“Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?” Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. “Vós me procurareis, e agora vos digo como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”. Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas seguirás mais tarde”. Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim?” “Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”. (cf. João 13, 21-33. 36-38).
Nestes dias precisamos estar atentos ao que Deus nos fala. Jesus colocou em chegue à amizade e a fidelidade de todos os discípulos, e todos se questionavam: “Acaso, serei eu, Senhor?” Porque Jesus diz “é aquele que come comigo”, mas todos estavam comendo com Ele na Ceia derradeira, portando cada um deles poderia ser o possível traidor. O mais importante àquele que o traiu não conseguiu experimentar, apesar do meu pecado o Senhor me ama e o seu amor é infinitamente superior ao meu erro e traição. Esse gesto, talvez tenha sido a última cartada de Jesus para entrar no coração de Judas, para conquistar-lhe a confiança, mas Judas não permitiu o amor de Jesus o conhecer. O maior pecado de Judas não foi à traição, foi a falta de abertura à graça e o desespero em não confiar na infinita misericórdia de Deus!
A traição de Judas está pautada com alusão a passagem do Profeta Zacarias 11,12 que diz: “o preço da venda de um escravo ou de um mês de trabalho”, de uma vida que deveria ter um preso muito alto, mas na verdade quem estava comprando a nós era o Senhor com o preço de sua Vida. A figura de Judas faz com que a gente tente imaginar o processo interno que ele viveu, e não foi fácil. A Igreja desde seus primórdios, via na lembrança da traição um exame de consciência, pois a resposta pessoal de Jesus pode dirigir-se de novo a novos traidores de sua Pessoa.
Aqui a Igreja não dá nenhuma sentença sobre Judas, ele está entregue a infinita misericórdia de Deus. Nós é que precisamos fazer o nosso exame de consciência, pois trazemos dentro de nós potenciais traidores, quando pecamos ou quando negamos a Deus e a nós mesmos. Judas não chama Jesus de Senhor como os outros discípulos, mas o chama de Rabi, que quer dizer mestre. (cf. Mateus 26,25).
Mestre, professor, qualquer um poderia ter muitos naquela época, mas Senhor somente um, ou seja, Jesus era somente mestre de Judas e não Senhor de sua vida. O “ai” do narrador do evangelho, não é somente compaixão por Jesus, mas a dor pelo fato de que entre os doze haja um traidor. A Palavra de Deus é uma contradição, como relatar um fato de fracasso tão grande como esse entre os discípulos de Jesus. Fazendo um exame de consciência, agora eu e você podemos nos perguntar: “Acaso, serei eu, Senhor?”.
É preciso deixar vir para fora os pequenos e grandes pecados que possam me tornar um outro Judas. Mesmo diante deste fato de perceber um traidor dentro de mim, eu não posso perder a chance de confessar e receber de Deus a misericórdia destinada para o Coração arrependido. Pedro também negou e traiu Jesus, só que Pedro reconheceu o seu pecado e chorou amargamente lavando-se na Misericórdia do Senhor, enquanto Judas, na sua soberba e falta de esperança não acreditou que poderia ser perdoado de pecado tão grande.
Pois, não conhecendo verdadeiramente a Deus Judas deixou-se afogar pelo seu pecado.
Oração:Senhor, diante da minha traição, dos meus pecados está as minhas lágrimas de dor como as de Pedro por não ter reconhecido tamanho amor e misericórdia. Reconheço que meus pecados e fraquezas são grandes, mas nunca maiores do que a chance de começar de novo, reconhecer, levantar a cabeça e confiar que não há pecado tão grande, que seja maior que Teu perdão e mereça a Tua misericórdia. Jesus não permita que o pecado me segue a ponto do desespero tomar conta do meu coração, daí-me a virtude da esperança, que alimenta a minha fé e a fortaleza no Teu Espírito para não me entregarão mal. E mesmo quando for surpreendido pela minha fraqueza eu possa disser como Pedro: “Senhor, Tu sabes tudo, sabes que eu Te amo”! Amém
Ouça O Podecast na integra:
Clique e comente como você vivi e participa da Semana Santa? Deixe também seus pedidos de orações.
Conte com as minhas orações. Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
A fé tem um só nome, mas duas maneiras de ser. Há um gênero de fé que se relaciona com o dogma e inclui a elevação de uma pessoa e seu assentimento sobre determinado assunto; diz respeito ao interesse pessoal, conforme o Senhor: Quem ouve minhas palavras e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não incorre em condenação (Jo 5,24); e de novo: Quem crê no Filho não será julgado, mas passa da morte para a vida (cf. Jo 3,18. 24).
