Ontem foi um dia super intenso. Quem acompanhou pelo BLOG ou pelo TWITTER  viu que a manhã foi dedicada ao Encontro de Seminaristas em Taubaté (palestra e missa) e a tarde participei da celebração dos 25 anos de sacerdote do Pe. Júlio Lancelotti, em São Paulo. Voltei no mesmo dia para Taubaté. Foram duas missas e algumas palestras, separadas por 130 km de estrada. Pensei que tudo isso me cansaria (e cansou), mas em um dia tão intenso Deus costuma falar por meio de gestos sem palavras. O presidente da missa em Taubaté foi nosso querido Dom Antônio A. de Miranda, que recentemente completou 90 anos. A idade está pesando, apesar de sua lucidez e saúde de ferro. Na missa ele falou sentado por quase 20 minutos. Empolgou a todos. Éramos 230 seminaristas, 25 padres, alguns diáconos e dois bispos. Todos nós padres e diáconos poderíamos ter distribuído a comunhão. Porém, após comungar, Dom Antônio espontaneamente tomou a âmbula e dirigiu-se para a assembléia para distribuir a Eucaristia. Diante do fato, os dois bispos que concelebravam foram também. Tivemos três bispos distribuindo a Eucaristia. Este gesto sem palavras ficou marcado em mim. Na missa da tarde, Pe. Júlio lembrou de uma frase de Dom Luciano Mendes de Almeida: – Padre, não pense que a estola é símbolo de poder. Ela é símbolo de serviço. É um pequeno avental.