Quem não tem experiência de amor, de amar ou ser amado por alguém? Qual é a pessoa que mais te ama ou amou na vida? Você pode me responder: minha mãe, ninguém me amou mais que minha mãe; outro pode dizer, foi o meu pai, o seu amor firme mais concreto me ajudou a formar o meu caráter. Outros ainda podem dizer, foi minha avó com a sua ternura e misericórdia, meu marido, minha esposa, ah são meus filhos… Mas temos também experiências dolorosas que levam pessoas a afirmar: não acredito no amor; ninguém nunca me amou assim; o amor e Deus não existem, se existisse o mundo não estaria como esta! Eu considero tudo isso, mas peço somente que você leia e reflita sobre o Amor de Deus até o fim. O Amor de Deus é o nosso primeiro passo num caminho que começamos a trilhar agora, num Seminário de Vida e Dons no Espírito Santo, com um tema apresentado aqui no Seminário de vida on line.
Para começar posso dizer a você que o Amor de Deus é “diferente”, mais perfeito, puro e mais forte e fiel do que tudo que já experimentou em sua vida. É um Amor Divino que experimentamos em fleches, reflexos de amor humano. Alguns reflexos que nos ajudam a experimentar esse Amor. A presença forte e marcante do Pai, terna e quase incondicional do amor de mãe. Dos irmãos, amigos e a realidade mais palmável e humana o Amor de Jesus, que deu nome e uma fase ao infinito amor de Deus Pai.
Deus te ama com amor forte de pai: “Mesmo que as serras mudem de lugar, ou que as montanhas balancem meu amor para contigo nunca vai mudar, minha aliança perfeita nunca há de vacilar — diz o SENHOR, o teu apaixonado”. (Cf. Isaias 54,10)
Deus te ama com amor terno e incondicional de mãe:Sião vinha dizendo: “O SENHOR me abandonou, o SENHOR esqueceu-se de mim!” Acaso uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei! (Cf. Isaias 49,15-16).
Deus ama você com amor forte e firme de pai e amor terno e misericordioso de mãe e o melhor esse amor nunca acaba, é incondicional, ou seja, independe de você ama-lo ou não, ser bom ou ruim, ser preto ou branco, rico ou pobre, mulher ou homem. Deus te ama porque você é seu filho: De fato, vós não recebestes espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes o Espírito que, por adoção, vos torna filhos, e no qual clamamos: “Abbá, Pai!” (cf. Rm 8,16-17).
Deus sempre tomou iniciativa em nossas vidas, quem ama se antecipa, percebi, observa, vai ao encontro, nos carrega com ele: “Nós amamos, porque ele nos amou primeiro” (I Jo 4,19).
Mesmo vivendo no pecado, contra Deus, negando-o, virando as costas pra Ele, o seu amor é imutável, mesmo no pecado Deus te ama! “Onde, porém, se multiplicou o pecado, a graça transbordou” (Romanos 5,20). Essa graça é o amor de Deus por você, a única coisa que Deus não pode fazer é DEIXAR DE TE AMAR!
Tem gente que tem dificuldade para dar e receber amor, pelas situações que viveram na vida, traumas, desamor dos pais, indiferença, traições, desconfia de tudo e de todos e isso tudo pode nos impedir de experimentar o amor de Deus, por isso, deixe-se amar por Ele. Deixe que o Seu amor cure as tuas feridas, saiba que existe Alguém que cuida de você e te ama com amor eterno: lá de longe o SENHOR lhe apareceu: “Eu te amo com amor de eternidade; por isso, guardo por ti tanta ternura! Vou reconstruir-te, serás restaurada, virgem Israel. De novo pegarás o pandeiro e sairás dançando alegremente” (Jeremias 31, 3-4).
“Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti, entrego nações em troca de ti” (Isaias 43,4).
São João ensina que “Deus é Amor” apresentando-nos Deus em Sua essência e simplicidade: “Quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor” (cf. 1 Jo 4,8).
E tudo o que criou, o fez com este Amor que é Ele mesmo, “E Deus viu tudo quanto havia feito e achou que era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: o sexto dia” (Gênesis 1,31).
Isto nos ajuda a compreender que Deus ama em tudo o que fez e faz; que é Amor concreto, especialmente manifestado em Seu Filho, Jesus Cristo, que se entregou à morte por todos nós, quando nem ainda O conhecíamos: “De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (cf. Jo 3,16).
Sobre este Amor, e para que se torne uma experiência também concreta em nós, precisamos saber que é incondicional, pessoal, irreversível, onipresente, insubstituível, fiel e universal, entre tantas outras riquíssimas realidades.
É incondicional, porque absolutamente não existem condições impostas à sua presença. A verdade é que não precisamos ser bons, perfeitos, puros, boas pessoas, santos ou qualquer outra coisa boa, justa, correta para que o recebamos. É, portanto, incondicional!
É pessoal, porque para Deus não existem 7.000.000.000 de pessoas no planeta. Cada um é como o inteiro universo, por quem Ele entregaria Seu Filho à morte e para quem Ele criaria todo o mundo, se preciso fosse, de novo!
É irreversível, porque nunca volta atrás, não desiste mesmo que esqueçamos Sua presença. É sinal de que está sempre em nós, dentro e fora de nós, esperando por nós, a nosso dispor para que nos deixemos amar.
