Segundo a pesquisa, a região Sul é a única que mostra empate técnico

Após dez dias de exposição dos candidatos à Presidência no horário eleitoral, a petista Dilma Rousseff abriu 24 pontos de vantagem sobre o tucano José Serra. Se a eleição fosse hoje, ela venceria no primeiro turno, com 59% dos votos válidos.

Segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada na noite desta sexta-feira, a candidata do PT chegou a 51% das intenções de voto, um crescimento de oito pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto, feito às vésperas do início da propaganda eleitoral.

Desde então, Serra passou de 32% para 27%. Marina Silva, do PV, oscilou de 8% para 7%. Somados, os adversários da petista têm 35 pontos, 16 a menos do que ela. O desempenho de Dilma já se equipara à de Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2006. Na época, no primeiro turno, o então candidato do PT teve 59% dos votos válidos como teto nas pesquisas.

São Paulo

Dilma ultrapassou Serra em São Paulo (42% a 35%) e tem o dobro de votos do adversário (51% a 25%) em Minas Gerais – respectivamente primeiro e segundo maiores colégios eleitorais do País. No Rio de Janeiro, terceiro Estado com a maior concentração de eleitores, a candidata do PT abriu nada menos do que 41 pontos de vantagem em relação ao tucano (57% a 16%).

Regiões

Na divisão do eleitorado por regiões, Dilma registra a liderança mais folgada no Nordeste, onde tem mais que o triplo de votos do rival (66% a 20%). No Sudeste, ela vence por 44% a 30%, e no Norte/Centro-Oeste, por 56% a 24%.

A Região Sul é a única em que há empate técnico: Dilma tem 40% e Serra, 35%. A margem de erro específica para a amostra de eleitores dessa região chega a cinco pontos porcentuais. Mas também entre os sulistas se verifica a tendência de crescimento da petista: ela subiu cinco pontos porcentuais na região, e o tucano caiu nove.

Renda

A segmentação do eleitorado por renda mostra que a candidata do PT tem melhor desempenho entre os mais pobres. Dos que têm renda familiar de até um salário mínimo, 58% manifestam a intenção de votar nela, e 22% em Serra. Na faixa de renda logo acima – de um a dois salários mínimos -, o placar é de 53% a 26%. Há um empate entre a petista (39%) e o tucano (38%) no eleitorado com renda superior a cinco salários.

Também há empate técnico entre ambos no segmento da população que cursou o ensino superior. Nas demais faixas de escolaridade, Dilma vence com 25 a 28 pontos de vantagem.

A pesquisa foi registrada no TSE com número 26.139/2010 e ouviu 2.506 pessoas. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ZEROHORA.COM

“É por isso que a Igreja Católica está perdendo fiéis…”

É o refrão que escuto todos os dias. O sermão não foi o melhor? Lá vem alguém repetindo o velho chavão. Uma polêmica o desgostou? A mesma ladainha se repete… Por motivos justos e injustos esta frase está na boca de católicos que não se sentem corporativamente unidos à sua Igreja. Parece que quando falam a palavra “Igreja” imaginam uma personalidade externa a si mesmos. Na verdade, a Igreja já os perdeu pois eles não se sentem parte dela. Isto me lembra a pergunta provocativa de uma jornalista ao saudoso Cardeal Dom Ivo Lorscheider, quando assumiu a Arquidiocese de Aparecida: “Dom Ivo, por que a Igreja Católica está perdendo os seus fiéis?” O sábio e bem humorado arcebispo respondeu: “Acho que você não está bem informada. Os fiéis continuam conosco. Não estamos perdendo fiéis. Estamos perdendo os INFIÉIS!” pense nisso antes de repetir este refrão que será confirmado pelo defeituoso senso que o governo preparou de maneira pouco científica (para não fazer o juízo de que houve má fé!).


O Censo de 2010 já está em pleno andamento e vai mostrar o rosto atual do Brasil, visto a partir de muitos ângulos. Um deles, será o perfil religioso.

Pessoas já visitadas pelos recenseadores informaram que a pergunta sobre a religião não é feita a todos; consta que seria só a cerca de 11% dos entrevistados e isso significa que a situação religiosa será obtida, não a partir de dados gerais, mas por amostragem.

