A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia. No inverno, se acendiam algumas velas que representavam ao “fogo do deus sol” com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. Partiam de seus próprios costumes para apresentar-lhes a fé. Assim, a coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:
É um círculo de folhagens verdes, sua forma simboliza a eternidade e sua cor representa a esperança e a vida… Neste Domingo iniciaremos o Tempo do Advento e o novo Ano Litúrgico, ano b, porque meditaremos o Evangelho de São Marcos.
Deus se faz presente na vida de todo ser humano e de todas as formas deixa-nos sentir seu amor e desejo de nos salvar. A palavra ADVENTO é de origem latina e quer dizer CHEGADA. É o tempo em que os cristãos se preparam para a vinda de Jesus Cristo. O tempo do advento abrange quatro semanas antes do Natal.
Atualmente há uma grande preocupação em reavivar este costume muito significativo e de grande ajuda para vivermos este tempo. A coroa ou a grinalda do Advento é o primeiro anúncio do Natal. É um círculo de folhagens verdes, sua forma simboliza a eternidade e sua cor representa a esperança e a vida. Vem entrelaçado por uma fita vermelha, símbolo tanto do amor de Deus por nós como também de nosso amor que aguarda com ansiedade o nascimento do Filho de Deus.
No centro do círculo se colocam as quatro velas para se acender uma a cada domingo do Advento. A luz das velas simboliza a nossa fé e nos leva a oração, elas simbolizam as quatro manifestações de Cristo:
1° Encarnação, Jesus Histórico;
2° Jesus nos pobres e necessitados;
3° Jesus nos Sacramentos;
4° Parusia: Segunda vinda de Jesus.
No Natal se pode adicionar uma quinta vela branca, até o término do tempo natalino e, se quisermos, podemos por a imagem do Menino Jesus junto à coroa: temos que nos atentar, porém, que o Natal é mais importante do que a espera do Advento.
Essa coroa é originária dos países nórdicos (países escandinavos, Alemanha), a qual contém raízes simbólicas universais: a luz como salvação, o verde como vida e o formato redondo como eternidade.
Simbolismos esses que se tornaram muito adequados ao mistério natalino cristão, e que por isso, adentraram facilmente nos países sulinos. Visto que se convertera rapidamente em mais um elemento de pedagogia cristã para expressarmos a espera de Jesus como Luz e Vida, em conjunto com outros símbolos, certamente mais importantes, como são as leituras bíblicas, os textos de oração e o repertório de cantos.
O comércio e o sistema deste mundo fazem questão de esquecer o verdadeiro sentido do Natal e nós podemos cair nessa, mas é possível dar presente e celebrar o verdadeiro sentido: O Menino Jesus é o nosso grande presente!
Sugestão: você pode fazer uma coroa do Advento em sua casa e celebrar com sua família à luz da nossa fé a chegada de Jesus Cristo nosso Salvador. E a cada Domingo ir acendendo as velas, convidando seus familiares para rezar.
Oração: Senhor Jesus celebrar o teu Natal é fazer da minha vida, da minha casa um lugar de eternidade e salvação. Que a Tua luz brilhe em cada coração. Acendendo cada vela desta coroa do Advento queremos acender a esperança, o amor, a fraternidade e a Salvação que é o grande presente que queremos dar a todos que amamos através do menino Jesus que vai nascer em nossa família.
Como você se preparar para celebrar esta grande festa do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo?
Clique em comentários e diga como você vive este tempo litúrgico?Natal feliz é Natal com Cristo!
O Ano Litúrgico começa com o primeiro Domingo do Advento, pois Deus se revela no tempo e na história. A Igreja pedagogicamente utiliza-se destes tempos para nos preparar para estas visitas de Deus, tempos fortes onde meditamos e vivemos características e princípios do Mistério da Salvação.
