Quero refletir hoje com vocês o acontecimento do cenáculo com Maria, essa figura singela e muito importante na vida da Igreja: “Entraram na cidade e subiram para a sala de cima onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelota e Judas, filho de Tiago. Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres — entre elas, Maria, mãe de Jesus” (Atos 1, 13-14). Clique aqui e Escreva uma Carta para Nossa Senhora.
Nossa vida no Espírito passa também por Maria. Auxiliadora, Medianeira, Maria é o colo e o apoio certo daqueles que querem viver inspirados pelo Espírito Santo. Ela é a mãe do corpo físico de Jesus, ela também é a mãe do Corpo Místico de Jesus que é a Igreja. A intercessão de Maria nos leva direto ao Cenáculo, onde aconteceram os mais lindos atos de amor, pois ela é mãe de Jesus e mãe da Igreja que nasce em Pentecostes: “Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe…”. João 19, 27
No Cenáculo Jesus lava os pés de seus discípulos, e lhes fala concretamente da caridade e lhes transmite seu novo mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”!
No Cenáculo, nesta mesma noite, Jesus realiza a Ceia Pascal com seus apóstolos; a sua última Ceia. Nela Ele nos dá seu maior presente: seu corpo e seu sangue para ser comido e bebido: a Eucaristia.
No Cenáculo Jesus aparece pela primeira vez aos seus apóstolos na mesma tarde do dia da ressurreição: dá-lhes o Espírito Santo com sua autoridade e poder de perdoar pecados.
“A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”. (Jo 20,21-23).
No Cenáculo eles receberam de Jesus uma palavra de ordem:
“E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca; porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias”. (At. 1,4-5).
No Cenáculo eles se reúnem e obedecem à ordem de Jesus. Eles se sustentem na oração com Maria a expectativa de fé de que Jesus realize sua promessa.
“Voltaram eles então para Jerusalém do monte chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, distante uma jornada de sábado. Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele”. (At. 1,12-14).
Daqui a quatro dias vamos entrar neste cenáculo. Tudo o que fizemos até agora orientados pela liturgia da Igreja nos preparou para isso. No Domingo que celebramos a Solenidade da Ascensão do Senhor e a semana seguinte que nos levará a Pentecostes, na expectativa de fé, orando com MARIA, a mãe de Jesus, para que o Senhor realize sua promessa:
“… mas vós é no Espírito Santo que sereis batizados”. (At. 1,5).
Que o Espírito Santo seja derramado nos corações dos fiéis. Que os dons aconteçam em toda Igreja, em sua casa e na sua vida. Que assim se realizem hoje as maravilhas operadas no início da pregação do Evangelho. Nossa atitude de fé nesta semana é estar com Maria no clima e no ambiente do cenáculo. Para cultivar essa atitude de fé a proposta é criar em sua casa um ambiente mariano, talvez já tenha ótimo. Já entramos no mês de maio, você pode arrumar um lugar de destaque em sua casa para que seja um lugar de devoção, seu pequeno cenáculo, que convide você e os seus para unir-se a Deus e rezar. Ponha aí uma imagem , um quadro ou uma simples estampa de Nossa Senhora. Além disso, crie um clima mariano de oração, Maria é a nossa mestra de vida interior. É no cenáculo com Maria, a mãe de Jesus que o Espírito Santo vem.
Grupo de Oração com Eliana Ribeiro: No cenáculo com a mãe de Jesus
Oração clamando o Espírito Santo com Maria:entregamos mãe à chave de nossa casa em tuas mãos. Consagramos ó Virgem de pentecostes a nossa casa, nossa família a ti, seja a dona de minha casa, dona da verdade, que a senhora mande e desmande, dê ordens, que conduza e proteja tudo e todos de minha família. Diga muitas vezes: Minha família é sua! Meus filhos são seus filhos! Meu trabalho é seu, Nossa Senhora! Comande tudo! Dirija tudo! Interceda por nós para que sejamos cheios do Espírito Santo, que a minha casa seja um verdadeiro cenáculo. Repita até mesmo em voz alta. É no cenáculo com Maria, a mãe de Jesus que o Espírito Santo vem.
Vinde Espírito Santo, vinde por meio da poderosa intercessão do Imaculado Coração Maria, vossa amadíssima esposa!
Escute na integra o Podcast:
Conte com as minhas orações e a minha benção, clique em comentário e deixe os seus pedidos de orações.
Vejamos o que São Paulo, mestre na vida no Espírito nos fala em Gálatas 5, 16- 25: “Eu vos exorto: deixai-vos sempre guiar pelo Espírito, e nunca satisfaçais o que deseja uma vida carnal. Pois o que a carne deseja é contra o Espírito, e o que o Espírito deseja é contra a carne: são o oposto um do outro, e por isso nem sempre fazeis o que gostaríeis de fazer. Se, porém, sois conduzidos pelo Espírito, então não estais sob o jugo da Lei” (Gl 5,1-18).
“Exatamente porque há uma oposição entre a carne e o Espírito, também para entendermos essa oposição entre os desejos do nosso corpo (Carne) e os desejos e aspirações do nosso espírito, que deseja a vida divina algo muito maior, lembra daquela passagem onde Jesus diz: “O espírito esta pronto, mas a carne é fraca”. Jesus é o homem pleno do Espírito Santo, pois Ele o tinha em plenitude, por isso, em tudo fez a Vontade do Pai.
“São bem conhecidas às obras da carne: imoralidade sexual, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúmes, iras, intrigas, discórdias, facções, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Eu vos previno, como, aliás, já o fiz: os que praticam essas coisas não herdarão o reino de Deus. O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não existe lei. Os que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões e seus desejos. Se vivemos pelo Espírito, procedamos também de acordo com o Espírito” (Gl 5,19-25).
“Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas” (Jo 3,34). A Vida Nova que recebemos de Cristo Jesus é o primeiro Fruto do Espírito Santo! Então eu preciso decidir viver na carne ou viver no Espírito? Conduzido, “adestrado”, formado pela ação do espírito Santo de Deus que tem como missão santificar e formar Cristo em nós, imagem do homem perfeito.
“Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho, eis que tudo se faz novo” (II Cor 5,17). É isso que acontece com quem decide viver no Espírito, vai substituindo as obras da carne pelas obras do Espírito santo.
