Nossa comunidade em prece:

Foto da missa desta manhã, em memória do mártir Santo Irineu de Lion (28.06.2010)

Após a desproporcional inspeção ao arcebispado e à catedral de Mechelen-Bruxelas

CIDADE DO VATICANO, domingo, 27 de junho de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI enviou hoje uma mensagem de solidariedade ao arcebispo de Mechelen-Bruxelas, Dom André Joseph Léonard, após a brutal inspeção das autoridades belgas ao arcebispado e à catedral da diocese primaz belga na última quinta-feira, dentro de uma investigação por abusos sexuais por parte do clero.

O Papa expressou a todos os bispos da Bélgica sua “proximidade” e “solidariedade neste momento de tristeza, no qual, com certas maneiras surpreendentes e deploráveis, foram realizadas as investigações inclusive na catedral e Mechelen e nos locais onde o episcopado belga estava reunido em sessão plenária”.

Em sua mensagem, o Pontífice recordou que, durante essa reunião interrompida pelas autoridades, “seriam tratados, entre outros, aspectos relacionados ao abuso de menores por parte de membros do clero”.

Também pediu respeito à autonomia da ordem canônica, destacando: “Eu mesmo repeti em diversas ocasiões que estes graves fatos devem ser tratados pela ordem civil e pela ordem canônica, no respeito recíproco da especificidade e da autonomia de cada um”.

“Neste sentido – continuou -, desejo que a justiça siga seu curso garantindo o direito das pessoas e das instituições, no respeito às vítimas, no reconhecimento sem preconceitos dos que se comprometem a colaborar com ela e na rejeição de tudo o que puder obscurecer os nobres deveres que lhe são designados.”

Bento XVI concluiu sua mensagem garantindo que acompanha “cada dia, na oração, o caminho da Igreja na Bélgica” e enviou a Dom Léonard “uma cordial bênção apostólica”.

A Secretaria de Estado da Santa Sé já havia expressado seu “vivo estupor” pela maneira como a justiça belga levou a cabo algumas investigações (cf. Zenit, 25 de junho de 2010).

Entre outras coisas, manifestou sua indignação pela irrespeitosa inspeção feita no arcebispado e na catedral de Mechelen-Bruxelas na última quinta-feira, que incluiu a profanação de dois túmulos de antigos bispos da diocese.

Estou na casa geral de nossa congregação. Esta casa é conhecida como COLÉGIO INTERNACIONAL, pois abriga também os estudantes de diversos países que vêm a Roma para fazer seus mestrados e doutorados. Este ano a casa estará cheia com cerca de 60 pessoas. O ano acadêmico europeu começa em outubro, portanto estamos entrando nas férias (julho-setembro). Hoje, no almoço, havia cinco mesas. Uma delas me chamou a atenção pela variedade de nacionalidades: um italiano, um canadense, um holandês, um português, um brasileiro, um luxemburguês e um argentino. Numa das mesas havia cinco polacos. Nossa mesa era composta de brasileiros e indonesianos. Em uma das mesas os africanos se reuniam em torno de um confrade recém chegado dos Camarões. Outra mesa abrigava chilenos com algumas visitas em giro por Roma. Vivemos sob o signo da internacionalidade. O cristianismo subverteu a lógica nacionalista do judaismo e se tornou religião universal… aliás, católico significa exatamente universalidade, abertura para o todo. Em tempos de tantas fragmentações e conflitos entre países e culturas, o cristianismo é chamado a  dar ao mundo testemunho de fraternidade. O Colégio Internacional pode ser uma escola de transculturalidade.

Ontem terminou o 7º Simpósio de Professores Universitários, em Roma. Estiveram presentes cerca de 500 pessoas de 50 países. A parte da manhã foi dedicada a um encontro entre diretores de Centros de Estudo e divulgação da Doutrina Social da Igreja. Esta presente a diretora do nosso Centro de Estudos Léon Dehon (CELDE), de Taubaté. Sob a guia de Dom Mário Toso, secretário do Pontifício Conselho de Justiça e Paz, foram feitas diversas considerações que confluem para a necessidade de criar uma “rede” de centros desta natureza no mundo. Na América Latina já existe uma iniciativa neste sentido, capitaneada pelo IMDOSOC, do México. Aproveitando a ocasião de estar em Roma, os centros latino-americanos irão se reunir nestes próximos dias para estudar os próximos passos a serem dados. Rosana Manzini representará o CELDE nesta reunião.

A manhã de ontem foi encerrada com o pronunciamento solene do Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, que insistiu sobre a importância do estudo e difusão da Doutrina Social da Igreja. A tarde fooi dedicada a estudos e o encontro se encerrou com a missa presidida pelo Cardeal Tukson, presidente do Conselho de Justiça e Paz.

Da minha parte, participarei em nossa Casa Geral, de uma reunião do recém-fundado COMITÉ TEOLÓGICO da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, que é composta por um membro de cada continente e tem como objetivo promover o estudo e a reflexão teológica em torno da espiritualidade dehoniana. Peço orações por estes dois encontros.

Presidente da CNBB agradece participação dos católicos na nova lei
BRASÍLIA, sexta-feira, 25 de junho de 2010 (ZENIT.org) – O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Geraldo Lyrio Rocha, agradeceu os católicos pela grande participação no processo que resultou na Lei Ficha Limpa, norma que torna inelegíveis já nas eleições deste ano políticos condenados em decisão colegiada.Em coletiva de imprensa nessa quinta-feira na sede da CNBB em Brasília, Dom Geraldo Lyrio destacou a ação da Igreja no Brasil, que contribuiu com 1,6 milhão de assinaturas para a aprovação da lei de iniciativa popular.