Quando você visita a Terra Santa principalmente a linda cidade de Belém a 10 km de Jerusalém, onde aconteceu o Mistério da encarnação, antes de entrar na Basílica da Natividade que foi construída sobre a gruta onde Jesus nasceu nos deparamos com a “Porta da Humildade”. É preciso curvar-se para adentrar no Mistério. Para entrar na Basílica, é preciso se curvar e passar por uma pequena entrada de 1,20 m de altura. Essa entrada chama-se Porta da Humildade. Vamos lembrar um pouco o porquê José e Maria, que estava grávida, tiveram que ir para Belém:
Naqueles dias, saiu um decreto do imperador Augusto mandando fazer o recenseamento de toda a terra — o primeiro recenseamento, feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade. Também José, que era da família e da descendência de Davi, subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, à cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Quando estavam ali, chegou o tempo do parto. Ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. (Cf. Lucas 2, 1-7).
A Palavra humildade vem do latim húmus, sempre perto do chão, da terra, aquele que não é elevado, não esta acima dos outros, não se ostenta ou que desceu a nossa condição. Os primeiros a viver o caminho e passar pela porta da humildade foram José e Maria e por excelência Jesus: “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens” (cf. Fl 2,6-7). É preciso curvar-se, fazer o exercício da humildade para entender como que um Deus tão grande quis salvar toda a humanidade nascendo em condições tão pobres e pequenas. Um Amor imenso se faz tão pequeno, assume toda nossa vida para que mergulhemos na grandeza do seu Mistério de salvação.
Esta é a função do Tempo Litúrgico do Advento passar pela Porta da Humildade para acolher o menino Jesus no Natal:
O Advento (do latim Adventus: “chegada”, do verbo Advenire: “chegar a”) é o primeiro tempo e inicio do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal.
O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado. Tempo de conversão e de uma feliz expectativa do Senhor que vem nascer em nosso coração em nossa vida. O Advento espera de nós, oração, recolhimento e acolhimento do Salvador que nos veio,vem e virá. Faça do seu coração essa manjedoura que acolherá o Menino Deus neste Natal.
O que venha a ser O Ano litúrgico? Ciclo anual através do qual a Igreja Católica comemora todo o mistério do Cristo, e que consta de: Tempo do Advento, Natal, Epifania, Tempo comum, Quaresma, Semana Santa, Páscoa, Tempo pascal, Pentecostes, Tempo comum novamente até encerrar-se o ciclo no primeiro domingo do Advento depois da solenidade de Cristo Rei do Universo.
O que diz a Igreja:«Ao celebrar anualmente a liturgia de Advento, a Igreja atualiza esta espera do Messias: participando da longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo de sua segunda Vinda. Celebrando o natal e o martírio do Precursor, a Igreja se une ao desejo de este: «É preciso que ele cresça e que eu diminua» (Jo 3, 30). » (Catecismo da Igreja Católica, # 524).
O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos. Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Ao serem aprofundados o texto litúrgico desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor, Jesus, que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15).
O Advento recorda também o Deus da Revelação. Aquele que é que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação, mas cuja consumação se cumprirá no “dia do Senhor”, no final dos tempos. O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da vida missionária de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para santificá-lo. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.
A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referência e fundamento, dispondo-nos a “perder” a vida em favor do anúncio e instalação do Reino. A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão. Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo, mas que só se consumará definitivamente na parusia (volta) do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é “Maranathá! Vem Senhor Jesus!”.
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc. O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que “preparemos o caminho do Senhor” nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
Escute na integra o PODCAST:
Como você vive este tempo de expectativa do Senhor que vem? Clique em comentários e deixe sua opinião seus pedidos de orações.
Ouviste ó Virgem, que vais conceber e dar à luz um filho, não por obra de homem – tu ouviste – mas do Espírito Santo. O Anjo espera tua resposta: já é tempo de voltar para Deus que o enviou. Também nós, Senhora, miseravelmente esmagados por uma sentença de condenação, esperamos tua palavra de misericórdia.
Eis que te é oferecido o preço de nossa salvação; se consentes, seremos livres. Todos fomos criados pelo Verbo eterno, mas caímos na morte; com uma breve resposta tua seremos recriados e novamente chamados à vida.
Ó Virgem cheia de bondade, o pobre Adão, expulso do paraíso com a sua mísera descendência, implora a tua resposta; Abraão a implora, Davi a implora. Os outros patriarcas, teus antepassados, que também habitam a região da sombra da morte, suplicam esta resposta. O mundo inteiro a espera, prostrado aos teus pés.