É onipresente, porque em tudo está! É que o Amor é o próprio Deus que em todas as circunstâncias está presente e assim nos ama e envolve de Amor toda a nossa vida. É um pacto de Amor!
É insubstituível, pois nada pode tomar Seu lugar! Porque é o Amor que criou o céu, a terra e tudo o que existe na terra e no universo. Não pode ser substituído por nada, pelo fato de que nada a ele se iguala!
É verdadeiramente fiel, mesmo quando somos infiéis e independente de quantas vezes somos infiéis, O Amor de Deus permanece fiel: “… se lhe somos infiéis, ele, no entanto, permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo” (cf. 2Tm 2, 13).
É universal, porque existe para todos, sem exceção! Para Seus filhos, para os que estão perto e longe, dentro e fora de Sua Igreja, portanto, para os de todas as raças e credos, cores e culturas!
É claro que saber de tudo isso nada vale se não fizermos esta experiência de Amor!
Neste vídeo reze com aSalette Ferreira: O amor de Deus não muda!
Rezemos assim:Meu Deus, hoje abro meu coração e toda a minha vida para que Tu me ames. Através de minha livre vontade e por causa da necessidade de Amor, eu aceito que Tu me ames e manifestes em mim o Teu Amor. Vem, meu Deus! Podes me amar! Mesmo que minha historia tenha sido de desamor e muito sofrida, mesmo que eu não tenha experimentado amor de pai aqui da terra, mesmo que hoje por causa de decepções e traições eu não acredite mais no amor. Eu quero e abro o meu coração ao teu amor de Pai e quero te amar com amor de filho. Obrigado, meu Deus, Assim seja.
Clique em comentários e diga você já experimentou o Amor de Deus em sua vida, como?
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discipulado.
Como surgiu na Canção Nova a Festa da Divina Misericórdia? Trago para você algo bem particular do carisma Canção Nova, confiado por Deus e pela Divina Providência em relação a nossa missão na Igreja e no mundo em vista da Evangelização de um povo bem disposto para segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo no poder do Espírito Santo. Assim relata o Nosso fundador Monsenhor Jonas Abib num Documento interno, logo depois da Grande festa da Misericórdia vivida na Canção Nova: Entramos no tempo da Divina Misericórdia!
“Meus olhos estarão abertos e os ouvidos atentos à oração feita neste lugar. Pois agora escolhi e santifiquei esta casa dedicada a meu nome para sempre. Meus olhos e meu coração estarão nela todo o tempo” (cf. 2Cr 7,15-16).
“Logo cedo, no dia da festa da Divina Misericórdia – segundo Domingo da Páscoa – o Senhor me deu esta palavra e ela foi trabalhando em mim. Eu estava em Araras, dando um encontro de PHN. Quando vi que a Canção Nova estava repleta por uma multidão, assim reconheci a confirmação desta palavra. Durante todo o dia, essa realidade foi tomando conta de mim e quando celebrei a missa, encerrando a festa da Misericórdia, fui movido a proclamar esta palavra e, mais uma vez, consagrar a Canção Nova para que fosse “o lugar da Divina Misericórdia.”
Lugar onde Jesus poderia exercer toda a extensão da sua Misericórdia e onde as “pessoas pudessem, com confiança, trazer todas as suas misérias e aí serem atendidas. Entreguei a Deus a Canção Nova para ser o lugar da Misericórdia e da Confiança. Retirei-me por três dias na nossa casa em Queluz. Li tudo o que Jesus e Nossa Senhora falaram a Santa Faustina Kowalska e que ela deixou por escrito em seu Diário.
A certeza que fica em mim é a de que não apenas construamos na Canção Nova em Cachoeira Paulista o Santuário da Divina Misericórdia – um Santuário grande e acolhedor, cujas dimensões mostrem a ilimitada vontade do coração de Jesus de receber nele uma multidão de filhos de seu Pai, especialmente os mais pecadores, os mais miseráveis, os mais desesperados, os que não têm mais com quem contar, a não ser a Divina Misericórdia – mas vejo que a vontade de Deus vai além: Ele quer que a Canção Nova toda seja o Grande Santuário da Divina Misericórdia. Sim, a Canção Nova será o Grande Santuário.
A primeira Festa da Divina Misericórdia aprovada pela Igreja, vivida e celebrada na Canção Nova foi no segundo Domingo da Páscoa de 2002.
“Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água” (Cf. Jo 19,33-34).
O Papa João Paulo II foi o grande apóstolo da Divina Misericórdia, ele promulgou e colocou no calendário litúrgico essa festa no segundo Domingo da Páscoa. O lado aberto de Jesus ressuscitado revela a grandeza da misericórdia de Deus por nós. Por isso, vamos pedir a intercessão deste servo de Deus e de Santa Faustina. Tomemos posse meus irmãos, porque o que a Igreja liga na terra está ligado no céu.
O Diário da Santa Faustina contém pelo menos quinze ocasiões nas quais se refere ao pedido do Senhor para que seja estabelecida em toda a Igreja, oficialmente, a “Festa da Misericórdia”. Jesus diz:
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem Angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha misericórdia. Toda alma contemplará em relação a Mim, por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha misericórdia”.