Este é um itinerário de espiritualidade, de relacionamento com Deus em Jesus Cristo no poder do Espírito Santo. É o Querigma, que a Igreja usa desde seus inícios. Depois de ter tido a experiência do Amor de Deus, o encontro pessoal com Jesus Ressuscitado, uma mudança interior em relação ao pecado e ao Senhorio de Jesus, eu preciso fazer uma escolha: viver na carne ou viver no Espírito? O batismo no Espírito Santo me capacita para ser uma nova criatura, isso é caminho de santidade.
Os frutos da carta de São Paulo aos Gálatas cap. 5, 19: Ele fala de carne e espírito. A palavra carne é usada num sentido negativo; Paulo também explicou o que significa ‘mundo’, usado pela bíblia como coisa negativa, tudo que se opõe a Deus.
E o sentido que ele usa a palavra ‘carne’ de forma negativa: ‘As obras da carne: imoralidade sexual, impureza, contenda, ciúmes, iras, intrigas, discórdias, facções, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Eu vos previno, como, aliás, já o fiz: os que praticam essas coisas não herdarão o reino de Deus‘.
Pode já ter acontecido que já tenhamos produzido tais frutos: ou ficamos abatidos, chateados, dizendo ‘como sou mau’, e fico bloqueado, e não caminho. A quem eventualmente possa ter feito toda essa ladainha da carta aos Gálatas, eu digo: levante a cabeça, e comece a produzir os frutos do Espírito. E a melhor coisa é saber que é possível viver no Espírito para a santidade!
É necessária, num caminho de conversão e de frutos, a decisão; é necessário fazer uma escolha. Mesmo que neste caminho, neste ideal que eu escolhi eu caia. Mas nesta escolha eu posso levantar. Se eu sou de Deus, se minha vida é patrimônio de Deus, eu vou caminhar e continuar a minha estrada. Vou ‘recomeçar’.
Quando eu falo de escolher, decidir, buscar um rumo, um ideal, onde está o problema? Muitas vezes você decide: passa depressa do sentimento para a ação – dá um salto, perdendo totalmente o controle. Logo após eu ponho a mão na cabeça e peço perdão porque agi sem pensar.
Algo muito simples que quero passar para vocês, que nos ajuda a buscar o rumo da nossa vida. Temos no ato humano, quatro formas de trabalhar o nosso agir: Sentir, pensar, querer, agir.
Se você quer viver, você não pode decidir agir, somente pelo sentimento, esse é o desastre na vida das pessoas. Isso não é vantagem no ser homem ou mulher. Não é vantagem em falar que é franco que tudo vem em sua cabeça, é como um animal – cutucou, deu coice! Aí está o desastre do nosso mundo!
“… o fruto do Espírito Santo é a caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança” (Gl 5,22-23).
O Fruto Verdadeiro – fruto do Espírito Santo que nos dá todas as características de Jesus, da vida de Cristo. Parece bom e é bom para a vida de santificação.
O Fruto Artificial ou Falso – tem o mesmo formato, isto é, semelhante ao verdadeiro, mas não vem do Espírito Santo e sim dos conceitos do mundo que me formou durante muito tempo. Parece bom, mas não é verdadeiro.
O Fruto Podre – tem as características da “carne”, tem as qualidades dos pecados capitais. Parece ruim e é ruim.
Amor: É o primeiro fruto que aparece na lista de São Paulo, mas, não porque há uma hierarquia dos frutos, mas que providencialmente o amor aparece no topo da lista porque de fato, sem o amor todos os outros frutos deixariam de existir;
Alegria: Este fruto nasce da intimidade com Deus e convivência com os irmãos, pois ninguém é alegre e feliz sozinho, isolado no seu mundo. Ela independe das condições externas favoráveis ou não, ela brota da alma que confia que Deus esta no controle de tudo;
Paz: Em hebraico a palavra paz é a tradução da palavra SHALOM, também muito conhecida em nosso vocabulário. A paz é conhecida ainda como “PACISCI” que significa travar uma conversa, negociar, fazer as pazes. Ela é indispensável nos relacionamentos. Não é ausência de guerra, mas paz completa, da consciência, da alma e daí para vida pratica;
Longaminidade: A pessoa que tem um ânimo longo, duradouro, sem considerar as circunstâncias. Ser perseverante, paciente, tardio para irar-se ou para o desespero;
Benignidade: Em grego se escreve “makrothymia”. Este fruto é uma característica forte do nosso Deus. Ele não se deixa vencer em generosidade mesmo quando não merecemos. Também produz outro fruto que é a paciência. Uma pessoa paciente tem sempre como pano de fundo a benignidade.
Bondade: A bondade é a tradução da palavra grega CHRESTOTES que significa honorabilidade e eficiência que produz em nós gentileza e suavidade. (capacidade de ser suave). Dom Bosco dizia que, uma pessoa boa é aquela que pensa bem do outro, fala bem do outro e quer o bem do outro. É uma espécie de virtude do bem indispensável para produzir frutos bons em nós;
Fidelidade: A palavra fidelidade também é conhecida como PISTIS que traduz a palavra fé e confiança. Não se refere necessariamente a ter fé em Deus, mas sim a atitude de julgar capaz de ter confiança a toda prova;
Amabilidade: Uma pessoa amável é aquela capaz de agir com mansidão diante de situações que normalmente nos impulsiona a agressividade. É a capacidade de ser sereno e calmo diante do agressor e dar resposta diferente com amor e com serenidade a ponto de desconcertar o ato de agressão e rudez daquele momento. Em uma fração de segundos, uma pessoa amável busca o seu equilíbrio, pois ela sabe quem é e de que é capaz, por isto ela dialoga rapidamente com os frutos do Espírito Santo que também está nela e ali ela decide estar no centro, ponto cujo amor acontece;
Autodomínio: Em grego a palavra “ENKRATEIA” firma o significado da palavra abstinência que é o caminho que se pode chegar ao autodomínio de si próprio. Em outras palavras podemos dizer que o autodomínio é a virtude de alguém que possuí domínio e poder sobre algo, mas sobre tudo sobre si mesmo.
Salette Ferreira no programa amor maior: “Direções” para uma Vida Nova:
Oração:Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho! Inspirai-me sempre aquilo que devo pensar, aquilo que devo dizer, como eu devo dizê-lo, aquilo que devo calar, aquilo que devo escrever, como eu devo agir, aquilo que devo fazer, para procurar a Vossa glória, o bem das almas e minha própria santificação. Ó Jesus, toda a minha confiança está em Vós. Ó Maria, Templo do Espírito Santo, ensinai-nos a sermos fiéis àquele que habita em nosso coração. Cardeal Verdier
Você se deixa conduzir pelo Espírito santo? Clique em comentários e dexe seus pedidos de oração.