E não é sem razão, pois de tua palavra depende o alívio dos infelizes, a redenção dos cativos, a liberdade dos condenados, enfim, a salvação de todos os filhos de Adão, de toda a tua raça.
Apressa-te, ó Virgem, em dar a tua resposta; responde sem demora ao Anjo, ou melhor, responde ao Senhor por meio do Anjo. Pronuncia uma palavra e recebe a Palavra; profere a tua palavra e concebe a Palavra de Deus; dize uma palavra passageira e abraça a Palavra eterna.
Por que demoras? Por que hesitas? Crê, consente, recebe. Que tua humildade se encha de coragem, tua modéstia de confiança. De modo algum convém que tua simplicidade virginal esqueça a prudência. Neste encontro único, porém, Virgem prudente, não temas a presunção. Pois, se tua modéstia no silêncio foi agradável a Deus, mais necessário é agora mostrar tua piedade pela palavra.
Abre ó Virgem santa, teu coração à fé, teus lábios ao consentimento, teu seio ao Criador. Eis que o Desejado de todas as nações bate à tua porta. Ah! Se tardas e ele passa, começarás novamente a procurar com lágrimas aquele que teu coração ama! Levanta-te, corre, abre. Levanta-te pela fé, corre pela entrega a Deus, abre pelo consentimento. Eis aqui, diz a Virgem, a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra (cf. Lc 1,38).
São Bernardo, abade e doutor da Igreja, séc. XII.
(Das Homilias em louvor da Virgem Mãe, Hom. 4,8-9: Opera omnia, Edit. Cisterc. 4 [1966], 53-54).
Lembra da matéria Você conhece os personagens do Advento?Clique aqui e leia novamente e veja o papel desta Mulher extraordinária que foi e é Maria de Nazaré, seu sim mudou a história da humanidade abriu as portas da Salvação para todos os homens de boa vontade. Que a Virgem Maria nos ensine a ser dóceis e obedientes aos planos de Deus: “faça-se em mim segundo a tua Vontade!”.
Prefácio do Advento II-A (Maria, a nova Eva).
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Nós vos louvamos, bendizemos e glorificamos pelo mistério da virgem Maria, mãe de Deus. Do antigo adversário nos veio à desgraça, mas do seio virginal da Filha de Sião germinou aquele que nos alimenta com o pão do céu e garante para todo o gênero humano a salvação e a paz. Em Maria, é-nos dada de novo a graça que por Eva tínhamos perdido. Em Maria, mãe de todos os seres humanos, a maternidade, livre do pecado e da morte, se abre para uma nova vida. Se grande era a nossa culpa, bem maior se apresenta à divina misericórdia em Jesus Cristo, nosso salvador. Por isso, enquanto esperamos sua chegada, unidos aos anjos e a todos os santos, cheios de esperança e alegria, nós vos louvamos, cantando (dizendo) a uma só voz…
A vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezais as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos ó Virgem gloriosa e bendita.
Clique em comentários e abra também o seu coração a vontade de Deus.
Oração: Senhor Deus, ao anuncio do Anjo, a Virgem Imaculada acolheu vosso Verbo inefável e, como habitação da divindade, foi inundada pela luz do Espírito Santo. Concedei que ao seu exemplo, abracemos humildemente a vossa vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém
Eu recomendo como uma leitura para refletir e rezar e se preparar para fazer uma boa confissão antes do Natal, limpar a “casa”, preparar a manjedoura do coração para o Menino Deus nascer. Trazer a luz que é Jesus para dentro de nós e iluminar com a Verdade e o Amor todos os cantos de nossa vida. Como nós preparamos a nossa casa, a àrvore de natal e as cidades se enfeitam se enchem de luzes grandes e pequenas. Eu lembro com saudade da àrvore de galhos secos cobertos de algodão e bolas vermelhas e o presépio que minha irmã do meio fazia em nossa casa. Eu preciso me preparar para o Senhor que vem ao nosso encontro, preciso fazer uma “limpeza”, o pecado seria grande se eu não acolhesse ou não soubesse acolher a Sagrada Família. Veja o que o Papa Bento XVI disse no dia da Imaculada Conceição em seu discurso de veneração:
“A única traição de que a Igreja pode e deve ter temor é o pecado de seus membros.Enquanto, de fato, Maria é Imaculada, livre de toda a mácula de pecado, a Igreja é santa, mas, ao mesmo tempo, marcada pelos nossos pecados. Por isso, o Povo de Deus, peregrino no tempo, dirige-se à sua Mãe celeste e pede o seu auxílio; pede-o para que Ela acompanhe o caminho de fé, para que encoraje o empenho de vida cristã e para que seja sustento de esperança”.
