Fizeram-me uma pergunta sobre a personagem da quarta estação da Via Sacra: “Existe alguma passagem nos Evangelhos sobre a Verônica e o seu véu?” Nem tudo que nós católicos acreditamos como revelado por Deus esta contido na Bíblia, na nossa fé católica existem três pilares a Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério. Estes três pilares juntos nos dão uma visão completa da Revelação de Deus. Verônica é um personagem que nos veio pela Sagrada Tradição.
Uma Tradição muito antiga da Igreja diz que uma mulher enxugou o rosto de Cristo no caminho do Calvário; milagrosamente a imagem de Jesus sofredor teria sido gravada no lenço da mulher. A tradição a chama de Verônica (Veros icona – ícone verdadeiro). O Papa emérito Bento XVI foi o primeiro Papa a visitar o Santuário do Santo Rosto de Manoppello, em agosto de 2006, onde, segundo a tradição, encontra-se o véu com o qual a Verônica teria enxugado o rosto de Cristo. (Zenit.org, Vaticano, 31 ago. 06)
É algo novo e diferente; o que terá motivado o Papa a ver o ícone de Verônica? Certamente o Papa alimenta alguma esperança de que possa ser autêntico, como o santo Sudário de Turim. O Santuário que acolhe a relíquia, conhecida antigamente como «a mãe de todos os ícones», confiada aos Freis Menores Capuchinhos, encontra-se em um pequeno povoado dos Abruptos, nos montes Asininos, a uns 200 quilômetros de Roma.
O Santo Rosto é um véu de 17×24 centímetros. Quando o se aproxima do véu, pode-se ver a imagem de um homem que sofreu, pelos golpes da paixão, como os que sofreu Cristo.
Pe. Heinrich Pfeiffer S.I., professor de iconologia e história da arte cristã na Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma, estudou este véu durante treze anos e foi o primeiro cientista a assegurar que se trata do véu da Verônica que antes se custodiava no Vaticano.
No livro apócrifo dos Atos de Pilatos (século VI), fala-se de uma mulher, conhecida com o nome de Verônica (do nome «Vera icona», «verdadeiro ícone»), que enxugou com um véu o rosto de Cristo na Via Sacra. Apesar destas fontes incertas, que se encontram já no século IV, segundo constata o Pe. Pfeiffer, alemão, a história do Véu da Verônica está presente através dos séculos na tradição católica. Em seu filme «Jesus de Nazaré», o diretor de cinema Franco Zeffirelli a recolhe.
Por ocasião do primeiro ano santo da história, no ano 1300, o Véu da Verônica converteu-se em uma das «Mirabilia urbis» (maravilhas da cidade de Roma) para os peregrinos que puderam visitar a Basílica de São Pedro no Vaticano. Confirma o maior poeta da história da Itália, Dante Alighieri (1265-1321), no canto XXXI do «Paraíso» (versículos 103-111) na «Divina Comédia».
As marcas do véu da Verônica se perderam nos anos sucessivos ao Ano Santo 1600, quando o véu foi encontrado em Manoppello. O Pe. Pfeiffer explica que no véu de Manoppello, na margem inferior, pode-se ver ainda um pequeno fragmento de vidro do relicário anterior, o que demonstraria sua procedência do Vaticano.
Segundo a «Relação Histórica», escrita em 1646 pelo sacerdote capuchinho Donato de Bomba, em 1608 uma senhora, Marzia Leonelli, para tirar seu marido da prisão, vendeu por 400 escudos o Véu da Verônica, que havia recebido como dote, a Donato Antonio de Fabritius. Dado que a relíquia não se encontrava em boas condições, Fabritius a entregou em 1638 aos padres capuchinhos de Manoppello.
Frei Remigio da Rapino recortou os cantos do Véu e o colocou entre duas molduras de madeira. As molduras e os vidros são o que ainda hoje conservam o véu em Manoppello.
Esta relação, da qual não há outras provas históricas, diverge da reconstrução do Pe. Pfeiffer, narrando a história popular da chegada do ícone aos Abruzos, das mãos de um peregrino, em 1506. Até 1638, o ícone teria passado por várias mãos. Com a criação desta lenda, opinam alguns dos investigadores, se poderia ter tentado ocultar o roubo do Vaticano.
O professor Donato Vittori, da Universidade de Bari, fez um exame do véu em 1997 com raios ultravioleta, descobrindo que as fibras não têm nenhum tipo de pigmentação. Ao se observar a relíquia com o microscópio, descobre-se que não está pintada e que não está tecida com fibras de cor.
Através de sofisticadas técnicas fotográficas digitais, pôde-se constatar que a imagem é idêntica em ambos os lados do véu, como se fosse um slide. A iconógrafa Blandina Pascalis Shloemer demonstrou que a imagem do Santo Sudário de Turim se sobrepõe perfeitamente ao Santo Rosto de Manoppello (com mais de dez pontos de referência).
O Pe. Pfeiffer recolheu as principais obras artísticas da história que se inspiram no véu da Verônica, até que Paulo V proibisse sua reprodução, após o provável roubo no Vaticano, e todas parecem ter por modelo a relíquia de Manoppello.