A Imagem de Jesus misericordioso:
Jesus apareceu a Irmã Faustina com raios de luz vermelha e pálida saindo da área do Seu coração. Sua mão estava erguida para a bênção, lembrando a cena da noite do Domingo de Páscoa onde ele sobrava sobre os apóstolos o Espírito Santo e dava o poder de perdoar os pecados, a mão esquerda no coração e a direita dava a absolvição. (Jo 20,19-23).
Pediu a Irmã Faustina que essa visão fosse pintada juntamente com as palavras “Jesus, eu confio em Vós”.
Apresentou essa imagem para lembrar às pessoas que devem confiar em Sua misericórdia e recorrer a Ele para pedi-la:
“Ofereço aos homens um vaso com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. O vaso é esta imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós”. (Diário 327).
Jesus explicou que os raios representavam o sangue e a água que haviam brotado do Seu lado perfurado e ensinou a Irmã Faustina a oração: “Ó sangue e água, que brotastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós”. (Diário 84).
Vamos orar irmãos:_Jesus, diante de vosso coração aberto, de onde jorraram sangue e água, fonte da Divina Misericórdia por nós pecadores. Venho a Vós com os vasos da confiança clamar as graças, dons e virtudes desta Santa devoção. Eu quero passar pelo Teu lado aberto de amor por mim, todos os meus pecados, minhas feridas emocionais e físicas, toda carência e depressão, pois tenho a certeza, que passando pelo teu coração serei uma Nova Criatura. Que os raios claros da Tua Divina Misericórdia, Sangue e Água dissipem toda treva em mim, traga-me o perdão e a paz, a graça da conversão e da retenção eterna. Refugiar-me no abismo da Salvação onde nenhum inimigo conseguirá me alcançar nenhuma tentação e todo mal será ali neutralizo. Quero passar pela Tua misericórdia os meus medos, duvidas, minha vida financeira, todo sentimento de desespero e fracasso, também todas as pessoas que fazem parte da minha vida, eu as confio a vós, na certeza de que experimentarão o Amor de Deus. Vós morrestes Jesus, mas uma fonte de vida jorrou para as almas, e um mar de misericórdia se abriu para o mundo inteiro. Ó Fonte de Vida, Misericórdia Divina inescrutável, envolvei o mundo todo e derramai-vos sobre nós. Acendei em nossos corações a chama de Vosso amor pelo Espírito Santo Senhor, a esperança, a certeza de que tudo pode ser mudado pela oração, que eu possa dizer em todos os momentos de minha vida: Jesus, eu confio em vós! (coloque aqui em comentários as graças a Divina Misericórdia).
Prestai atenção, caríssimos: o mistério pascal é ao mesmo tempo novo e antigo, eterno e transitório, corruptível e incorruptível, mortal e imortal. É mistério antigo segundo a Lei, novo segundo a Palavra que se fez carne; transitório pela figura, eterno pela graça; corruptível pela imolação do cordeiro, incorruptível pela vida do Senhor; mortal pela sua sepultura na terra, imortal pela sua ressurreição dentre os mortos. A Lei, na verdade, é antiga, mas a Palavra é nova; a figura é transitória, mas a graça é eterna; o cordeiro é corruptível, mas o Senhor é incorruptível, ele que, imolado como cordeiro, ressuscitou como Deus.
Na verdade, era como ovelha levada ao matadouro, e, contudo não era ovelha; era como cordeiro silencioso (Is 53,7), e, no entanto não era cordeiro. Porque a figura passou e apareceu a realidade perfeita: em lugar de um cordeiro, Deus; em vez de uma ovelha, o homem; no homem, porém, apareceu Cristo que tudo contém. Por conseguinte, a imolação da ovelha, a celebração da páscoa e a escritura da Lei tiveram a sua perfeita realização em Jesus Cristo; pois tudo o que acontecia na antiga Lei se referia a ele, e mais ainda na nova ordem, tudo converge para ele.
Com efeito, a Lei fez-se Palavra e, de antiga, tornou-se nova (ambas oriundas de Sião e de Jerusalém); o preceito deu lugar à graça, a figura transformou-se em realidade, o cordeiro em Filho, a ovelha em homem e o homem em Deus.
O Senhor, sendo Deus, fez-se homem e sofreu por aquele que sofria; foi encarcerado em lugar do prisioneiro, condenado em vez do criminoso e sepultado em vez do que jazia no sepulcro; ressuscitou dentre os mortos e clamou com voz poderosa: “Quem é que me condena? Que de mim se aproxime (Is 50,8). Eu libertei o condenado, dei vida ao morto, ressuscitei o que estava sepultado. Quem pode me contradizer? Eu sou Cristo, diz ele, que destruí a morte, triunfei do inimigo, calquei aos pés o inferno, prendi o violento e arrebatei o homem para as alturas dos céus. Eu, diz ele, sou Cristo.
Vinde, pois, todas as nações da terra oprimidas pelo pecado e recebei o perdão. Eu sou o vosso perdão, vossa páscoa da salvação, o cordeiro por vós imolado, a água que vos purifica, a vossa vida, a vossa ressurreição, a vossa luz, a vossa salvação, o vosso rei. Eu vos conduzirei para as alturas, vos ressuscitarei e vos mostrarei o Pai que está nos céus; eu vos levantarei com a minha mão direita”.