Neste especial Tempo de graça, Maria Santíssima, Ícone e Modelo da Igreja, deseja introduzir-nos naquela que é a constante atitude do seu Coração Imaculado: a vigilância.
De fato, é na vigilância orante que a Virgem constantemente viveu. Na vigilância recebeu o Anúncio que transformou a história da humanidade. Na vigilância guardou e contemplou mais do que qualquer outro, o Altíssimo que se fazia seu Filho. Na vigilância, informada por um amoroso e grato estupor, deu à luz a própria Luz e, juntamente com São José, fez-se discípula Daquele que dela nasceu. Adorado pelos pastores e sábios, acolhido com exultação pelo velho Simeão e pela profetiza Ana, temido pelos doutores do templo, amado e seguido pelos discípulos, hostilizado e condenado pelo Seu povo. Na vigilância do seu Coração materno, seguiu a Cristo Jesus até a Cruz, onde, na imensa dor do seu coração traspassado, acolheu-nos a todos como seus novos filhos. Na vigilância esperou com firmeza a Ressurreição e foi assunta aos Céus.
Caríssimos amigos, Cristo guarda incessantemente a sua Igreja e a cada um de nós! A Santíssima Mãe de Jesus e nossa é constantemente vigilante e nos guarda! A atitude de vigilância à qual o Senhor nos chama é aquela apaixonada observação do real, que nos conduz a duas direções fundamentais: a memória do nosso encontro com Cristo e do grande mistério de sermos Seus escolhidos, e a abertura à “categoria da possibilidade”. Você já teve seu encontro pessoal com Cristo?
De fato, a Virgem Maria “fazia memória”, ou seja, continuamente revivia no seu coração, o quanto Deus operou no seu ser e, na certeza desta realidade, vivia o ministério de ser Mãe do Altíssimo. O Coração Imaculado de Maria era constantemente disponível e aberto ao “possível”, a concretização da amorosa Vontade de Deus nas circunstâncias quotidianas e nas mais inesperadas. Também hoje, do Céu, a Virgem Maria guarda-nos na memória viva de Cristo e nos abre de par em par à possibilidade da divina Misericórdia.
Queridos irmãos, peçamos a Ela que nos dê um coração que seja capaz de reviver o Advento de Cristo na nossa própria vida, que seja capaz de contemplar o modo em que o Filho de Deus, no dia do nosso Batismo, (do nosso sim), de forma radical e definitiva, marcou toda a nossa existência, imergindo-a no Seu Coração sacerdotal, e como Ele nos renova quotidianamente, na Celebração Eucarística, transfiguração da nossa vida no Advento de Cristo pela humanidade.
Enfim, peçamos um coração atento e capaz de reconhecer os sinais do Advento de Jesus na vida de cada homem e, de modo particular, na vida dos jovens a nós confiados: os sinais daquele especialíssimo Advento, que é a Vocação a santidade. A Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos obtenha àqueles que lhe pedem humildemente, a paternidade sacerdotal necessária para acompanhar os jovens no alegre e entusiasmante seguimento de Cristo.
No “sim” da Anunciação somos encorajados à coerência com o “sim” da nossa vocação. Na visita a Santa Isabel somos chamados a viver a intimidade divina para levar a presença aos demais e para traduzi-la num jubiloso serviço sem limites de tempo e de lugar. Ao contemplar a Santíssima Mãe que envolve em faixas o Menino Jesus, e O adora, aprendemos a tratar com inefável amor a Santíssima Eucaristia. Ao “guardar tudo no próprio coração”, aprendemos de Maria a dirigirmo-nos ao Único necessário.