O Pe. Pfeiffer esteve em Manoppello com o Papa, e explicou que: «Quando os diferentes detalhes se encontram reunidos em uma só imagem, esta última deve ter sido o modelo de todas as demais. Todas as demais pinturas imitam um só modelo: a Verônica de Roma. Por este motivo, podemos concluir que o Véu de Manoppello não é senão o original da Verônica de Roma». Mais informações emwww.voltosanto.it
A Igreja não nos obriga a crer nestas relíquias e deixa a livre uso da fé de cada um; mas pelo que vimos acima há chances de que o ícone de Verônica seja verdadeiro; o que levou o Papa a ter interesse de vê-lo.
Eis o rosto ensangüentado/ Por Verônica enxugado / Que no pano apareceu / Que no pano apareceu. Pela Virgem dolorosa/ Vossa MÃE tão piedosa/ Perdoai ó meu JESUS/ Perdoai ó meu Jesus.
“Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água”. (Cf. João 19,33-34)
Conta-nos uma antiga Tradição, que este soldado que perfurou o lado de Jesus teria sido São Longuinho. Após furar o lado de Cristo, o sangue e água que jorraram caíram primeiro em seus olhos e ele fora curado duplamente pelo sangue de Jesus. A primeira cura que experimentou São Longuinho foi uma cura física, pois ele tinha um dos olhos perfurados pelas inúmeras batalhas e assim que o Preciosíssimo Sangue lhe atingiu foi como o mais precioso colírio que a humanidade poderia ter recebido. A segunda cura foi espiritual, ele não acreditava que Jesus era o filho de Deus, era doente na alma pela falta de fé. Assim que se percebeu curado viu todo o cenário maravilhoso da salvação e exclamou: ”Verdadeiramente este era o Filho de Deus!” (Cf. Mateus 27,54). Você sabia da existência verdadeira deste santo?
Contemplemos essa cena dolorosa, mas ao mesmo tempo fonte de cura e libertação. Um gesto brutal, mas que nos deu a grande fonte dos sacramentos e da vida para nossa Igreja e para nós. Bebamos da fonte da Vida Nova, Sangue e Água direto do coração de Deus, brota a possibilidade de sermos curados de nossas doenças físicas e espirituais. Quantos de nós hoje padecemos de dor e sofrimento em nosso corpo, um câncer, uma AIDS, uma paralisia, a própria cegueira, as doenças do nosso tempo, depressão, a solidão, o medo, o vazio e a síndrome do pânico e etc., mas podemos contemplar o crucificado e nos colocar embaixo deste rio de Água Viva que quer nos curar de toda enfermidade nos lavando em seu Preciosíssimo Sangue.
O Sangue preciosíssimo de Jesus lava-nos de nossa cegueira, da falta de fé, da insensibilidade, das experiências que nos encheram de desamor e de ódio, das falsas doutrinas que predentem nos ensinar o caminho da salvação, das situações e do próprio pecado. No Sangue e Água podemos nascer de novo, para uma vida nova como homens e mulheres que beberam das torrentes da Fonte da Vida o Corpo Glorioso de Jesus, mas ferido de um eterno e infinito amor por você e por mim.
Rezemos: Ó Sangue e Água que chorastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós. Lava os meus olhos e cura minha falta de fé e de esperança, cura minhas feridas do corpo e da alma, alivia as minhas dores, perdoa os meus pecados, liberta-me do mal e da tentação do demônio. Quero com São Longuinho e Nossa Senhora proclamar que o Sangue de Jesus tem poder na minha vida! Amém.
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Muito me incomoda em nossos tempos modernos o barulho excessivo e generalizado, ou seja, a falta de silêncio interior e exterior. Também para podermos rezar, tomar decisões, escutar a Deus a si mesmo e aos outros. Outro dia fui ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida e li numa das colunas internas do Santuário o apelo: silêncio também é oração! Parece que diante de tudo que a gente vive é necessário falar o tempo todo, pouco se faz silêncio, um dos motivos, penso eu é que na verdade nós temos medo do que vamos ouvir, por isso, o silêncio nos incomoda tanto e também nos tempos de hoje não educamos as pessoas para ouvir, vivemos no meio de muita informação e pouca comunicação.
Enquanto o caminho aperta e acelera em direção à Cruz e a Páscoa de Nosso Senhor Jesus é necessário silenciar. Não podemos fazê-lo sem passar pela ORAÇÃO nos exercícios espirituais de conversão, percebo o quão necessário é silenciar. Mesmo porque, se oração é diálogo é fundamental que ela seja intercalada de profundos momentos de silêncio. Este tem a função de abrir espaço para a Palavra do Senhor, sua direção e suas moções, mas também abre espaço para ouvir a nós mesmos e aos outros. Hoje não sabe-se falar, por quê não se forma para escutar, para compreender, para sentir com o irmão.
Quem fala quando deveria silenciar, está cheio de si mesmo e quem silencia quando deveria falar, erra, omite-se. Silêncio fecundo gera diálogo, movimento, mudança, conversão. Existe silêncio que é fuga e existem aqueles que geram comunicação, aproximação, dá qualidade a palavra, ao gesto concreto, a ação.
