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Por amor de Cristo tudo suportou.

terça-feira, janeiro 25th, 2011

O que é o homem, quão grande é a dignidade da nossa natureza e de quanta virtude é capaz a criatura humana, Paulo o mostrou mais do que qualquer outro. Cada dia ele subia mais alto e aparecia mais ardente, cada dia lutava com energia sempre nova contra os perigos que lhe surgiam pela frente, de acordo com o que ele próprio afirmava: Esqueço-me do que já passou e avanço para as coisas que estão à minha frente (cf. Fl 3,13). Sentindo a morte já iminente, incitava os outros a comungarem da sua alegria, dizendo: Alegrai-vos e congratulai-vos comigo (Fl 2,18). Frente aos perigos, às injúrias e aos insultos, igualmente se alegra, e escreve aos Coríntios: Sinto complacência nas minhas enfermidades, nos ultrajes, nas perseguições (2Cor 12,10); porque sendo estas, segundo afirmava as armas da justiça, mostrava que disto lhe vinha um grande proveito.

No meio das insídias dos inimigos, conquistava contínuas vitórias, triunfando de todos os seus assaltos. E, em todo o lado, sofrendo pancadas, injúrias e maldições, como se fosse conduzido em cortejo triunfal, cumulado de troféus, nelas se gloriava e dava graças a Deus, dizendo: Sejam dadas graças a Deus, que sempre triunfa em nós (2Cor 2,14). Avançava ao encontro da humilhação e das ofensas que tinha de suportar por causa da pregação, com mais entusiasmo do que o que pomos nós em alcançar o prazer das honras; punha mais empenho na morte do que nós na vida; ansiava mais pela pobreza do que nós pelas riquezas; e desejava sempre mais o trabalho sem descanso do que nós o descanso depois do trabalho. Uma única coisa o assustava e lhe metia medo: ofender a Deus; e uma única coisa desejava: agradar sempre a Deus.

Só se alegrava no amor de Cristo, que era para ele o maior de todos os bens; com isto considerava-se o mais feliz de todos os homens; sem isto para nada lhe servia a amizade dos senhores e dos poderosos. Preferia ser o último com este amor, isto é, ser do número dos réprobos, do que encontrar-se no meio dos homens famosos pela consideração e pela honra, mas privado do amor de Cristo.

Para ele, o maior e único tormento era separar-se deste amor; esta era a sua geena, o seu único castigo, este o infinito e intolerável suplício.

Gozar do amor de Cristo era para ele a vida, o mundo, o anjo, o presente, o futuro, o reino, a promessa, enfim, todos os bens; e fora disto, em nada punha tristeza ou alegria. De tudo o que se pode ter neste mundo, nada lhe era agradável ou desagradável. Desprezava todas as coisas que admiramos, como se despreza a erva apodrecida. Para ele, tanto os tiranos como as multidões enfurecidas eram como mosquitos.

Considerava como jogos de crianças os mil suplícios, os tormentos e a própria morte, contanto que pudesse sofrer alguma coisa por Cristo.

Das Homilias de São João Crisóstomo, bispo.
(Hom. 2 sobre os louvores de S. Paulo: PG 50, 477-480) (Séc. IV).

Clique em Santo do Dia e veja: Conversão de São Paulo

Oração de São Paulo:

“Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera a ele glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre”. Amém (cf. Efésios 3, 14-21).

“Tudo posso Naquele que me dá forças!” Fl 4,13 esse era o segredo de São Paulo.


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Minha benção fraterna.

Padre Luizinho, Com. Canção Nova.

São Maximiliano Kolbe: Deu a Vida por um pai de família

sábado, agosto 14th, 2010

São Maximiliano Kolbe nascido Rajmund Kolbe, O.F.M. (Zduńska Wola (Polónia), 8 de Janeiro de 1894 – Auschwitz, 14 de Agosto de 1941), foi um frade franciscano da Polónia que se voluntariou para morrer de fome em lugar de um pai de família no campo de concentração nazista de Auschwitz, como castigo pela fuga de um prisioneiro. clique em Sando do Dia e conheça mais sobre este grande homem de Deus.