O mês de maio é abençoado e rico da espiritualidade Mariana. Lembramos que a devoção do mês de Maio nos pode levar a vivermos mais intensamente a dignidade de homens e mulheres ressuscitados com Cristo durante o tempo pascal. Com Maria nos prepararemos para receber a força do Espírito em Pentecostes, que deseja formar em nós a imagem de Jesus Cristo, como Ele a realizou em Maria. Quero trazer para vocês uma dinâmica espiritual que Dom Bosco fazia nos oratórios para aproximar as crianças e os jovens de Maria mãe de Jesus, que nós da Canção Nova gostamos muito de fazer: O Correio de Nossa Senhora. É muito simples, mas encantador a resposta que obtemos através de Nossa Senhora. Era com essa simplicidade e pedagogia que Dom Bosco conquistava o coração da juventude para Deus.
No dia 24 de maio dia de Nossa Senhora Auxiliadora era uma grande festa no oratório de Dom Bosco, para promover a espiritualidade deste dia o dinamismo e inteligência do Santo amigo dos jovens criaram o Correio de Nossa Senhora, que se fundamenta numa carta que vou escrever para Nossa Senhora. Nela vou escrever o que eu quiser dizer para a mãe de Jesus e minha também, sobre minha vida, saúde, trabalho, pedidos e súplicas, vou abrir meu coração certo de que obterei a resposta. Confecciona-se uma caixa enfeitada com uma estampa da Virgem Maria com uma abertura encima para depositar as correspondências.
No dia de Nossa Senhora Auxiliadora no Oratório festivo celebrava-se a festa e queimavam-se todas as cartas, ninguém lia somente a Mãe do Senhor. Todos recebiam depois das mãos de Dom Bosco a Carta resposta de Maria preparada por ele para cada criança, enrolada como um pequeno diploma. Todas elas recebiam respostas claras e confortantes a respeito de seus pedidos e situações que relataram em suas cartas. É uma verdadeira experiência do amor de Deus manifestado na Pessoa de Sua mãe, não deixava de ser também um grande momento de ternura, cura e libertação pela intercessão de Maria.
Estamos no mês de maio e todos precisamos muito do colo da Mãe, de seus cuidados e de sua intercessão e quem não gostaria de conversar com a Mãe como os videntes de Fátima ou como Dom Bosco? Por isso, quero convidar você a realizarmos aqui no blog o Correio de Nossa Senhora. A caixa do correio será o Comentário do Blog, onde você fará seus pedidos e confidências à mãe de Jesus, com uma diferença, não será somente a Virgem Maria a ler a sua carta, terá uma rede de intercessores que lerão juntos comigo e rezarão por você, são mais de 45.000 comentários de irmãos que vão entrar nesta rede on-line. Será uma experiência linda de oração com Maria e com os irmãos do nosso blog e Podcast, que já são uma grande família. Você topa fazer comigo essa experiência?
Então vamos nos preparar:
1° – Reze ao Divino Espírito Santo e escreva a sua carta, abra o seu coração a Virgem Maria sobre tudo que você quiser;
2° – Deposite as correspondências na caixa que será os comentários do nosso blog;
3° – Com confiança converse com Maria todos os dias e espere a sua resposta.
No próximo dia 31 de maio dia da festa da Visitação de Maria a Isabel, veja neste blog e no Podcast a resposta de Nossa Senhora para você e uma consagração poderosa das famílias para que rezemos e consagremos o nosso lar a Maria, nossa mestra e nossa mãe. Com muito carinho nestes dias que antecedem a festa vou rezar e colher de Deus e do Coração Imaculado da mãe a resposta para você. Com certeza será surpreendente, resposta de Deus as suas aflições e pedidos, um balsamo para sua espiritualidade. É receita de Dom Bosco, simples e eficaz.
Oração de são Bernardo:
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção implorado vosso socorro E invocado vosso auxílio, fosse por vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, a vós, ó Virgem entre todas singular, como minha Mãe recorro; de vós me valho e gemendo sob o peso dos meus pecados, prostro-me as vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de ouvi-las propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.
Ouça o Podcast deste conteúdo:
Não esqueça, deixe sua carta aqui em Comentários no final da página do blog e seus pedidos de orações.
Rogai por nós santa mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo!
Muitas vezes o que nos falta é o verdadeiro conhecimento de causa e ou também por que não tivemos uma experiência positiva com essa manifestação do Dom do Espírito Santo, através de alguém ou de um grupo que sem discernimento e prudência usou mal desta graça dada por Deus a toda Igreja. Mais nem por ser um Dom do Espírito santo a toda Igreja é obrigatório a todos aceitarem e rezarem em línguas!
O Dom da oração em línguas: é um Dom dado a nós pelo Espírito Santo e o primeiro a se manifestar. Dom para edificação pessoal, para santificação, pois ele nos abre as portas do sobrenatural, da vida de oração e da intimidade com Deus. “Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se” (cf. At. 2,1-4).
O primeiro dom que se manifestou foi o de línguas. Em pentecostes, os discípulos, junto com Maria, ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a orar, a louvar, a cantar numa língua nova, a língua do Espírito. Alguns interpretaram o acontecimento e disseram: ”Eles louvam a Deus, estão cantando as glórias de Deus, e nós estamos entendendo com o coração”. Outros estavam ali como curiosos, brincando, zombando, dizendo que os discípulos estavam bêbados. Pedro explicou: “Não estamos bêbados; pelo contrário, está se cumprindo à profecia de Joel”. O primeiro dom criou confusão.
O que é o dom de línguas? Quando nós somos batizados no Espírito Santo, a primeira coisa da qual nos enchemos é de oração. E por que isso? Porque o Espírito Santo é a ligação entre o Pai e o Filho. A oração é a comunicação entre o Pai e o Filho; o Filho que fala ao Pai e o Pai que fala ao Filho. A beleza da intimidade que acontece dentro da Trindade é feita pelo Espírito Santo. O Espírito Santo é oração.
Além disso, Ele é a ligação entre Deus e nós. A oração que vai e a oração que volta. Quando somos introduzidos no Espírito Santo, saímos cheios de oração, porque o Espírito Santo é oração, uma oração de fogo, infalível.
Nós damos o combustível, que é o nosso ar. Movemos nossas cordas vocais, movemos à boca, a língua, geramos sons; e o que acontece? O Espírito Santo ora, fala e canta em nós. Fornecemos a expressão palpável, mas quem dá o conteúdo, o fogo e a oração é o Espírito Santo. Você não imagina o valor dessa oração! Porque não somos nós orando simplesmente. É o Espírito Santo orando em nós!