É verdade que o silêncio é imprescindível para rezar, mas não só para isso. Para qualquer diálogo é preciso escutar, calar e ouvir o outro, nós aprendemos a falar porque escutamos nossos pais e irmãos falando e começamos a dizer as primeiras palavras. É necessário escutar bem para falar bem e na hora certa. É necessário ouvir para aprender. Silenciar para se ter coragem para reconhecer o homem interior. É uma viagem tão pequena a que se faz da mente ao coração e do coração aos lábios, mas nós temos um medo muito grande de realizá-la, porque não sabemos o que vamos encontrar. Muitas vezes porque sabemos não temos coragem de se recolher no coração e se deparar com alguns monstros bem conhecidos.
Existem alguns níveis de silêncio que fogem muitas vezes do padrão, pois Silêncio não é somente ausência de barulho.
É verdade que o primeiro nível de silêncio é o exterior, que pode incomodar muito e interferir em nossa vida e em nossa saúde. “Sem recolhimento não há profundidade”, e vivemos na superficialidade, fazendo muito barulho para não escutar os gritos do nosso interior. Por exemplo, o barulho das grandes cidades hoje é um problema até de saúde publica, notam-se as famílias procurando residências afastadas dos grandes centros, sítios e cidades menores. A necessidade do silêncio para descansar o corpo e a alma.
O silêncio interior é antes de tudo o mais necessário e imprescindível para o ser humano, para o seu equilíbrio, para discernir e tomar decisões, para ouvir a sua consciência. Mesmo porque haverá momentos que mesmo em meio a muitas pessoas conversando, trabalhando, ou até se divertindo, isso não vai me incomodar pelo nível do barulho que esta se fazendo e pelo silêncio interior que existe dentro de mim. Por isso, a ausência de barulho interior, agitação, nervosismo e distração são essenciais para a vida de todo ser humano.
Este estado de espírito se desenvolve em nós quando construímos e temos a PAZ. Esta paz não é somente ausência de guerra, de confusão, de brigas, mas ela provém de um caminho de maturidade e equilíbrio que vou fazendo em minha vida, de escolhas, de pessoas que caminham comigo, pois o grupo que me associo pode me tirar ou me dar à paz, e isso influencia diretamente no meu interior, no silêncio ou no barulho e confusão que eu transmito. Daí eu me torno promotor da paz ou da confusão, do silencio ou do barulho.
Shalom é o nome da paz do ressuscitado, uma PAZ completa que atinge o corpo e a alma de cada homem e mulher, que ultrapassa as condições externas e nasce de uma experiência interior, de uma coragem de encarar a vida e de escutar as vozes de dentro e de fora. Jesus disse para os discípulos com medo e escondidos no cenáculo depois da experiência traumatizante da cruz: “Deixo-vos a Paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (cf. João14, 27). Quando Deus visita o interior de nosso coração nasce a Paz, o SILÊNCIO e a Coragem.
Por isso, Silêncio não é somente uma questão de PSIU! E como é chato ter a necessidade de fazer ou ver e ouvir alguém colocando o dedo indicador na boca e fazendo esse barulho PSIU, que mais irrita do que resolve. O que resolve na verdade é a Paz, o Shalom que é a mãe do silêncio interior que transborda para nossa vida exterior. Desejo para você a Paz, para que possa ter o silêncio e as condições para decidir e viver melhor a sua vida! Se o silêncio é o porteiro da vida interior, façamos com coragem essa viagem preciosa da mente ao coração. Ao mundo desconhecido de nossa alma, de nossa consciência sem medo do que vamos encontrar dos monstros e das situações do passado e do presente, inferioridade e tantas outras coisas que guardamos dentro de nosso interior e que o barulho sufoca essas situações de manifestassem e serem resolvidas.
Sem recolhimento não há profundidade, sem silêncio não se ultrapassa a porta desde mundo interior que esta nosso coração e precisa vir para fora. E você verá que conhecendo encontrará mais surpresas agradáveis.
Convido a rezar comigo essa oração A Virgem Mãe do Silêncio:
Oração: Virgem do Silêncio, Tu que ouve nossas vozes, ainda que não falemos, pois compreende no movimento de nossas mãos a linguagem de nossos corações. Não te pedimos Senhora, que nos dê a voz e o ouvido para nossos corpos, mas sim que nos conceda entender a Palavra do teu Filho e o discernimento dos espíritos e das situações. Chegar a Ele com amor para salvação de nossas almas.
Queremos amar nosso silêncio para evitar a calunia, o ódio e o pecado, as decisões sem pensar e calando dar testemunho de nossa fé. Queremos oferecer-te o silêncio no qual vivemos para que todos te chamemos de Mãe e sejamos verdadeiros irmãos, sem ódios, nem rancores, como filhos teus. Pedimos que traduza nosso arrependimento, nossas palavras quando não conseguimos expressar diante do teu Filho, na hora das decisões, das escolhas e na hora de nossa morte, para que na outra vida, possamos ouvir e falar cantando tua louvação por toda a eternidade. Amém
“Sua mãe guardava todas estas coisas no coração” (Lucas 2,51).
Minha benção fraterna+
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discípulado.
A Virgem Maria tem uma missão especial na historia da salvação resgatou a obediência à Vontade de Deus. Esteve com Jesus do seu nascimento até sua Ascensão ao céu. Esteve com Jesus aos pés da cruz e compartilhou com coração de mãe os sofrimentos do Filho. Neste ambiente de cruz e salvação ela também oferecia suas dores e por Jesus foi nos dada como mãe, como um dom especial, que saiu do seu coração dilacerado pelos nossos pecados, a partir da cruz Maria é mãe de toda a humanidade: Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” (Cf. Jo 19,26-27).