Franciscano desde 1907, fundou em 16 de Outubro de 1917 a Milícia da Imaculada, associação destinada ao apostolado católico e mariano. Instalou uma tipografia católica e editou a revista mariana “Cavaleiro da Imaculada” que alcançou a tiragem de um milhão de exemplares. Chegou a instalar uma emissora de rádio e a estender suas atividades apostólicas até o Japão: entre 1930 e 1936 foi missionário em Nagasaki.

Durante a Segunda Guerra Mundial deu abrigo a muitos refugiados, incluindo cerca de 2000 judeus. Em 17 de Fevereiro de 1941 é preso pela Gestapo, já que os nazistas temiam a sua influência na Polónia. É transferido para Auschwitz em 25 de Maio como prisioneiro #16670.

Em Julho de 1941, um homem do bunker de Kolbe foge e como represália, os nazis enviam para uma cela isolada 10 outros prisioneiros para morrer de fome e sede (o prisioneiro fugitivo é mais tarde encontrado morto, afogado numa latrina). Um dos dez lamenta-se pela família que deixa, dizendo que tinha mulher e filhos, e Kolbe pede para tomar o seu lugar. O pedido é aceito. Na realidade, o Padre Kolbe aceitava o martírio para praticar heroicamente seu múnus sacerdotal, dando assistência religiosa e ajudando a morrer virtuosamente aqueles pobres condenados. Duas semanas depois, só quatro dos dez homens sobrevivem, incluindo Kolbe. Os nazis decidem então executá-los com uma injecção de ácido carbólico. Foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 10 de Outubro de 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, o homem cujo lugar tomou e que sobreviveu aos horrores de Auschwitz.

Clique em comentários e deixe seus pedidos de orações por sua familia.

Oração

São Maximiliano Kolbe, tu que doaste a vida por um pai de família, renova as nossas famílias. Padroeiro dos casais e das famílias faze com que os casais se amem reciprocamente, que vivam na fidelidade até a morte, que os maridos respeitem a dignidade das esposas… Dize aos nossos casais que a verdadeira felicidade encontra-se na caridade recíproca e que não procurem os “interesses próprios” no divórcio, no adultério, no aborto, na liberdade sexual, no prazer e no dinheiro. Ensina que todos sejam generosos e perseverantes na oração, que observem os mandamentos e vivam na graça santificante. Amém.

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós e por todos quantos não recorrem a vós, especialmente pelos inimigos da Santa Igreja e por todos quantos são a vós recomendados.

Pai Nosso… Ave Maria… Glória ao Pai…

São Maximiliano Cavaleiro de Maria Imaculada, rogai por nós!

Minha benção fraterna.

Padre Luizinho,
Com. canção Nova.

Como surgiu a Quaresma de São Miguel?

sexta-feira, agosto 13th, 2010

A partir do dia 15 de agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora, começaremos a rezar a devoção da Quaresma de São Miguel. As devoções devem nos ajudar a viver melhor a nossa fé e o nosso relacionamento com Deus. Esse é o primeiro motivo pelo qual devo ter e rezar as santas devoções e também para interceder pelas minhas causas e pelas causas de meus irmãos. Uma devoção sadia nunca ocupa o lugar das praticas essenciais de nossa fé, como participar da Eucaristia Dominical, Santos Sacramentos, a leitura da Palavra e a pratica da Caridade. O maior fruto das nossas devoções é ter um coração cada vez mais aberto para Deus e para os irmãos.

O verdadeiro sentido da novena, escute:

Quando São Francisco começou …… a Quaresma de São Miguel Arcanjo?

Uma tradição franciscana, a Quaresma a São Miguel Arcanjo é um tempo especial de oração e penitência. Tem início, com a Festa da Assunção de Nossa Senhora 15 de agosto, e termina no dia 28 de setembro, véspera da festa aos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael dia 29 de setembro.

São Francisco foi um santo que, na sua vida mortal procurava nutrir muito sua alma, para não esfriar o seu amor por Jesus, com um espírito de oração e sacrifício muito grande. Para tanto, ele realizava, por ano, três quaresmas, além de outro período de jejum e oração em honra da Mãe de Deus, pela qual tinha um doce e especial amor, que ia da festa de São Pedro e São Paulo Apóstolos à festa da Assunção de Nossa Senhora. Foi de um modo muito especial que, na Quaresma de São Miguel Arcanjo, Deus coroou Francisco de graças abundantes, dentre elas a de marcá-lo em seu corpo, pelo profundo desejo de imitar ao seu Filho Jesus Cristo, com os sinais de sua Paixão. Todas essas quaresmas eram realizadas no Monte Alverne. (Alverne: “verna” vem de “vernare”, verbo utilizado por Dante e que significa “fazer frio”; gela.)