Ó bondade imensa de Deus para com os homens! Com efeito, os justos foram agradáveis a Deus pelo labor de muitos anos. Mas aquilo que alcançaram entregando-se corajosamente e por dilatados anos ao serviço de Deus, isto mesmo em uma simples hora Jesus te concede. Porque se creres que Jesus Cristo é Senhor e que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo e levado ao paraíso por aquele que nele introduziu o ladrão. E não hesites em acreditar ser isto possível, pois quem salvou o ladrão neste santo Gólgota, pela fé de uma só hora, pode também salvar-te a ti, se creres. O outro gênero é a fé que Cristo concede por graça especial. Pois a uns pelo Espírito é dada à palavra da sabedoria, a outros a palavra da ciência, segundo o mesmo Espírito. A outros a fé, no mesmo Espírito, a outros o dom de curar (1Cor 12,8-9).
Este carisma da fé dado pelo Espírito não se relaciona apenas com o dogma; torna ainda capaz de realizar coisas acima das forças humanas. Quem tiver uma fé assim, dirá a este monte: Vai daqui para ali; e irá (Mt 17,20). Quando, pois, pela fé, alguém isto disser, crendo que acontecerá sem hesitar em seu coração, então é sinal de que recebeu esta graça.
Dela se disse: Se tivésseis fé como um grão de mostarda (Mt 17,20). Como o grão de mostarda, tão pequenino, possui uma força de fogo, e semeado em estreito pedaço de terra produz grandes ramos, que depois de crescidos podem dar sombra às aves do céu, assim também, num abrir e fechar de olhos, a fé realiza as maiores coisas na pessoa. Porque lhe dá uma idéia sobre Deus e o vê tanto quanto é capaz, inundada pela luz da fé. Percorre os confins da terra; e antes da consumação do mundo, já prevê o juízo e a entrega das recompensas prometidas.
Guarda então a fé que de ti depende e que te leva a ele; para que recebas de suas mãos também aquela que age muito além das forças humanas.
Das Catequeses de São Cirilo de Jerusalém, bispo
(Cat. 5, De fide et symbolo, 10-11: PG 33,518-519)(Séc. IV).
Nenhum ser se torna justo pela prática da lei, mas pela fé em Jesus Cristo. Nós também cremos em Cristo a fim de nos tornarmos justificados pela fé em Jesus Cristo, Senhor nosso. Deus destinou que Cristo fosse, por seu sangue, a vítima da propiciação, pela fé que colocamos nele mesmo. Gl 2,16; Rm 3,25ª.
“É acreditando com o coração que você é justificado, e fazendo a declaração com os seus lábios que você é salvo” (Rm 10, 10).
A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS EU CREIO
25. Como responde o homem a Deus que se revela?
142- 43 Sustentado pela graça divina, o homem responde a Deus com a obediência da fé, que consiste em confiar-se completamente a Deus e acolher a sua Verdade, enquanto garantida por Ele que é a própria Verdade.
26. Na Sagrada Escritura, quais são os principais testemunhos de obediência da fé?
144-149 Há muitos testemunhos, mas particularmente dois: Abraão, que, colocado à prova, «teve fé em Deus » (Rm 4,3) e obedeceu sempre ao seu chamamento, tornando-se por isso «pai de todos os crentes» (Rm 4,11. 18); e a Virgem Maria, que realizou de modo mais perfeito, durante toda a sua vida, a obediência da fé: «Fiat mihi secundum Verbum tuum – Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38).
27. Que significa, de fato, para o homem crer em Deus?
150-152 /176-178 Significa aderir ao próprio Deus, entregando-se a Ele e dando assentimento a todas as verdades por Ele reveladas, porque Deus é a verdade. Significa crer num só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
28. Quais as características da fé?
153-165 / 179-180 / 183-184 A Fé, dom gratuito de Deus e acessível a quantos a pedem humildemente, é uma virtude sobrenatural necessária para a salvação. O ato de fé é um ato humano, isto é, um ato da inteligência do homem que, sob decisão da vontade movida por Deus, dá livremente o seu assentimento à verdade divina. Além disso, a fé é certa porque fundada sobre a Palavra de Deus; é operante «por meio da caridade» (Gl 5,6); é em contínuo crescimento, graças, em especial, à escuta da Palavra de Deus e à oração. Ela faz-nos saborear, de antemão, a alegria celeste.
29. Porque não há contradições entre a fé e a ciência?
159 Embora a fé supere a razão, não poderá nunca existir contradição entre a fé e a ciência porque ambas têm origem em Deus. É o mesmo Deus que dá ao homem seja a luz da razão seja a luz da fé.
“Crê para compreender: compreende para crer” (Santo Agostinho)
“O Símbolo denominado niceno-constantinopolitano tem sua grande autoridade no fato de ter resultado dos dois primeiros Concílios ecumênicos (325 e 381). Ainda hoje ele é comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente” (Catecismo da Igreja Católica n° 195).