Será que conseguimos imaginar as dores do coração de Maria ao acompanhar O Mistério da vida e morte do seu Filho? Pois como diz a Palavra de Deus em João 3, 16 “Deus amou tanto o mundo que deu o seu filho único para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. A vida de Jesus foi uma entrega total e consciente, um caminho para morte a fim de gerar a vida por aqueles que não mereciam. E o mais bonito Maria a mãe, se entrega com Ele, pois ela também abraça a humanidade nas dores do seu Imaculado Coração. OCaminho da Mãe Dolorosa, na sexta-feira durante a Quaresma os exercícios espirituais de conversão nos pedem o Jejum e a Oração da Via Sacra, com Maria Virgem das dores faça também este caminho espiritual. Enquanto você vê o clipe reze a Via Matris:
Como a Virgem Maria ajuda você a viver os seus momentos de sofrimento? Clique em comentários e deixe seu testemunho, louvor e orações.
Ato de contrição:
Senhor, eu me arrependo sinceramente de todo mal que pratiquei e do bem que deixei de fazer. Pecando, eu vos ofendi, meu Deus e sumo bem, digno de ser amado sobre todas as coisas. Prometo firmemente, ajudado com a vossa graça, fazer penitência e fugir às ocasiões de pecar. Senhor tende piedade de mim, pelos méritos da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, nosso Salvador.
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.
Nesta primeira estação se contempla a profecia do Santo ancião Simão. Considera alma minha, a grande dor da Virgem Santíssima ao ouvir as tristes palavras que o ancião Simão profetizou referentes à Paixão e morte do menino Jesus. Oh! Mãe aflita. Pela dor com que foste tão atormentada em tua alma te suplico me dê lágrimas de verdadeira contrição, para que seja meritória a compaixão que sinto por tuas dores. Reza-se 1 Ave Maria
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.
Nesta segunda estação se contempla a ida ao Egito. Considera alma minha, a aguda dor da Virgem Maria ao receber de São José a mensagem do anjo que deviam sair de noite ao Egito para salvar ao menino Deus da matança decretada por Herodes. Oh!, Mãe aflita. Pela dor que sentiste ao ir com teu Filho ao Egito, suplico-te me dês a graça para sair sempre das ocasiões de pecar. Reza-se 1 Ave Maria
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.
Nesta terceira estação se contempla a perda de Jesus no Templo. Considera alma minha, a intensa dor da Virgem Maria quando viu que havia perdido a seu amado Filho, pelo qual buscou durante três dias com inconsolável aflição. Oh!, Mãe aflita. Pela dor que tiveste ao perder a teu Filho, te suplico me alcances a graça para que o busque até achá-lo no templo de minha alma. Reza-se 1 Ave Maria
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.
Nesta quarta estação se contempla o dolorosíssimo encontro da Virgem Santíssima com seu Filho Divino. Considera alma minha, a agudíssima dor da Virgem Maria ao encontrar-se com seu Divino Filho, quando levava a pesada cruz até o monte Calvário para ser crucificado nela por nossa salvação. Oh!, Mãe aflita. Pela dor com que viste o teu Filho carregando a cruz, suplico-te me dês a graça para segui-lo, levando com paciência a cruz de meus trabalhos. Reza-se 1 Ave Maria
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.
Nesta quinta estação se contempla a crucificação e morte de Jesus. Considera alma minha, a penetrante dor da Virgem Maria quando viu o seu Filho cravado sobre o duro madeiro da Cruz, e morrer derramando sangue por todo seu sacratíssimo corpo. Oh! Mãe aflita. Pela dor com que viste crucificar o teu Divino Filho suplico-te dês a graça para que mortificando minhas paixões, viva sempre crucificado com Cristo. Reza-se 1 Ave Maria
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.
Nesta sexta estação se contempla o descimento de Jesus da Cruz. Considera alma minha, a agudíssima dor que transpassou o coração da Virgem Maria ao receber em seus braços o corpo morto de Jesus, coberto de sangue e todo despedaçado. Oh! Mãe aflita. Pela dor que recebeste ao ter em teus braços, chagado e destroçado, o corpo de teu Filho no sepulcro, te suplico me alcances a graça de recebê-lo dignamente na Sagrada Comunhão. Reza-se 1 Ave Maria
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.
Nesta sétima estação se contempla a sepultura de Jesus. Considera alma minha, os soluços que exalaria o coração aflito da Virgem Maria, ao ver a seu amado Jesus colocado no sepulcro. Oh! Mãe aflita. Pela dor com que deixaste o corpo de teu Filho no sepulcro, suplico-te me dês a graça para detestar o pecado e viver morto aos gostos do mundo. Reza-se 1 Ave Maria
Oração final: Rogamos-te Senhor nosso Jesus Cristo, que seja nossa intercessora, cercada de tua clemência, agora e na hora de nossa morte, a Bem-aventurada Virgem Maria, tua Mãe, cuja sacratíssima alma foi transpassada pela dor na hora de tua Paixão. Pedimos-te por Vós, Cristo Jesus, Salvador do mundo, que com o Pai e o Espírito Santo vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.
