Esse é um dos pontos do Congresso de Leigos da Arquidiocese de São Paulo
SÃO PAULO, quarta-feira, 23 de julho de 2010 (ZENIT.org) – “A boa formação na Doutrina Social da Igreja é indispensável para a atuação do laicato no mundo como ‘sal da terra e luz do mundo’.”Essa é a indicação do arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, no contexto do encerramento da primeira fase, neste mês de junho, do 1º Congresso de Leigos da Arquidiocese, evento que decorre durante o ano todo.

Esta primeira etapa do congresso foi o momento da reflexão sobre a vocação e a missão do cristão leigo na Igreja e no mundo.

“Em São Paulo, temos muito a agradecer aos leigos”, afirma o cardeal, em artigo na edição desta semana do jornal arquidiocesano O São Paulo.

“Ao mesmo tempo – prossegue o arcebispo –, constatamos um déficit preocupante na evangelização de boa parte dos leigos, que apenas foram batizados, mas nunca tiveram uma experiência profunda de sua fé católica, nem se identificam muito com a Igreja.”

O cristão leigo, em São Paulo, vive num “contexto de cidade grande, com enormes contrastes sociais e econômicos, carências e exclusões, desafios de toda ordem”.

“Pois é nesse campo de missão que eles são chamados a ser luz, sal e fermento do Evangelho de Jesus Cristo e a colaborar, com outros grupos sociais, para a melhoria da cidade terrestre.”

“Os leigos são apóstolos do Evangelho no vasto mundo da família e das relações humanas básicas, do trabalho e das atividades econômicas, das relações culturais e políticas”, afirma Dom Odilo.

Segundo o cardeal, “com o discernimento, a criatividade e as posturas inspiradas no Evangelho do Reino de Deus, eles podem e devem dar sua contribuição para que a convivência humana seja mais e mais condizente com o sonho de Deus para o mundo e a vida humana”.

Para as futuras fases do Congresso de Leigos, que envolvem a elaboração de projetos de ação missionária do laicato, nos âmbitos eclesiais e na sociedade, “duas questões importantes devem ser levadas em conta: a organização do laicato e a sua formação”, afirma o arcebispo.

Reconhecendo o bem das muitas expressões de organização dos leigos que já existem na vida eclesial, Dom Odilo diz ser “desejável que os leigos se organizem por afinidades sócio-culturais e por categorias profissionais”. Isso “dará a possibilidade de receber formação específica mais aprimorada”.

“A formação dos leigos, de fato, é sumamente necessária, para que os leigos tenham a mística do Evangelho e clareza suficiente sobre as orientações da Igreja a respeito das questões que devem enfrentar”, afirma.

Nesse sentido, o cardeal enfatiza a importância da “boa formação na Doutrina Social da Igreja”.

Tenho recebido muitas perguntas aqui no BLOG parecidas com esta abaixo:

“Prezado Padre Joãozinho venho por meio deste te perguntar sobre o projeto de convalidação dos cursos de teologia que não têm reconhecimento do MEC. A Faculdade Dehoniana está realizando esse processo realmente ou não? Aguardo resposta.”

A resposta é SIM! Desde 2004 nosso Curso de Teologia foi reconhecido pelo MEC. Isto nos deu a possibilidade de oferecer um programa específico para quem fez curso de teologia sem validade civil. Abaixo coloco em perguntas e respostas as principais características deste programa. LIGUE HOJE MESMO, de preferência entre 20h e 22h e fale com o Eduardo 12 3532-7830. Seja bem vindo!

Muitos que fizeram Curso de Teologia em seminários perguntam se seria possível receber um título de Curso Superior com validade civil, aprovado pelo MEC. Entrevistamos o Pe. João Carlos Almeida (Pe. Joãozinho, scj), Diretor Geral da Faculdade Dehoniana, em Taubaté e Avaliador Institucional do MEC, para entender se isto é possível e quais seriam os caminhos legais.

FD: Pe. João, existe alguma esperança para alguém que possui um certificado de teologia e precisaria de um diploma válido pelo MEC?

Sim. A situação civil dos Cursos de Teologia mudou completamente a partir do Parecer 241/1999 do Conselho Nacional de Educação que admitiu que estes cursos tivessem reconhecimento civil. A partir daí inúmeras faculdades receberam o credenciamento, cursos de teologia foram autorizados e depois reconhecidos. Na Faculdade Dehoniana nosso curso passou por todo este caminho e já emitimos os primeiros diplomas de Bacharel em Teologia, com validade civil. É um grande passo, pois estes alunos podem fazer um mestrado com reconhecimento civil e até receber bolsas dos orgãos de fomento da pesquisa como a CAPES e a FAPESP.

FD: Mas e aqueles que fizeram sua teologia em bons cursos, porém antes de 1999, ou em seminários que não são credenciados pelo MEC?