Reze com o PODCAST:
Oração:“Quero confiar à Santíssima Mãe de Deus todas as dificuldades que vive o nosso mundo na busca de serenidade e de paz; os problemas de tantas famílias que olham para o futuro com preocupação, os desejos dos jovens que se abrem à vida, os sofrimentos dos que esperam gestos e escolhas de solidariedade e de amor. Quero confiar à Mãe de Deus também este especial tempo de graça para a Igreja, que se abre diante de nós. Vós, Mãe do ‘sim’, que escutastes Jesus, falai-nos d’Ele, contai-nos sobre vossa estrada para segui-lo no caminho da fé, ajudai-nos a anunciá-lo para que cada homem possa acolhê-lo e se tornar morada de Deus. Amém!”.PapaBento XVI
O Santo Padre, Bento XVI, na catequese do dia 24/10, disse: “Queridos irmãos e irmãs, o nosso tempo exige cristãos fascinados por Cristo, que não se cansem de crescer na fé, por meio da familiaridade com a Sagrada Escritura e os Sacramentos. A fé não é apenas conhecimento e adesão a algumas verdades divinas; mas também um ato da vontade, pelo qual me entrego livremente a Deus, que é Pai e me ama. Crer é confiar-se, com toda a liberdade e com alegria, ao desígnio providencial de Deus sobre a história, como fez Maria de Nazaré”. Em outra catequese o Papa disse “O homem precisa recobrar a visão da fé!”.
Palavra de Deus: Revesti-vos todos de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes. Rebaixai-vos, pois, humildemente, sob a poderosa mão de Deus, para que, na hora oportuna, ele vos exalte. Lançai sobre ele toda a vossa preocupação, pois é ele quem cuida de vós (cf.1Pd 5,5b-7).
Protegei-nos Senhor, Como a pupila dos olhos. Guardai-nos, defendei-nos, sob a vossa proteção. Como a pupila dos olhos. Glória ao Pai e ao filho e ao espírito Santo; Protegei-nos Senhor, Como a pupila dos olhos. Guardai-nos, defendei-nos, sob a vossa proteção.
“O Símbolo denominado niceno-constantinopolitano tem sua grande autoridade no fato de ter resultado dos dois primeiros Concílios ecumênicos (325 e 381). Ainda hoje ele é comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente” (Catecismo da Igreja Católica n° 195).
CREDO Símbolo da Fé: rezemos constantemente e alimentemos a nossa fé no Deus vivo e verdadeiro. É preciso que o Credo, o Símbolo da Fé, seja mais conhecido, compreendido e rezado.
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E, por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus: e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; E subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. Espero a ressurreição dos mortos; E a vida do mundo que há de vir. Amém.
Que o Deus da esperança vos encha da alegria e da paz em vossa vida da fé (Rm 15,13).
Ao encerrar os trabalhos do Sínodo dos Bispos o Papa Bento XVI exclamou sobre Bartimeu, o cego do Evangelho: “Representa o homem que tem necessidade da luz de Deus – a luz da fé – para conhecer verdadeiramente a realidade e caminhar pela estrada da vida. Condição essencial é reconhecer-se cego, necessitado desta luz; caso contrário permanece-se cego para sempre” (cf. Jo 9, 39-41). E Acrescentou: “Bartimeu representa o homem que reconhece o seu mal, e grita ao Senhor com a confiança de ser curado. O homem precisa recobrar a visão da fé”.
No Mistério da Santíssima Trindade experiência fundamental para nossa fé, conhecemos através da Divina Revelação a Pessoa do Pai, pois também temos experiência bastante concreta desta pessoa em nossa vida. O Filho Jesus Cristo assumindo a natureza humana, adquire um rosto, uma forma e ajuda a revelar também o Pai: “quem me vê, vê o Pai”. Como falar do Espírito Santo, esta Pessoa ainda tão desconhecida para nós?A Bíblia fala de suas manifestações e figuras, mas Ele mesmo não tem uma personificação, ora Ele é o fogo, a água, a Sombra do altíssimo, Unção, Mão de Deus, o Advogado e intercessor, mas, sobretudo Ele é o Amor do Pai e do Filho, amor entre o Pai e o Filho. Como é o seu relacionamento com Deus?
26. Quando professamos a nossa fé, começamos por dizer: «Creio», ou «Cremos». Portanto, antes de expor a fé da Igreja, tal como é confessada no Credo, celebrada na liturgia, vivida na prática dos mandamentos e na oração, perguntemos a nós mesmos o que significa «crer». A fé é a resposta do homem a Deus, que a ele Se revela e Se oferece resposta que, ao mesmo tempo, traz uma luz superabundante ao homem que busca o sentido último da sua vida. Comecemos, pois, por considerar esta busca do homem (capítulo primeiro): depois, a Revelação divina pela qual Deus vem ao encontro do homem (capítulo segundo); finalmente, a resposta da fé (capítulo terceiro). Catecismo da Igreja Católica n°26 a 49)
O HOMEM É «CAPAZ» DE DEUS
I. O desejo de Deus
27. O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso:
«A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor, constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador»(1).
28. De muitos modos, na sua história e até hoje, os homens exprimiram a sua busca de Deus em crenças e comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações, etc.). Apesar das ambiguidades de que podem enfermar, estas formas de expressão são tão universais que bem podemos chamar ao homem um ser religioso:
Deus «criou de um só homem todo o gênero humano, para habitar sobre a superfície da terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente por atingi-lo e encontra-lo. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. É n’Ele que vivemos, nos movemos e existimos» (At 17, 26-28).