Veja não é difícil fazer o Jejum:
Virgem Dolorosa rogai por nós!
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discípulado.
Em síntese: O exercício espiritualda Via Sacra consiste em que os fiéis percorram mentalmente a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente a Paixão do Senhor. Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (séculos XI/XIII): os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O número de estações ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações, no século XVI. O Papa João Paulo II introduziu, em Roma, a mudança de certas cenas desse percurso não relatadas nos Evangelhos por outros quadros narrados pelos Evangelistas. A nova configuração ainda não se tornou geral. O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.
Compreende quatorze estações ou etapas, cada uma das quais apresenta uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo. A Via Sacra é um exercício espiritual onde quem reza faz uma mini-peregrinação na Vida de Jesus Cristo contemplando os Mistérios de nossa Salvação, exercício este muito proveitoso para alma, costuma-se rezar nas sextas-feiras durante a quaresma. A Quaresma é um grande retiro em prepara;áo para a Páscoa.
Oração da Via Sacra
1ª Estação: Jesus é condenado à morte.
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Sentenciado e não por um tribunal, mas sim por todos e por nossos pecados. Condenado pelos mesmos que vos tinham aclamado pouco antes. E Ele cala… Nós fugimos de ser reprovados. E saltamos imediatamente…
Daí-me, Senhor, vos imitar, me unindo a Ti pelo Silêncio quando alguém me faça sofrer ou me condene injustamente. Eu o mereço. Ajudai-me! Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
2ª Estação: Jesus carrega a cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Que eu compreenda, Senhor, o valor da cruz, de minhas pequenas cruzes de cada dia, de meus achaques, de minhas doenças, de minha solidão. Que eu não desanime, mas tome a minha cruz de cada dia e te siga, faça dela um instrumento de salvação.
Daí-me converter em oferta amorosa, em reparação por minha vida e no apostolado por meus irmãos, minha cruz de cada dia. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
3ª Estação: Jesus cai, pela primeira vez, com o peso da cruz.
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Tu cais Senhor, para me redimir. Para me ajudar a me levantar em minhas quedas diárias, quando depois de ter me proposto a ser fiel, volto a reincidir em meus pecados e defeitos cotidianos.
Ajuda-me a levantar sempre e a seguir meu caminho a Ti! Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
4ª Estação: Encontro com a Virgem Maria
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Faz Senhor, com que eu me encontre ao lado de tua Mãe em todos os momentos de minha vida. Com ela, apoiando-me em seu carinho maternal, tenho a segurança de chegar a Ti no ultimo dia de minha existência.
Ajuda-me Mãe! Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
5ª Estação: O Cirineu ajuda o Senhor a carregar a Cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Cada um de nós tem nossa vocação, viemos ao mundo para algo concreto, para nos realizarmos de uma maneira particular. Qual é a minha vocação e como eu a vivo? Mas, há algo, Senhor, que é minha missão e de todos: a de ser Cirineu dos demais, a de ajudar a todos.
Como levo adiante a realização de minha missão de Cirineu? Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
6ª Estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. É a mulher valente, decidida, que se aproxima de Ti quando todos te abandonam. Eu, Senhor, te abandono quando me deixo levar por ele “que dirão”, do respeito humano, quando não me atrevo a defender o próximo ausente, quando não me atrevo a replicar uma brincadeira que ridiculariza aos que tratam de aproximar-se de Ti. E em tantas outras ocasiões.
Ajuda-me a não me deixar levar pelo respeito humano, pelo “o que dirão”. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
7ª Estação: Segunda queda no caminho da Cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Cais, Senhor, pela segunda vez. A Via Sacra nos indica três quedas em teu caminhar até o Calvário. Talvez foram mais. Cais diante de todos… Quando aprenderei a não temer ficar mal diante dos demais, por um erro, pelo orgulho, por um equívoco? Quando aprenderei que também isso pode se converter em oferenda? Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
8ª Estação: Jesus consola as filhas de Jerusalém
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Muitas vezes, teria eu que analisar a causa de minhas lágrimas. Ao menos, de meus pesares, de minhas preocupações. Talvez haja neles um fundo de orgulho, de amor próprio mal entendido, de egoísmo, de inveja. Deveria chorar por minha falta de correspondência a teus inúmeros benefícios de cada dia, que me manifestam Senhor, quanto me queres.
Daí-me profunda gratidão e correspondência a tua misericórdia. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
9ª Estação: Jesus cai pela terceira vez
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Terceira queda. Mais perto da Cruz. Mais esgotado, mais falta de forças. Cais desfalecido, Senhor. Eu digo que me pesam os anos, que não sou o mesmo de antes, que me sinto incapaz.
Daí-me, Senhor, imitar-te nesta terceira queda e faz com que meu desfalecimento seja benéfico para outros, porque eu os dou a Ti para eles. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
10ª Estação: Jesus é despojado de suas vestes
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Arrancam tuas vestes, aderidas a Ti pelo sangue de tuas feridas. A infinita distância de tua dor, eu senti, às vezes, como algo que arrancava dolorosamente de mim pela perda de meus seres queridos.
