O que é o Discernimento dos Espíritos?
Por no dia abr 22nd, 2013 sobre Ano da Fé, Espírito Santo-Pentecostes, Espiritualidade, Seminariodevida.
O discernimento é uma habilidade ou capacidade dada por Deus de se reconhecer a identidade (e muitas vezes, a personalidade e a condição) dos “espíritos” que estão por detrás de diferentes manifestações ou atividades. Este dom, essencial à Igreja, é geralmente concedido aos pastores do rebanho de Deus e aos que estão em posição de guardar e de guiar os santos. O que nos diz São Paulo sobre a batalha espiritual: Pois a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados, as potestades, os dominadores deste mundo tenebroso, os espíritos malignos espalhados pelo espaço. Por isso, protegei-vos com a armadura de Deus, a fim de que possais resistir no dia mau, e assim, empregando todos os meios, continueis firmes (cf. Efésios 6, 12-13).
Como podemos ver na definição acima, esse dom de Deus nos ajuda, portanto, a perceber a origem de uma intuição, de um pensamento, a causa de um comportamento – especialmente quando este se nos apresenta de forma estranha. O discernimento, assim, é um dom “protetor da comunidade e protetor de todos os outros dons”.
Como dom [discernimento dos espíritos], não procede das capacidades simplesmente humanas nem das deduções científicas que possamos ter adquirido. “O discernimento é intuição pela qual sabemos o que é, verdadeiramente, do Espírito Santo”.
O discernimento também pode ser visto como uma espécie de visão ou sensibilidade; é uma revelação espiritual da operação de diferentes tipos de espíritos numa pessoa ou numa situação; é o meio pelo qual Deus faz os cristãos tomarem consciência do que está acontecendo.
Após todas estas definições, podemos nos perguntar: Qual o benefício esse dom nos traz ao ser usado de forma adequada? Como utilizá-lo? Como deve ser utilizado pelas pessoas, quando estas vivem situações complexas? Como elas devem proceder a partir da orientação certa e segura que o discernimento lhes deu?
O uso do dom do discernimento
O carisma em estudo nos permite agir de forma correta em um fato ou situação que temos em mãos, no momento. Permite-nos identificar a causa dessa situação especial, podendo, assim, nos levar à raiz, ao princípio que a move, que a origina, encaminhando à situação acertada e feliz.
O uso do dom nos ajuda, portanto, a conhecer o espírito, isto é, o princípio animador (anima = o que anima, move, movimenta, etc.). Com ele, podemos chegar, com facilidade, à origem de uma inspiração e confirmar de onde esta pode vir:
– Se provém de Deus (inspiração, intuição, uma verdade clara da Bíblia, moção do Espírito de Deus, de Seus anjos, os Seus mensageiros);
– Se tem origem na mente humana (a qual pode estar sã, doentia, desequilibrada ou alterada, do nosso egoísmo, fantasia ou manipulação da Vontade Divina para o meu bel prazer etc.);
– Se provém dos espíritos maus (do demônio ou de influências espirituais maléficas).
O discernimento ajuda-nos, ainda, a distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, orientando nossas vidas na fé e doutrina de Jesus Cristo. O Senhor tem para nós esse grande dom, esse precioso dom, que é o discernimento dos espíritos. Embora ele seja um dom, embora nos seja dado gratuitamente, é resultado, também, da nossa caminhada. Precisamos caminhar e amadurecer e o que nos torna maduros é a perseverança, a oração, a Palavra de Deus e a docilidade. E com a maturidade vem também o discernimento dos espíritos.
O inimigo age sorrateiramente. Para distinguir sua ação em nosso ambiente, o único meio é o Espírito Santo; ninguém tem por si discernimento. Paulo VI destacou em um de seus pronunciamentos: “O dom dos dons para os tempos de hoje é o discernimento”. E é mesmo, do contrário somos levados por ventos de várias doutrinas, a mesmo, sem saber para onde vamos. “Concedeu aos humanos discernimento, língua, olhos, ouvidos e um coração para pensar” (Eclesiástico 17,5).
Para possuir discernimento, o básico é aprender a ouvir o Senhor; suas emoções, inspirações. Muitas vezes o sentimento dentro de nós, movendo-nos: “Faça assim, não diga aquilo”, mas em geral sepultamos isso, fazendo até o contrário. O Espírito Santo dá o dom do discernimento àqueles que estão n’Ele, imersos, banhados n’Ele. Àqueles que dão tempo à escuta, à oração, à Palavra de Deus. “A outro, o poder de fazer milagres. A outro, a profecia. A outro, o discernimento dos espíritos. A outro, a diversidade de línguas. A outro, o dom de as interpretar” (I Coríntios 12,10).
Salomão na sua pouca idade e experiência de vida ia suceder o Seu pai Davi pediu a Deus com grande humildade por causa da missão de governar o Povo de Israel: “Dá, pois, a teu servo, um coração obediente, capaz de governar teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?” (cf. 1 Rs 3, 9).