29. Mas esta «relação íntima e vital que une o homem a Deus»(2) pode ser esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes podem ter origens diversas (3) a revolta contra o mal existente no mundo, a ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das riquezas (4), o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e, finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus (5) e foge quando Ele o chama (6).
30. «Exulte o coração dos que procuram o Senhor» (Sl 105, 3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar Deus, Deus é que nunca deixa de chamar todo o homem a que O procure, para que encontre a vida e a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço da sua inteligência, a retidão da sua vontade, «um coração reto», e também o testemunho de outros que o ensinam a procurar Deus.
És grande, Senhor, e altamente louvável; grande é o teu poder e a tua sabedoria é sem medida. E o homem, pequena parcela da tua criação, pretende louvar-Te – precisamente ele que, revestido da sua condição mortal, traz em si o testemunho do seu pecado, o testemunho de que Tu resistes aos soberbos. Apesar de tudo, o homem, pequena parcela da tua criação, quer louvar-Te. Tu próprio a isso o incitas, fazendo com que ele encontre as suas delícias no teu louvor, porque nos fizeste para Ti e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti (7).
No Curso de Catecismo da Igreja Católica, Professor Felipe Aquino nos apresenta uma proposta audaciosa: O homem é “capaz” de Deus! E nos explica o real sentido de “ser capaz”.
III O conhecimento de Deus segundo a Igreja
36. «A Santa Igreja, nossa Mãe, atesta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido, com certeza, pela luz natural da razão humana, a partir das coisas criadas» (12). Sem esta capacidade, o homem não poderia acolher a revelação de Deus. O homem tem esta capacidade porque foi criado «à imagem de Deus» (Gn 1, 27).
37. Nas condições históricas em que se encontra, o homem experimenta, no entanto, muitas dificuldades para chegar ao conhecimento de Deus só com as luzes da razão:
«Com efeito, para falar com simplicidade, apesar de a razão humana poder verdadeiramente, pelas suas forças e luz naturais, chegar a um conhecimento verdadeiro e certo de um Deus pessoal, que protege e governa o mundo pela sua providência, bem como de uma lei natural inscrita pelo Criador nas nossas almas, há, contudo, bastantes obstáculos que impedem esta mesma razão de usar eficazmente e com fruto o seu poder natural, porque as verdades que dizem respeito a Deus e aos homens ultrapassam absolutamente a ordem das coisas sensíveis; e quando devem traduzir-se em atos e informar a vida, exigem que nos demos e renunciemos a nós próprios. O espírito humano, para adquirir semelhantes verdades, sofre dificuldade da parte dos sentidos e da imaginação, bem como dos maus desejos nascidos do pecado original. Daí deriva que, em tais matérias, os homens se persuadem facilmente da falsidade ou, pelo menos, da incerteza das coisas que não desejariam fossem verdadeiras» (13).
38. É por isso que o homem tem necessidade de ser esclarecido pela Revelação de Deus, não somente no que diz respeito ao que excede o seu entendimento, mas também sobre «as verdades religiosas e morais que, de si, não são inacessíveis à razão, para que possam ser, no estado atual do gênero humano, conhecidas por todos sem dificuldade, com uma certeza firme e sem mistura de erro» (14).
IV. Como falar de Deus?
39. Ao defender a capacidade da razão humana para conhecer Deus, a Igreja exprime a sua confiança na possibilidade de falar de Deus a todos os homens e com todos os homens. Esta convicção está na base do seu diálogo com as outras religiões, com a filosofia e as ciências, e também com os descrentes e os ateus.
40. Mas dado que o nosso conhecimento de Deus é limitado, a nossa linguagem, ao falar de Deus, também o é. Não podemos falar de Deus senão a partir das criaturas e segundo o nosso modo humano limitado de conhecer e de pensar.
41. Todas as criaturas são portadoras duma certa semelhança de Deus, muito especialmente o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. As múltiplas perfeições das criaturas (a sua verdade, a sua bondade, a sua beleza) refletem, pois, a perfeição infinita de Deus. Daí que possamos falar de Deus a partir das perfeições das suas criaturas: «porque a grandeza e a beleza das criaturas conduzem, por analogia, à contemplação do seu Autor» (Sb 13, 5).
42. Deus transcende toda a criatura. Devemos, portanto, purificar incessantemente a nossa linguagem no que ela tem de limitado, de ilusório, de imperfeito, para não confundir o Deus «inefável, incompreensível, invisível, impalpável» (15) com as nossas representações humanas. As nossas palavras humanas ficam sempre aquém do mistério de Deus.
43. Ao falar assim de Deus, a nossa linguagem exprime-se, evidentemente, de modo humano. Mas atinge realmente o próprio Deus, sem, todavia poder exprimi-Lo na sua infinita simplicidade. Devemos lembrar-nos de que, «entre o Criador e a criatura, não é possível notar uma semelhança sem que a dessemelhança seja ainda maior» (16), e de que «não nos é possível apreender de Deus o que Ele é, senão apenas o que Ele não é, e como se situam os outros seres em relação a Ele»(17).