Mensagem do Prefeito da Congregação para o Clero O Cardeal Mauro Piacenza por ocasião do Advento de 2011
Quando você visitar um dia à Terra Santa, principalmente a linda cidade de Belém a 10 km de Jerusalém, onde aconteceu o Mistério da encarnação, antes de entrar na Basílica da Natividade que foi construída sobre a gruta onde Jesus nasceu nos deparamos com a “Porta da Humildade”. É preciso curvar-se para adentrar no Mistério. Para entrar na Basílica, é preciso se curvar e passar por uma pequena entrada de 1,20 m de altura. Essa entrada chama-se Porta da Humildade. Vamos lembrar um pouco o porquê José e Maria, que estava grávida, tiveram que ir para Belém:
Palavra de Deus:Naqueles dias, saiu um decreto do imperador Augusto mandando fazer o recenseamento de toda a terra — o primeiro recenseamento, feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade. Também José, que era da família e da descendência de Davi, subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, à cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Quando estavam ali, chegou o tempo do parto. Ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. (Cf. Lucas 2, 1-7).
A Palavra humildade vem do latim húmus, sempre perto do chão, da terra, aquele que não é elevado, não esta acima dos outros, não se ostenta ou que desceu a nossa condição. Os primeiros a viver o caminho e passar pela porta da humildade foram José e Maria e por excelência Jesus: “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens” (cf. Fl 2,6-7). É preciso curvar-se, fazer o exercício da humildade para entender como que um Deus tão grande quis salvar toda a humanidade nascendo em condições tão pobres e pequenas. Um Amor imenso se faz tão pequeno, assume toda nossa vida para que mergulhemos na grandeza do seu Mistério de salvação.
Atitudes concretas deste retiro: faça um bom exame de consciência e busque a confissão; dê o passo para viver reconciliado com todos, busque e dê o perdão; lembre-se neste tempo de grande consumismo que existem pessoas que não terão ceia de Natal e muito menos presentes; outras pessoas em asilos e hospitais precisam do presente de uma visita que leve Jesus para elas; seja o papai Noel para alguém que jamais esperaria ganhar algo de você. Expresse a sua fé, anuncie com a vida e com palavras que Deus conosco, Jesus nasceu para nos salvar.
E não esqueça de levar para sua festa, sua ceia de Natal o aniversariante, reze, junte sua família ao redor do Deus menino. Vá a Missa do Galo ou a Santa Missa de Natal no dia 25.
Oração: Ó Deus onipotente dai ao vosso povo esperar vigilante a chegada do vosso Filho, para que, instruídos pelo próprio Salvador, corramos ao seu encontro com nossas lâmpadas acesas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
João era a voz, mas o Senhor, no princípio, era a Palavra (Jo 1,1). João era a voz passageira, Cristo, a Palavra eterna desde o princípio. Suprimi a palavra, o que se torna a voz? Esvaziada de sentido, é apenas um ruído. A voz sem palavras ressoa ao ouvido, mas não alimenta o coração.
Entretanto, mesmo quando se trata de alimentar nossos corações, vejamos a ordem das coisas. Se penso no que vou dizer, a palavra já está em meu coração. Se quero, porém, falar contigo, procuro o modo de fazer chegar ao teu coração o que já está no meu.
Procurando então como fazer chegar a ti e penetrar em teu coração o que já está no meu, recorro à voz e por ela falo contigo. O som da voz te faz entender a palavra; e quando te fez entendê-la, esse som desaparece, mas a palavra que ele te transmitiu permanece em teu coração, sem haver deixado o meu.
Não te parece que esse som, depois de haver transmitido minha palavra, está dizendo: É necessário que ele cresça e eu diminua? (Jo 3,30). A voz ressoou, cumprindo sua função, e desapareceu, como se dissesse: Esta é a minha alegria, e ela é completa (Jo 3,29). Guardemos a palavra; não percamos a palavra concebida em nosso íntimo.
Queres ver como a voz passa e a palavra divina permanece? Que foi feito do batismo de João? Cumpriu sua missão e desapareceu; agora é o batismo de Cristo que está em vigor. Todos cremos em Cristo e esperamos dele a salvação: foi o que a voz anunciou.