Da Homilia sobre a Páscoa, de Melitão, bispo de Sardes
(Nn.2-7.100-103: SCh123,60-61.120-122) (Séc.II).
Deus cumpriu a promessa a nossos pais, ressuscitando dos mortos a Jesus. Por Deus mesmo ele foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos. Aleluia. Saibam, pois, que Deus fez Senhor e Cristo este Jesus a quem vós crucificastes. Por Deus mesmo ele foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos. Aleluia. At 13,32b-33a; 10,42b; 2,36b
Oração:Ó Deus, que fazeis crescer a vossa Igreja dando-lhe sempre novos filhos e filhas, concedei que por toda a sua vida estes vossos servos e servas sejam fiéis ao sacramento do batismo que receberam professando a fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Estamos iniciando um Novo Tempo, que a liturgia da Igreja chega a chamar de “primavera espiritual”. Na Vigília Pascal rompeu-se o nó das nossas gargantas, que durante quarenta dias do tempo da Quaresma nos prepararam para celebrar a Vida Nova em Cristo Jesus, podemos dizer com força e alegria como diziam os cristãos nos primeiros séculos: CRISTO RESSUSCITOU, RESSUSCITOU VERDADEIRAMENTE ALELUIA!
Uma antiga tradição conta-nos que os primeiros cristãos que viviam com grande intensidade o dia da Ressurreição, quando eles se encontravam na rua, eles se cumprimentavam assim: Cristo ressuscitou!O outro respondia: Ressuscitou de verdade Aleluia!
Estamos iniciando um Novo Tempo, que a liturgia da Igreja chega a chamar de “primavera espiritual”. Na Vigília Pascal rompeu-se o nó das nossas gargantas, que durante quarenta dias do tempo da Quaresma nos prepararam para celebrar a Vida Nova em Cristo Jesus, podemos dizer com força e alegria como diziam os cristãos nos primeiros séculos: CRISTO RESSUSCITOU, RESSUSCITOU VERDADEIRAMENTE ALELUIA!
Uma antiga tradição conta-nos que os primeiros cristãos que viviam com grande intensidade o dia da Ressurreição, quando eles se encontravam na rua, eles se cumprimentavam assim: Cristo ressuscitou!O outro respondia: Ressuscitou de verdade Aleluia!
Nesta semana, em particular, estamos celebrando A “OITAVA DA PÁSCOA”. Como o mistério da “passagem” do Senhor pela morte é extremamente profundo, durante oito dias celebraremos esse grande mistério como se fosse um único dia com o objetivo de viver melhor o ponto central de nossa fé: A RESSURREIÇÃO DE JESUS (no passado, esse era um tempo especial de contato com a fé para os que tinham sido batizados durante a Vigília Pascal).
Todo o tempo pascal, que se estende por sete semanas até a Festa de Pentecostes, é marcado, não apenas nos domingos, mas também durante todos os dias da semana, pelos textos de Atos dos Apóstolos e do Evangelho de João. São trechos que nos mostram a fé das primeiras comunidades cristãs e dos Apóstolos em Cristo Ressuscitado e nos convidam a fazer da nossa vida uma contínua páscoa seguindo fielmente os passos de Jesus, testemunhando-o corajosamente no mundo de hoje.
A ressurreição de Cristo foi princípio, de vida nova, para todos os homens, todas as criaturas e as coisas: uma primavera espiritual.
Os cinqüenta dias do Tempo pascal (da Páscoa a pentecostes) são marcados pela alegria profunda dos nossos corações, que é fé na ressurreição do Salvador e fidelidade renovada ao nosso batismo, no qual somos co-ressuscitados com Cristo; o canto do Aleluia, que ressoa repetidamente na liturgia, manifesta o jubilo deste período. Jesus ressuscitado e vivo continua presente no meio dos seus; durante cinqüenta dias o círio pascal, acesso na noite de Páscoa, é símbolo e testemunho desta presença, enquanto cada domingo deste período celebra os diversos modos da presença e manifestação do Senhor ressuscitado na sua Igreja.
No segundo Domingo da Páscoa a aparição do Senhor no meio dos seus consagra o ritmo dominical da sua presença no meio da assembleia festiva dos fiéis: o Domingo festa primordial, dia do Senhor ressuscitado, se torna sinal semanal da Páscoa. Todos os dias para o cristão, que ressuscitou com Cristo será o dia de Páscoa. O cristão será no mundo a chaga do ressuscitado visível na vida e no testemunho, força transformadora da civilização do amor. O Bem-aventurado João Paulo II instituiu a Festa da Divina Misericórdia. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (cf. Jo 20,19-31).
No terceiro Domingo reconheceremos o Senhor na fração do pão: com os discípulos de Emaús caminhando a luz da Palavra reconheceremos Jesus que sempre caminha conosco. Ele esta presente no meio de nós através dos sinais Sacramentais. Sobra sobre os discípulos o Espírito Santo dá-lhes o Dom da Inteligencia e os faz testemunhas fiéis e anunciadores do Reino de Deus: Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. Vós sereis testemunhas de tudo isso” (cf. Lc 24,35-48).
