Estou na casa geral de nossa congregação. Esta casa é conhecida como COLÉGIO INTERNACIONAL, pois abriga também os estudantes de diversos países que vêm a Roma para fazer seus mestrados e doutorados. Este ano a casa estará cheia com cerca de 60 pessoas. O ano acadêmico europeu começa em outubro, portanto estamos entrando nas férias (julho-setembro). Hoje, no almoço, havia cinco mesas. Uma delas me chamou a atenção pela variedade de nacionalidades: um italiano, um canadense, um holandês, um português, um brasileiro, um luxemburguês e um argentino. Numa das mesas havia cinco polacos. Nossa mesa era composta de brasileiros e indonesianos. Em uma das mesas os africanos se reuniam em torno de um confrade recém chegado dos Camarões. Outra mesa abrigava chilenos com algumas visitas em giro por Roma. Vivemos sob o signo da internacionalidade. O cristianismo subverteu a lógica nacionalista do judaismo e se tornou religião universal… aliás, católico significa exatamente universalidade, abertura para o todo. Em tempos de tantas fragmentações e conflitos entre países e culturas, o cristianismo é chamado a dar ao mundo testemunho de fraternidade. O Colégio Internacional pode ser uma escola de transculturalidade.
Ontem terminou o 7º Simpósio de Professores Universitários, em Roma. Estiveram presentes cerca de 500 pessoas de 50 países. A parte da manhã foi dedicada a um encontro entre diretores de Centros de Estudo e divulgação da Doutrina Social da Igreja. Esta presente a diretora do nosso Centro de Estudos Léon Dehon (CELDE), de Taubaté. Sob a guia de Dom Mário Toso, secretário do Pontifício Conselho de Justiça e Paz, foram feitas diversas considerações que confluem para a necessidade de criar uma “rede” de centros desta natureza no mundo. Na América Latina já existe uma iniciativa neste sentido, capitaneada pelo IMDOSOC, do México. Aproveitando a ocasião de estar em Roma, os centros latino-americanos irão se reunir nestes próximos dias para estudar os próximos passos a serem dados. Rosana Manzini representará o CELDE nesta reunião.
A manhã de ontem foi encerrada com o pronunciamento solene do Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, que insistiu sobre a importância do estudo e difusão da Doutrina Social da Igreja. A tarde fooi dedicada a estudos e o encontro se encerrou com a missa presidida pelo Cardeal Tukson, presidente do Conselho de Justiça e Paz.
Da minha parte, participarei em nossa Casa Geral, de uma reunião do recém-fundado COMITÉ TEOLÓGICO da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, que é composta por um membro de cada continente e tem como objetivo promover o estudo e a reflexão teológica em torno da espiritualidade dehoniana. Peço orações por estes dois encontros.