Que eu saiba oferecer a lembrança das separações que me desgarraram, unindo-me a tua paixão a consolar aos que sofrem, fugindo de meu próprio egoísmo. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
11ª Estação: Jesus é pregado na Cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Senhor, que eu diminua minhas limitações com meu esforço e assim possa ajudar a meus irmãos. Quero pregar na cruz contigo todos os meus pecados, o meu homem velho, meus vícios, egoísmos e auto-suficiências…
E que quando meu esforço não consiga diminuí-las, me esforce em oferecê-las também por eles. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
12ª Estação: Jesus morre na Cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Eu te adoro, meu Senhor, morto na Cruz para me salvar. Adoro e beijo suas chagas, as feridas dos cravos, o golpe de lança no lado, de onde jorrou sangue e àgua fonte de misericória para nós… Obrigado Senhor, obrigado! Morreste para me salvar, para salvar a todos nós e nos dar a vida em plenitude.
Daí-me responder a teu amor com amor, cumprir a tua Vontade, trabalhar por minha salvação, ajudado por tua graça. E daí-me trabalhar com afinco pela salvação de meus irmãos e pela defesa da vida. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
13ª Estação: Jesus nos braços de sua mãe
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Deixa-me estar a teu lado, Mãe, especialmente nestes momentos de tua incomparável dor. Deixa-me estar a teu lado. Mais te peço: que hoje e sempre me tenhas perto de Ti e te compadeças de mim. Nos momentos de dor e sofrimento ponha-me no teu colo.
Olhai-me com compaixão, não me deixes ó minha Mãe! Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
14ª Estação: Jesus é depositado no Sepulcro.
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Tudo está terminado. Mas não: depois da morte, a Ressurreição. Ensina-me a ver tudo o que passa, o transitório e passageiro, à luz do que não passa. E que essa luz ilumine todos meus atos. Que eu nunca perca a esperança, pois o amor é mais forte do que a morte!
Coloco no sepulcro vazio todos os meus pecados e o homem velho. Assim seja. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
Oração Final: Eu te suplico Senhor, que me concedas, por intercessão de tua Mãe a Virgem Maria, que cada vez que medite tua Paixão, fique gravado em mim com marca de atualidade constante, o que Tu fizeste por mim e teus constantes benefícios. Faz Senhor, que me acompanhe, durante toda minha vida, um agradecimento imenso a tua Bondade. Amém
Clique AQUI e vejaComo viver o Jejum nesta Quaresma.
“Olhe pra Cruz essa é a minha grande prova: Ninguém te ama como Eu!”.
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Minha benção fraterna+
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador do Pré-discípulado.
Neste encontro, no máximo do seu sofrimento humano e moral Jesus encontra o auxilio de um desconhecido. Parece que Ele não teria mais força para carregar a Cruz até o Calvário, Jesus que carrega a cruz para salvar a humanidade por um homem é ajudado. Quantas vezes em nossa vida parece que não vamos aquentar, a cruz é pesada demais. É nesta hora que o próprio Jesus se torna o nosso Cirineu e toma sobre si as nossas dores. Coloca em nosso caminho alguém especial que nos ajuda a carregar a cruz. Jesus diz para você hoje: “Eu sou o teu cirineu, não estás sozinho. Também coloco ao teu lado amigos, familiares que te ajudem a carregar a tua cruz: Aguenta firme meu filho!”. O Acampamento da Semana Santa é o mais profundo e o mais bonito que eu já vivi na Canção Nova.
Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos. Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.
Do evangelho segundo São Mateus 27, 32; 16 24.
Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e requisitaram-no, para levar a cruz de Jesus. Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser seguir-Me, renegue-se a si mesmo, pegue na sua cruz e siga-Me”.
MEDITAÇÃO
Simão de Cirene regressa do trabalho, vai a caminho de casa quando se cruza com aquele triste cortejo de condenados – para ele talvez fosse um espetáculo habitual. Os soldados valem-se do seu direito de coação e colocam a cruz às costas dele, robusto homem do campo. Que aborrecimento não deverá ter sentido ao ver-se inesperadamente envolvido no destino daqueles condenados! Faz o que deve fazer, mas certamente com grande relutância. E, todavia o evangelista Marcos nomeia, juntamente com ele, também os seus filhos, que evidentemente eram conhecidos como cristãos como membros daquela comunidade (Mc 15, 21). Do encontro involuntário, brotou a fé. Acompanhando Jesus e compartilhando o peso da cruz, o Cireneu compreendeu que era uma graça poder caminhar juntamente com este Crucificado e assisti-Lo. O mistério de Jesus que sofre calado tocou-lhe o coração. Jesus, cujo amor divino era o único que podia, e pode redimir a humanidade inteira, quer que compartilhemos a sua cruz para completar o que ainda falta aos seus sofrimentos (Col 1, 24). Sempre que, bondosamente, vamos ao encontro de alguém que sofre alguém que é perseguido e inerme, partilhando o seu sofrimento ajudamos a levar a própria cruz de Jesus. E assim obtemos salvação, e nós mesmos podemos contribuir para a salvação do mundo.