No quarto Domingo o Bom Pastor nos manifesta o mistério da presença do Cristo nos pastores da sua Igreja. O desejo de Jesus é reunir todas as suas ovelhas num só rediu, num só rebanho: “Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (cf. Jo 10,11-18).
No quinto Domingo Jesus se apresenta como a Videira, a nova arvore da Vida e nós os seus ramos, quem quiser viver deve manter-se unido a Ele para alimentar-se de sua seiva. Assim também é a Igreja hoje, ela tem os frutos, o verdadeiro alimento que nós precisamos para crescer e também produzir: “Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, † como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer” (cf. Jo 15,5).
No sexto Domingo Jesus é o Amor do Pai e ninguém tem maior amor do que aquele que dá sua vida pelos amigos e nos dá novamente, como sinal dos seus seguidores o Mandamento do Amor: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (cf. Jo 15, 12-14).
No dia da Ascensão do Senhor (sétimo Domingo), Jesus antes de subir ao Pai, envia ao mundo suas testemunhas; elas e todo o povo profético manifestarão Jesus Cristo salvador: E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Eis os sinais que acompanharão aqueles que crerem: expulsarão demônios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes e beberem veneno mortal, não lhes fará mal algum; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados” (cf. Mc 16, 15-18).
Em Pentecostes o Espírito Santo realiza a plenitude da Páscoa de Cristo por meio da Igreja. Impelidos pela força de Jesus ressuscitado e pela fé, os apóstolos partem para sua missão do mundo. Jesus disse de novo: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio”. Então, soprou sobre eles e falou: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, ficarão retidos” (cf. Jo 20, 21-23).
Celebrar a Eucaristia neste período de Páscoa significa particularmente: reconhecer todas as manifestações de Jesus ressuscitado na sua Igreja e na vida de cada cristão; tornar-nos instrumentos destas manifestações, como membros do povo sacerdotal: dar graças ao Pai pela presença contínua de Jesus ressuscitado entre nós. Eu e você somos as testemunhas mais eloqüentes de que Cristo ressuscitou, por isso, viva como alguém ressuscitado em Cristo.
Escute o Podcast:
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Oração:Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na Luz da vida nova. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do espírito Santo. Amém
Cristo ressuscitou, ressuscitou de verdade Aleluia! Feliz Páscoa!
“Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água”. (Cf. João 19,33-34)
Conta-nos uma antiga Tradição, que este soldado que perfurou o lado de Jesus teria sido São Longuinho. Após furar o lado de Cristo, o sangue e água que jorraram caíram primeiro em seus olhos e ele fora curado duplamente pelo sangue de Jesus. A primeira cura que experimentou São Longuinho foi uma cura física, pois ele tinha um dos olhos perfurados pelas inúmeras batalhas e assim que o Preciosíssimo Sangue lhe atingiu foi como o mais precioso colírio que a humanidade poderia ter recebido. A segunda cura foi espiritual, ele não acreditava que Jesus era o filho de Deus, era doente na alma pela falta de fé. Assim que se percebeu curado viu todo o cenário maravilhoso da salvação e exclamou: ”Verdadeiramente este era o Filho de Deus!” (Cf. Mateus 27,54). Você sabia da existência verdadeira deste santo?
Contemplemos essa cena dolorosa, mas ao mesmo tempo fonte de cura e libertação. Um gesto brutal, mas que nos deu a grande fonte dos sacramentos e da vida para nossa Igreja e para nós. Bebamos da fonte da Vida Nova, Sangue e Água direto do coração de Deus, brota a possibilidade de sermos curados de nossas doenças físicas e espirituais. Quantos de nós hoje padecemos de dor e sofrimento em nosso corpo, um câncer, uma AIDS, uma paralisia, a própria cegueira, as doenças do nosso tempo, depressão, a solidão, o medo, o vazio e a síndrome do pânico e etc., mas podemos contemplar o crucificado e nos colocar embaixo deste rio de Água Viva que quer nos curar de toda enfermidade nos lavando em seu Preciosíssimo Sangue.
O Sangue preciosíssimo de Jesus lava-nos de nossa cegueira, da falta de fé, da insensibilidade, das experiências que nos encheram de desamor e de ódio, das falsas doutrinas que predentem nos ensinar o caminho da salvação, das situações e do próprio pecado. No Sangue e Água podemos nascer de novo, para uma vida nova como homens e mulheres que beberam das torrentes da Fonte da Vida o Corpo Glorioso de Jesus, mas ferido de um eterno e infinito amor por você e por mim.
Rezemos: Ó Sangue e Água que chorastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós. Lava os meus olhos e cura minha falta de fé e de esperança, cura minhas feridas do corpo e da alma, alivia as minhas dores, perdoa os meus pecados, liberta-me do mal e da tentação do demônio. Quero com São Longuinho e Nossa Senhora proclamar que o Sangue de Jesus tem poder na minha vida! Amém.
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Qual a origem do Sacerdócio e da Eucaristia? Pensando neste mistério de vocação que é o sacerdócio, imediatamente penso no para que essa vocação foi feita. O sacerdócio foi feito para a Eucaristia, o padre existe para a Eucaristia e ambos foram criados para a salvação do povo.
