Uma resposta consciente aos casos de pedofilia
Por no dia jun 7th, 2010 sobre Ano Sacerdotal.
No próximo dia 11 de Junho, Festa do Sagrado Coração de Jesus, muitos sacerdotes do mundo inteiro, inclusive a maioria dos padres da Canção Nova, estarão em Roma num retiro onde acontecerá a conclusão do Ano Sacerdotal promulgado pelo Papa Bento XVI, que tem como tema: “Fidelidade de Cristo fidelidade do sacerdote”. Como falar de fidelidade e da riqueza desta vocação e destes Homens em tempos onde os acontecimentos e a mídia tem nos bombardeado de noticias que chocam os nossos corações e colocam em descrédito a credibilidade destes que deveriam nos orientar e ser modelos de fé, moral e atitudes. Como digerir todos esses acontecimentos, ter uma visão critica e verdadeira da situação? Como dar uma resposta consciente para tudo isso? Este é o primeiro de quatro artigos e Podcast que você poderá ler e ouvir aqui:
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Pois bem, a primeira coisa que gostaria de disser como Sacerdote é que nós trazemos em nós um desejo muito grande de vencer as nossas fragilidades e pecados e somos limitados como qualquer outro que foi escolhido pelo Senhor a uma vocação sublime e que apesar deste selo divino que é o Sacramento da Ordem estamos propensos em nossa humanidade a errar. Mas isso não justifica e muito menos tira de nós a responsabilidade pela nossa vocação a santidade e missão de ensinar, santificar e guiar a porção do povo que Deus nos confiou, muito menos não podemos generalizar colocando como se fosse um problema exclusivamente dos sacerdotes e da Igreja, desviando o olhar para o miolo do problema social dos nossos tempos. Eu mesmo fico consternado ao assistir as noticias, fico indignado pela vitima e pelo sacerdote, me coloco no lugar dos dois e fico pensando o que esta por trás desta noticia, qual verdade ela me traz e qual o real problema que ela quer que nós reflitamos e busquemos a melhor saída?
A pedofilia não é só praticada por alguns padres. Isso não tem nada a ver com o fato de sua opção de não se casarem, muito menos pelo celibato que nunca foi uma imposição da Igreja, mas uma opção livre e motivada por um Amor maior que se entrega pelo bem e salvação do outro. Infelizmente estes casos que nos impressionam tanto, fazem parte da vida de muitos casados, pais, avôs, tios, primos, vizinhos, padrastos, ela esta na escola, na balada, nos clubes e infelizmente a maioria dos casos dentro de casa. A nossa sociedade que passou pela revolução sexual e hoje faz do sexo um grande mercado do dinheiro e da diversão, mascara ou não quer encarar os erros de suas escolhas e tentam jogar a culpa naqueles ou na Igreja, os únicos a sempre defender o valor da vida, da castidade, da liberdade e do amor.
Li no blog de um sacerdote bem conhecido de todos nós, o padre Joãozinho do Sagrado Coração de Jesus: Já parou para pensar quantos padres existem no Brasil? Hoje (maio de 2010) temos 18 mil padres no Brasil. E mais de 100 milhões de fiéis. Isso significa que cada padre tem que atender a mais de 5.555 fiéis.
Alguns são idosos, outros doentes, e certamente não conseguem atender cinco mil. Imagino que cada padre em plena forma deva dar conta de ao menos 10.000 fiéis. É um rebanho considerável. Pense, por exemplo, se todos resolvessem seguir a orientação oficial da Igreja e quisessem se confessar ao menos uma vez por ano. Cada dia o sacerdote teria que atender 27 pessoas. Se cada atendimento (bem feito) durasse 20 minutos ele passaria cerca de 10 horas no confessionário… todo dia… de segunda a segunda.
Agora faça essa conta comigo: – 10% de 18 mil padres = 1.800 padres; – 1% de 18 mil padres = 180 padres; – 0,1% de 18 mil padres = 18 padres; – 0,01% de 18 mil padres = 1,8 padres.
Quantos Padres você conhece com problemas? Mais quantos sacerdotes que gastam a vida, são fieis e servos do Evangelho, da Igreja e do povo de Deus, incansáveis nos atendimentos, nas pregações e no exercício da Caridade. Lembro-me do Padre Jessé Torres o que ele fez comigo nunca mais eu vou esquecer, preparou-me para minha primeira Comunhão, ensinou o meu coração a rezar, falar com Deus, ouviu inúmeras confissões, meus pecados e fraquezas, mesmo conhecendo o meu pior me respeitava e continuava acreditando em mim. Foi ele que com sua santidade e coerência de vida incentivou e motivou a minha vocação
É preciso mesmo enfrentar esse problema de frente, sem sensacionalismo, investigar e discernir e ficar sempre com o que é bom e verdadeiro. Estes dias eu li na Zenit esta noticia quer não foi veiculada pelos meios de Comunicação: Sacerdote morre tentando salvar jovens de afogamento.
ZENIT.org). – Um sacerdote morreu na praia de Galgibaga, Índia, tentando salvar três jovens do afogamento, na semana passada.
O Pe. Thomas Remedios Fernandes de 37 anos, vigário da paróquia de Jesus, Maria e José estava com um grupo da paróquia que comemorava um dia de convivência na praia, segundo informou a agência Cathnewsindia. Não hesitou em lançar-se ao mar revolto para socorrer três jovens que gritavam por socorro.
O presbítero conseguiu salvar os três – uma jovem e dois rapazes de idades entre 17 e 19 anos -, mas enquanto salvava o terceiro, sofreu um ataque cardíaco e não resistiu. O ato comoveu as mais de 60 pessoas que testemunhavam o resgate.
O sacerdote recebeu assistência no local e foi levado ao hospital, onde os médicos constataram sua morte. Os três jovens resgatados receberam os primeiros-socorros e passam bem. Na comunidade católica de Goa vive-se a perda do sacerdote com dor, mas também com admiração e esperança: “Foi um pastor que deu a vida por suas ovelhas – comenta-se. Neste Ano Sacerdotal, é um exemplo e testemunho para todos os sacerdotes”.
Eu não poderia deixar que somente 60 pessoas tomassem conhecimento deste lindo testemunho de um sacerdote jovem, que deu a vida por suas ovelhas. Vamos abrir os nossos olhos e o nosso coração. E os padres que você conhece? Quais as suas experiências com o sacerdote de sua paróquia? Rezemos pelos nossos sacerdotes para que o Senhor lhes dê a graça da fidelidade.
Minha benção fraterna.
Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.
Caro irmão Luizinho, abordou uma situação muito importante quer para a vida da igreja quer para a vida do Povo de Deus (Igreja que são pedras vivas). Os casos de pedofilia que, como refere, e muito bem, não é uma situação circunscrita aos sacerdotes e ao celibato. É uma problemática que necessita ser resolvida no foro psiquiatrico.
Sobre este particular oro sempre pelas vitimas e pelos abusadores. Note-se que não se pode confundir a pedofilia com violação. A pedofilia é um ato masturbatório e exibicionista e raramente existe violação. Certamente que em outros casos configuram-se os dois crimes: pedofilia e violação.
Todavia, aborda um tema muito interessante, isto é, a incapacidade da estrutura dita eclesial corresponder aos objetivos de sua missão. Neste caso, foi a inépcia e o abuso legislativo e dogmático dos membros ditos da hierarquia da igreja que impediram a atitude sacerdotal, que é inerente a todos os cristãos, e entrincheiraram-se em falsos conceitos de sacerdócio.
Se é certo que o sacramento não retira a natureza a quem o recebe, também é certo que as outras igrejas cristãs, incluindo a católica, onde o casamento é permitido em certas tradições, revelam uma melhor postura e um melhor serviço comunitário. Porquê? Porque não se balizaram em pseudo-autoridades para o exercício de um ministério que Jesus todos os dias convida cada cristão a exercer: “Tu és Pedro (pedro significa pedra – pedra viva) e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.
Jesus edifica a Sua igreja em cada membro, em cada coração, e, ao fazê-lo, confere de Si mesmo e por Si mesmo o sacramento ao exercício de tão nobre serviço.
Por outro lado, sendo sublime o sacramento eucarístico e a entrega de Jesus em cada ato sacrificial que se renova de uma forma eterna (que é a nova e eterna aliança, entenda-se que não é DA nova, é A nova e eterna aliança – sendo nova anula tudo para trás) é a igreja hierárquica que vem retirar o significado e a natureza de tão sublime ato de renovação dessa aliança. Porquê? Porque a eucarístia, que significa ação de graças, é uma oferta de Jesus para purificação dos homens, e não a purificação de Jesus às mãos dos homens.
Assim sendo, Jesus eucarístico abre-se e entrega-se a uma renovada aliança por todos e qualquer um que na sua condição impura necessita dessa Força transcendente que o(a) reabilite da condição do erro, ignorância e pecado. Logo, a eucarístia é a partilha com todos quantos o queiram receber, e recebendo-O aceitam a plenitude dos benefícios que d´Ele mesmo (i)emanam.
Neste sentido, seguindo as teorias da igreja, a penitência não produz qualquer efeito sobre a condição do Homem; porque deixa de ser um ato voluntário e consciente para transforma-se numa atitude de medo e de remedeio.
Assim sendo, é Jesus o purificador e libertador; é também Jesus e o Pai, enviando o Espírito que não diz dele mesmo, mas tudo quanto lhe é comunicado, que produz a transformação; que É A CAUSA E O FIM EUCARÍSTICO.
Por outro lado, a igreja arrogantemente vestida e soberbamente ostentando as insígnias (monsenhor, arrcebispo, bispo, cardeal e papa) usou toda esta panóplia mundana para receber um respeito que lhe é devido somente na simplicidade de seu ministério em união com todos os outros ministros que excluíu durante séculos (os leigos de todos os géneros e os ministros de outras confissões).
A igreja usou e abusou de um autoritarismo sem a autoridade que Jesus a todos quer atribuir e o resultado espelha-se neste seu artigo.
A transformação não passa por dizer que o sacerdote é bonzinho, mas sim por fazerem o que deve ser feito, mesmo com o preço da própria vida.
Nossa Senhora, em Medjugorje, incia um verdadeiro apostolado, conferindo a dimensão sacramental dos mesmos aos leigos. É ela que vem libertar os leigos oprimidos e projetá-los para a “ribalta” do apostolado.
O novo apostolado só se fará coração a coração, olhar no olhar e já não mais nas imposições de uma igreja que se deixou perder pelo próprio satanás (o animal do poder, da escravidão e da opressão). Os discursos de unidade só produzirão efeito quando existir uma profunda reforma das normas católicas: sobre o celibato, sobre o casamento, sobre a participação das mulheres no exercício do culto. Maria, é Ela mesma o exemplo desta visão no feminino de uma NOVA igreja maternal e voltada para a educação e salvação ternurenta de seus filhos e filhas.
Com esta atitude, Maria, revela a necessidade de uma maior abertura por parte de uma igreja caduca e eunuca que produz eunucos por suas próprias mãos e não pela lei Divina (o Amor). Esta em causa a harmonia, e esta harmonia só se dará pela reforma, CONVERSÃO, dos sacerdotes, bispos, cardeias e papas.
A UNIDADE COMEÇA EM UMA FAMÍLIA UNIDA, SE ASSIM NÃO ACONTECER A CONVERSA ESTÁ MAL FIADA.
Senhora, minha Mãe, se o que consta não é de Teu agrado, por favor, impede que este comentário chegue a seu destino.
“E VÓS, PORQUE VIOLAIS OS PRECEITOS DE DEUS, POR CAUSA DE VOSSA TRADIÇÃO?” (cf. Mt. 15,3)
PAX+++
gostaria de saber se eu que ja sou casada, tenho um filho posso casar na igreja vestida de noiva. se nao puder posso me casar no comunitario vestida