Oi gente… a editora acabe de me mandar uma nova proposta da capa do livro A LADAINHA DE NOSSA SENHORA, incorporando as propostas do povo do BLOG e do TWITTER. Se não for pedir demais, gostaria que deixasse aqui seu comentário. Obrigado.

03. maio 2010 · 32 comments · Categories: Artigos

Tenho grande estima por minhas vovós Isaura (mãe de meu pai – de origem alemã) e Rosalina (mãe de minha mãe – de origem italiana). Ambas já moram junto de Deus. Fiz até uma canção em homenagem a elas. Mas a cena que vi recentemente é digna de uma nota aqui no BLOG. Faça o juízo que quiser. A vovó brincava com o netinho de mais ou menos dois anos de idade. O menino estava muito vivaz e feliz. Dava pra ver que gostava muito de sua avó. Achei a cena linda… até que a vovó começou sua seção de terrorismo em canções. Começou com a aparentemente inofensiva: “Atirei o pau no gato-to, mas o gato-to não morreu…” Percebi que o menino arregalou os olhos. Certamente pensou: “Vovó atira um pau em um gatinho… será que não vai atirar em mim também?” Mas o repertório da vovó terrorista era grande. Ia além de paus e gatos. Ela cantou feliz: “O cravo, brigou com a rosa debaixo de uma sacada, o cravo saiu ferido e a rosa despedaçada”. Que tragédia!!! Chega o pai do menino e, sei lá por que, dá uma dura na mãe e sai com mau humor. Homem primata!!! Imagino o pensamento do menino: “Papai brigou com a mãe, e ela não disse nada, papai saiu brabinho e a mãe mau humorada”. Lições de vovó.

A jovem senhora continuou: “Boi, boi boi… boi da cara preta, pega esta criança que tem medo de careta”. O menino começou a ficar assustado. Imagina um enorme boi avançando sobre um inofensivo menino… como papai faz com mamãe, de preferência durante as refeições.  O menino começou a chorar.

A vovó terrorista não entendeu o motivo e deu colo. Apertou ele contra o peito e cantou com muita ternura: “Nana neném, que a cuca vem pegar; papai foi pra roça, mamãe foi trabalhar!” Não suportei mais. Levantei e fugi, pois a cuca estava chegando (rs).