De 9 a 11 de junho, em conclusão do Ano Sacerdotal
ROMA, quarta-feira, 9 de junho de 2010 (ZENIT.org).- Cerca de 9 mil sacerdotes participam do Encontro Internacional que começou hoje em Roma e seguirá até a sexta-feira, como conclusão do Ano Sacerdotal, convocado pelo Papa Bento XVI por ocasião do 150° aniversário do dies natalis de João Maria Vianney, santo padroeiro de todos os párocos do mundo, que agora será proclamado pelo Papa “patrono de todos os sacerdotes do mundo”.O acontecimento, promovido pela Congregação para o Clero e confiado em sua organização técnico-logística à Obra Romana de Peregrinações, coloca-se em continuidade com os encontros internacionais do clero precedentes que, entre 1996 e 2004, ocorreram em Fátima, Yamoussoukro, Guadalupe, Nazaré, Belém, Jerusalém, Roma (no grande jubileu de 2000) e em Malta.

O Encontro Internacional dos Sacerdotes retorna a Roma, com o tema “Fidelidade de Cristo, Fidelidade do Sacerdote”, que promete se converter na reunião de padres mais numerosa da história, assim como no maior acontecimento eclesial do ano.

A capital preparou-se para acolher os 9 mil sacerdotes procedentes de 19 países. Os locais de celebração destes “três dias sacerdotais” são as basílicas de São Paulo Fora dos Muros, São João de Latrão e São Pedro.

Na manhã de hoje, houve nas basílicas de São Paulo e São João, unidas por vídeo-conferência, uma meditação, seguida de adoração eucarística e Missa.

No início da noite desta quinta-feira (20h30), acontece uma vigília na Praça de São Pedro, com a presença do Papa. No dia seguinte, às 9h30, novamente na Praça, Bento XVI presidirá à Missa conclusiva do Encontro, concelebrada pelos sacerdotes.

Depois da Missa, a Obra de Peregrinações encerrará o evento sacerdotal com um momento de encontro no Castelo de Sant’Angelo.

O evento está aberto não só aos religiosos, mas também aos seminaristas, diáconos permanentes, às religiosas e aos leigos que trabalham junto aos padres em suas comunidades paroquiais, assim como aos fiéis em geral, que poderão participar dos momentos na Praça de São Pedro.

Nestes dias estão previstas algumas iniciativas promovidas por movimentos e outros organismos eclesiais, coordenados pela Congregação para o Clero.

A Obra Romana de Peregrinações também propõe algumas outras experiências de peregrinação, como a “Roma Cristã”, ou a continuação da viagem rumo à Terra Santa, Lourdes, Assis ou a San Giovanni Rotondo.

SÉTIMA PROMESSA

“As almas tíbias se tornarão fervorosas.”

Tibieza… Esta palavra já caiu quase em desuso. Mas, infelizmente o que ela significa está muito presente no meio de nós. É uma frieza espiritual. Uma falta de motivações mais profundas. Um desinteresse pelas coisas do alto. Normalmente o “tíbio” é um cristão praticante. Vai à missa. Reza. Comunga. Mas não sente o sabor do Pão da Vida. Não sente o afeto de Deus. Está frio.

Existem muitos motivos para se cair na tibieza. Um deles é viver constantemente na beira do abismo. Existem pessoas que fazem a seguinte pergunta: “até onde posso pecar levemente, sem o risco de ir para o inferno?” De pecadinho em pecadinho vamos cavando nossa própria sepultura. É claro que existem os pecados veniais e os pecados mortais. Os veniais seriam buracos em uma estrada que me leva para a cidade no alto da serra. Os mortais seriam a queda de uma barreira que impede totalmente a passagem. Mas se deixarmos a estrada sem reparos a chuva vai acabar aumentando o tamanho dos buracos e um dia acabamos sendo surpreendidos por aquela placa indesejada: trânsito impedido!!!

O fervor espiritual é para quem exercita-se na graça de Deus. O Coração de Jesus é uma “fornalha ardente de caridade” e de misericórdia. Na confissão Deus repara nossos caminhos e nos faz andar com mais determinação, alegria e consolo. Não vamos esquecer que depois do perdão dado ao seu Filho Pródigo, o Pai não economizou na festa. E havia música e danças. O céu deve ser um lugar bastante animado. Por outro lado, o filho mais velho não quis entrar no baile. Ficou lá fora curtindo o seu mau humor e reclamando. Isto é tibieza. É ouvir as músicas de uma festa e não entrar. É saber que alguém está de aniversário e não dar um abraço. É economizar o sorriso, o cuidado, a gentileza. É cultivar o amargor e a indiferença.

Mas a pior tibieza talvez nem seja a do pecador, mas a do indiferente. Existem pessoas que vivem tão próximas de Deus que já nem sentem mais sua presença. É o caso daquele ministro da Eucaristia (ou padre!) que perdeu o gosto pela Eucaristia. Tornou-se um funcionário do Sagrado. Já não consegue se maravilhar com a graça de Deus. Vive num inverno (ou seria inferno?). A tibieza é uma doença espiritual. O remédio é a espiritualidade e a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Olhando para a imagem que temos em nossas casas vejo aquele coração pegando fogo e me pergunto: meu coração está quente ou frio? E sinto que o senhor repete para mim a advertência feita na Bíblia: O morno Ele cospe de sua boca (Ap 3,15). O tíbio é alguém morno. Neste novo milênio precisamos de cristãos quentes. Gente com fogo no coração que tenha a coragem de anunciar e defender a Vida, com “renovado ardor missionário”. E não vamos esquecer que este fogo é o mesmo que acendeu os apóstolos no dia de Pentecostes: É o fogo do Espírito Santo. Com este dom do Coração de Jesus não há lugar para a tibieza.