Archive for the ‘Atualidade’ Category

Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8,9)

sexta-feira, fevereiro 7th, 2014

 Mensagem do Papa Francisco para Quaresma 2014Mensagem do papa para Quaresma 2014

Queridos irmãos e irmãs!

Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: « Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza » (2 Cor 8,9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?

1. A graça de Cristo

Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: « sendo rico, Se fez pobre por vós ». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, « esvaziou-Se », para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2,7; Heb 4,15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez connosco. Na realidade, Jesus « trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado » (ConC. ECum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).

A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – « para vos enriquecer com a sua pobreza ». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Baptista para O baptizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a « insondável riqueza de Cristo » (Ef 3,8), « herdeiro de todas as coisas » (Heb 1,2).

Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10,25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu « jugo suave » (cf. Mt 11,30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua « rica pobreza » e « pobre riqueza », a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf. Rm 8,29).

Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

2. O nosso testemunho

Poderíamos pensar que este « caminho » da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d’Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.

À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.

Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.

O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.

Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.

Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser « tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo » (2 Cor 6,10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

Vaticano, 26 de Dezembro de 2013

Festa de Santo Estêvão, diácono e protomártir

FRANCISCUS

 

Inverno, tempo de crescer as raízes!

segunda-feira, junho 17th, 2013

O inverno esta as portas e as amendoeiras de minha casa já forram o chão com as suas folhas secas e avermelhadas. Ela vai perder folha por folha até ficar totalmente vazia, seca e aparentemente morta, somente vão ficar os galhos, o tronco e a raiz. Todo dia, ou varias vezes por dia, temos que varrer as folhas secas da amendoeira. Não posso deixar de notar que ela insiste em dar alguns frutos, que também caem como que pecos. Justamente no inverno ela fica “nua”, vejo em meio ao feio e a sujeira de suas folhas a vontade de renovar-se, de jogar fora o velho, o que já passou o que não me serve mais. O desejo de libertar-se, de experimentar o novo, mesmo sofrendo o frio, mas sem medo de perder. O Inverno iniciará às 02h04 do dia 21 de junho de 2013, fonte CPTEC INPI.

É necessário, e ela não briga contra esse fenômeno natural, pois sabe que é preciso o inverno pra chegar à primavera e ao verão. Na natureza o inverno é tempo de renovar a seiva, de firmar e crescer as raízes, que não se veem, porque estão escondidas na profundidade da terra. O que ela tem de mais precioso se sujeita a estar enterrado. Inverno é tempo de espera, de podar os excessos, de matar as pragas, de alimentar-se com o que esta dentro. Tempo em que as árvores e plantas revelam o belo do feio, a coragem de perder para poder florir e dar frutos depois no seu devido tempo. A natureza exercita a paciência, tempo em que o que cresce é aquilo que não se vê: as raízes.

No inverno também as águias americanas mais velhas procuram o cume da montanha mais alta, para poder se desfazer de suas penas, de suas garras e até de seu bico. O cume da montanha a mantém livre dos predadores, justamente no tempo onde ela não tem nenhuma defesa, e sem o seu bico ela vai viver das reservas de energia que acumulou no verão. Como podemos ver a natureza não é tão cruel como se pensa, a águia precisa passar por tudo isso para sobreviver mais uns trinta anos e poder perpetuar a espécie com águias mais resistentes. Tempo em que os animais perdem a pele, como as cobras, tempo em que os ursos hibernam e dormindo vive de suas gorduras, a natureza foi feita para sofrer mudanças. Neste tempo se renovam todas as coisas, para que surja a primavera com os dias claros e coloridos pelas flores. Foi preciso passar por dias escuros e frios do inverno, para experimentar os dias claros e floridos da primavera e do verão. Não acontece exatamente assim na nossa vida?