Resumindo:
44. O homem é, por natureza e vocação, um ser religioso. Vindo de Deus e caminhando para Deus, o homem não vive uma vida plenamente humana senão na medida em que livremente viver a sua relação com Deus.
45. O homem foi feito para viver em comunhão com Deus, em quem encontra a sua felicidade: «Quando eu estiver todo em Ti, não mais haverá tristeza nem angústia; inteiramente repleta de Ti, a minha vida será vida plena»(18).
46. Quando escuta a mensagem das criaturas e a voz da sua consciência, o homem pode alcançar a certeza da existência de Deus, causa e fim de tudo.
47. A Igreja ensina que o Deus único e verdadeiro, nosso Criador e Senhor; pode ser conhecido com certeza pelas suas obras, graças à luz natural da razão humana (19).
48. Nós podemos realmente falar de Deus partindo das múltiplas perfeições das criaturas, semelhanças de Deus infinitamente perfeito, ainda que a nossa linguagem limitada não consiga esgotar o mistério.
49. «A criatura sem o Criador esvai-se» (20). Por isso, os crentes sentem-se pressionados pelo amor de Cristo a levar a luz do Deus vivo aos que O ignoram ou rejeitam.
“Quero confiar à Santíssima Mãe de Deus todas as dificuldades que vive o nosso mundo na busca de serenidade e de paz; os problemas de tantas famílias que olham para o futuro com preocupação, os desejos dos jovens que se abrem à vida, os sofrimentos dos que esperam gestos e escolhas de solidariedade e de amor. Quero confiar à Mãe de Deus também este especial tempo de graça para a Igreja, que se abre diante de nós. Vós, Mãe do ‘sim’, que escutastes Jesus, falai-nos d’Ele, contai-nos sobre vossa estrada para segui-lo no caminho da fé, ajudai-nos a anunciá-lo para que cada homem possa acolhê-lo e se tornar morada de Deus. Amém!”. PapaBento XVI
Como é que pode um jovem levar uma vida pura? Guardando tua palavra! Nos teus estatutos me deleito; não esquecerei tua palavra. Sê bondoso com teu servo; faze que eu viva e observe tua palavra. Estou prostrado no chão; dá-me vida conforme tua palavra. Ando curvado pela tristeza; levanta-me conforme tua palavra. A quem me insulta, poderei responder que tenho confiança na tua palavra. Fizeste o bem a teu servo, SENHOR, segundo tua palavra. “Tua Palavra é luz para o meu caminho e lâmpada para os meus pés” Sl 118/119
São Jerônimo diz: “Ignorar as Sagradas Escrituras é ignorar a Cristo”. Por isso, quero convidar você à não só no mês de Setembro mais todos os dias ser intimo da Palavra de Deus. Quer ouvir Deus falar com você, te dar direções, respostas, formar sua conduta e mentalidade? Você lê a Palavra, reza com ela? Nunca é tarde para iniciar, pra você o Decálogo para ler com proveito a Sagrada Escritura:
1° Nunca achar que somos os primeiros que leram a Santa Escritura. Muitos, muitíssimos, através dos séculos, a leram, meditaram, viveram e transmitiram. Os melhores intérpretes da Bíblia são os Santos e a Igreja.
2° A Escritura é o livro da comunidade eclesial (Eclesia, Igreja, comunidade cristã). Nossa leitura, ainda que seja em solidão, jamais poderá ser solitária. Para lê-la com proveito, é preciso inserir-se na grande corrente eclesial que é conduzida e guiada pelo Espírito Santo.
3° A Bíblia é “Alguém”. É uma Pessoa, que se encarnou: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” JESUS(cf. Jo 1, 14). Por isso, é lida e celebrada ao mesmo tempo. A melhor leitura da Bíblia é a que se faz na Liturgia.
4° O centro da Sagrada Escritura é Cristo; por isso, tudo deve ser lido sob o olhar de Cristo e buscando n’Ele seu cumprimento. Cristo é a chave interpretativa da Sagrada Escritura.
5° Nunca esquecer de que na Bíblia encontramos fatos e frases, obras e palavras intimamente unidos uns aos outros; as palavras anunciam e iluminam os fatos, e os fatos realizam e confirmam as palavras.
6° Uma maneira prática e proveitosa de ler a Escritura é começar com os Santos Evangelhos, continuar com os Atos dos Apóstolos e Cartas e ir misturando com algum livro do Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Juízes, Samuel etc. Não querer ler o livro do Levítico de uma só vez, por exemplo. Os Salmos devem ser o livro de oração dos grupos bíblicos. Os profetas são a “alma” do Antigo Testamento: é preciso dedicar-lhes um estudo especial.
7° A Bíblia é conquistada como a cidade de Jericó: “dando voltas”. Por isso, é bom ler os lugares paralelos. É um método interessante e muito proveitoso. Um texto esclarece o outro, segundo o que diz Santo Agostinho: “O Antigo Testamento fica patente no Novo e o Novo está latente no Antigo”.
