Hoje aconteceu nossa reunião periódica de religiosos dehonianos. Somos uma congregação reiligiosa presente em praticamente todo o mundo. Cada região é chamada de Província ou Distrito. Cada uma destas unidades é subdividida em setores. Nosso setor em Taubaté e região teve hoje sua reunião.
Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas
Ó Jesus, Divino Pastor das almas, que chamastes os apóstolos para fazer deles pescadores de homens. Atraí a Vós jovens ardentes e generosos, para torná-los Vossos seguidores e Vossos ministros. Fazei que eles participem de Vossa sede de redenção universal, pela qual renovais sobre os altares o Vosso sacrifício.
Vós, ó Senhor, ” sempre vivo a interceder por nós”( Hb 7,25), abri para eles os horizontes do mundo inteiro, onde a silenciosa súplica de tantos irmãos pede luz de verdade e calor de amor, a fim de que, respondendo ao Vosso chamamento, continuem aqui na terra a Vossa missão, edifiquem o Vosso Corpo Místico que é a Igreja e sejam ” sal da terra” e ” luz do mundo”. Amém
E o drama continua
Vivemos mesmo um clima de total intranquilidade e insegurança. Ontem,dia 8 de agosot, pelas 19h30m, quando estavamos terminando de jantar, um aviso de militares que fazem a guarda do quarteirao, nos comunicava que os Mai-Mai estavam de novo se posicionando para nos atacar.
Sem perda de tempo toda a comunidade dos noviços, mestre e os dois outros formadores, inclusive os militares que estavam cuidando de nossa casa, partimos em fuga paa a cidade. Passando pela Radio MOTO, dos assuncionistas, fiz um comunicando, dizendo de nossa fuga e em seguida fomos ao bispo diocesano, D Mesquisedeck. Contamos-lhe toda a nossa tragéia. Entrou imediatamente em contato com o comandante do exercito. Sem grandes garantias imediatas, pois o exercito aqui é bem pobre e nem viaturas possui para ir em socorro de emergência.
Do palacio do bispo, fomos ao convento das Irmâs Orantes que nos acolheram fraternalmente. Em pouco temppo arrumaram dormitorios para os noviços e quartos para nos. Passamos uma noite de pesadelos novamente.
De manhà, meus colegas da equipe de formaçâo, comunicaram que iriam abandonar Kiragho imediatamente. Um voltaria para Kisangani; outro para Mambassa. Disse-lhes francamente que permneceria no meu posto, mesmo se todos quiserem partir.
O dia estava muito triste. Inclusive em vez do sol, uma chuva que entristecia mais ainda nossas horas. Fui converdar com o bispo, falando de inha decisâo.
Hoje à tarde, depois do almoç, vamos voltar à Kiragho e conversarei com os noviços. Tenho certeza que todos vâo querer partir; ir para Kisangani.
De minha parte nâo vou me opor à decisiâo de cada um. Mesmo se todos os noviços quiserem também ir embora, eu fico, pois o Sr. bispo pede insistetemente que nâo abandonemos o local, e que hoje mesmo ele vai falar com o Ministro do Interior, para nos dar uma grande cobertura e proteçâo. O clima é tenso.
Tenho que agguentar a barra sozinho. A grande questâo: os noviços que vâo a Kisangani, deverâo voltar para casa? ou a Provincia lhes darà um novo local para continuarem o noviciado desse ano? Vmaos interromper o noviciado desse ano?.
Infelizmente a provincia nâo dispôe de local para abrigar essa grande turma. Que fazer? Que o Senhor nos ilumine! D Melkisedeck vai visitar os noviços refugiados no conventos das irmâs, esta tarde. Aproveitei um momento de folga para lhes comunicar essa triste noticia! Peço que rezem! Vivemos um mone bem dificil!
P Osnildo Carlos Klann, mestre dos noviços.