Hoje é um dia duplamente feliz, pois Jesus com o coração mais generoso que a face da terra já viu, nos deu dois grandes presentes. Na última ceia, antecipando a Sua doação total, mesmo diante da traição e do Mistério de dor que teria que passar para salvar o mundo das trevas do pecado e da morte, entrega aos discípulos o Sacramento do Amor: A Eucaristia. “A Santíssima Eucaristia é a doação que Jesus Cristo faz de si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. Neste Sacramento admirável, manifesta-se o amor maior: o amor que leva a dar a vida pelos irmãos.”PapaBento XVI.
Escute na integra o Podcast:
O Sacerdócio e a Eucaristia nascem do mesmo lugar, das fontes misericordiosas do Coração de Jesus.
Neste mesmo dia o Mestre “divide” o seu Sacerdócio com os Apóstolos e faz deles ministros do Sacramento do Amor, ministros do Perdão, ministros da misericórdia. O vínculo intrínseco entre a Eucaristia e o Sacramento da Ordem deduz-se das próprias palavras de Jesus no Cenáculo: “Fazei isto em memória de mim” Lucas 22,19. Nós sacerdotes usamos as mesmas palavras de Jesus quando instituiu O Mistério de Amor, porque somos os primeiros a estar no lugar de Cristo Jesus para a Salvação do mundo, portanto, o Sacerdócio é um movimento Divino do Amor de Deus Pai que continua agindo em sua Igreja em todo Tempo e o tempo todo. Onde existe um Sacerdote, há a possibilidade do Amor e da misericórdia de Deus se manifestarem pelo homem.
Falando um pouco de mim, o lema do meu Sacerdócio é: “Tudo posso naquele que me dá força” Filipenses 4,13. A força do meu sacerdócio não vem de mim mesmo, mas a força do sacerdote vem da fonte pela qual ele oferece todos os dias torrentes de “Água Viva” ao povo fiel e sedento desse Amor que é Jesus. Eu busco A Força para exercer minha vida como ministro desse Sacramento nas Palavras que eu dirijo todos os dias ao Pai: “Tomai e comei, isto é o meu corpo; Tomai e bebei isto é o meu sangue, sangue da nova e eterna Aliança, para a remissão dos pecados, fazei isto em memória de mim!” As mesmas Palavras de Cristo são fonte de vida, de salvação em primeiro lugar para mim, alimento substancioso para a minha intimidade com o Senhor e para servir ao povo de Deus, que procura no sacerdote não ele mesmo, mas Jesus Cristo o seu Salvador. O Papa João Pulo II disse para os Sacerdotes em sua última e tradicional carta na Quinta-feira Santa de 2005: “O povo tem o direito de ver Jesus Cristo na pessoa do sacerdote”.
Essas palavras do Santo Padre ficaram gravadas em minha alma como uma missão, apesar de ser pecador e cheio de limitações como todo homem, eu não sou um homem comum, eu sou ministro do Sacramento do Amor e da misericórdia. Cristo hoje na Última Ceia depôs do manto, sinal de sua dignidade de Senhor, de Rei, para servir aos discípulos, para lavar os seus pés, esse gesto de humildade revela o caminho que o discípulo deve seguir; Imitar o Mestre: “Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais à mesma coisa que eu fiz”. “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (cf. Jo 13, 1-15). Aos sacerdotes hoje, felicidades, força e que eles saibam não estão sozinhos, pois disse o Senhor: “Eu estarei convosco todos os dias, até o final dos tempos!”.
Nestes últimos tempos fomos atingidos por tantas noticias através da mídia em relação aos sacerdotes, noticias que podem até em parte ser verdadeiras, mas noticias que generalizam demais e nós esquecemos da riqueza que é essa vocação e de dizer quanto bem faz um sacerdote em nosso meio e em meio a nossas comunidades. Agora com a renúncia amorosa e corajosa de Bento XVI e a eleição do Papa Francisco, a Igreja se enche de esperança e se renova, Ela é obra de Deus! Por isso, meus irmãos rezemos por esses homens que deixam a sua família para servir o povo de Deus e faz do povo de Deus a sua família e se salva junto com eles.
Oração:Jesus sumo e eterno sacerdote, daí-me a graça como padre de viver como o Senhor viveu e ser para o Teu povo sinal vivo de tua misericórdia. Maria mãe dos sacerdotes quero sempre estar sobre os teus cuidados na proteção do teu manto de mãe, pois sou o teu filho predileto. Quero estar imerso nestes dois mistérios pelo qual eu fui feito. O mistério do Sacerdócio e Eucaristia para que eu seja ponte para os meus irmãos do Amor misericordioso de Deus. Daí-me a graça da fidelidade de Cristo.
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Eu sou feliz e realizado em minha vocação como sacerdote.
“Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?” Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. “Vós me procurareis, e agora vos digo como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”. Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas seguirás mais tarde”. Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim?” “Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”. (cf. João 13, 21-33. 36-38).