8° A Bíblia deve ser lida e meditada com o mesmo espírito com que foi escrita. O Espírito Santo é o seu principal autor e intérprete. É preciso invocá-lo sempre antes de começar a lê-la e, no final, agradecer-lhe.
9° A Santa Bíblia nunca deve ser utilizada para criticar e condenar os demais.
10° Todo texto bíblico tem um contexto histórico em que se originou e um contexto literário em que foi escrito. Um texto bíblico, fora do seu contexto histórico e literário, é um pretexto para manipular a Palavra de Deus. Isso é tomar o nome de Deus em vão, é fundamentalismo.
Fonte + Mario de Gasperín Gasperín Bispo de Querétaro
“E como a chuva e a neve que caem do céu para lá não voltam sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar, a fim de produzir semente para quem planta e alimento para quem come, assim também acontece com a minha palavra: Ela sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão” (Isaias 55,10-11). Essa é a promessa para nós através da Palavra de Deus: O melhor de Deus ainda esta por vir, colherás tudo que plantastes diante de minha presença com a minha Palavra.
Agora é ler, encontrar Jesus, rezar, ruminar, e colocar em prática na vida, no dia a dia, boa aventura! Acampamento Quem Como Deus neste feriado e final de semana.
Neste mês de agosto em cada Domingo a Igreja meditará sobre uma vocaçãoespecifica. Neste 1° Domingo a liturgia vai refletir sobre a vocação sacerdotal. Dia 04 celebramos São João Maria Vianey patrono de todos os sacerdotes. Começo perguntando, você tem um amigo padre? O sacerdote é um amigo de trincheira, ouvi um padre experiente falar isso em um retiro e fiquei meditando. Veio na minha cabeça a imagem de uma guerra e aquelas trincheiras formadas por sacos de areia que escondem vários soldados ou aquelas trincheiras feitas por grandes buracos no chão para que eles possam se proteger e contra atacar.
Pensei também em tantos filmes belíssimos de guerra que eu já assistir e aquele soldado que arrisca a vida para salvar o pelotão e até mesmo para salvar aquele único amigo machucado que ficou para trás. Ser amigo de trincheira é não ter nada a perder a não ser o amigo, é saber agir junto e ao mesmo tempo ser rápido para agir sozinho em favor do outro. Companheiro combatente onde a única verdade não é minha reputação ou voltar para casa, realizar meus sonhos, a única verdade que habita o coração combatente do amigo sacerdote é salvar a vida, mesmo que não seja a sua. O Sacerdote é o homem da Palavra de Deus, o homem do sacramento, o homem do “mistério da fé”. E por tudo isso, o padre pode ser um excelente companheiro de caminhada.
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai(João 15,15). Amizade verdadeira é aquela que segue a estratégia do conhecimento, os meus amigos padres seguiam as trilhas do coração, primeiro do coração de Deus, achando sempre um atalho para o coração do amigo. Como o bom pastor conhece até a voz (cf. Jo 10). Crescer nesta amizade é não ter medo de arriscar, acreditar sempre que o outro pode fazer mais e melhor. Neste caminho se exercita bastante a fé, a paciência, o discernimento e a confiança de quem espera o amigo ter mais capacidade de superar do que de vencer.Procura viver a misericórdia porque antes de tudo toca na sua miséria, este soldado amigo não precisa se camuflar, porque a verdade é a sua maior defesa. Grande experiência de fé e vida no ser humano é ter um amigo padre!
A amizade sacerdotal é uma escola, digamos que seja um discipulado onde hora se é discípulo e hora você é mestre. O padre é uma pessoa escolhida por Deus primeiro e que tem a capacidade de te conhecer e lapidar alma e coração, mas ele também é lapidado. Pois eu posso te dizer um sacerdote é um amigo muito especial não porque sou padre, mas porque eu tive e tenho grandes amigos padres. Meu primeiro amigo padre foi monsenhor Jessé Torres, ajudou-me a encontrar Jesus e minha vocação, monsenhor Jonas Abib, aprende a ser padre com ele. Pe José Carlos e Pe Cícero caminhamos juntos no árido deserto do sofrimento onde construímos a vocação e amizade, padres Edmilsom, Wagner, Jurandir… O padre tem necessidade também de autênticas e verdadeiras amizades que o acolham na sua humanidade e fragilidade, mas também que o lembrem sempre da sua grande vocação de homem de Deus.
Outro dia ouvi esta frase de um amigo e filho: “Que bom padre, estava sentindo falta de nossas conversas, como já disse neste tempo que te conheci, a sua amizade foi uma das melhores coisas que me aconteceu aqui, um presente de Deus. Pode contar comigo pro que der e vier!” A riqueza de se ter um amigo padre é a certeza de ser apresentado para o grande e verdadeiro amigo que é Deus e a possibilidade de se devolver à dignidade de filho, de amigo de Deus a pessoa do amigo. O padre precisa ser antes de tudo amigo de Deus para poder ser amigo dos homens.