Justamente porque é difícil não confundir a voz com a palavra, julgaram que João era o Cristo. Confundiram a voz com a palavra. Mas a voz reconheceu o que era para não prejudicar a palavra. Eu não sou o Cristo (Jo 1,20), disse João, nem Elias nem o Profeta. Perguntaram-lhe então: Quem és tu? Eu sou, respondeu ele, a voz que grita no deserto: “Aplainai o caminho do Senhor” (Jo 1,19. 23). É a voz do que grita no deserto, do que rompe o silêncio. Aplainai o caminho do Senhor, como se dissesse: “Sou a voz que se faz ouvir apenas para levar o Senhor aos vossos corações. Mas ele não se dignará vir aonde o quero levar, se não preparardes o caminho”.
O que significa: Aplainai o caminho, senão: Orai como se deve orar? O que significa ainda: Aplainai o caminho senão: Tende pensamentos humildes? Imitai o exemplo de João. Julgam que é o Cristo e ele diz não ser aquele que julgam; não se aproveita do erro alheio para uma afirmação pessoal. Se tivesse dito: “Eu sou o Cristo”, facilmente teriam acreditado nele, pois já era considerado como tal antes que o dissesse. Mas não disse; pelo contrário, reconheceu o que era, disse o que não era, foi humilde. Viu de onde lhe vinha à salvação; compreendeu que era uma lâmpada e temeu que o vento do orgulho pudesse apagá-la.
Santo Agostinho,bispo e doutor da Igreja, Séc. IV -V
(Sermão 293, 3: Patrologia Latina. 38 1328-1329).
Prefácio do Advento II (A dupla espera de Cristo)
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela virgem Maria, Jesus foi anunciado e mostrado presente no mundo por são João Batista. O próprio Senhor nos dá a alegria de entrarmos agora no mistério do seu Natal, para que sua chegada nos encontre vigilantes na oração e celebrando os seus louvores. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz…
O Tempo do Advento nos chama a conversão, a mudança de vida, rever as nossas posturas principalmente como me preparo pra encontrar o Senhor que veio que vem e virá. Hoje eu quero ter um encontro com Deus e você?
Oração: Senhor quero me encontrar contigo. Durante este dia desperta o meu coração para esta vigilante expectativa, pois o Senhor pode chegar a qualquer hora, que eu não esteja distraído mesmo tendo que fazer muitas coisas, que eu não esteja despreparado. O meu coração esta alimentado por esta alegre e viva esperança do Senhor que vem. Trago comigo muitas pessoas e situações que quero te apresentar, te entregar e principalmente minha pessoa, minha vida: Vem Senhor Jesus!
Clique em comentários e faça sua oração, como você vive este tempo de espera do Senhor?
Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da Salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia. Por N.S.J.C.
O Grito que foi ouvido no deserto, na verdade é a Palavra, João é a voz Jesus é a Palavra. Palavra encarnada que nos vem libertar de toda prisão, escravidão, do pecado e da morte. O deserto pode ser o lugar muito temido, pouco conhecido, cheio de perigos e também de graças, mas quem faz uma verdadeira experiência no Deserto encontra, ouve, mata sua sede, revigora suas forças. Eu costumo dizer quando as coisas estão muito difíceis: “O deserto vai florir!” Nele esta cheio de vida que não se vê, basta uma chuvarada e ele se enche de verde, de flores. Porque o deserto é o lugar do encontro com Deus, consigo mesmo, onde Jesus venceu o demônio pelo poder da Palavra e da oração (cf. Mt 4, 1-11). E o homem vence a si mesmo. Preste atenção se você esta vivendo um “deserto”. Este é o lugar da manifestação de Deus e da vitória do homem.
Uma voz clama no deserto: “Preparai o caminho do Senhor, aplainai a estrada de nosso Deus” (Is. 40,3). O profeta afirma claramente que não será em Jerusalém, mas no deserto que se realizará esta profecia, isto é, a manifestação da glória do Senhor e o anúncio da salvação de Deus para toda a humanidade.
Na verdade, tudo isto se realizou literalmente na história, quando João Batista anunciou no deserto do Jordão a vinda salvífica de Deus e ali se revelou a salvação de Deus. De fato, Cristo manifestou-se a todos em sua glória quando, depois de seu batismo, os céus se abriram e o Espírito Santo, descendo em forma de pomba, pousou sobre ele; e a voz do Pai se fez ouvir dando testemunho do Filho: “Este; é o meu Filho amado, escutai-O” (Mt. 17,5).