“A ação da Igreja Católica foi indispensável para a aprovação da Lei Ficha Limpa, pois contribuímos desde as comunidades até as paróquias e dioceses, o que em números significa 90% da contribuição, dados que nos orgulham muito”, disse o presidente da CNBB.

Dom Geraldo afirmou que a Igreja vai acompanhar o trabalho dos Tribunais, mas que agora está nas mãos da Justiça determinar quem está apto ou não para disputar o pleito.

“Ficha Limpa não é mais uma campanha, mas uma lei que agora está nas mãos da Justiça. A CNBB através da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), no entanto, vai continuar acompanhando os trabalhos dos Tribunais, que com certeza serão exercidos com grande competência”, disse.

Sobre as eleições deste ano no Brasil, o prelado afirmou a Igreja espera “uma corrida eleitoral justa e democrática, com respeito ao diferente e à diversidade de nosso país. Ao eleitor, pedimos que avalie bem os candidatos e lembramos que o processo eleitoral não termina ao confirmar o voto, mas continua ao longo dos mandatos”.

Em outubro, os brasileiros vão às urnas para eleger o presidente da República (e o vice), governadores dos Estados e do Distrito Federal (e seus vices), 54 senadores (dois em cada Unidade da Federação), deputados federais e estaduais.

BRASÍLIA, quinta-feira, 24 de junho de 2010 (ZENIT.org) – A série Estudos da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) vai ganhar um documento sobre Igreja e Comunicação. O Conselho Permanente do organismo episcopal aprovou nessa quarta-feira a publicação.O texto foi apresentado ontem aos bispos pela equipe de redação (setor de Comunicação Social da CNBB), coordenada pelo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação Social da CNBB, Dom Orani João Tempesta.

O material servirá de base para a elaboração de um diretório de comunicação para a Igreja no Brasil. O assunto poderá entrar na pauta da assembleia da CNBB em 2011.

“Dar à Igreja no Brasil um diretório de comunicação é um sonho acalentado por muitos que me antecederam na Comissão”, disse Dom Orani. “Este texto é um trabalho que tem a participação de muitas pessoas e deve ser uma referência no campo das comunicações sociais”, acrescentou.

A publicação de documentos de estudo é prevista no regimento da CNBB. Aplica-se quando o texto não está “suficientemente maduro para ser documento oficial da CNBB”. Sua publicação destina-se ao conhecimento das comunidades, que têm a oportunidade de estudá-lo e opinar sobre seu conteúdo.

Esse é um dos pontos do Congresso de Leigos da Arquidiocese de São Paulo
SÃO PAULO, quarta-feira, 23 de julho de 2010 (ZENIT.org) – “A boa formação na Doutrina Social da Igreja é indispensável para a atuação do laicato no mundo como ‘sal da terra e luz do mundo’.”Essa é a indicação do arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, no contexto do encerramento da primeira fase, neste mês de junho, do 1º Congresso de Leigos da Arquidiocese, evento que decorre durante o ano todo.

Esta primeira etapa do congresso foi o momento da reflexão sobre a vocação e a missão do cristão leigo na Igreja e no mundo.

“Em São Paulo, temos muito a agradecer aos leigos”, afirma o cardeal, em artigo na edição desta semana do jornal arquidiocesano O São Paulo.

“Ao mesmo tempo – prossegue o arcebispo –, constatamos um déficit preocupante na evangelização de boa parte dos leigos, que apenas foram batizados, mas nunca tiveram uma experiência profunda de sua fé católica, nem se identificam muito com a Igreja.”

O cristão leigo, em São Paulo, vive num “contexto de cidade grande, com enormes contrastes sociais e econômicos, carências e exclusões, desafios de toda ordem”.

“Pois é nesse campo de missão que eles são chamados a ser luz, sal e fermento do Evangelho de Jesus Cristo e a colaborar, com outros grupos sociais, para a melhoria da cidade terrestre.”

“Os leigos são apóstolos do Evangelho no vasto mundo da família e das relações humanas básicas, do trabalho e das atividades econômicas, das relações culturais e políticas”, afirma Dom Odilo.

Segundo o cardeal, “com o discernimento, a criatividade e as posturas inspiradas no Evangelho do Reino de Deus, eles podem e devem dar sua contribuição para que a convivência humana seja mais e mais condizente com o sonho de Deus para o mundo e a vida humana”.

Para as futuras fases do Congresso de Leigos, que envolvem a elaboração de projetos de ação missionária do laicato, nos âmbitos eclesiais e na sociedade, “duas questões importantes devem ser levadas em conta: a organização do laicato e a sua formação”, afirma o arcebispo.

Reconhecendo o bem das muitas expressões de organização dos leigos que já existem na vida eclesial, Dom Odilo diz ser “desejável que os leigos se organizem por afinidades sócio-culturais e por categorias profissionais”. Isso “dará a possibilidade de receber formação específica mais aprimorada”.

“A formação dos leigos, de fato, é sumamente necessária, para que os leigos tenham a mística do Evangelho e clareza suficiente sobre as orientações da Igreja a respeito das questões que devem enfrentar”, afirma.

Nesse sentido, o cardeal enfatiza a importância da “boa formação na Doutrina Social da Igreja”.