Nestes dias precisamos estar atentos ao que Deus nos fala. Jesus colocou em chegue à amizade e a fidelidade de todos os discípulos, e todos se questionavam: “Acaso, serei eu, Senhor?” Porque Jesus diz “é aquele que come comigo”, mas todos estavam comendo com Ele na Ceia derradeira, portando cada um deles poderia ser o possível traidor. O mais importante àquele que o traiu não conseguiu experimentar, apesar do meu pecado o Senhor me ama e o seu amor é infinitamente superior ao meu erro e traição. Esse gesto, talvez tenha sido a última cartada de Jesus para entrar no coração de Judas, para conquistar-lhe a confiança, mas Judas não permitiu o amor de Jesus o conhecer. O maior pecado de Judas não foi à traição, foi a falta de abertura à graça e o desespero em não confiar na infinita misericórdia de Deus!
A traição de Judas está pautada com alusão a passagem do Profeta Zacarias 11,12 que diz: “o preço da venda de um escravo ou de um mês de trabalho”, de uma vida que deveria ter um preso muito alto, mas na verdade quem estava comprando a nós era o Senhor com o preço de sua Vida. A figura de Judas faz com que a gente tente imaginar o processo interno que ele viveu, e não foi fácil. A Igreja desde seus primórdios, via na lembrança da traição um exame de consciência, pois a resposta pessoal de Jesus pode dirigir-se de novo a novos traidores de sua Pessoa.
Aqui a Igreja não dá nenhuma sentença sobre Judas, ele está entregue a infinita misericórdia de Deus. Nós é que precisamos fazer o nosso exame de consciência, pois trazemos dentro de nós potenciais traidores, quando pecamos ou quando negamos a Deus e a nós mesmos. Judas não chama Jesus de Senhor como os outros discípulos, mas o chama de Rabi, que quer dizer mestre. (cf. Mateus 26,25).
Mestre, professor, qualquer um poderia ter muitos naquela época, mas Senhor somente um, ou seja, Jesus era somente mestre de Judas e não Senhor de sua vida. O “ai” do narrador do evangelho, não é somente compaixão por Jesus, mas a dor pelo fato de que entre os doze haja um traidor. A Palavra de Deus é uma contradição, como relatar um fato de fracasso tão grande como esse entre os discípulos de Jesus. Fazendo um exame de consciência, agora eu e você podemos nos perguntar: “Acaso, serei eu, Senhor?”.
É preciso deixar vir para fora os pequenos e grandes pecados que possam me tornar um outro Judas. Mesmo diante deste fato de perceber um traidor dentro de mim, eu não posso perder a chance de confessar e receber de Deus a misericórdia destinada para o Coração arrependido. Pedro também negou e traiu Jesus, só que Pedro reconheceu o seu pecado e chorou amargamente lavando-se na Misericórdia do Senhor, enquanto Judas, na sua soberba e falta de esperança não acreditou que poderia ser perdoado de pecado tão grande.
Pois, não conhecendo verdadeiramente a Deus Judas deixou-se afogar pelo seu pecado.
Oração:Senhor, diante da minha traição, dos meus pecados está as minhas lágrimas de dor como as de Pedro por não ter reconhecido tamanho amor e misericórdia. Reconheço que meus pecados e fraquezas são grandes, mas nunca maiores do que a chance de começar de novo, reconhecer, levantar a cabeça e confiar que não há pecado tão grande, que seja maior que Teu perdão e mereça a Tua misericórdia. Jesus não permita que o pecado me segue a ponto do desespero tomar conta do meu coração, daí-me a virtude da esperança, que alimenta a minha fé e a fortaleza no Teu Espírito para não me entregarão mal. E mesmo quando for surpreendido pela minha fraqueza eu possa disser como Pedro: “Senhor, Tu sabes tudo, sabes que eu Te amo”! Amém
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Conte com as minhas orações. Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Nesta Semana tudo celebra o Mistério da Salvação, “Ele tomou sobre si a nossas dores, Seu sangue derramou para nos resgatar das trevas e por Suas chagas fomos sarados”. (Isaías 53 O Servo sofredor). Quando celebramos a liturgia e de forma especial nesta semana A Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, não estamos recordando, como num álbum de fotos ou num filme de gravações de memórias passadas. A espiritualidade das celebrações litúrgicas atualizam em nossa vida hoje o Mistério que estamos celebrando, ou seja, estamos vivendo e recebendo as graças eficazes do que estamos celebrando, rezando. Por isso, celebrar a liturgia não é fazer uma simples memória, mas trazer para minha vida hoje, atualizar, tornar novo, Aquilo que nos trouxe Jesus Cristo, seus gestos, Palavras e principalmente o Amor que o levou a morrer por nós na cruz. (Cf. Jo 3,16) Quem garante tudo isso é o Espírito Santo e a intenção verdadeira da Igreja que celebra os Mistérios de Cristo por sucessão apostólica. Isso quer dizer, que recebemos de Cristo e dos apóstolos.
A Santa Missa é a maior oração que podemos fazer, pois Ela é a atualização da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Após a comunhão, apesar da Igreja lotada estava rezando e contemplando O Mistério que enchia meu coração. A Eucaristia, que o Sacerdote consagrou, do mesmo Jeito e Palavras que fez Jesus na ultima ceia com os seus discípulos. Neste momento meu coração triste e saudoso foi preenchido pela presença amorosa de Cristo que derramava seu Sangue precioso sobre mim e ali eu vivi a realidade do amor de Deus, que me resgatava daquele momento de tristeza e saudade. Sua mão ensangüentada tocou em mim.