Preocupa, porém, aquilo que vem depois da pergunta – “qual é sua religião?” No nosso caso, não basta responder – “sou católico”, ou – “minha religião é a católica”:

O entrevistado é colocado diante de uma lista de nada menos que 27 opções de “católicos” ou de “religião católica”, supostamente diferentes. De fato, porém, boa parte das 27 alternativas – pelo menos 12 – não são de “outras” Igrejas ou religiões, mas de grupos, associações ou ritos de nossa própria Igreja/religião Católica Apostólica Romana.

Para muitas pessoas, isso pode gerar confusão e perplexidade e os dados da realidade poderão aparecer distorcidos. Fica a pergunta sobre os reais motivos da formulação dessa questão no Censo.

As Igrejas Católica Maronita, Católica Melquita, Católica Ucraniana, Católica Armênia e Católica Síria não são outras “religiões” mas de ritos diferentes da Igreja Católica de rito romano, mas todos unidos ao Papa.

Aparece ainda “Catolicismo Apostólico Romano”, “Católico Congregado Mariano”, “Católico Congregação Mariana” que também não são Igrejas nem religiões, mas Associações e grupos de nossa própria Igreja.

Ainda outras denominações que aparecem no elenco de “religiões” que podem gerar equívocos e falsificação dos dados: Católico renovado, Católico conservador, Católico Pentecostal, Católico tradicionalista, Católica Renovação Carismática, Religião Católica Apostólica Carismática.

Que fazer diante da possível confusão em relação à pergunta sobre a religião no Censo 2010?

Antes de tudo, temos que constatar o fato: não somos os únicos que se apresentam como católicos, nem mesmo como católicos apostólicos romanos. Há alguns grupos, não unidos com o Papa nem em comunhão com a Igreja, identificando-se como tal. Isso merece um esclarecimento para o povo. Cada pessoa tem a liberdade de consciência e de religião; e tem o direito de saber quem é quem, em matéria de religião. Verdade e religião não podem andar separadas.

Diante da questão posta sobre a religião pelo Censo 2010 caberá, depois, questionar a objetividade e a fidedignidade dos dados levantados. Enquanto isso, diante da pergunta sobre “qual é sua religião?”, há uma só resposta: “sou católico apostólico romano”, ou “minha religião é a Católica Apostólica Romana. Dizer quem somos nós não ofende a ninguém.

O Censo já está acontecendo. Qual é mesmo sua religião? Sua Igreja? – Somos “Católicos Apostólicos Romanos”.

Isso significa que nossa religião se propõe para todos os povos e culturas, sem limites de fronteiras, para levar a todos a Boa Nova do Reino de Deus, a luz, o sal e o fermento do Evangelho de Cristo.

Somos “apostólicos” porque professamos a fé em Deus recebida de Jesus Cristo, através dos apóstolos, e conservada fielmente pelos sucessores dos apóstolos até nossos dias.

Somos “romanos” porque nossa Igreja é congregada e presidida na verdade, na unidade e na caridade pelo Papa, Sucessor do apóstolo Pedro, a quem Jesus encarregou de “apascentar as ovelhas e cordeiros de seu rebanho” (cf Jo 21,13-17) e de “confirmar os irmãos na fé” (cf Lc 22,32).

S.Pedro derramou seu sangue por Cristo e pelo Evangelho em Roma; lá se encontra seu sucessor, ainda hoje; por isso, nossa Igreja é chamada Católica Apostólica “Romana”.

Cf. Card. Odilo P. Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo

Íntegra Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 24.08.2010

Em www.arquidioceseaparecida.org.br, mais interatividade e informação
APARECIDA, sexta-feira, 27 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – A arquidiocese de Aparecida lançou nesta sexta-feira seu novo portal na internet, com a proposta de reforçar a evangelização no mundo digital, apostando na interatividade e multimídia.Em www.arquidioceseaparecida.org.br, os internautas conferem o novo layout e serviços oferecidos pelo portal.

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, no Seminário Bom Jesus, em Aparecida, o arcebispo Dom Raymundo Damasceno Assis destacou que se trata “de um instrumento muito importante de evangelização”.