Perder não é fácil, mudar não é da noite para o dia, é preciso coragem para encarar os dias frios e secos de nossa vida, dias de dor, de sofrimentos, de incompreensão, onde se manifestam as nossas fraquezas, dias de jogar fora o que é velho, seco e vazio, aquilo que não me serve mais e eu temo em segurar. É preciso aprender com a natureza, ela nos ensina a entender o nosso processo, a nossa mudança, o crescimento, para chegar à maturidade. Tempo de crescer as raízes, de alargar as fronteiras, de saber esperar, de respeitar o processo do outro, de varrer as folhas, de renovar por dento para florir e dar frutos no tempo certo por fora.

Em primeiro lugar é preciso aceitar o inverno, o frio, a chuva, a poda, como um processo natural de crescimento e maturidade preparando- se para ele. Quem não sabe passar por isso, não conseguirá ver a beleza das cores da primavera, pois nela estão à prova da capacidade de fazer novas todas as coisas. Na natureza só existe uma vez por ano a estação do inverno, em nossas vidas há muitos invernos por ano, mas também a capacidade de ter muitas primaveras e muitos verões. É tempo de crescer, de renovar-se, de abandonar o homem velho, de perder as folhas secas do egoísmo, dos pecados, dos medos, dos ressentimentos, da solidão e do fechamento em si mesmo. A natureza não tem medo do novo, pois ela sobrevive de mudanças.

Bela estação, tempo de se expor como a amendoeira e de elevar-se como a águia. Nós fomos feitos para crescer, para florir e para dar muitos bons frutos, mas não existe maturidade sem crescimento, sem escolhas e perdas, crescer por dentro. E o inverno que você possa estar vivendo é tempo de crescer muitas vezes sem que ninguém perceba, que por detrás da dor e do sofrimento da mudança está surgindo uma nova pessoa. Bom inverno para você!

A nossa vida se assemelha muito com as quatro estações do ano, é preciso colher o melhor de cada fase de nossa breve e intensa vida.

Qual estação você esta vivendo hoje? Comente e deixe seus pedidos de orações

Padre Luizinho, Comunidade Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discípulado.

twitter.com/padreluizinho
http://facebooc.com/padreluizinho

A Verdadeira História de Corpus Christi

quarta-feira, maio 29th, 2013

Esta semana nos convida a viver com mais intensidade o Mistério da Eucaristia, que é fonte e cume de nossa vida, de nossa espiritualidade. Esta pedagogia da liturgia da Igreja nos ensina a abraçar o mistério de nossa fé, depois de vivermos a tempos atrás o Mistério de Jesus na sua paixão, morte e ressurreição, celebramos a semana retrasada a Festa de Pentecostes e Domingo passado A Santíssima Trindade e na próxima quinta-feira 30 de Maio O Mistério de Corpus Chisti,  Cristo total e realmente presente em Corpo, sangue, alma e Divindade na Eucaristia.

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. Aconteceu, porém, que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.

O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. A ‘Fête Dieu’ (Festa de Deus) começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.

O ofício foi composto por São Tomás de Aquino o qual, por amor à tradição litúrgica, serviu-se em parte de Antífonas, Lições e Responsórios já em uso em algumas Igrejas. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.

A Eucaristia é um dos sete Sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu corpo… isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim” (Cf. Lc 22,19-20). Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o Domingo da Santíssima Trindade.

No Brasil

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.

A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

“Aquele que come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,55).

Oremos: Na festa do Teu corpo e sangue
dá-nos Senhor a
certeza da Tua presença
Nos dons eucarísticos!
Na festa da vida,
Que deve ser cada eucaristia,
Ensina-nos Senhor
A comunhão com os irmãos,
Radicada na unidade sacramental.
Ensina-nos que nunca é compreensível
Celebrar o gesto que significa
Sacrifício e dom da vida,
União com Cristo e com os irmãos
E fomentar divisões,
Cultivar discórdias e manter desigualdades!
Impele-nos a viver cada eucaristia
Como atores comprometidos
Convictos da Tua presença
E não como simples espectadores!

Deixe em nossos comentários os seus pedidos de orações, eu vou rezar por você.

Minha benção Fraterna.

Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
twitter.com/padreluizinho

O Papa convidou-nos a um profundo exame de consciência.

terça-feira, fevereiro 12th, 2013

O Senhor concedeu-me fazer uma homilia muito lúcida e cheia de fé no encerramento do retiro de Carnaval, que vivemos estes dias em nossa casa de Lavrinhas. Meditando sobre este tempo histórico que nós estamos vivendo, tempo propicio para interceder pela Igreja com um grande e verdadeiro Exame de Consciência. Iniciando a Quaresma, tempo forte de oração intensa, jejum e penitência. Não somente reduzindo os alimentos, mas, sobretudo abstendo-se do pecado.

Meditando a Liturgia Diária e a carta do Cardeal Ângelo Sodano. Escute este Podcast e reze. Viva intensamente este tempo forte da Quaresma em preparação para a Páscoa e para sucessão de Bento XVI. O Papa nos convidou a uma visita profunda e exame de nossa consciência.

A Igreja sempre foi e será conduzida pelo Espírito Santo e pelo seu Sumo e eterno Pastor Nosso Senhor Jesus Cristo.

Estamos convosco, Santo Padre. A vossa bênção!

Escute o PODCAST:

Padre Luizinho, Comunidade Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formasdor no Pré-discipulado.

"Ainda teremos oportunidades para vos expressar melhor os nossos sentimentos"

segunda-feira, fevereiro 11th, 2013

Para mim, estas palavras do Cardeal Ângelo Sodano e do meu Pai fundador, Monsenhor Jonas Abib, encorajam-me a trilhar neste Ano da Fé aquela certeza: Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. (cf. Mateus 16, 18-19).

A Igreja sempre foi e será conduzida pelo Espírito Santo e pelo seu Sumo e eterno Pastor Nosso Senhor Jesus Cristo.

Estamos convosco, Santo Padre. A vossa bênção!

CIDADE DO VATICANO, 11 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) – Apresentamos as palavras do Cardeal Ângelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício, após a declaração de Bento XVI.

Ouvimos a declaração de Vossa Santidade atônitos, quase incrédulos. Sentimos nas vossas palavras o grande afeto que sempre tivestes pela Santa Igreja de Deus, por esta Igreja que tanto amais. Permiti-me dizer-vos, em nome deste cenáculo apostólico, o colégio cardinalício, em nome destes vossos caros colaboradores, que nós estamos ao vosso lado, como estivemos durante esses oito anos luminosos do vosso pontificado.

Em 19 de abril de 2005, se bem me lembro, no fim do conclave, eu vos perguntei com voz trêmula: “Aceitais a vossa eleição canônica a Sumo Pontífice?”, e não tardastes a responder, ainda com trepidação, que aceitáveis, confiando na graça de Nosso Senhor e na intercessão materna de Maria, Mãe da Igreja.

Como Maria, destes naquele dia o vosso “sim” e começastes o vosso luminoso pontificado na estela da continuidade, daquela continuidade de que tanto nos falastes na história da Igreja, na estela da continuidade dos vossos 265 predecessores na Cátedra de Pedro, no curso de dois mil anos de história, do apóstolo Pedro, o pescador humilde da Galiléia, até os grandes papas do século passado, de São Pio X ao beato João Paulo II.

Santo Padre, antes do próximo dia 28 de fevereiro, como dissestes, antes do dia em que desejais inscrever a palavra “fim” neste vosso serviço pontifical, feito com tanto amor, com tanta humildade, antes daquele 28 de fevereiro ainda teremos oportunidades para vos expressar melhor os nossos sentimentos. Assim farão os muitos pastores e fiéis espalhados pelo mundo, os muitos homens de boa vontade, junto com as autoridades de muitos países. Ainda neste mês, teremos a alegria de ouvir a vossa voz de pastor nesta quarta-feira de cinzas, na quinta-feira com o clero de Roma, no ângelus dos próximos domingos, nas audiências das quartas-feiras; serão muitas ocasiões ainda para ouvirmos a vossa voz paterna.

A vossa missão, porém, continuará: dissestes que estareis sempre próximo, com o vosso testemunho e com a vossa oração. As estrelas no céu continuam sempre a brilhar; assim, brilhará sempre em meio a nós a estrela do vosso pontificado. Estamos convosco, Santo Padre. A vossa bênção!