Este foi um grande debate que veio depois de 1999, principalmente porque com o reconhecimento da Teologia, caiu um decreto da década de 1960 que permitia “convalidar” diplomas de filosofia recebidos em cursos livres de seminários. Muitos que deixaram sua convalidação para amanhã se viram desprotegidos pela lei e ficaram apenas com um certificado sem valor de diploma. Com isso, fica impossível fazer mestrado ou mesmo validar uma pós-graduação feita no exterior. Existem muitos doutores em teologia que do ponto de vista civil não têm mais do que o Ensino Médio.

FD: E qual foi a solução encontrada?

Somente em 2004 o Conselho Nacional de Educação emitiu o Parecer 0063 que foi homologado pelo Ministro da Educação no mesmo ano e passou a ter força de lei. Este Parecer é a solução para quem fez seu curso de teologia em seminário.

FD: E quais são as condições?

O parecer diz que o curso livre cursado deveria ter pelo menos 1.600 horas/aula. O aluno deve possuir um certificado de conclusão, histórico escolar e conteúdo programático. Com esta documentação em mãos ele deve procurar uma faculdade com curso de teologia reconhecido e “Programa de Aproveitamento dos Estudos feitos em Cursos Livres de Teologia”, impropriamente chamado de “Convalidação”. Nosso curso de teologia da Dehoniana foi reconhecido e tivemos o número de vagas aumentado para poder atender à demanda de “convalidandos”.

FD: Basta levar a documentação e já sai com o diploma?

Não é tão simples. Não estamos falando de um carimbo em um diploma de curso livre. Na verdade o MEC permite que a nossa faculdade aproveite 80% dos estudos feitos no Curso Livre. Isso corresponde a três anos do nosso curso de Teologia. Os outros 20% devem ser cursados em nosso programa.

FD: Mas isso não se tornaria inviável para quem mora longe?

Justamente. O Parecer 0063 pensou nisso também. Ele afirma que em virtude do pequeno número de cursos de teologia reconhecidos, fica permitido que esses 20% sejam cursados a distância, via Internet. Este ano formaremos a primeira turma de convalidandos. São padres, leigos e leigas, pastores, religiosos e religiosas de todo o Brasil que completam os seus 20% do currículo e que, ao final, receberão um Diploma de Bacharel em Teologia, da Faculdade Dehoniana e registro na UNICAMP.

FD: Na prática, o que é preciso fazer?

Os interessados deverão procurar a nossa secretaria por telefone (12 3632-7830) ou por Internet (www.dehoniana.org.br e-mail: dehoniana@uol.com.br) Deverão fazer duas coisas. A primeira é inscrever-se para o vestibular, que será no dia 1º de dezembro. Esta é a porta de entrada normal para todos os que querem fazer um curso superior. No ato da inscrição deverão apresentar a documentação do curso livre, especialmente o histórico escolar e o certificado de conclusão. Com isso, nossa equipe terá condições de fazer um “diagnóstico” daquilo que o candidato já cursou e do que falta ainda cursar. Cada um receberá um “Plano Pessoal de Estudos” que será seu “mapa de convalidação”, como se fosse um “álbum de figurinhas” que ele vai completar até ter feito o currículo completo da Faculdade Dehoniana.

FD: Quanto tempo leva, mais ou menos?

A maioria de nossos convalidandos está precisando de um ano para completar este programa. Não é muito tempo. Existem no mínimo três encontros presenciais, principalmente para as provas.

FD: Agradecemos as informações. Gostaria de deixar alguma mensagem para os interessados?

Sim. Procure convalidar sua teologia hoje mesmo. Não deixe para amanhã. Não sabemos quanto tempo durará esta possibilidade legal. Porém, aquele que entrar no programa tem seus direitos garantidos. Veja o exemplo da filosofia. Um dia o decreto foi revogado e de lá para cá a convalidação não foi mais possível. Se você fez curso de teologia em seminário procure-nos hoje mesmo. Obrigado!

Este já é o 7º Simpósio de Professores Universitários que é promovido pelo vicariato da Pastoral Universitária de Roma. Este ano o Pontifício Conselho de Justiça e Paz esteve integrado na organização. O tema gira em torno da recente Encíclica Social de Bento XVI, Caritas in veritate. O enfoque escolhido para a leitura foi a questão econômica. Após a abertura oficial, nesta manhã, na Universidade do Latrão, tivemos uma série de conferências sobre o tema. Na parte da tarde o grupo foi para a Universidade Sapienza, onde estiveram presentes várias autoridades, inclusive o prefeito de Roma e o cardeal presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz. Professores universitários se colocaram a estudar o significado da ética para a economia contemporânea. A pergunta que atravessou o dia é qual a melhor forma de transformar a atual situação de crise econômica. Para alguns é necessário repensar os “instrumentais” (teorias, métodos, ideologias etc); para outros nada acontecerá se antes não mudarmos a pessoa humana. Para isso se propõe um novo humanismo que está sendo chamado de Humanismo Integral. Segundo Dom Mário Toso, secretário do Pontifício Conselho de Justiça e Paz, esta é a proposta paradigmática da Caritas in veritate. Algumas fotos do dia: