Quanto vale o seu voto?

Por no dia ago 20th, 2010 sobre Atualidade, Formacao.

Nesta segunda-feira 23/08 às 22 horas a TV Canção Nova e a Rede Aparecida realizarão Debate entre presidenciáveis que abordará temas de interesse católico. É próprio de uma democracia o voto cada vez mais livre e consciente. Ainda hoje vem em nossa cabeça as duvidas: como avaliar os candidatos? Qual o critério deve usar para escolher aquele que será melhor para todos? E se você é cristão a coisa piora um pouco mais, como escolher aqueles que falam a verdade e que são a favor da vida? Isso tudo precisa acontecer mesmo e quanto maior a participação do eleitor no processo eleitoral menos chances temos de eleger aqueles que não tem nenhum compromisso com a verdade e com o povo.

Por isso, a minha e a sua parte é investigar mesmo. Conhecer os candidatos, sua vida publica e sua ficha na política. Investigar o seu plano de governo e a ideologia do seu partido e com o que ele esta comprometido. Acho que não preciso dizer que por nada nem por ninguém venda, troque ou favoreça o seu voto, pois o preço do meu voto é minha consciência tranqüila, meu dever cumprido e o meu País melhor para todos. Passo para você este texto que pode nos ajudar a refletir e escolher melhor os nossos candidatos:

– Apresentamos artigo do bispo de São José do Rio Preto (São Paulo), Dom Paulo Mendes Peixoto, sobre o valor do voto, texto difundido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) nessa segunda-feira. (Fonte Zenit)

Valor do Voto

A minha palavra é destinada a todos os diocesanos e às pessoas cidadãs, de boa vontade, querendo assim contribuir para a vida do nosso povo no momento tão especial como estamos agora vivendo, com a chegada das Eleições. Faço isto vendo a grande importância da participação política dos cristãos na vida social, para construir uma sociedade fraterna, justa e solidária.

É importante acompanhar o processo político, vendo de perto o perfil dos candidatos para criar consciência e responsabilidade, ajudando assim nos destinos do País e do Estado. Sabemos que o papel do eleitor vai além do seu voto. Começa pelo conhecimento dos candidatos, sua vida, atuação, propostas e posturas apresentadas. Continua depois, acompanhando a gestão dos que forem eleitos.

A sociedade almeja uma ética na política e uma coerência dos políticos. Não é por acaso que tivemos a iniciativa popular para criar a Lei chamada “Ficha Limpa”. Para que ela seja aplicada, efetivamente, é preciso haver uma mudança de mentalidade e de ação, tendo em vista uma política marcada por princípios e valores éticos fundamentais para o povo.

A Palavra de Deus e a Doutrina Social da Igreja, seguramente credenciadas por uma prática histórica milenar, podem dar fundamentos para isto. Aí os candidatos devem buscar os critérios de ação, dando aos eleitores as bases para o exercício da cidadania para um voto consciente e comprometido podendo, dentro do processo, agir com corresponsabilidade.

Alguns dados devem ser identificados nos candidatos, sem os quais não merecem o sufrágio dos cidadãos cristãos. Um deles é se defendem a vida, da concepção até a morte natural, já que a vida é o maior dom que todos temos. Não merece o nosso voto quem tem iniciativas contra a dignidade das pessoas e das famílias, defendendo o aborto e a eutanásia.

Quando a pessoa governa, deve ter em mente o bem comum, olhando para os mais pobres, promovendo uma sociedade mais fraterna e em condição de todos terem vida com dignidade. Para isto deve cuidar da saúde, educação, moradia, trabalho e justiça social. Os interesses do povo precisam estar acima dos particulares. É bom candidato quem é comprometido com o bem comum.

Olhar também o comportamento ético dos candidatos: sua honestidade, competência, transparência, vontade de servir o bem comum, idoneidade moral e suas propostas de ação política. As propagandas podem ocultar os interesses particulares do candidato. Olhar se seu histórico não é de corrupção e de má gestão, de “ficha suja” e de uso da máquina pública para fins eleitoreiros.

Não transformar o voto em mercadoria. Ele não pode ser vendido. Tanto quem compra, como quem vende, é corrupto. É atitude que deve ser denunciada à Comissão Contra a Corrupção Eleitoral, da Lei 9840, que deve tomar as devidas providências. Diante de tudo isto, suplico a Deus para iluminar e abençoar a todos, candidatos e eleitores, nessas próximas Eleições.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto, SP.

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