ORAÇÃO: Senhor abristes a Simão de Cirene os olhos e o coração, dando-lhe, na partilha da cruz, a graça da fé. Ajudai-nos a assistir o nosso próximo que sofre, ainda que este chamamento resultasse em contradição com os nossos projetos e as nossas simpatias. Concedei-nos reconhecer que é uma graça poder partilhar a cruz dos outros e experimentar que dessa forma estamos a caminhar convosco. Fazei-nos reconhecer com alegria que é precisamente pela partilha do vosso sofrimento e dos sofrimentos deste mundo que nos tornamos ministros da salvação, podendo assim ajudar a construir o vosso corpo, a Igreja.
Em síntese: O exercício espiritualda Via Sacra consiste em que os fiéis percorram mentalmente a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente a Paixão do Senhor. Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (séculos XI/XIII): os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O número de estações ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações, no século XVI. O Papa João Paulo II introduziu, em Roma, a mudança de certas cenas desse percurso não relatadas nos Evangelhos por outros quadros narrados pelos Evangelistas. A nova configuração ainda não se tornou geral. O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.
Compreende quatorze estações ou etapas, cada uma das quais apresenta uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo. A Via Sacra é um exercício espiritual onde quem reza faz uma mini-peregrinação na Vida de Jesus Cristo contemplando os Mistérios de nossa Salvação, exercício este muito proveitoso para alma, costuma-se rezar nas sextas-feiras durante a quaresma. Quaresma: Tempo privilegiado de conversão e combate espiritual.
Oração da Via Sacra
1ª Estação: Jesus é condenado à morte.
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Sentenciado e não por um tribunal, mas sim por todos e por nossos pecados. Condenado pelos mesmos que vos tinham aclamado pouco antes. E Ele cala… Nós fugimos de ser reprovados. E saltamos imediatamente…
Daí-me, Senhor, vos imitar, me unindo a Ti pelo Silêncio quando alguém me faça sofrer ou me condene injustamente. Eu o mereço. Ajudai-me! Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
2ª Estação: Jesus carrega a cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Que eu compreenda, Senhor, o valor da cruz, de minhas pequenas cruzes de cada dia, de meus achaques, de minhas doenças, de minha solidão. Que eu não desanime, mas tome a minha cruz de cada dia e te siga, faça dela um instrumento de salvação.
Daí-me converter em oferta amorosa, em reparação por minha vida e no apostolado por meus irmãos, minha cruz de cada dia. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
3ª Estação: Jesus cai, pela primeira vez, com o peso da cruz.
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Tu cais Senhor, para me redimir. Para me ajudar a me levantar em minhas quedas diárias, quando depois de ter me proposto a ser fiel, volto a reincidir em meus pecados e defeitos cotidianos.
Ajuda-me a levantar sempre e a seguir meu caminho a Ti! Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
4ª Estação: Encontro com a Virgem Maria
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Faz Senhor, com que eu me encontre ao lado de tua Mãe em todos os momentos de minha vida. Com ela, apoiando-me em seu carinho maternal, tenho a segurança de chegar a Ti no ultimo dia de minha existência.
Ajuda-me Mãe! Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
5ª Estação: O Cirineu ajuda o Senhor a carregar a Cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Cada um de nós tem nossa vocação, viemos ao mundo para algo concreto, para nos realizarmos de uma maneira particular. Qual é a minha vocação e como eu a vivo? Mas, há algo, Senhor, que é minha missão e de todos: a de ser Cirineu dos demais, a de ajudar a todos.
Como levo adiante a realização de minha missão de Cirineu? Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
6ª Estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. É a mulher valente, decidida, que se aproxima de Ti quando todos te abandonam. Eu, Senhor, te abandono quando me deixo levar por ele “que dirão”, do respeito humano, quando não me atrevo a defender o próximo ausente, quando não me atrevo a replicar uma brincadeira que ridiculariza aos que tratam de aproximar-se de Ti. E em tantas outras ocasiões.
Ajuda-me a não me deixar levar pelo respeito humano, pelo “o que dirão”. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
7ª Estação: Segunda queda no caminho da Cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Cais, Senhor, pela segunda vez. A Via Sacra nos indica três quedas em teu caminhar até o Calvário. Talvez foram mais. Cais diante de todos… Quando aprenderei a não temer ficar mal diante dos demais, por um erro, pelo orgulho, por um equívoco? Quando aprenderei que também isso pode se converter em oferenda? Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
8ª Estação: Jesus consola as filhas de Jerusalém
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Muitas vezes, teria eu que analisar a causa de minhas lágrimas. Ao menos, de meus pesares, de minhas preocupações. Talvez haja neles um fundo de orgulho, de amor próprio mal entendido, de egoísmo, de inveja. Deveria chorar por minha falta de correspondência a teus inúmeros benefícios de cada dia, que me manifestam Senhor, quanto me queres.
Daí-me profunda gratidão e correspondência a tua misericórdia. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
9ª Estação: Jesus cai pela terceira vez
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Terceira queda. Mais perto da Cruz. Mais esgotado, mais falta de forças. Cais desfalecido, Senhor. Eu digo que me pesam os anos, que não sou o mesmo de antes, que me sinto incapaz.
Daí-me, Senhor, imitar-te nesta terceira queda e faz com que meu desfalecimento seja benéfico para outros, porque eu os dou a Ti para eles. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
10ª Estação: Jesus é despojado de suas vestes
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Arrancam tuas vestes, aderidas a Ti pelo sangue de tuas feridas. A infinita distância de tua dor, eu senti, às vezes, como algo que arrancava dolorosamente de mim pela perda de meus seres queridos.