Que acontece no dom de línguas? Quem entra em ação não é a nossa inteligência.
Movimentamos as cordas vocais, soltamos o ar, mexemos a língua, a boca, e produzimos som; mas o conteúdo vem do Espírito Santo. Da minha inteligência? Não! Da inteligência do Espírito Santo.
São Paulo explica isso na Epístola aos Romanos, 8,26: ”Do mesmo modo, também o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza, pois não sabemos rezar como convém; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. Portanto é um Dom para os humildes, que exige a humildade para recebê-lo e dele usufruir de seus frutos e graças.
Essa explicação é bem simples: ”gemidos inexprimíveis”, quer dizer: gemidos que não podem ser entendidos, a não ser quando Deus dá a interpretação.
Quando ora por seu filho ou sua filha, você sabe exatamente do que eles precisam? Não. É por isso que o Espírito Santo vem em nosso auxílio: porque não sabemos o que pedir, nem sabemos orar como convém. Ele mesmo intercede por nós e em nosso favor, com gemidos inexprimíveis. Daí as maravilhas acontecem, porque é o Espírito Santo orando dentro de nós, por nós. São Paulo continua:
“E aquele que perscruta os corações sabe qual é a intenção do Espírito: com efeito, é segundo Deus que o Espírito intercede pelos santos” (Rm 8,27).
1 – Dom Alberto Taveira fala da oração em línguas: Esclarecimentos solicitados pelo CONSEP, a pedido de Dom Rafel: Clique AQUIe leia a matéria completa.
1. “Benefícios” da oração em línguas: Os carismas, sejam extraordinários ou humildes, são graças do Espírito Santo que têm, direta ou indiretamente, uma utilidade eclesial, ordenados como são à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo. Carismas são “manifestações do Espírito para proveito comum”. São dons úteis, instrumentos de ação, para servir à comunidade.
Conceituação: a) “É um dom de oração cujo valor, enquanto ‘linguagem de louvor’, não depende do fato de que um lingüista possa ou não identificá-lo como linguagem no sentido corrente do termo”. É uma linguagem a-conceitual, que se “assemelha” às línguas conceituais. Não supõe absolutamente um estado de “transe” para praticá-la, não corresponde a um estado “extático”, e nem a uma exagerada emoção, permanecendo aquele que a pratica no total domínio de si mesmo e de suas emoções, pois o Espírito Santo jamais se apossa de alguém de modo a anular-lhe a personalidade.
b) É um dom que leva os fiéis a glorificar a Deus em uma linguagem não convencional, inspirada pelo Espírito Santo. É uma forma de louvar a Deus e uma real maneira de se falar e se entreter com Ele. Quando o homem está de tal maneira repleto do amor de Deus que a própria língua e as demais formas comuns de se expressar se revelam como que insuficientes, dá plena liberdade à inspiração do Espírito, de modo a “falar uma língua” que só Deus entende.
2. O “falar em línguas”, consignado nas Escrituras comporta três modalidades:
a) a oração em línguas, de caráter usualmente particular, pessoal, e que portanto não requer interpretação. Embora de caráter pessoal, ela pode ser exercitada também de modo coletivo, o que acontece nas assembléias onde todos exercem o “dom particular de orar em línguas”, ao mesmo tempo; obviamente, não supõe interpretação. No entanto, Deus – que ouve a oração que milhares de fiéis lhe dirigem concomitantemente de todos os cantos da Terra – por certo entende. Vale a intenção que está em nosso coração.
b) Essa oração também pode ser expressa em modalidade de canto, uma oração com uma melodia que não foi pré-estabelecida. Também essa modalidade não requer interpretação. A diferença em relação à modalidade anterior, é que aqui se trata de orar em línguas, mas num ritmo não falado, de expressão e cadência musical, de notas que se sucedem improvisadamente, numa modulação lírica com que se celebram as maravilhas de Deus. São cânticos que brotam geralmente nos momentos de louvor e adoração da assembléia, do grupo de oração, e que pouco tem em comum com os cânticos eclesiásticos tradicionais, ou também com os cantos de “composição artística”. Santo Agostinho, comentando as palavras do Salmo “Cantai ao Senhor um Cântico novo”, adverte que o cântico novo não é coisa “de homens velhos”. “Aprendem-no os homens novos, renovados da velhice por meio da graça, pertencentes ao Novo Testamento, que já é o Reino dos Céus. Por ele manifestamos todo o nosso amor e lhe cantamos um canto novo. Quando podes oferecer-lhe tamanha competência que não desagrade a ouvidos tão apurados?… Não busques palavras, como se pudesses dar forma a um canto que agrade a Deus. Canta com júbilo! Que significa cantar com júbilo? Entender sem poder explicar com palavras o que se canta com o coração. Se não podes dizer com tuas palavras, tampouco podes calar-te. Então, resta-te cantar com júbilo, se modo que te entregues a uma alegria sem palavras e a alegria se dilate no júbilo”.
c) Uma terceira modalidade do dom das línguas é aquela de uso essencialmente público, que quando é acompanhado do seu complemento, o dom da interpretação, tem como seu propósito a edificação dos fiéis e a convicção dos descrentes. Aqui o falar em línguas não assume o caráter de oração, mas de uma mensagem em línguas, dirigida à assembléia e não a Deus, como é o caso da oração, e que portanto requer o exercício do outro dom apontado por Paulo, o dom da interpretação. O Espírito dá a alguém a inspiração de “falar em línguas” em alta voz. Suas palavras contém uma mensagem espiritual para um ou mais ouvintes. A mensagem permanece incompreensível, enquanto não for interpretada. A mensagem interpretada assume, regularmente, as características de uma profecia carismática, que, segundo S. Paulo, edifica, exorta e consola a assembléia. Autores há que, em vista de maior clareza, dão outro nome a esta forma de falar em línguas. Chamam-na de “mensagem em línguas”, ou ainda de “profecia em línguas”. Em oposição ao “falar em línguas” durante a oração, este dom não está livremente à disposição da pessoa. Exige-se uma inspiração peculiar. Muitas vezes, ela está acompanhada de outra inspiração, a saber, num dos ouvintes que então “interpreta” a mensagem e a traduz em linguagem comum, para a comunidade. O dom de “falar mensagem em línguas” é um dom transitório manifestado vez ou outra nas reuniões de oração; e o Senhor pode servir-se ora deste, ora daquele, enquanto que o dom da interpretação geralmente é considerado permanente; é dom que pode ser pedido na oração.
