar dar unfollow. “Vou deixar de seguir o @cebola, cara chato…”
É claro que nessa hora, se você tem um pingo de juízo, você já foi proativo e martelou o quengo desse infeliz com um belo BLOCK. Alguns, como o @cardoso, ainda explicam o motivo. Outros nem isso.
Mas não acaba por aí, quando percebe que foi bloqueado o chato se revolta. Bate nele a “crise do traído”, ele se toca de que foi o último a saber do bloqueio e surta fingindo não entender o motivo. Para ele, para esse infeliz carente, essa é a prova de que você não presta. Ele vai mover céus e terras para lhe destruir no Twiiter. Vai falar mal de você para todos os 26 seguidores dele, vai por um post no blog e todos os 8 leitores vão ler (e apenas um vai comentar). Ele vai se vingar de seu ex-ídolo e atual desafeto. Ele vai lhe fazer perceber que você errou em ter ignorado ele… e toda sua chatice.
Minha dica? esqueça e continue interagindo com as milhares de pessoas interessantes do Twitter. O chato não vai se matar por isso, ele sempre vai poder voltar para o Bate Papo do UOL ou para o 145, o famoso disque amizade.”
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Paulo Vitor e Eden
Os chatos eu suporto e às vezes acho divertidos e sinceros(as). O meu problema é com os calados que ficam te analisando com soberba em um momento de intimidade virtual, ocasionada pela dinâmica do Twitter. Estou achando mesmo que existem riscos mais sérios. Você expõe sua rotina sem saber que está lendo. O celular já serve para golpes e ardis. Chegará a hora em que teremos um certo receio de twittar… a minha já chegou. Sorry. Costumo contemplar o horizonte e ver coisas que meus olhos ainda não enxergam. Estou vendo algo que ainda não sei dizer. Quem viver verá!
Pe. Joãozinho, scj