São Miguel, sobretudo, a quem cabe o papel de introduzir as almas no paraíso, era objetivo de uma devoção especial, em razão do desejo que tinha o santo de salvar a todos os homens. Era do conhecimento de Francisco a autoridade e o auxílio que o Arcanjo Miguel tem em exercício das almas, em salvá-las no último instante da vida e o poder de ir ao purgatório retirá-las de lá.

Esse era o principal motivo pelo qual Francisco realizava sua quaresma e isso nos é relatado na legenda Terusiana no número 93 de sua biografia, na qual o santo vai dizer no ano de 1224, ano em visita ao eremitério: “Para honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria e de São Miguel, Príncipe dos Anjos e das almas, quero fazer aqui uma quaresma”.

Nós podemos nos encontrar todos os dias aqui no blog e rezar juntos numa rede de intercessão essa poderosa oração.

Depois de rezar clique em comentários e deixe os seus pedidos de orações.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.Rogai por nós, santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Clique aqui e:Reze a Quaresma de São Miguel Arcanjo

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São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate!

Minha benção fraterna.

Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.

Obs.: Evite colocar nomes completos e situações delicadas nos seus pedidos de orações escritos nos comentários.

O Índio que viu a Virgem Maria

sexta-feira, dezembro 11th, 2009

Os registros oficiais narram que Juan Diego, para nós João Diego, nasceu em 1474 na calpulli, ou melhor, no bairro de Tlayacac ao norte da atual Cidade do México. Era um índio nativo, que antes de ser batizado tinha o nome de Cuauhtlatoatzin, traduzido como “águia que fala” ou “aquele que fala como águia”.


Era um índio pobre, pertencia a mais baixa casta do Império Azteca, sem ser, entretanto, um escravo. Dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa, numa pequena casa, mas não tinha filhos.

Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram ao México em 1524, se converteu e foi batizado, junto como sua esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia, respectivamente. Era um homem dedicado, religioso, que sempre se retirava para as orações contemplativas e penitências. Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a quatorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social.

A esposa, Maria Lúcia, ficou doente e faleceu em 1529. Ele, então, foi morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas. Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes do amanhecer. Durante uma de suas idas à igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, entre a vila e a montanha, ocorreu à primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, num lugar hoje chamado “Capela do Cerrinho”, onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: “Joãozinho, João Dieguito”, “o mais humilde de meus filhos”, “meu filho caçula”, “meu queridinho”.

A Virgem o encarregou de pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como o bispo não se convenceu, ela sugeriu que João Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição.

Na terça-feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, pediu que ele colhesse flores para ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela disse que as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, João Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Tinha, então, cinqüenta e sete anos.

Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam. Ele amou, profundamente, a santa eucaristia, e obteve uma especial permissão do bispo para receber a comunhão três vezes na semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias.

João Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.

O papa João Paulo II, durante sua canonização em 2002, designou a festa litúrgica para 9 de dezembro, dia da primeira aparição, e louvou São João Diego, pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.

Oração a São Juan Diego:

São Juan Diego, graças pela mensagem evangelizadora que com humildade nos transmitistes; louvando a ti sabemos que a Virgem Santíssima de Guadalupe é a Mãe do verdadeiro Deus por quem se vive e é a portadora de Jesus Cristo, que nos dá o seu Espírito, que vivifica nossa Igreja. Graças a ti, sabemos que Santa Maria de Guadalupe é também nossa Mãe amorosa e compassiva, que escuta nosso pranto, nossa tristeza; porque Ela trata e cura nossos sofrimentos, nossas misérias e dores. Graças ao obediente cumprimento de tua missão sabemos que Santa Maria do Guadalupe nos colocou em seu coração, que estamos embaixo de sua sombra e proteção, que é a fonte de nossa alegria, que estamos cobertos por seu manto e na cruz de seus braços. Amém

São Juan Diego da Virgem de Guadalupe rogai por nós!

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Minha benção fraterna+

Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.