Estas coisas foram ditas por que Deus deveria vir ao deserto, desde sempre fechado e inacessível. Com efeito, todas as nações pagãs estavam privadas do conhecimento de Deus, e os homens justos e os profetas de Deus nunca haviam penetrado nelas.
Por este motivo, a voz ordena que se prepare um caminho para a Palavra de Deus e se aplainem os terrenos escarpados e ásperos, a fim de que nosso Deus possa entrar quando vier. Preparai o caminho do Senhor (Mc. 1,3) é esta a pregação evangélica que traz um novo consolo e deseja ardentemente que o anúncio da salvação de Deus chegue a todos os homens.
Sobe a um alto monte, tu que trazes a boa-nova a Sião. Levanta com força a voz, tu, que trazes a boa-nova a Jerusalém (Is. 40, 9). Depois que sem mencionou a voz que clama no deserto, convêm perfeitamente estas palavras, que se referem aos evangelistas e anunciam a vinda de Deus entre os homens. De fato, a alusão aos evangelistas devia logicamente seguir a profecia sobre João Batista.
Que Sião é esta, senão a que antes se chamava Jerusalém? Era realmente um monte, como declara esta palavra da Escritura: O monte Sião que escolhestes para morada (Sl 73,2). E o Apóstolo: Vós vos aproximastes do monte de Sião (Hb 12,22). Não será uma alusão ao grupo dos apóstolos, escolhidos entro o antigo povo da circuncisão?
Tal é, pois, Sião ou Jerusalém, que recebeu a salvação de Deus, e que foi edificada sobre o monte de Deus, isto é, sobro o Verbo, seu Filho único. A ela, que subiu ao alto monte, é que Deus ordena anunciar a palavra da salvação. Mas quem anuncia a boa-nova, senão o coro dos evangelistas? E o que significa anunciar a boa-nova? É proclamar a todos os homens, e em primeiro lugar às cidades de Judá, a vinda de Cristo à terra.
Dos Comentários sobre o Profeta Isaias, de Eusébio de Cesaréia, bispo séc. IV.
Neste II Domingo do Advento nos foi apresentado um personagem fascinante, “Uma Voz”, um Profeta, o maior, anunciou e testemunhou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”: João Batista o profeta do Advento. A Igreja é essa Voz e esse Profeta no mundo, unem em sua missão corpo e voz, sendo em Cristo sinal de salvação. Recebemos de João Batista e da Igreja a missão de anunciar e preparar a vinda do Senhor. Seja para nós motivo de arrependimento, conversão, libertação e alegria do Senhor que Vem. A “voz que clama” nos liberta de todo deserto, situação de morte, desespero e nos aponta a libertação, O salvador Jesus Deus conosco.
Prefácio do Advento II (A dupla espera de Cristo):
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela virgem Maria, Jesus foi anunciado e mostrado presente no mundo por são João Batista. O próprio Senhor nos dá a alegria de entrarmos agora no mistério do seu Natal, para que sua chegada nos encontre vigilantes na oração e celebrando os seus louvores. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz…
Escute o Podcast:O Advento e a “Porta da Humildade”.
Oração:Ó Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia, nós vos pedimos que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do vosso Filho, mas, instruídos pela vossa sabedoria, participemos da plenitude de sua vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém
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Preparemos O caminho do Senhor eis a nossa tarefa dada pelo Profeta do Advento!
Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas esta, não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que viram-no e não o quiseram receber. Na última, todo homem verá a salvação de Deus (Lc 3,6) e olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o vêem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória.
Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação.
Mas, para que ninguém pense que é pura invenção o que dissemos sobre esta vinda intermediária, ouvi o próprio Senhor: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele (cf. Jo 14,23). Lê-se também noutro lugar: Quem teme a Deus, faz o bem (Eclo 15,1). Mas vejo que se diz algo mais sobre o que ama a Deus, porque guardará suas palavras. Onde devem ser guardadas? Sem dúvida alguma no coração, como diz o profeta: Conservei no coração vossas palavras, a fim de que eu não peque contra vós (Sl 118,11).