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Hoje quero convidar você a rezar e a viver a liturgia desta Semana, clamando as mãos ensangüentadas de Jesus, Suas Santas Chagas e experimentar a ressurreição e a Salvação. Apresentemos onde mais precisamos que Jesus nos toque. É importantíssimo participar das funções litúrgicas na sua paróquia e renovar sua fé e seu batismo junto com a sua comunidade, por isso, procure saber os horários de cada celebração.
O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor abre solenemente a Semana Santa. No século IV, já encontramos em Jerusalém notícias sobre uma celebração que procurava recordar o mais exatamente possível à entrada histórica de Jesus de Nazaré na cidade. Cristo que é saudado como Messias e Rei entra voluntariamente para sua Paixão. A liturgia das palmas antecipa neste domingo, chamado de páscoa florida, o triunfo da ressurreição, enquanto que a leitura da Paixão nos convida a entrar conscientemente na Semana Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo o Senhor.
Sentido do Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal é a maior celebração das comunidades cristãs. A Páscoa é o centro do ano litúrgico, fonte que alimenta a nossa vida de fé. Celebrar o Tríduo Pascal da paixão e ressurreição do Senhor é celebrar a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus que o Cristo realizou quando, morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitando, renovou a vida.
Quando teve início o Tríduo Pascal?
No final do século IV, encontramos já organizado um tríduo pascal, que Santo Agostinho recomendava vivamente a seus fiéis. Formavam, em princípio, o tríduo: a sexta-feira, o sábado e o domingo. É no século VII que o tríduo se inicia com a “Ceia do Senhor” na tarde da quinta-feira, com o que fica ele constituído pela quinta-feira, pela sexta-feira e pelo sábado – aí incluída a vigília pascal. As três datas formam uma unidade: a celebração do mistério pascal.
O que celebramos na Quinta-feira Santa?
O Senhor celebrara com os seus a última ceia no contexto da páscoa judaica: a comemoração da passagem de Israel pelo Mar Vermelho. Nesse dia, Cristo inaugura à nova Páscoa, a da aliança nova e eterna, a de seu pão compartilhado e seu sangue derramado, a de seu amor levado ao extremo e do mandato do amor para nós, a de sua passagem pela morte à ressurreição, a Páscoa que devemos celebrar em sua comemoração. Eucaristia, sacerdócio, mandato do amor e nova Páscoa do Senhor são o conteúdo preciso da missa da Ceia do Senhor. O transporte das formas (hóstias) consagradas à urna para a comunhão da sexta-feira inicia-se no século XIII. O “monumento” (local físico) é elemento acidental e só encontra sentido em vinculação com o mistério celebrado: agradecimento ao amor de Cristo e oração-reflexão do mistério pascal.
O que celebramos na Sexta-feira Santa?
Como vem acontecendo há muito tempo, hoje não se celebra a missa, tendo lugar à celebração da morte do Senhor: o mistério que é celebrado é uma cruz dolorosa e sangrenta, mas ao mesmo tempo vitoriosa e resplandecente. Trata-se de morte, a de Cristo, real e tremenda; mas é passagem para uma vida ressuscitada e eterna. O amor de Deus, que é vida, terá mais poder do que o pecado do homem, que é morte. A celebração incorpora-nos à redenção de Cristo e a seu mistério de salvação universal: pela morte à vida.
O que celebramos na Vigília Pascal?
Contamos com documentos do início do século III, que apresentam alguns elementos desta celebração, tais como: jejum, oração, eucaristia – e até batismo, com a bênção da “fonte batismal”. Vão-se acrescentando depois novos elementos: o canto do Exulte, que se vê documentado no século IV e a bênção do círio pascal, no século V. Pouco a pouco, foi-se enriquecendo esta última, que deve ser “a celebração das celebrações” para o cristão, e a que Santo Agostinho denominava “Mãe de todas as vigílias”. Assim ouvimos com alegria: “Cristo ressuscitou, verdadeiramente, dos mortos”! Num duelo admirável a morte lutou contra a vida, e o Autor da vida se levanta triunfador da morte. Terminou o combate da luz com as trevas, combate histórico de Jesus com os fariseus e todas aquelas pessoas que não acolheram o Reino de Deus. Após as trevas brilhará o sol da Ressurreição!
Eis-me aqui, meu bom e dulcíssimo Jesus! Humildemente prostrado em vossa presença, eu vos peço e suplico, com toda alegria do meu ser, que graveis no meu coração os mais vivos sentimentos de fé, esperança, caridade, arrependimento dos meus pecados e firme decisão de mudar de vida. Contemplo com grande dor as vossas cinco chagas, vossas chagas gloriosas de onde jorraram o Teu Preciosíssimo Sangue. Vem tocar em mim com Tuas mãos chagadas e cura-me, liberta-me. Tendo presente as palavras que já o profeta Davi colocava em vossa boca, ó bom Jesus: “Traspassaram as minhas mãos e os meus pés e contaram todos os meus ossos”. Meu bom Jesus crucificado, que eu também saiba aceitar as contrariedade e dores da vida e socorrer os meus irmãos que sofrem. Que neste mundo eu possa viver como pessoa ressuscitada pelo amor de Deus em Cristo Jesus.Amém!
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