O Escapulário de Nossa Senhora não é um amuleto!

quinta-feira, julho 16th, 2009

Muitas pessoas usam o escapulário ou outros objetos de devoção sem saber o seu verdadeiro significado, pior ainda quando usam como um amuleto, algo mágico que dá sorte, que livra de mau olhado ou coisa semelhante. Como se o verdadeiro sentido não viesse do coração daquele que usa tal objeto, que conhecendo o seu verdadeiro significado o usa para sinalizar algo que esta no seu intimo, sua fé, seus propósitos, sua conversão, a quem pertence. Muitos usam cruzes, medalhinhas, terços e grande numero usam o escapulário de Nossa Senhora do Carmo; como modismo, porque todo mundo esta usando ou aquele artista usou na novela. Qual o verdadeiro significado do Escapulário?

O Escapulário ou Bentinho do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração à Santíssima Virgem Maria, por meio da inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal. O escapulário do Carmo é um sacramental. No dizer do Vaticano II, “um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja”. (SC 60)

“A devoção do Escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais”. (Pio XII, 6/8/50)

A devoção ao Escapulário de Nossa Senhora do Carmo teve início com a visão de São Simão Stock. Segundo a tradição, a Ordem do Carmo atravessava uma fase difícil entre os anos 1230-1250. Recém-chegada à Europa como nômade, expulsa pelos mulçumanos do Monte Carmelo, ela atravessava um período crítico. Os frades carmelitas encontravam forte resistência de outras ordens religiosas para sua inserção. Eram hostilizados e até satirizados por sua maneira de vestir. O futuro da Ordem era dirigida por Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora. Nesta aflitiva situação ele compôs uma oração, que repetia constantemente.

Flor do Carmelo, Videira florescente,
Esplendor do Céu,
Mãe sempre Virgem e Singular,
Aos Carmelitas daí privilégios
Ó Estrela do Mar.

Ao pedir “privilégios” o santo monge buscava junto à Mãe do Céu, sinais evidentes de proteção à Ordem a Ela dedicada. No dia 16 de julho de 1251, enquanto o piedoso Simão rezava esta oração, a Virgem apareceu. Tomando o escapulário nas mãos disse: “Filho caríssimo, recebe este Escapulário, sinal especial de minha confraternidade. Eis o sinal da salvação! Salvação dos perigos. Quem morrer revestido com ele, não padecerá do fogo do eterno”.

O escapulário era um avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), o escapulário é uma peça do hábito que ainda hoje todo carmelita usa.

Com o tempo, estabeleceu-se um escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas; entre outras o privilégio sabatino: em sua bula chamada Sabatina, o Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado que se seguir a sua morte. As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1908.

O escapulário é feito de dois quadradinhos de tecido marrom unidos por cordões, tendo de um lado a imagem de Nossa Senhora do Carmo, e de outro o Coração de Jesus, ou o brasão da Ordem do Carmo. É uma miniatura do hábito carmelita, por isso é uma veste. Quem se reveste do escapulário passa fazer parte da família carmelita e se consagra a Nossa Senhora. Assim, o escapulário é um sinal visível da nossa aliança com Maria. É importante destacar algumas atitudes que devem ser assumidas por quem se reveste deste sinal mariano:

• Colocar Deus em 1º lugar na sua vida e buscar sempre realizar a vontade D’ele.
• Escutar a Palavra de Deus na Bíblia e praticá-la na vida.
• Buscar a comunhão com Deus através da oração, que é um diálogo íntimo que temos com Aquele que nos ama.
• Abrir-se ao sofrimento do próximo, solidarizando-se com ele em suas necessidades, procurando solucioná-las.
• Participar com freqüência dos sacramentos da Igreja, Eucaristia e Confissão, para poder aprofundar o mistério de Cristo em sua vida.

O escapulário não é sinal de proteção mágica: não é amuleto. Não é garantia automática de salvação. Não nos dispensa de viver as exigências da vida cristã. A imposição do Escapulário do Carmo é feita uma única vez para toda a vida, por um religioso carmelita ou por um sacerdote que siga o rito estabelecido pela Igreja. A benção é dada à pessoa para que ela seja digna de vesti-lo, e não ao escapulário. O escapulário gasto pode ser substituído por outro ou por uma medalha.