3. Quando se deve orar em línguas? Só em atos próprios da RCC? Na TV para todos? Pode ser utilizada durante a Santa Missa, como parece ter acontecido na Oração dos fiéis nas missas de TV?
a) Sendo um dom do Espírito e um dom de oração, ele deveria ser permitido onde sempre é permitido orar. Nos atos próprios da RCC, o Documento 53, n. 25 da CNBB, já o levou em consideração.
Clique e veja neste grupo de Oração à importância desde Dom:
Vinde Espírito Santo e dai-nos o Dom da Oração!
Padre Luizinho, Com Canção Nova.
Diretor espiritual e Formador no Pré-discípulado.
Depois de conhecermos em nosso Seminário de Vida online o Amor de Deus, ficam varias perguntas: Porque mesmo depois de experimentar este Amor, sinto-me impotente diante de minhas fraquezas, limitações e continuo fazendo coisas más que não quero? Se Deus criou todas as coisas e viu que tudo era muito bom, porque tanta tristeza no mundo, tanta infelicidade, desigualdade, guerras, doenças, desamor, porque a morte? Essa pergunta pode ser feita de maneira diferente: se Deus e o seu amor existem qual é a cauda de todo o mal? O pecado é o mal uso de nossa liberdade, erramos o alvo, o objetivo de nossa vida, pisamos na bola, desvirtuamos os nossos sentidos e vontades, se apresentava o Bem e eu escolho o mal.
É difícil e hoje tem muita gente que torce o nariz, neste mundo mascarado e superficial até ofende dizer isso para alguém, mas eu não posso esconder ou mascarar, a verdade, a realidade para você: “Todos pecaram e por isso, estão privados da graça de Deus” (Cf. Romanos 3,23).
Conseqüências do pecado em nossas vidas:
– a harmonia estabelecida graças à justiça original, está destruída;
– o domínio das faculdades espirituais da alma sobre o corpo é rompido;
– a união entre o homem e a mulher é submetida a tensões; as suas relações serão marcadas pela cupidez e pela dominação.
– a harmonia com a criação está rompida: a criação visível tornou-se para o homem estranha e hostil. Por causa do homem, a criação está submetida ‘à servidão da corrupção’.
– Finalmente, vai realizar-se a conseqüência explicitamente anunciada para o caso de desobediência: o homem ‘voltará ao pó do qual é formado’. A morte entra na história da humanidade. (n.400)
– a partir do primeiro pecado, uma verdadeira ‘invasão’ do pecado inunda o mundo: o fratricídio cometido por Caim contra Abel; a corrupção universal em decorrência do pecado;
– A Escritura e a Tradição da Igreja não cessam de recordar a presença e a universalidade do pecado na história do homem: O que nos é manifestado pela Revelação divina concorda com a própria experiência. Pois o homem, olhando para seu coração, descobre-se também inclinado ao mal e mergulhado em múltiplos males que não podem provir de seu Criador, que é bom.
402 – Todos os homens estão implicados no pecado de Adão. O gênero humano inteiro é, em Adão, ‘como um só corpo de um só homem’ (sicut unum corpus unius hominis – São Tomás de Aquino). Em virtude desta unidade do gênero humano, todos os homens estão implicados no pecado de Adão, como todos estão implicados na justiça de Cristo. (cat. 404)
‘Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores’(Rm 5,19). ‘Como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram… ‘(Rm 5,12).
‘Assim como da falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra de justiça de um só (a de Cristo), resultou para todos os homens justificarão que traz a vida’(Rm 5,18).
Adão e Eva cometem um pecado pessoal, mas este pecado afeta a natureza humana, que vão transmitir em um estado decaído. (cat. 404). É um pecado que será transmitido por propagação (não imitação) à humanidade inteira; isto é, pela transmissão de uma natureza humana privada da santidade e da justiça originais. O pecado original é denominado ‘pecado’ de maneira analógica: é um pecado ‘contraído’ e não ‘cometido’, um estado e não um ato. Mas, hoje as nossas escolhas nos tornam participantes ativos no pecado, atualizamos a morte e optamos novamente contra Deus e o seu plano de Amor.
‘Morte da alma’(DS 1512)
O Batismo, ao conferir a vida da graça de Cristo, apaga o pecado original e faz o homem voltar para Deus. Porém, as conseqüências de tal pecado sobre a natureza, enfraquecida e inclinada ao mal, permanecem no homem e o incitam ao combate espiritual. 405 – Pelo pecado original a natureza humana não é totalmente corrompida: ela é lesada em suas próprias forças naturais, submetida à ignorância, ao sofrimento e ao império da morte, e inclinada ao pecado (esta propensão ao mal é chamada ‘concupiscência’).
“Não “o abandonaste ao poder da morte’ Todas as vezes que pecamos estamos mais perto da morte”.
Por que Deus não impediu o primeiro homem de pecar?
São Leão Magno reponde: ‘A graça inefável de Cristo deu-nos bens melhores do que aqueles que a inveja do demônio os havia subtraído’(Sermão 73,4: PL 54,396). São Tomás: ‘Nada obsta que a natureza humana tenha sido destinada a um fim mais elevado após o pecado. Com efeito, Deus permite que os males aconteçam para tirar deles um bem maior. Donde a palavra de São Paulo: ‘Onde abundou o pecado superabundou à graça’(Rom 5, 20). E o canto do Exultet: Ó feliz culpa que mereceu tal e tão grande Redentor’ (S. Th. III,1.3 ad 3).
Mais o PECADO não tem a ultima palavra em nossa vida, pelo contrario, tomar consciência desta verdade e assumi-la abre-nos a Porta da solução, da SALVAÇÃO: “Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram tudo o que Deus fizera por meio deles e como ele havia aberto a Porta da Fé para os pagãos” (cf. At. 14,27).
Salette Ferreirareza com a Plavra de Deus pela libertação do pecador:
Clique em comentários e diga não ao pecado e faça a sua oração de renúncia.
Oração de Renuncia:Tomando consciência do imenso Amor de Deus, de Jesus Cristo meu Salvador eu renuncio ao pecado e a todo mal. Renuncio em Nome de Jesus ao Demônio e a Satanás autor do pecado e do mal e todas as suas astúcias para perder os filhos de Deus. Renuncio a tudo aquilo que possa me conduzir ao pecado e a morte nos sentimentos e nos atos, continue a oração de renunciando a todo pecado, aqueles que te impedem de caminhar e de ter uma nova vida…
Vinde Espírito Santo e arranca-nos do pecado!!!
