Comunicamos que a Santa Sé acaba de pedir a mais um dehoniano o serviço do ministério episcopal. Uma honrosa distinção, embora o confrade venha a fazer falta no seu campo de trabalho. Trata-se do P. Vilsom Basso, 50 anos, missionário nas Filipinas, nomeado bispo de Caxias, Maranhão, Brasil. A nomeação foi anuncada nesta sexta-feira, 19, pelo Papa Bento XVI. P. Vilsom vai suceder a Dom Frei Luís D’Andrea, OFMConv, como 4º bispo da diocese.
P. Vilsom Basso é natural de Tuparendi, na diocese de S. Ângelo, RS, paróquia confiada aos dehonianos desde há muitos anos. Fez seus estudos nos seminários da Congregação, na Província BM. É licenciado em Estudos Sociais pela Fundação Educacional de Brusque, SC, Bacharel em Teologia pela PUC do Rio de Janeiro, cursou Teologia no Instituto Teológico de Taubaté. Em 1991 estudou Planificação Pastoral na Universidade Javeriana de Bogotá, Colômbia e em 2006 fez curso de inglês em Hales Corners, US, preparando-se para a missão nas Filipinas.
Foi ordenado sacerdote em 1985, em sua terra natal. Desde o início exerceu o ministério no Maranhão, como vigário paroquial e como pároco, sempre com especial atenção à evangelização dos jovens. De 1994 a 97 foi assessor nacional do setor Juventude na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, retornando, a seguir, ao ministério paroquial no Maranhão. Foi pároco de S. Luzia, onde coordenou a construção de uma grande igreja paroquial, depois, pároco de N.Sra. da Conceição, em S. Luís, até 2005. Desde 2007 está nas Filipinas, onde trabalhou na pastoral paroquial e na formação. Em 2008 coordenou o Encontro internacional de párocos dehonianos (“Pastors with a compassionate heart”), promovido pela governo geral da Congregação, em Manila, com presença de confrades de 13 nacionalidades.
A Congregação saúda o P. Vilsom, e lhe deseja serenidade e paz na nova missão que a Igreja lhe confia. Fazemos votos de que seja pastor de coração compassivo, segundo o coração de Cristo.
ENTREVISTA – Com o Padre Vilsom Basso, missionário na Ásia
A equipe do JSSJ entrou em contato com um padre missionário que trabalhou aqui pelo Brasil e atualmente evangeliza na Ásia, especificamente nas Filipinas. Ele trabalhou quando esteve por aqui nas missões no Maranhão e com a juventude. Padre Vilsom Basso é gaúcho, brasileiro e dehoniano.
JSSJ – Padre Vilsom, scj conte-nos um pouco de você…
Padre Vilsom, scj – Meu nome é Vilsom Basso, nasci nas “barrancas” do Lageado Capivara,
Tuparendi-RS, em 16 de fevereiro de 1960. Com 11 dias fui batizado e com 11 anos entrei
no seminário dos padres dos SCJ, em Crissiumal-RS. Em 28 de dezembro de 1985 fui ordenado sacerdote.
JSSJ – Onde você já trabalhou?
Padre Vilsom, scj – Em janeiro de 1986, um mês depois de ordenado, fui trabalhar nas missões
no Maranhão. Uma grande graça, numa bela experiência de vida religiosa e pastoral com os pobres e com os jovens.
JSSJ – Muitos anos você trabalhou no Maranhão e atualmente onde você está?
Padre Vilsom, scj – Do Maranhão sai em janeiro de 2006 para servir como missionário nas Filipinas, com a idade de 46 anos. Depois de “velho” tive que aprender o inglês e o cebuano, duas línguas necessárias para trabalhar aqui nesta realidade. Bela oportunidade para sentir
a própria fragilidade e mais profundamente o saborear o amor de Deus em minha vida.
JSSJ – Ser missionário é exigente. E não se é missionário sozinho. Como é sua comunidade religiosa?
Padre Vilsom, scj – Somos 16 padres e um irmão trabalhando aqui nas Filipinas, somos da Itália, Polônia, Indonésia, Argentina, Brasil e Filipinas. Temos aqui propedêutico, filosofia, postulantado, noviciado e teologia. Trabalhamos também em três paróquias.
JSSJ – Qual a sua contribuição específica para as missões filipinas neste momento?
Padre Vilsom, scj – Agora sou o formador do propedêutico e nos fins de semana sou o pároco de uma área com 27 comunidades, nas montanhas, na área rural, onde os outros quatro padres dehonianos aqui da comunidade também trabalham.
Aqui as aulas começam em junho e vão até março. As férias escolares são em abril e maio. Estamos começando agora mais um ano letivo, com muitos desafios e esperanças.
Agora, com 48 anos de idade, posso dizer: sou feliz por ser dehoniano e feliz, porque Deus colocou em mim um coração missionário.
JSSJ – Sabemos que quando esteve no Brasil assessorou a CNBB na evangelização da juventude, partilhe essa experiência, pois nossa diocese esse ano celebra o “Ano da Juventude”:
Padre Vilsom, scj – Em 1979 comecei a acompanhar o trabalho com a juventude, em Brusque, SC. Em 2009 serão 30 anos caminhando e aprendendo com a juventude. Com a juventude aprendi o desprendimento, a ousadia, a simplicidade, a coragem. Servindo esta causa descobri o como e importante a ação, a formação e a espiritualidade e a diferença que faz o planejamento participativo. Acreditar, apoiar e servir a juventude foi para mim oportunidade de crescer, de aprendizado, de mudança, de continuar acreditando e sonhando.