Fonte consultada: http://www.carmelitas.org.br

Eu fui revestido com o Escapulário no dia 16 de Julho de 1996 quando estava no Noviciado da Canção Nova, neste dia consagrei minha afetividade e sexualidade aos cuidados da Virgem Maria, que pode contar sempre com os meus esforços e abertura de coração para ser digno de receber as graças desta santa devoção.

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Oração A Nossa Senhora do Carmo

Santíssima Virgem Maria, Esplendor e Glória do Carmelo, olhais com especial ternura os que se revestem do vosso Santo Escapulário. Cobri-me com o manto da vossa maternal proteção, pois a Vós me consagro hoje e para sempre. Fortalecei a minha fraqueza com o vosso poder. Iluminai a escuridão do meu espírito com a vossa sabedoria. Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Adornai a minha alma com muitas graças e virtudes. Assisti-me na vida, consolai-me na morte com a vossa presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho dedicado, para que eu possa louvar-Vos por toda a eternidade. Amém

Nossa Senhora do Carmo rogai por nós!

Padre Luizinho,
Sacerdote Canção Nova.

Santa Gianna:Ela preferiu a vida contra o aborto

terça-feira, abril 28th, 2009

Eis um grande testemunho neste mundo abortista, como dizia o Papa João Paulo II: “Nós vivemos em meio a “cultura de morte”, mas ela preferiu a vida mesmo pagando com a sua. Isso é a prova de que o amor é mais forte que a morte. Nasceu em  Magenta perto de Milão em 4 de outubro de 1922.

Gianna era a décima de 13 filhos e foi educada por pais piedosos que a ensinaram que a vida era um grande presente de Deus para ser abraçado com graça. Conseqüentemente ela tinha uma forte esperança na Providencia Divina e estava confiante no poder das preces. Como adolescente e como adulta ela foi membro da Sociedade São Vicente de Paulo e voluntária para trabalhar com os pobres e os idosos. Ao mesmo tempo ela diligentemente estudou e conseguiu se formar em medicina e cirurgia na Universidade de Pávia em 1949. No ano seguinte ela abriu uma clinica em Mesero perto de sua terra natal. Ela se especializou em pediatria na Universidade de Milão em 1952,  e após ela deu especial atenção às mães, as crianças, aos idosos e aos pobres.

Giana via a medicina como um meio de servir ao Criador, assim ela aumentou seu generoso serviço para a Ação Católica. Mas em oposição à maioria dos santos Gianna exibia uma verdadeira alegria para viver. Ela amava esquiar e o “trekking” nas montanhas. Alguns pensavam que tão boa cristã iria entrar para um convento, mas após varias reflexões ela viu que sua vocação era para o casamento e cooperando com Deus em “formar uma verdadeira família Cristã”.

Em 24 de setembro de  1955, ela casou-se com  Pietro Molla na Basílica de  São Martinho em Magenta, e ela tornou-se uma feliz esposa. Gianna não era uma santa comum. Ela alegremente abraçou o casamento e balanceou  as suas obrigações como mulher de carreira, esposa e mãe. Em novembro 1956 ela se tornou mãe de Pierluigi, em dezembro de 1957 de Mariolina, e em julho de 1959 de Laura. Em setembro de 1961, no segundo mês de  gravidez ela descobriu que tinha um fibroma no útero. Era necessário uma cirurgia e ela estava, como médica, perfeitamente consciente dos riscos de continuar a sua gravidez, mas ela pediu ao cirurgião para salvar o filho que ela carregava e deixou a si própria nas mãos de Deus. Ela passou os sete meses seguintes na alegria de seus afazeres de mãe e médica, mas, contudo preocupada que o bebê em seu  útero pudesse nascer com problemas e para prevenir isso, orou muito a Deus.

Alguns dias antes da criança nascer, embora confiante na Divina Providencia, ela estava decidida a dar sua vida para salvar  a da criança. “Se você precisar decidir entre eu e a criança  escolha a criança insistiu ela ao seu médico”. Assim Gianna Emanuela nasceu na manhã de 21 de abril de 1962. Apesar de todos os esforços para salva-la, Santa Gianna veio há falecer uma semana depois, com horríveis dores.

Mas ela sempre dizia:  “Jesus, Jesus eu  te amo, eu te amo” e veio a falecer exclamando  esta frase no dia 28 de abril. Ela tinha apenas  39 anos de idade. Seu funeral foi ocasião de grande tristeza, fé e oração. O seu corpo está no cemitério de Mesero perto de Magenta.