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discipulado.
O discernimento é uma habilidade ou capacidade dada por Deus de se reconhecer a identidade (e muitas vezes, a personalidade e a condição) dos “espíritos” que estão por detrás de diferentes manifestações ou atividades. Este dom, essencial à Igreja, é geralmente concedido aos pastores do rebanho de Deus e aos que estão em posição de guardar e de guiar os santos. O que nos diz São Paulo sobre a batalha espiritual: Pois a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados, as potestades, os dominadores deste mundo tenebroso, os espíritos malignos espalhados pelo espaço. Por isso, protegei-vos com a armadura de Deus, a fim de que possais resistir no dia mau, e assim, empregando todos os meios, continueis firmes (cf. Efésios 6, 12-13).
Como podemos ver na definição acima, esse dom de Deus nos ajuda, portanto, a perceber a origem de uma intuição, de um pensamento, a causa de um comportamento – especialmente quando este se nos apresenta de forma estranha. O discernimento, assim, é um dom “protetor da comunidade e protetor de todos os outros dons”.
Como dom [discernimento dos espíritos], não procede das capacidades simplesmente humanas nem das deduções científicas que possamos ter adquirido. “O discernimento é intuição pela qual sabemos o que é, verdadeiramente, do Espírito Santo”.
O discernimento também pode ser visto como uma espécie de visão ou sensibilidade; é uma revelação espiritual da operação de diferentes tipos de espíritos numa pessoa ou numa situação; é o meio pelo qual Deus faz os cristãos tomarem consciência do que está acontecendo.
Após todas estas definições, podemos nos perguntar: Qual o benefício esse dom nos traz ao ser usado de forma adequada? Como utilizá-lo? Como deve ser utilizado pelas pessoas, quando estas vivem situações complexas? Como elas devem proceder a partir da orientação certa e segura que o discernimento lhes deu?
O uso do dom do discernimento
O carisma em estudo nos permite agir de forma correta em um fato ou situação que temos em mãos, no momento. Permite-nos identificar a causa dessa situação especial, podendo, assim, nos levar à raiz, ao princípio que a move, que a origina, encaminhando à situação acertada e feliz.
O uso do dom nos ajuda, portanto, a conhecer o espírito, isto é, o princípio animador (anima = o que anima, move, movimenta, etc.). Com ele, podemos chegar, com facilidade, à origem de uma inspiração e confirmar de onde esta pode vir:
– Se provém de Deus (inspiração, intuição, uma verdade clara da Bíblia, moção do Espírito de Deus, de Seus anjos, os Seus mensageiros);
– Se tem origem na mente humana (a qual pode estar sã, doentia, desequilibrada ou alterada, do nosso egoísmo, fantasia ou manipulação da Vontade Divina para o meu bel prazer etc.);
– Se provém dos espíritos maus (do demônio ou de influências espirituais maléficas).
O discernimento ajuda-nos, ainda, a distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, orientando nossas vidas na fé e doutrina de Jesus Cristo. O Senhor tem para nós esse grande dom, esse precioso dom, que é o discernimento dos espíritos. Embora ele seja um dom, embora nos seja dado gratuitamente, é resultado, também, da nossa caminhada. Precisamos caminhar e amadurecer e o que nos torna maduros é a perseverança, a oração, a Palavra de Deus e a docilidade. E com a maturidade vem também o discernimento dos espíritos.
O inimigo age sorrateiramente. Para distinguir sua ação em nosso ambiente, o único meio é o Espírito Santo; ninguém tem por si discernimento. Paulo VI destacou em um de seus pronunciamentos: “O dom dos dons para os tempos de hoje é o discernimento”. E é mesmo, do contrário somos levados por ventos de várias doutrinas, a mesmo, sem saber para onde vamos. “Concedeu aos humanos discernimento, língua, olhos, ouvidos e um coração para pensar” (Eclesiástico 17,5).
Para possuir discernimento, o básico é aprender a ouvir o Senhor; suas emoções, inspirações. Muitas vezes o sentimento dentro de nós, movendo-nos: “Faça assim, não diga aquilo”, mas em geral sepultamos isso, fazendo até o contrário. O Espírito Santo dá o dom do discernimento àqueles que estão n’Ele, imersos, banhados n’Ele. Àqueles que dão tempo à escuta, à oração, à Palavra de Deus. “A outro, o poder de fazer milagres. A outro, a profecia. A outro, o discernimento dos espíritos. A outro, a diversidade de línguas. A outro, o dom de as interpretar” (I Coríntios 12,10).
Salomão na sua pouca idade e experiência de vida ia suceder o Seu pai Davi pediu a Deus com grande humildade por causa da missão de governar o Povo de Israel: “Dá, pois, a teu servo, um coração obediente, capaz de governar teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?” (cf. 1 Rs 3, 9).
Logo depois surge a primeira questão para Salomão julgar, discernir: Vieram então duas meretrizes ao rei e apresentaram-se diante dele. Uma delas disse: “Por favor, meu rei! Eu e esta mulher morávamos na mesma casa, e eu dei à luz estando com ela na casa. No terceiro dia depois de eu ter dado à luz, também ela deu à luz. Estávamos juntas, não havia outra pessoa na casa a não ser nós duas. Certa noite, morreu o filho desta mulher, pois ela dormiu sobre ele e o sufocou. Então levantou-se, durante a noite, e, enquanto tua serva dormia, tirou ~ silenciosamente meu filho do meu lado e colocou-o em seu seio. E a seu filho, que estava morto, colocou-o em meu seio. Quando, de manhã, me levantei para amamentar meu filho, encontrei-o morto, mas examinando-o com mais atenção na claridade, percebi que não era meu filho, o que eu tinha dado à luz”. A outra mulher respondeu: “Não é assim. Meu filho é que está vivo, o teu está morto”. A primeira retrucou: “Não é verdade! O teu filho é que está morto. O meu está vivo”. E assim discutiam na presença do rei. Disse então o rei: “Esta diz: ‘Meu filho está vivo, teu filho está morto’, e aquela responde: ‘Não, teu filho está morto, o que está vivo é o meu’”. E mandou trazer uma espada. Quando lhe apresentaram a espada, o rei declarou: “Cortai o menino vivo em dois, e dai metade a uma e metade à outra”. A mulher cujo filho estava vivo sentiu nas entranhas tal compaixão por seu filho que disse ao rei: “Por favor, senhor, dai a ela o menino vivo. Não o mateis!” A outra, ao contrário, dizia: “Não será nem teu, nem meu. Podeis cortá-lo”. O rei respondeu: “Dai o menino vivo àquela primeira, e não o mateis. Essa é sua mãe”. Todo o Israel ficou sabendo da sentença que o rei tinha dado, e temeram-no, vendo que a sabedoria de Deus estava nele para fazer justiça (1 Rs 3,16-28).