“O novo portal tem como objetivo facilitar o acesso dos usuários a uma série de informações de nossa arquidiocese. Informações sobre as paróquias, o Seminário, o conteúdo e a palavra do pastor, acesso à rádio web Frei Galvão”, disse.

A nova página na internet traz recursos multimídia como fotos, podcasts e vídeos, e também favorece a interatividade. Ao acessar o campo das notícias, por exemplo, segmento que ganhou destaque no portal, os usuários podem partilhar os textos no facebook, orkut, twitter, entre outras redes sociais, além de comentá-los.

O portal integra ainda a informação digital a respeito do Seminário Missionário Bom Jesus, do Santuário Frei Galvão e também da Rádio Frei Galvão, que os internautas podem ouvir diretamente pelo site.

Entre os serviços oferecidos pelo portal, estão o departamento de arquivos e certidões, em que os fiéis podem solicitar as certidões de batismo, casamento ou fazer pesquisas. Há também um link para a imprensa, que visa a favorecer o relacionamento com os meios de comunicação.

Seminário

Na coletiva de imprensa, Dom Damasceno informou também sobre as obras no Seminário Bom Jesus. Reformado primeiramente para receber Bento XVI em sua visita de 2007 ao Brasil, o edifício histórico entra agora em sua 3ª etapa de obras.

Nesta etapa da revitalização do prédio centenário (a construção foi iniciada em 1894), serão terminados os 74 apartamentos da pousada que vai funcionar numa das alas do seminário. A 1ª etapa das obras havia preparado uma ala do prédio para acolher o Papa e a 2ª, inaugurada no dia 6 de agosto de 2010, preparou a ala que recebe os seminaristas.

Segundo o arcebispo, com a futura acolhida a peregrinos e grupos de fiéis para realização de retiros ou eventos eclesiais, a arquidiocese presta um serviço e ainda cria uma fonte de recursos para a manutenção do edifício.

“Após todo trabalho de revitalização e de resgate deste prédio histórico, importante não só para a arquidiocese, mas também para a sociedade e a cultura, não podemos deixar que o edifício se deteriore”, afirmou.

A pousada no Seminário Bom Jesus contará com salas para conferência, refeitório, biblioteca e galeria de exposições.

(Alexandre Ribeiro)

Para quem acha a vida difícil e os obstáculos grandes demais, sugiro parar um minuto e aprende deste jovem que soube se reinventar.:

http://noticias.uol.com.br/bbc/2010/08/27/pianista-sem-bracos-faz-sucesso-na-china.jhtm

O Censo de 2010 já está em pleno andamento e vai mostrar o rosto atual do Brasil, visto a partir de muitos ângulos. Um deles, será o perfil religioso. Pessoas já visitadas pelos recenseadores informaram-me que a pergunta sobre a religião não é feita a todos; consta que seria só a cerca de 11% dos entrevistados e isso significa que a configuração religiosa será obtida, não a partir de dados gerais, mas por amostragem, como se faz, em geral, nas estatísticas.

Preocupa, porém, aquilo que vem depois da pergunta – “qual é sua religião?” No nosso caso, não basta responder – “sou católico”, ou – “minha religião é a católica”; o entrevistado é colocado diante de uma lista de nada menos que 27 opções de “católicos” ou de “religião católica”, supostamente diferentes. De fato, porém, boa parte das 27 alternativas – pelo menos 12 – não são de “outras” Igrejas ou religiões, mas de grupos, associações ou ritos de nossa própria Igreja/religião Católica Apostólica Romana. Para muitas pessoas, isso pode gerar confusão e perplexidade e os dados da realidade poderão aparecer distorcidos. Fica a pergunta sobre os reais motivos da formulação dessa questão no Censo.