Guarda, pois, a palavra de Deus, porque são felizes os que a guardam; guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo de tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e tua alma se deleitará na fartura. Não esqueças de comer o teu pão para que teu coração não desfaleça, mas que tua alma se sacie com este alimento saboroso.
Se assim guardares a palavra de Deus, certamente ela te guardará. Virá a ti o Filho em companhia do Pai, virá o grande Profeta que renovará Jerusalém e fará novas todas as coisas. Graças a essa vinda, como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste (1Cor 15,49). Assim como o primeiro Adão contagiou toda a humanidade e atingiu o homem todo, assim agora é preciso que Cristo seja o senhor do homem todo, porque ele o criou, redimiu e o glorificará.
Dos Sermões de São Bernardo, abade
(Sermo 5 in Adventu Domini, 1-3: Opera omnia, Edit. cisterc. 4 [1966], 188-190) (Séc. XII).
O Senhor vem com força e poder Visitar com a paz o seu povo e lhe dar uma vida sem fim. Nosso Deus, com poder, vem a nós. Visitar com a paz o seu povo e lhe dar uma vida sem fim. Cf. Sl 28(29), 11; Is 40,10
Como você tem vivido este tempo do Advento em preparação para a vinda do Senhor?
Oração:Senhor Deus, preparai os nossos corações com a força da vossa graça, para que, ao chegar o Cristo, vosso Filho, nos encontre dignos do banquete da vida eterna e ele mesmo nos sirva o alimento celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Todo tempo litúrgico é rico em figuras e símbolos para nos ajudar a celebrar o Mistério de Cristo em nossas vidas, não poderia ser diferente no Advento. Personagens bíblicos que no decorrer das quatro semanas nos acompanharão e nos revelarão como deve ser a nossa expectativa, vigilância e conversão para a chagada de Jesus que vem! Vamos conhecer?
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ISAIAS
É o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 – 55 (Livro da Consolação) anunciam a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim, os exilados. As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos.
JOÃO BATISTA
É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, “mais que um profeta”, “o maior entre os que nasceram de mulher”, o mensageiro que veio diante d’Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (conf. Lc 7, 26 – 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s). A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta-lO como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento; por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.
João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profecias do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.
MARIA
Não há melhor maneira de se viver o Advento que unindo-se a Maria como mãe, grávida de Jesus, esperando o seu nascimento. Assim como Deus precisou do sim de Maria, hoje, Ele também precisa do nosso sim para poder nascer e se manifestar no mundo; assim como Maria se “preparou” para o nascimento de Jesus, a começar pele renúncia e mudança de seus planos pessoais para sua vida inteira, nós precisamos nos preparar para vivenciar o Seu nascimento em nós mesmos e no mundo, também numa disposição de “Faça-se em mim segundo a sua Palavra” (Lc 1, 38), permitindo uma conversão do nosso modo de pensar, da nossa mentalidade, do nosso modo de viver, agir etc. Em Maria encontramos a realização da expectativa messiânica de todo o Antigo Testamento.
JOSÉ
Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de “Filho de Davi”. José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.
Clique em comentários e responda: Você conhecia os personagens do advento?
Estes santos personagens vão caminhar conosco nos preparando para o natal de Jesus. Com os Profetas Isaias e João batista nós pedimos a Deus Pai a graça de nunca perder a esperança, a fé nas promessas de Deus. Com Maria e São José queremos aprender a acolher a Vontade de Deus em nossa vida e dar o nosso sim ao Seu plano de Salvação.
Existem outros personagens bíblicos, como os pastores, que avisados pelos anjos são os primeiros depois de José e Maria a ver o menino Jesus: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do seu agrado!” Quando os anjos se afastaram deles, para o céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém, para ver a realização desta palavra que o Senhor nos deu a conhecer”. Os reis magos que vindo de longe oferecem ao Menino Deus seus presentes e sua Adoração: “Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra”. Essa deve ser a atitude nossa neste tempo para quando Jesus chegar possamos adorá-lo de todo o nosso coração.
Oração:Imploramos ó Deus, a vossa clemência, ao recordar cada ano o mistério pascal que renova a dignidade humana, e nos traz a esperança da ressurreição: concedei-nos acolher sempre com amor o que celebramos com fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.