Pois este Dom extraordinário Deus nos concede para fazer justiça, para fazer a Sua Vontade ser revelada e executada. Não a minha vontade ou o interesse daquele que me paga mais, me é mais simpático, meu parente ou meu amigo. Um Dom para discernir a Verdade e manifestar a justiça de Deus.
Temos de ser dóceis à condução do Espírito. É muito necessário distinguir o que vem de Deus, de Jesus, do Espírito Santo, de Maria, dos anjos. Caso contrário, tudo se confunde na nossa cabeça. Deus quer nos dar essa graça, o dom de discernimento dos espíritos, que é resultado de nossas caminhada pela tenda da oração.
É preciso caminhar, progredir e perseverar nos grupos de oração, na Palavra de Deus, na docilidade e no trabalho do Senhor. Assim, vamos nos constituindo terreno cada vez mais próprio para a semeadura. Percebemos que uma palavra não vem de Deus, mas do maligno, quando ela nos faz mal, nos agride.
A falta de discernimento é própria dos iniciantes e dos imaturos. É claro que Deus nos salva nessas situações. Temos sido salvos por Ele, que quer nos dar, cada vez mais, o discernimento dos espíritos, a capacidade de perceber e de sentir em nós o que é de Deus e o que não é; o que vem do Espírito Santo e o que vem do mal.
Temos de ser cuidadosos quanto a isso: pois em nosso espírito humano se misturam o orgulho, a vaidade, o ciúme, a inveja, rivalidades e competições com os outros. Se não temos o discernimento dos espíritos, podemos pensar que vem de Deus algo que na verdade não vem. Trata-se apenas de orgulho e vaidade de minha parte, e eu engulo tudo como se fosse de Deus.
O senhor tem para nós esse grande dom, esse precioso dom que é o discernimento dos espíritos. Embora ele seja um dom, embora nos seja dado gratuitamente, é resultado, também, da nossa caminhada. Precisamos caminhar e amadurecer e o que nos amadurece é a perseverança, a oração, a Palavra de Deus e a docilidade. E com a maturidade vem também o discernimento dos espíritos.
Este PODCAST vai ajudar muito você:
Você pode orar agora: Senhor, Jesus, peço o discernimento dos espíritos. Preciso muito desse dom, para não confundir todas as coisas. Não quero saber de nada de mau, não quero saber confundir. Quero ser guiado, conduzido, orientado por ti. Dá-me, Senhor, o dom do discernimento dos espíritos. Amém! Peço para você a graça da caminhada, do crescimento, para que venha a trilhar o seu caminho com perseverança. Peço que, amadurecido, crescido e arraigado em Jesus, que você tenha todo discernimento, para poder servir ao Senhor cada vez melhor; como bom e prudente, a quem o Senhor pode confiar o que tem de mais precioso. Amém
Deixe em comentários os seus pedidos de orações.
Vinde Espírito Santo!
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discípulado.
Neste próximo sábado dia 29 de setembro celebraremos a festa dos Arcanjos, durante a Quaresma de São Miguel Arcanjo, fizemos também diante do Santíssimo Sacramento esta belíssima oração de adoração em companhia dos santos Anjos de Deus. Esta adoração se faz ao Santíssimo Sacramento em união com os nove Coros dos Anjos. O Catecismo da Igreja no n° 328 diz: “A existência dos seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto à unanimidade da Tradição”.
Os nove coros angelicais se dividem em três hierarquias: na primeira estão os Serafins, os Querubins e os Tronos; na segunda hierarquia estão as Dominações, as Virtudes e as Potestades; na terceira hierarquia os Principados, os Arcanjos e os Anjos.
Com as duas primeiras hierarquias se adora a Jesus nas suas cinco chagas e a coroa de espinhos, e com a terceira pedem a Maria a humildade, a pureza e o divino amor desta maneira:
– Adoro meu Jesus, a chaga de vossa mão direita juntamente com o Coro dos Serafins e Vos peço que me concedais o divino amor, a fim de Vos poder amar com todo o fervor como Vos amam os Serafins. Amém.
* Pai Nosso e Ave Maria.
– Adoro meu Jesus, a chaga de vossa mão esquerda juntamente com o Coro dos Querubins e Vos peço que me concedais à sabedoria, a fim de poder conhecer-Vos como Vos conhecem os Querubins. Amém.
* Pai Nosso e Ave Maria.
– Adoro meu Jesus, a chaga de vosso pé direito juntamente com o Coro dos Tronos e Vos suplico que me concedais à paz e tranqüilidade interior, a fim de que meu coração seja um verdadeiro trono, em que descanseis Vós, que sois Rei de Paz, como descansais no Coro dos Tronos. Amém.
* Pai Nosso e Ave Maria.
– Adoro meu Jesus, a chaga de Vosso pé esquerdo juntamente com o Coro das Dominações e Vos peço que me concedais a graça de poder dominar todas as minhas paixões, e que me faça superior a todas elas e Vos ame e sirva como Vos amam e servem as Dominações. Amém.
* Pai Nosso e Ave Maria.
– Adoro meu Jesus, a chaga de Vosso coração juntamente com o Coro das Virtudes e Vos peço que me concedais à graça de que necessito para exercitar com generosidade em todas as virtudes teologais e morais. Amém.
* Pai Nosso e Ave Maria.
– Adoro meu Jesus, Vossa coroa de espinhos juntamente com o Coro das Potestades e Vos suplico me concedais poder, graças, fortaleza para lutar legitimamente contra os inimigos da alma e assim conseguir a coroa da glória. Amém.
* Pai Nosso e Ave Maria.
– Venero ó Virgem e Mãe de Deus, vosso sagrado coração juntamente com o Coro dos Principados, e vos suplico que alcanceis de vosso divino Filho Jesus a graça de ser sempre manso e humilde de coração. Amém.
* Pai Nosso e Ave Maria.
– Venero ó Virgem e Mãe de Deus, vosso sagrado coração juntamente com o Coro dos Arcanjos, e vos suplico que alcanceis de vosso Filho Jesus a pureza de meu corpo e de minha alma, e a limpeza de meu coração. Amém.
* Pai Nosso e Ave Maria.