As Igrejas Católica Maronita, Católica Melquita, Católica Ucraniana, Católica Armênia e Católica Síria não são outras “eligiões” mas grupos de ritos diferentes da nossa própria Igreja Católica Apostólica Romana, todos unidos ao Papa. E “Catolicismo Apostólico Romano”, “Católico Congregado Mariano”, “Católico Congregação Mariana” também não são Igrejas nem religiões, mas Associações e grupos de nossa Igreja. Ainda outras denominações que aparecem no elenco de “religiões” podem gerar equívocos e falsificação dos dados. Católico renovado, Católico conservador, Católico Pentecostal, Católico tradicionalista, Católica Renovação Carismática, Religião Católica Apostólica Carismática são todas denominações que podem deixar nosso povo católico sem saber exatamente se trata de sua própria tendência dentro de nossa Igreja, ou se são mesmo outras religiões, desvinculadas da nossa Igreja Católica Apostólica Romana. Que fazer diante da possível confusão em relação à pergunta sobre a religião no Censo 2010?

Antes de tudo, temos que constatar o fato: não somos os únicos que se apresentam como católicos, nem mesmo como católicos apostólicos romanos. Há vários grupos, não unidos com o Papa e a comunhão da nossa Igreja Católica, que usam esta mesma denominação. Isso mereceria um esclarecimento para nosso bom povo. Cada pessoa tem a liberdade de consciência e de religião; e tem o direito de saber quem é quem, em matéria de religião, e a qual grupo está aderindo. Verdade e religião não podem andar separadas. O uso equívoco da identidade religiosa lesa a liberdade religiosa dos outros.

Diante da questão posta sobre a religião pelo Censo 2010 caberá, depois, questionar a objetividade e a fidedignidade dos dados levantados. Enquanto isso, diante da pergunta sobre “qual é sua religião?”, nossos fiéis católicos precisam ser oportunamente orientados a responder: “sou católico apostólico romano”, ou “minha religião é a Católica Apostólica Romana. Dizer quem somos nós não ofende a ninguém. Quem desejar a lista das “Igrejas” ou “Religiões” católicas, poderá procurar na Internet, no site arquidiocesedesaopaulo.org.br.

O Censo já está acontecendo. Qual é mesmo sua religião? Sua Igreja? – Somos “católicos”, e isso significa que nossa religião se propõe para todos os povos e culturas, sem restrições, para levar-lhes a Boa Nova do Reino de Deus, a luz, o sal e o fermento do Evangelho de Cristo. Somos “apostólicos” porque professamos a fé em Deus recebida de Jesus Cristo, através dos apóstolos, e conservada fielmente pelos legítimos sucessores dos apóstolos até nossos dias. Somos “romanos” porque nossa Igreja é congregada e presidida na verdade e na caridade pelo Papa, Sucessor do apóstolo Pedro, a quem Jesus encarregou de “apascentar as ovelhas e cordeiros de seu rebanho” (cf Jo 21,13-17) e de “confirmar os irmãos na fé” (cf Lc 22,32). S.Pedro derramou seu sangue por Cristo e pelo Evangelho em Roma; lá se encontra seu sucessor, ainda hoje; por isso, nossa Igreja é chamada Católica Apostólica “Romana”.

Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 24.08.2010

Card. Odilo P. Scherer

Arcebispo de São Paulo

Ao responder as questões alguns serão questionados sobre sua RELIGIÃO. (A pergunta não será feita à todos, somente alguns, pois a mesma será por uma amostragem).

Por isso ao responder sobre a religião que pertencemos devemos responder:

IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA

Se responder apenas CATÓLICO você será indagado sobre qual denominação eclesial. Pois no formulário é previsto 27 denominações.

IMPORTANTE: somos membros da IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA

IGREJAS OU RELIGIÕES “CATÓLICAS” QUE APARECEM NO CENSO 2010:

Católica Apostólica Brasileira

Católica Apostólica Carismática

Católica Apostólica Cristã

Católica Apostólica Ortodoxa

Católica Apostólica Romana

Católica Armênia

Católica Bizantina

Católica Brasileira

Católica Carismática do Brasil

Católica do Brasil

Católica Maronita

Católica Melquita

Católica Não Apostólica

Católica Novo Mandamento

Católica Ortodóxica Armênica

Católica Ortodóxica Grega

Católica Ortodóxica Russa

Católica Pentecostal

Católica Renovação Carismática

Católica Renovada

Católica Síria

Católica Tradicionalista

Católica Ucraniana

Catolicismo Apostólico Romano

Católico Congregação Mariana

Católico Congregado Mariano

Católico Conservador

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer

Arcebispo de São Paulo

São Paulo, 20.08.2010

Estimados Padres da Arquidiocese de São Paulo

Escrevo-lhes sobre a campanha eleitoral, já iniciada, em vista das próximas eleições para os cargos do Poder Executivo (Presidente e Governador) e do Poder Legislativo (Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual).