Ela foi beatificada em  24 de abril de 1994 e canonizada em 16  de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II.

Novena: Ó Deus, amante da vida, que doaste à SANTA GIANNA responder com plena generosidade à vocação cristã de esposa e de mãe, concede também a nós, por intercessão dela, a graça (… faça o pedido…) e também seguir fielmente os teus desígnios, a fim de que resplandeça sempre nas nossas famílias a graça que consagra o amor eterno e a vida humana.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho, que é Deus, e vive e reina contigo na unidade do espírito Santo. Amém.

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Acompanhe o Seminário de vida On-line: Internautas, conecte-se ao Espírito Santo

SANTA GIANNA, ROGAI POR NÓS!

JESUS, MARIA, JOSÉ, NOSSA FAMÍLIA VOSSA É!

Rezar: 3 Pai-Nossos, 3 Ave-Marias e
3 Glórias ao Pai, todos os dias da Novena.

Com aprovação Eclesiástica
Dom Diógenes Silva Matthes

Padre Luizinho,

Missionário Canção Nova.

A Devoção e o culto a Nossa Senhora Menina

segunda-feira, setembro 8th, 2008

O Culto de Nossa Senhora Menina está inserido na Fé em Deus, muito antes mesmo de haver existido o cristianismo. Não bastasse as profecias que, desde a Criação, anunciaram a vinda daquela mulher que esmagaria a cabeça da serpente Gn. 3, l5, deparam-se-nos as visões do Rei Davi e os cânticos de seu filho, o Rei Salomão. Não bastasse a esperança sempre viva em Israel de que essa mulher, descendente de seus Reis, daria a luz o conquistador do mundo, o fato é que, logo após o passamento da Virgem (ano 45/47 d.C.), começaram a aparecer escritos, entre eles o Apocalipse de São João (23, l6-l7) que culminaram com o Proto-Evangelho de São Tiago Menor, que foi texto corrente nas Igrejas do Oriente, onde até se chegou a supor que se tratasse de uma introdução ao Evangelho de São Marcos.

O Proto Evangelho de São Tiago Menor trata, antes de tudo, da Natividade de Nossa Senhora, de Nossa Senhora Menina. Precedentes desse texto já existiam outros entre os anos 88 e l00 d. C. As citações do Proto-Evangelho continuaram pelo correr dos séculos, como se vê em Germano I, Patriarca de Constantinopla (715), André Cretense (720), São João Damasceno (749). Do Oriente, conhecem-se mais de cinqüenta manuscritos do texto, além das numerosas versões como as Siríacas, as Armênias, as Etiópicas, as Cóptas (sul do Egito), as Árabes e Eslavas. Do texto revisto e atualizado existem, hoje, perto de cinqüenta edições, principalmente em Italiano, Espanhol, Francês, Alemão e Inglês, além de que nas mesmas línguas, deparamo-nos com mais de vinte estudos críticos. As edições são, geralmente, bilíngües, o texto traduzido é acompanhado pelo original Grego. Desde a previsão de sua vinda a este mundo, a Virgem Maria é a nossa Rainha, nossa benfeitora e o mais natural traço de união entre o nosso Deus e a nossa humanidade. Por isso, o culto que lhe prestamos é de vassalagem, de gratidão e de amor filial. O culto à Santa Mãe de Deus “não é uma invenção da piedade cristã”. Ela terá, como sempre teve, esse culto, desde todos os tempos, através mesmo até de outras denominações, sendo sempre, porém, a Virgem que haveria de dar à luz. Ela terá esse culto até mesmo dos que insistem em negá-lo porque, negando-o, sabem que ele existe e, querendo destruí-lo, o configuram.

