Fazer o sinal da cruz é um belíssimo jeito de recordar que nossa fé acredita em um Deus que não é solitário. Ele é a perfeita unidade na pluralidade. É uma família aonde não existe nenhuma discórdia ou divisão. O Pai é o amante, o Filho é o Amado e o Espírito é o próprio amor do Pai e do Filho. Não são indivíduos… são pessoas. A identidade de cada um se dá pela relação. O Pai não seria Pai se não tivesse Filho. O Filho só é Filho porque tem Pai. A relação dos dois é o Espírito. Esta ciranda de amor a genialidade de Santo Tomás chamou de “pericorese”, ou seja, intercompenetração. Um está completamente implicado no outro. É uma comunidade mais que perfeita. Não é um Mistério para ser entendido. É para ser experimentado, pois este amor trinitário é derramado em nossos corações sem medida.
Hoje faço o batizado de uma sobrinha, aqui em Brasília. O batismo é um mergulho em águas mais profundas. Nele recebemos o selo da Trindade: eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. A partir deste momento a Trindade para o batizado se torna um projeto de vida. Não é apenas a marca de uma opção por ser cristão. É puro dom de amor que vem do alto. Podemos agora amar com o amor de Deus. Na verdade não existe outra forma de amor verdadeiro. Só ama bem quem ama com amor com que foi amado por Deus. Por isso é tão importante fazer a experiência do amor de Deus. Depois podemos amar como Jesus amou… e construir laços de solidariedade por onde passarmos. Seremos missionários da Comunhão… da Trindade!