– Venero ó Virgem e Mãe de Deus, vosso sagrado coração juntamente com o Coro dos Anjos, e vos suplico que alcanceis de vosso Filho Jesus a graça de saber e poder exercitar a caridade, zelo e mais obras de misericórdia com o meu próximo. Amém.
* Pai Nosso e Ave Maria.
– São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate, sede nosso auxílio contra a malícia e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pela Virtude Divina, precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém
ORAÇÃO AOS ARCANJOS:São Gabriel com Maria, São Rafael com Tobias, São Miguel com todas as hierarquias, abri para nós estas vias.
Santidade atrai santidade. Santa Mônica, mulher forte na fé e na oração, apaixonada por Jesus queria ver seu filho Agostinho livre do pecado e das paixões deste mundo, percorreu durante muito tempo, alguns da Tradição dizem que foram anos de oração e muita perseverança para converter o marido e o filho. E não foi em vão à luta e as orações desta mãe que nunca desistiu de seu filho e nem desanimou na sua fé. Ela é para nós um grande testemunho de que nada é impossível a Deus e que precisamos confiar no Senhor e amar muito aqueles que Deus nos deu como responsabilidade. “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua família” (Cf. At. 16,31). O que você tem feito pelos seus?
A grandeza da santidade de Agostinho influiu para que sua festa fosse precedida pela de sua santa mãe. A sua vida só é conhecida por nós através das “Confissões” do filho, que tem sobre ela paginas estupendas. Crista de fé robusta, profundamente piedosa, alcançou com sua bondade converter o marido pagão e irascível, e com a força das preces e das lagrimas, o filho transviado. Esperou dezesseis anos com incrível paciência que Agostinho se emendasse. Em busca de aventura, o filho foi para a Itália. Mônica por sua vez, foi a Roma procura-lo, depois a Milão, onde assistiu ao seu batismo. Não mais voltou a África, pois morreu em Óstia, antes do embarque. Forte de ânimo, ardente na fé, firme na esperança, de inteligência brilhante, sensibilíssima às exigências da convivência, assídua na oração e na meditação da Sagrada Escritura.
Texto de Santo Agostinho sobre sua mãe: Procuremos alcançar a sabedoria eterna
Estando bem perto o dia que ela deixaria esta vida – dia que conhecias e que ignorávamos – aconteceu por oculta disposição tua, como penso, que eu e ela estivéssemos sentados sozinhos perto da janela que dava para o jardim da casa onde nos tínhamos hospedado, lá junto de Óstia Tiberina. Ali, longe do povo, antes de embarcarmos, nos refazíamos da longa viagem. Falávamos a sós, com muita doçura e, esquecendo-nos do passado, com os olhos no futuro, indagamos entre nós sobre a verdade presente, quem és tu, como seria a futura vida eterna dos santos, que olhos não viram, nem ouvidos ouviram nem subiu ao coração do homem (cf. 1Cor 2,9). Mas ansiávamos com os lábios do coração pelas águas celestes de tua fonte, fonte da vida que está junto de ti.
Eu dizia estas coisas, não deste modo nem com estas palavras. No entanto, o Senhor, tu sabes que naquele dia, enquanto falávamos, este mundo foi perdendo o valor, junto com todos os seus deleites. Então disse ela: “Filho, quanto a mim, nada mais me agrada nesta vida. Que faço ainda e por que ainda aqui estou não sei. Toda a esperança terrena já desapareceu. Uma só coisa fazia-me desejar permanecer por algum tempo nesta vida: ver-te cristão católico, antes de morrer. Deus me atendeu com a maior generosidade, porque te vejo até como seu servo, desprezando a felicidade terrena. Que faço aqui?”.
O que lhe respondi não me lembro bem. Cinco dias depois, talvez, ou não muito mais, caiu com febre. Doente, um dia desmaiou, sem conhecer os presentes. Corremos para junto dela, mas recobrando logo os sentidos, viu-me e mim e a meu irmão e disse-nos, como que procurando algo semelhante: “Onde estava eu?”.
Em seguida, olhando-nos, opressos pela tristeza, disse: “Sepultai vossa mãe”. Eu me calava e retinha as lágrimas. Mas meu irmão falou qualquer coisa assim que seria melhor não morrer em terra estranha, mas na pátria. Ouvindo isso, ansiosa, censurando-o com o olhar por pensar assim, voltou-se para mim: “Olha o que diz”. Depois falou a ambos: “Ponde este corpo em qualquer lugar. Não vos preocupeis com ele. Só vos peço que vos lembreis de mim no altar de Deus, onde quer que estiverdes”. Terminado como pôde de falar, calou-se e continuou a sofrer com o agravamento da doença. Finalmente, no nono dia de sua doença, aos cinqüenta e seis anos de idade e no trigésimo terceiro da minha vida, aquela alma piedosa e santa libertou-se do corpo.
Dos Livros das Confissões, de Santo Agostinho, bispo.
(Lib. 9,10-11: CSEL 33,215-219) (Séc. V).
Mônica encarna o modelo de esposa ideal e mãe cristã. “Vós a ouvistes, ó Senhor, e aceitastes suas lágrimas que, de tantas derramadas em contínua oração, regariam toda a terra”. Antífona própria do Benedictus do ofício
Orações: Nobilíssima Santa Mônica rogai por todas as mães, principalmente por aquelas mães que se esquecem que ser mãe é sacrificar-se com alegria e amor.
Rogai virtuosa Santa Mônica, para que se abram os olhos e as almas de todas as mães, para que elas enxerguem a beleza da vocação materna. A beleza do sacrifício materno.
Em um tempo em que se questiona por que se deve deixar nascer um bebê anencéfalo, rogai Santa Mônica, para que todas as mães saibam abraçar com Fé o sofrimento e a dor, assumam seus filhos com coragem, como instrumento de santificação para suas famílias, e para sua própria santificação. Amém.
Ó Esposa e Mãe exemplar, Santa Mônica: Tu que experimentastes as alegrias e as dificuldades da vida conjugal; Tu que conseguiste levar à fé teu esposo Patrício, homem de caráter desregrado e irascível; Tu que chorastes tanto e oraste dia e noite por teu filho Agostinho e não o abandonaste mesmo quando te enganou e fugiu de ti. Intercede por nós, ó grande Santa, para que saibamos transmitir a fé em nossa família; para que amemos sempre e realizemos a paz. Ajuda-nos a gerar nossos filhos também à vida da Graça; conforta-nos nos momentos de tristeza e alcança-nos da Santíssima Virgem, Mãe de Jesus e Mãe nossa a verdadeira paz e a Vida Feliz. Amém.