NOTA DO MONSENHOR JONAS ABIB, FUNDADOR DA COMUNIDADE CANÇÃO NOVA, SOBRE A RENÚNCIA DO PAPA BENTO XVI

A Comunidade Canção Nova recebe a notícia da renúncia do Papa Bento XVI com serenidade e espírito de Fé, certos de que nada escapa à Providência Divina, de que “nada pode nos separar do amor de Cristo”.

Ao mesmo tempo que agradecemos a Deus pelo dom dos oito anos do Pontificado de Bento XVI, já nos colocamos em oração pela nossa Igreja, para que o Espírito Santo a assista neste importante momento. Intercessão que, por graça, por estarmos reunidos no tradicional Acampamento, nos dias de Carnaval, já acontece de imediato. A nossa atitude é de contínua oração pelo Papa Bento XVI e pela Igreja.

Oração do Cristão Folião

sexta-feira, fevereiro 8th, 2013

Você sabia que o Carnaval tem uma origem cristã? Isso mesmo, a alegria é um Dom de Deus, fruto do Espírito Santo e ninguém consegue viver  a verdadeira alegria sem Deus, sem descontração, sem brincadeira, sem a graça da verdadeira liberdade. Mesmo quando eu não tinha a consciência que tenho hoje, eu sempre desejei brincar o carnaval buscando esses princípios: encontrar pessoas, amigos, viver a brincadeira com muita alegria, liberdade e respeito aos outros. Com muita música e descontração, rodeado de pessoas que eu amava ou conhececia na folia. Nunca desejei praticar o mau, prejudicar ou machucar alguém.

Sempre tive uma reta intenção de brincar e de divertir-me com meus irmãos e amigos ao som de muita música e alegria. E eu sei que mesmo tendo sido muito desvirtuado, passando por uma grande mudança de valores nesta festa, muita gente trás no coração a mesma reta intenção que eu tinha, quando curtia o carnaval do “mundo”. Hoje graças a Deus, tem muitos retiros e encontros, Acampamentos de Carnaval cristão, cheio de espiritualidade e alegria, sem álcool, nem drogas e muito menos violência.

Segundo a Palavra de Deus Reze Oração do Folião Cristão

Eu sei, ó meu Deus, que sondas o coração e amas a retidão. E com reta intenção te ofereço tudo isso, e vejo com alegria o teu povo aqui reunido, fazendo suas ofertas a ti (I Crônicas 29,17).
E agora, levanta-te, Javé Deus, e vem para o teu repouso com a tua poderosa Arca. E os teus sacerdotes, Javé Deus, se revistam de gala, e os teus fiéis exultem de alegria! (II Crônicas 6,41). Pois o Rei de nossa festa e alegria é Jesus o Senhor!
Por fim, todos voltaram para Jerusalém, com Josafá à frente. Estavam cheios de alegria, porque Javé lhes tinha dado a vitória sobre os inimigos. (II Crônicas 20,27). Nossos inimigos são a tristeza, as enfermidades e o pecado, que judia do nosso corpo e mata a nossa alma.
“Vão para casa e praças, façam uma bela refeição, bebam um bom vinho e repartam com os que não têm nada, porque hoje é dia consagrado a nosso Senhor. Ninguém fique triste, pois a alegria de Javé é à força de vocês”. (Neemias 8,10).
“Coragem, filha! Que o Senhor do céu transforme sua tristeza em alegria. Coragem, filha!” (Tobias 7,17).
Bendito sejas tu, pela alegria que me deste, pois não aconteceu o mal que eu temia. Tu nos trataste segundo a tua grande misericórdia (Tobias 8,16).
Bendito sejas tu, que tiveste compaixão de dois filhos únicos. Tem piedade deles, Senhor, e concede-lhes a tua salvação. Faze com que eles cheguem ao fim da vida deles em meio à alegria e à graça” (Tobias 8,17).
Tu me ensinarás o caminho da vida, cheio de alegria em tua presença, e de delícias à tua direita, para sempre. (Salmos 16,11).
Dançarei de alegria com teu amor, pois viste minha miséria, soubeste da opressão contra mim (Salmos 31,8).
Povos todos, batam palmas, aclamem a Deus com gritos de alegria! (Salmos 47,2)
para que eu experimente a felicidade dos teus eleitos, me alegre com a alegria do teu povo, e me glorie com a tua herança! (Salmos 106,5)
O Reino de Deus não é questão de comida ou bebida; é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. (Romanos 14,17)
E eu lhes declaro: os anjos de Deus sentem a mesma alegria por um só pecador que se converte.” (São Lucas 15,10).
Que o Deus da esperança encha vocês de completa alegria e paz na fé, para que vocês transbordem de esperança, pela força do Espírito Santo (Romanos 15,13).
E sempre, em minhas orações, rezo por todos com alegria, (Filipenses  1,4).
Convencido disso, sei que vou ficar com vocês. Sim, vou ficar com todos vocês, para ajudá-los a progredir e a ter alegria na fé. (Filipenses 1,25) completem a minha alegria: tenham uma só aspiração, um só amor, uma só alma e um só pensamento. (Filipenses 2,2)
Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos!
Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo.
Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças.
E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus (Filipenses 4, 4-7).