Desde o século VII, a Igreja do Ocidente celebra a festa da Natividade de Nossa Senhora, no dia OITO DE SETEMBRO. Aliás, em meados do século VI, apareceu uma reelaboração do Proto-Evangelho, hoje conhecido com o nome de Evangelho do Pseudo Mateus que chegou a exercer grande influência durante a Idade Média. Chegou mesmo a ter uma edição em versos, onde, entretanto, se atribui a autoria do texto a São Tiago Menor. Como resumo desse Evangelho, apareceu, talvez por volta do século IX, o Livro do Nascimento de Maria, atribuído inicialmente, a São Jerônimo. Nossa Senhora é desde o seu nascimento, a inesgotável fonte de todo o Ministério do Cristo Nosso Senhor. Lc. 10,21-22. Em 1623, era consagrada a Nossa Senhora Menina, no Monte Oliveto, Itália, a igreja do convento dos monges brancos, dada a profunda devoção de seu fundador à Virgem Maria. “Em 1757, era publicado o devocionário intitulado Exercícios Espirituais a serem feitos no dia oito de cada mês, em louvor da Natividade e Infância da Virgem Maria” das Irmãs Capuchinhas de Santa Maria dos Anjos. No convento dessas irmãs, mais tarde dispersas pela intolerância do rei, já se venerava a imagem de Nossa Senhora Menina, despertando extraordinário fervor e singular devoção entre o povo que, em massa, acorria a solicitar da Virgem Menina assinaladas graças. Milão, Itália, tornou-se, assim, o centro dessa piedosa devoção. Durante vinte anos, realizaram-se ali as mais suntuosas festas da Natividade da Virgem, precedidas, sempre, por freqüentadíssimas novenas, mesmo depois de haver o Rei suprimido a vida do convento de Santa Maria dos Anjos. Desde 1739, esse mosteiro das capuchinhas possuía a imagem de Nossa Senhora Menina ofertada aquela comunidade pelo Bispo da Cidade de Como. Essa imagem, como ainda é a que veneramos na Igreja Católica Apostólica Brasileira, já era cópia da escultura realizada pela freira Franciscana de nome Isabel Chiara Fornari, em 1735. A imagem venerada em Santa Maria dos Anjos sofreu, entretanto, várias mudanças de lugar. De santa Maria dos Anjos foi; para o convento de São Felipe Nery que, em 1800, foi transformado em hospital e, em 1810, em escola pública. Depois de muitas idas e vindas, as freiras se acolheram a uma pequena casa. A Imagem não podia ser exposta ao público por determinação das autoridades civis. Entretanto, uma das religiosas, por agradecimento à Virgem Menina, que a conservara fiel à sua vocação e aos seus votos religiosos, velava carinhosamente pela milagrosa imagem.

Em 1814, Nossa Senhora Menina recuperou o seu culto solene. Em 1842, a sagrada imagem passou às mãos das Irmãzinhas Beneficentes que todos os anos a expunham para as festas de Oito de Setembro. Em 1876, a imagem foi com as Irmãzinhas para o mosteiro de Santo Apolinário que era o mais antigo convento de Milão. Em 1884, deram-se dois fatos, desde logo tidos como miraculosos, na própria enfermaria do convento. O primeiro foi a cura instantânea da noviça Júlia Macário, totalmente imobilizada no leito em conseqüência de um acidente. O segundo, muito mais espantoso, foi a cura repentina da irmã Josefina Woinovich, há 17 meses com paralisia geral e já, com a assistência da própria mãe, à portas da morte. A notícia correu e o Arcebispo de Milão, Dom Luigi Nazari di Calabiana, apressou-se a ir ao convento prestar sua homenagem à Virgem, naquelas roupagens de recém nascida e em seu pequenino berço.

Oração

Dulcíssima Menina Maria, que destinada a ser Mãe de Deus, passastes a ser também nossa augusta soberana e Mãe amadíssima, pelas graças prodigiosas que realizastes no meio de nós, ouvi, piedosa, as nossas humildes súplicas. Nas necessidades que de todos os lados nos oprimem, e especialmente nesta presente tribulação, nós nos confiamos de todo a Vós.

Ó Santa Menina, em virtude dos privilégios concedidos unicamente a Vós e pelos méritos que adquiristes, mostrai-Vos ainda hoje piedosa para conosco. Mostrai que a fonte dos tesouros espirituais e dos contínuos bens que dispensais é inesgotável, porque limitado é também o poder que exerceis junto do Coração paternal de Deus. Pela imensa profusão de graças com que o Altíssimo Vos enriqueceu, desde o primeiro momento da vossa Conceição Imaculada, dignai-Vos conceder-nos, ó Celestial Menina, a nossa petição, e louvaremos eternamente a bondade do vosso Imaculado Coração. Amém.

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Minha benção fraterna.

Padre Luizinho,
Missionário Canção Nova.