Que eu saiba oferecer a lembrança das separações que me desgarraram, unindo-me a tua paixão a consolar aos que sofrem, fugindo de meu próprio egoísmo. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
11ª Estação: Jesus é pregado na Cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Senhor, que eu diminua minhas limitações com meu esforço e assim possa ajudar a meus irmãos. Quero pregar na cruz contigo todos os meus pecados, o meu homem velho, meus vícios, egoísmos e auto-suficiências…
E que quando meu esforço não consiga diminuí-las, me esforce em oferecê-las também por eles. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
12ª Estação: Jesus morre na Cruz
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Eu te adoro, meu Senhor, morto na Cruz para me salvar. Adoro e beijo suas chagas, as feridas dos cravos, o golpe de lança no lado, de onde jorrou sangue e àgua fonte de misericória para nós… Obrigado Senhor, obrigado! Morreste para me salvar, para salvar a todos nós e nos dar a vida em plenitude.
Daí-me responder a teu amor com amor, cumprir a tua Vontade, trabalhar por minha salvação, ajudado por tua graça. E daí-me trabalhar com afinco pela salvação de meus irmãos e pela defesa da vida. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
13ª Estação: Jesus nos braços de sua mãe
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Deixa-me estar a teu lado, Mãe, especialmente nestes momentos de tua incomparável dor. Deixa-me estar a teu lado. Mais te peço: que hoje e sempre me tenhas perto de Ti e te compadeças de mim. Nos momentos de dor e sofrimento ponha-me no teu colo.
Olhai-me com compaixão, não me deixes ó minha Mãe! Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
14ª Estação: Jesus é depositado no Sepulcro.
Nós vos adoramos Senhor, e vos bendizemos, porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo. Tudo está terminado. Mas não: depois da morte, a Ressurreição. Ensina-me a ver tudo o que passa, o transitório e passageiro, à luz do que não passa. E que essa luz ilumine todos meus atos. Que eu nunca perca a esperança, pois o amor é mais forte do que a morte!
Coloco no sepulcro vazio todos os meus pecados e o homem velho. Assim seja. Pequei Senhor, tem piedade e misericórdia de mim.
Pai Nossa Ave Maria e Glória…
Oração Final: Eu te suplico Senhor, que me concedas, por intercessão de tua Mãe a Virgem Maria, que cada vez que medite tua Paixão, fique gravado em mim com marca de atualidade constante, o que Tu fizeste por mim e teus constantes benefícios. Faz Senhor, que me acompanhe, durante toda minha vida, um agradecimento imenso a tua Bondade. Amém
“Olhe pra Cruz essa é a minha grande prova: Ninguém te ama como Eu!”.
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Meus queridos irmãos, em síntese: O exercício espiritual da Via Sacra consiste em que os fiéis percorram mentalmente a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente a Paixão do Senhor. Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (séculos XII XIII): os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O número de estações ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações, no século XVI. O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.
Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.
Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.
Do evangelho segundo São Mateus 27, 22-23. 26
Pilatos perguntou: “Que farei com Jesus, que é chamado Messias?” Replicaram todos: “Seja crucificado!” Pilatos insistiu: “Então, que mal fez Ele” Mas eles gritavam mais ainda: “Seja crucificado!” (…) Soltou-lhes então Barrabás. E a Jesus, depois de tê-lo mandado açoitar, entregou-O para ser crucificado.
MEDITAÇÃO
O Juiz do mundo, que um dia voltará para nos julgar a todos, está ali, aniquilado, insultado e inerme diante do juiz terreno. Pilatos não é um monstro de malvadez. Sabe que este condenado é inocente; procura um modo de libertá-lo. Mas o seu coração está dividido. E, no fim, faz prevalecer a sua posição, a si mesmo, sobre o direito. Também os homens que gritam e pedem a morte de Jesus não são monstros de malvadez. Muitos deles, no dia de Pentecostes, sentir-se-ão «emocionados até ao fundo do coração» (At. 2, 37), quando Pedro lhes disser: A «Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, (…), matastes, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa» (At. 2, 22.23). Mas naquele momento sofrem a influência da multidão. Gritam porque os outros gritam e como gritam os outros. E, assim, a justiça é espezinhada pela cobardia, pela pusilanimidade, pelo medo do diktat da mentalidade predominante. A voz subtil da consciência fica sufocada pelos gritos da multidão. A indecisão, o respeito humano dão força ao mal.
ORAÇÃO
Senhor fostes condenado à morte porque o medo do olhar alheio sufocou a voz da consciência. E, assim, acontece que, sempre ao longo de toda a história, inocentes sejam maltratados, condenados e mortos. Quantas vezes também nós preferimos o sucesso à verdade, a nossa reputação à justiça. Dai força, na nossa vida, à voz subtil da consciência, à vossa voz. Olhai-me como olhastes para Pedro depois de Vos ter negado. Fazei com que o vosso olhar penetre nas nossas almas e indique a direção à nossa vida. Àqueles que na Sexta-feira Santa gritaram contra Vós, no dia de Pentecostes destes a contrição do coração e a conversão. E assim destes esperança a todos nós. Não cesseis de dar também a nós a graça da conversão. Clique em comentários e deixe sua reflexão, seus pedidos de orações.