O cristão pode participar do Carnaval?

Um feliz e abençoado Carnaval pra você!

Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador do Pré-discípulado.

Oração da Semana: O Credo, Símbolo da Fé

segunda-feira, novembro 5th, 2012

O Santo Padre, Bento XVI, na catequese do dia 24/10, disse: “Queridos irmãos e irmãs, o nosso tempo exige cristãos fascinados por Cristo, que não se cansem de crescer na fé, por meio da familiaridade com a Sagrada Escritura e os Sacramentos. A fé não é apenas conhecimento e adesão a algumas verdades divinas; mas também um ato da vontade, pelo qual me entrego livremente a Deus, que é Pai e me ama. Crer é confiar-se, com toda a liberdade e com alegria, ao desígnio providencial de Deus sobre a história, como fez Maria de Nazaré”. Em outra catequese o Papa disse “O homem precisa recobrar a visão da fé!”.

Palavra de Deus: Revesti-vos todos de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes. Rebaixai-vos, pois, humildemente, sob a poderosa mão de Deus, para que, na hora oportuna, ele vos exalte. Lançai sobre ele toda a vossa preocupação, pois é ele quem cuida de vós (cf.1Pd 5,5b-7).

Protegei-nos Senhor, Como a pupila dos olhos. Guardai-nos, defendei-nos, sob a vossa proteção. Como a pupila dos olhos. Glória ao Pai e ao filho e ao espírito Santo; Protegei-nos Senhor, Como a pupila dos olhos. Guardai-nos, defendei-nos, sob a vossa proteção.

“O Símbolo denominado niceno-constantinopolitano tem sua grande autoridade no fato de ter resultado dos dois primeiros Concílios ecumênicos (325 e 381). Ainda hoje ele é comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente” (Catecismo da Igreja Católica n° 195).

CREDO Símbolo da Fé: rezemos constantemente e alimentemos a nossa fé no Deus vivo e verdadeiro. É preciso que o Credo, o Símbolo da Fé, seja mais conhecido, compreendido e rezado.

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado não criado,
consubstancial ao Pai.

Por Ele todas as coisas foram feitas.

E, por nós, homens, e para a nossa salvação,
desceu dos céus:
e encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado
sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as escrituras;
E subiu aos céus,
onde está sentado à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.

Creio no Espírito Santo,
Senhor que dá a vida,
e procede do Pai;
e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos profetas.

Creio na Igreja una, santa,
católica e apostólica.
Professo um só batismo
para remissão dos pecados.
Espero a ressurreição dos mortos;
E a vida do mundo que há de vir.
Amém.

Que o Deus da esperança vos encha da alegria e da paz em vossa vida da fé (Rm 15,13).