Oração: Obrigado Senhor pelo dom da amizade, ela é uma vocação tão rica e necessária para os nossos dias. Dai aos nossos sacerdotes a graça de serem profundamente amigos do Coração de Jesus e Maria para que eles saibam ser amigos e companheiros do teu povo. Concede também Senhor que os nossos padres encontrem em meio ao seu trabalho pessoas amigas que possam ser para eles um sinal de Tua presença confortadora. Que pela fé e pelo poder do Divino Espírito Santo sacerdotes e leigos descubram a graça da direção espiritual através da amizade e possamos viver como as primeiras comunidades: “eles tinham um só coração e uma só alma”.
Você já pensou e rezou sobre a sua vocação? Clique emcomentariose deixe seus pedidos de orações.
Respeito humano: medo ou vergonha de assumir a sua posição diante dos acontecimentos, das coisas e das pessoas. Receio de viver a VERDADE por medo de suas consequências, perda da auto-imagem, gerando falta de compromisso, falsidade, incoerência e omissão.
Por melhores que sejam as pessoas e suas intenções, um dia sem querer elas nos decepcionam. Acontece isso entre pais e filhos, marido e mulher, namorados apaixonados e entre amigos de verdade também. Nós mesmos já fizemos essa experiência frustrante de pisar na bola com alguém que nunca queríamos machucar ou decepcionar, faz parte do processo de amadurecimento de qualquer relacionamento e, é muito bom que isso aconteça, para que não fiquemos na ilusão de achar que tal pessoa é perfeita ou nós mesmos somos intocáveis e imaculados. Quanto mais conhecemos alguém qualidades e defeitos, virtudes e pecados mais a compreendemos e mais a amamos.
Dizer que a frustração e erros fazem parte do conhecimento do outro, para que no amadurecimento da amizade possamos adequar a imagem do amigo ao real e possível parece exagero, pois quem tem amizade fantasia são as crianças e neste período da vida é normal. Por isso, que uma verdadeira amizade deve estar guiada por alguns compromissos evangélicos: verdade, transparência e partilha tudo isso é claro, com muita caridade e misericórdia, pois só quando experimentamos o gosto amargo dos nossos erros compreendemos as fraquezas e erros do amigo.
Experiência mais terrível para mim são aquelas pessoas que estão no centro de uma situação, sabem de fatos que incluem e compromete a pessoa amiga e por respeito humano e por um falso protecionismo ficam caladas, se omitem, não querem correr o risco de perder a boa fama, a simpatia e até mesmo amizade. Quando a amizade é verdadeira o único medo que eu tenho é perder o meu amigo para os seus próprios erros e para minha covardia. Mesmo que ele não me compreenda e fique com raiva de mim, vou falar-lhe a verdade e abri seus olhos, pois amigo não é aquele que passa a mão na cabeça, mas aquele que te desafia e te desinstala, mas está pronto pra ficar com você em qualquer situação. Quanto uma amizade cresce, quando tocamos no mais fundo das qualidades e defeitos, das luzes e sombras do nosso amigo, a partir dai nos tornamos irmãos, cúmplices, cria-se um laço mais forte do que o de sangue.
Precisamos crescer na vivencia e na compreensão de uma verdadeira amizade, quem não se compromete não ama. Quando um amigo pisa na bola ou está vivendo uma situação constrangedora aproveite para acolhê-lo, não tenha medo de sacrificar a amizade pela verdade, pois o verdadeiro amor se arisca, dá a vida pelo amigo. “O homem quando erra não tem outra alternativa a não ser pedir perdão, se não ele não é homem”. O amigo não abandona o barco quando ele se agita, ajuda a remar mesmo que tenha de dizer que o outro está remando para o lado errado. Como corrigir um amigo sem perder sua amizade:
1°Reze pelo seu amigo (a): a oração vai preparar o coração dele e também o seu;
2° Espere à hora certa para conversar e partilhar, não se deixe vencer pelo nervosismo e ansiedade;
3° Escolha o lugar certo: a privacidade é o melhor lugar para corrigir uma pessoa, evite fazer uma correção em publico, mesmo que você esteja certo começou errado;
4° Faça um elogio antes de fazer a critica e a correção é preciso que ele saiba que você o ama. Todos têm qualidades e corrige o nosso ego elevado pelos erros dos outros, isso não é fingimento é amor.
5° Saiba falar: cuidado com as palavras, o problema muitas vezes não é o conteúdo das criticas, mas o jeito com que se fala. Mesmo no erro demonstre respeito, humildade e carinho.
6° No final de tudo abra-lhe os braços e lhe dê um abraço bem apertado e não fale mais nada.
Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados. (Hebreus 12,11).
Ouça O PodCast:E Quando o Amigo pisa na Bola?
