Assisti com interesse o filme da moda: AVATAR. Meu primeiro olhar era biocêntrico. Estava interessado em verificar o estágio americano do debate ecológico. Convenhamos que o filme acrescenta pouco. Propõe a tese de que temos uma mãe que é a natureza e que tudo está solidamente interligado. Nada contra. O velado panteísmo do filme passa como proposta alegórica. Mas aos poucos fui vendo no filme uma repetição quase literal dos velhos filmes de índios que os americanos fizeram às pencas. Os habitantes de Pandora são iguaizinhos aos filmes de índios. Até as armas são iguais. Lamentável é que um terráqueo tenha que trazer a solução para a população ameaçada da floresta. Os americanos continuam pouco criativos, etnocêntricos e religiosamente apegados à tese de que “A América” tem a missão de salvar o mundo. Resumindo: são “deus”! Esta lógica não dá mais pra suportar. Nós, dos países emergente somos os povos da floresta. Atenção… algum comandante fortão virá! Será que precisaremos de um avatar norte-americano para nos salvar? O Haiti que o diga. E ali… bem ali não é filme. É vida real!!!