Logo depois surge a primeira questão para Salomão julgar, discernir: Vieram então duas meretrizes ao rei e apresentaram-se diante dele. Uma delas disse: “Por favor, meu rei! Eu e esta mulher morávamos na mesma casa, e eu dei à luz estando com ela na casa. No terceiro dia depois de eu ter dado à luz, também ela deu à luz. Estávamos juntas, não havia outra pessoa na casa a não ser nós duas. Certa noite, morreu o filho desta mulher, pois ela dormiu sobre ele e o sufocou. Então levantou-se, durante a noite, e, enquanto tua serva dormia, tirou ~ silenciosamente meu filho do meu lado e colocou-o em seu seio. E a seu filho, que estava morto, colocou-o em meu seio. Quando, de manhã, me levantei para amamentar meu filho, encontrei-o morto, mas examinando-o com mais atenção na claridade, percebi que não era meu filho, o que eu tinha dado à luz”. A outra mulher respondeu: “Não é assim. Meu filho é que está vivo, o teu está morto”. A primeira retrucou: “Não é verdade! O teu filho é que está morto. O meu está vivo”. E assim discutiam na presença do rei. Disse então o rei: “Esta diz: ‘Meu filho está vivo, teu filho está morto’, e aquela responde: ‘Não, teu filho está morto, o que está vivo é o meu’”. E mandou trazer uma espada. Quando lhe apresentaram a espada, o rei declarou: “Cortai o menino vivo em dois, e dai metade a uma e metade à outra”. A mulher cujo filho estava vivo sentiu nas entranhas tal compaixão por seu filho que disse ao rei: “Por favor, senhor, dai a ela o menino vivo. Não o mateis!” A outra, ao contrário, dizia: “Não será nem teu, nem meu. Podeis cortá-lo”. O rei respondeu: “Dai o menino vivo àquela primeira, e não o mateis. Essa é sua mãe”. Todo o Israel ficou sabendo da sentença que o rei tinha dado, e temeram-no, vendo que a sabedoria de Deus estava nele para fazer justiça (1 Rs 3,16-28).
Pois este Dom extraordinário Deus nos concede para fazer justiça, para fazer a Sua Vontade ser revelada e executada. Não a minha vontade ou o interesse daquele que me paga mais, me é mais simpático, meu parente ou meu amigo. Um Dom para discernir a Verdade e manifestar a justiça de Deus.
Temos de ser dóceis à condução do Espírito. É muito necessário distinguir o que vem de Deus, de Jesus, do Espírito Santo, de Maria, dos anjos. Caso contrário, tudo se confunde na nossa cabeça. Deus quer nos dar essa graça, o dom de discernimento dos espíritos, que é resultado de nossas caminhada pela tenda da oração.
É preciso caminhar, progredir e perseverar nos grupos de oração, na Palavra de Deus, na docilidade e no trabalho do Senhor. Assim, vamos nos constituindo terreno cada vez mais próprio para a semeadura. Percebemos que uma palavra não vem de Deus, mas do maligno, quando ela nos faz mal, nos agride.
A falta de discernimento é própria dos iniciantes e dos imaturos. É claro que Deus nos salva nessas situações. Temos sido salvos por Ele, que quer nos dar, cada vez mais, o discernimento dos espíritos, a capacidade de perceber e de sentir em nós o que é de Deus e o que não é; o que vem do Espírito Santo e o que vem do mal.
Temos de ser cuidadosos quanto a isso: pois em nosso espírito humano se misturam o orgulho, a vaidade, o ciúme, a inveja, rivalidades e competições com os outros. Se não temos o discernimento dos espíritos, podemos pensar que vem de Deus algo que na verdade não vem. Trata-se apenas de orgulho e vaidade de minha parte, e eu engulo tudo como se fosse de Deus.
O senhor tem para nós esse grande dom, esse precioso dom que é o discernimento dos espíritos. Embora ele seja um dom, embora nos seja dado gratuitamente, é resultado, também, da nossa caminhada. Precisamos caminhar e amadurecer e o que nos amadurece é a perseverança, a oração, a Palavra de Deus e a docilidade. E com a maturidade vem também o discernimento dos espíritos.
Este PODCAST vai ajudar muito você:
Você pode orar agora: Senhor, Jesus, peço o discernimento dos espíritos. Preciso muito desse dom, para não confundir todas as coisas. Não quero saber de nada de mau, não quero saber confundir. Quero ser guiado, conduzido, orientado por ti. Dá-me, Senhor, o dom do discernimento dos espíritos. Amém! Peço para você a graça da caminhada, do crescimento, para que venha a trilhar o seu caminho com perseverança. Peço que, amadurecido, crescido e arraigado em Jesus, que você tenha todo discernimento, para poder servir ao Senhor cada vez melhor; como bom e prudente, a quem o Senhor pode confiar o que tem de mais precioso. Amém
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Vinde Espírito Santo!
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discípulado.
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OBRIGADO ESTE CONTEUDO ME TIROU AQUELA SEGUEIRA ESPIRITUAL QUE ME ATORMENTAVA , VALEU E MUITO A PAZ A TODOS
Docilidade e prudencia junto a minha paciência venho alcançando as minhas graças.Dentro do que é a vontade de Deus,por que se não for, não me fará feliz.É simples assim.A Paz do Senhor esteja conosco.Amém!!!!!