Todos os cargos pleiteados nestas eleições são importantes; por isso requerem atenção especial de nossa parte. O destino político do Brasil, nos próximos anos, estará na mão daqueles que agora forem eleitos.

O Episcopado do Regional Sul I da CNBB (Estado de São Paulo), em sua assembléia de junho passado, emitiu uma Nota com orientações sobre como “Votar Bem“, que lhes envio em anexo..Aconselho-os a divulgarem estas orientações através dos meios à sua disposição, não deixando de imprimir e de difundir as mesmas nos jornais paroquiais e na internet. Trata-se de uma ocasião importante para a formação da consciência política do nosso povo; os eleitores devem exercer bem o seu poder político, mediante o voto, escolhendo candidatos idôneos e comprometidos com o bem comum, com a justiça social, o respeito à vida, à dignidade da pessoa humana e com as demais causas boas.

Ao mesmo tempo, desejo comunicar-lhes algumas orientações da Arquidiocese de São Paulo com respeito ao envolvimento dos espaços e organizações eclesiais na campanha eleitoral.

1. Fique claro que a Igreja não tem uma opção oficial por partidos ou candidatos. Por isso, também os representantes da Igreja (Clero) não devem envolver-se publicamente na campanha partidária (cf Cân. 287 §2; 572).

2. Nas Missas e outras celebrações (homilias, cursos), não deve ser feita campanha explícita para partidos ou candidatos, quer por clérigos, quer por leigos. O envolvimento político-partidário direto do Padre, ou o uso instrumental, para isso, da celebração litúrgica divide a comunidade.

3. Os espaços eclesiais não devem estar, de forma exclusiva, a serviço de um partido ou candidato. Nos mesmos espaços eclesiais (templos, salões paroquiais) não sejam afixados apelos eleitorais de partido ou candidato.

4. No entanto, não se deixe de orientar os fiéis para que votem de modo consciente e responsável, dando o apoio a candidatos que sejam afinados com as suas próprias convicções e que, se eleitos forem, não promovam causas contrárias aos princípios cristãos na sua atuação parlamentar, ou executiva, sobretudo no que diz respeito à dignidade da pessoa e da vida, desde a sua concepção até à sua morte natural. No entanto, não se indiquem nomes.

5. Para melhor conhecimento dos candidatos e de suas propostas, é útil promover encontros de vários candidatos, para o debate e a exposição das propostas, no salão paroquial ou em outros ambientes. Porém, isso não deve ser feito no templo.

Acrescento uma preocupação relativa ao Censo 2010. A pergunta que se refere à religião (”qual é sua religião?”) pode gerar confusão, perplexidade e distorção dos dados da realidade. De fato, quem responder “sou católico”, ou “minha religião é a católica”, será colocado diante de uma lista de nada menos que 27 opções de “católicos” ou de “religiões católicas” supostamente diferentes. Fica a pergunta sobre os reais motivos dessa formulação da questão, quando boa parte das alternativas (bem 12) dizem respeito à mesma Igreja/religião Católica Apostólica Romana. Nossos católicos poderão ser levados a indicar uma opção equivocada, que não corresponda à sua/nossa Igreja ou religião: Católica Apostólica Romana.

Portanto, recomendo que nossos fiéis católicos sejam oportunamente orientados a responder: “sou católico apostólico romano”, ou “minha religião é a Católica Apostólica Romana”. Sugiro que a questão seja explicada sem demora ao povo nas Missas (avisos) e em outras circunstâncias (jornais, revistas, internet). O Censo já está acontecendo. Em anexo, envio-lhes a lista do IBGE, relativa às opções de “católicos” constantes no Censo 2010.

Estimados padres, as questões acima expostas entram no nosso zelo pastoral, para conduzir, defender e servir, quais bons pastores, o rebanho do Senhor confiado aos nossos cuidados. Deus os abençoe e recompense!

Cardeal Dom Odilo P. Scherer

Arcebispo de São Paulo