Reze no PODCAST:

Abri as portas ao Redentor!

Padre Luizinho, Comunidade Canção Nova.
twitter.com/padreluizinho

O mundo atual precisa de santos!

sábado, novembro 3rd, 2012

Por questões pastorais, para que a comunidade reunida possa celebrar junta, a Igreja no Brasil transfere a Solenidade de Todos os Santos em honra a todos os santos e mártires, conhecidos e desconhecidos para o Domingo seguinte. O mundo tem se surpreendido com o Papa Bento XVI. Ele fala de maneira profunda as verdades da fé e ao mesmo tempo claro e direto toca profundamente nossas almas.

Vejamos a sua homilia na Solenidade de Todos os Santos dia 01/12 no vaticano em Roma:

Solenidade de Todos os Santos
Praça São Pedro
Quinta-feira, 1º de novembro de 2012.

Caros irmãos e irmãs,

Hoje temos a alegria de nos encontrar na solenidade de Todos os Santos. Esta festa nos faz refletir sobre o duplo horizonte da humanidade, que exprimimos simbolicamente com as palavras “terra” e “céu”: a terra representa o caminho histórico, o céu a eternidade, a plenitude da vida em Deus. E assim esta festa nos faz pensar na Igreja em sua dupla dimensão: a Igreja no caminho do tempo e aquela que celebra a festa sem fim, a Jerusalém celeste. Estas duas dimensões são unidas pela realidade da “comunhão dos santos”: uma realidade que começa aqui na terra e atinge o seu cumprimento no Céu.

No mundo terreno, a Igreja é o início deste mistério de comunhão que une a humanidade, um mistério totalmente centrado em Jesus Cristo: é Ele que introduziu no gênero humano esta dinâmica nova, um movimento que a conduz para Deus e, ao mesmo tempo, para a unidade, para a paz em sentido profundo. Jesus Cristo – diz o Evangelho de João (11, 52) – morreu “para reunir os filhos de Deus dispersos”, e esta sua obra continua na Igreja que é inseparavelmente “una”, “santa” e “católica”. Ser cristãos, fazer parte da Igreja significa abrir-se a esta comunhão, como uma semente que se abre na terra, morrendo, e germina em direção ao alto, ao céu.

Os Santos – aqueles que a Igreja proclama como tal, mas também todos os santos e as santas que somente Deus conhece, e que hoje também celebramos – viveram intensamente esta dinâmica. Em cada um deles, de modo muito pessoal, Cristo se fez presente, graças ao seu Espírito que opera mediante a Palavra e os Sacramentos. Na verdade, estar unido a Cristo, na Igreja, não anula a personalidade, mas a abre, a transforma com a força do amor, e lhe confere, já aqui na terra, uma dimensão eterna. Em essência significa tornar-se conforme a imagem do Filho de Deus (cf. Rm 8,29), realizando o projeto de Deus que criou o homem à sua imagem e semelhança.

Mas esta incorporação em Cristo nos abre – como disse – também à comunhão com todos os outros membros do seu Corpo místico que é a Igreja, uma comunhão que é perfeita no “Céu”, onde não existe um isolamento, nenhuma concorrência ou separação. Na festa de hoje, nós já podemos experimentar a beleza desta vida de total abertura ao olhar do amor de Deus e dos irmãos, nos quais temos a certeza de alcançar Deus no outro e o outro em Deus.

Com esta fé plena de esperança nós veneramos todos os santos, e nos preparamos para comemorar amanhã os fiéis defuntos. Nos santos vemos a vitória do amor sobre o egoísmo e sobre a morte: vemos que seguir Cristo leva à vida, à vida eterna, e dá sentido ao presente, a cada momento que passa, porque o preenche de amor, de esperança. Somente a fé na vida eterna nos faz amar verdadeiramente a história e o presente, mas sem apegos, na liberdade de um peregrino, que ama a terra porque tem o coração no Céu.

A Virgem Maria nos obtenha a graça de acreditar fortemente na vida eterna e de nos sentirmos em verdadeira comunhão com os nossos caros defuntos.