Oração pelos amigos
Elevo minha voz a Jesus que me diz: “Não vos chamo servos, mas amigos, pois ao amigo eu me dou a conhecer”. Que eu possa servir aos meus amigos, em todas as situações, Rezo pelos amigos que servem a Deus como eu, que continuem fiéis. Rezo por aqueles que não são de Deus, mas que nem por isso deixam de ser amigos. Peço a conversão de alguns, pois por ai passará a felicidade para eles. Como aconteceu com Jesus, por alguns amigos a minha oração são as lágrimas. Para outros um sorriso ou minha presença é motivo de ressurreição. Há amigos tão próximos, que o silêncio fala mais do que mil palavras. Peço respeito e paciência para aqueles que tenho de conquistar todo dia. A paz é algo que peço para todos, saúde e o necessário de cada dia. Que eles Senhor se realizem no trabalho e no amor. Rezo por amigos que precisam conquistar novos amigos, Que o Senhor cure as feridas e as marcas da vida, E que liberte do mal mascarado nos vícios e no pecado. Para aqueles que vivem presos no passado, remoendo as amargas lembranças, Eu peço Senhor a libertação, a cura do coração, a verdadeira liberdade. Há outros eu ofereço o meu amor e percebo que só isso basta. Há nenhum deles eu nego a prece dos meus ombros e dos meus ouvidos, Pois carentes como eu, isso nos faz mais amigos. Rezo para que o Senhor realize a Sua Vontade na vida deles, E não aquilo que eles querem, pois nem sempre é o melhor. O Senhor, que conhece o meu coração sabe que nem todos são meus amigos, Por isso, rezo pelos meus possíveis inimigos, que vivamos o amor heróico. Uno o meu coração com aqueles amigos, que já partiram desta vida, Eles aumentam os meus desejos pelo céu, com eles a eternidade será mais feliz. Agradeço pelos meus amigos “anjos sem asas”, que Deus colocou em minha vida; Por causa deles sou bem mais feliz. Peço que para sempre continuemos amigos, E no céu possamos nos encontrar e dividir a eterna felicidade. Enfim, peço que eles conheçam o meu melhor amigo: Jesus Cristo. E que experimentem uma amizade que pode suprir todas as suas necessidades. Pois pior do que o mundo sem amigos, É uma alma sem Deus. Amém.
Vamos fazer memória das coisas boas de nossa vida, quem são os seus amigos e o que eles significam em sua vida?
Faça uma prece pelos seus amigos deixe registrado em comentários e agradeçamos a Deus pelo dom da amizade.
Eu quero te louvar Senhor, pois por causa deles e de muitos que eu com certeza neste momento esqueci, considero-me mais rico e mais feliz e posso tocar no amor que tens por mim. Neste dia abençoa a cada um deles com muitas graças, saúde, paz, alegria e os Dons do Espírito Santo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho na unidade do Espírito Santo.
No Mistério da Santíssima Trindade experiência fundamental para nossa fé, conhecemos através da Divina Revelação a Pessoa do Pai, pois também temos experiência bastante concreta desta pessoa em nossa vida. O Filho Jesus Cristo assumindo a natureza humana, adquire um rosto, uma forma e ajuda a revelar também o Pai: “quem me vê, vê o Pai”. Como falar do Espírito Santo, esta Pessoa ainda tão desconhecida para nós?A Bíblia fala de suas manifestações e figuras, mas Ele mesmo não tem uma personificação, ora Ele é o fogo, a água, a Sombra do altíssimo, Unção, Mão de Deus, o Advogado e intercessor, mas, sobretudo Ele é o Amor do Pai e do Filho, amor entre o Pai e o Filho. Como falar desta Pessoa Divina ainda tão desconhecida?
O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade: Crer no Espírito é, portanto, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, “adorado e glorificado com o Pai e o Filho” (CIC 685).
Essa é a experiência de nossa fé, sendo uma Pessoa nós podemos nos relacionar com o Espírito Santo, ser amigo, próximo, intimo porque não dizer. E é exatamente isso que essa Pessoa da Trindade deseja ardentemente de nós para poder nos revelar o amor do Pai e do Filho e o conhecimento dos dois. Esse é o primeiro grande beneficio de sermos amigos dessa pessoa divina, dele se aproximar.
O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e Aquele que Ele enviou Jesus Cristo. (CIC 684).
O Espírito Santo é o nosso mestre de vida de oração, Ele nos ensina a rezar como convém isto é, alcançar na oração a Vontade de Deus, que alimenta e plenifica a nossa alma. “Da mesma forma, o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis” (Rom 8, 26).
“Ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus” (1 Cor 2, 11). Ora, o seu Espírito, que O revela, faz-nos conhecer Cristo, seu Verbo, sua Palavra viva; mas não Se diz a Si próprio. “Aquele que falou pelos profetas” faz-nos ouvir a Palavra do Pai. Mas a Ele, nós não O ouvimos. Não O conhecemos senão no movimento em que Ele nos revela o Verbo e nos dispõe a acolhê-Lo na fé (CIC 687).
Aproximar-se desta Pessoa divina, ser amigo dele me faz conhecer sua Palavra e o seu poder, só pelo Espírito Santo eu posso dizer Jesus Cristo é o Senhor. E pelo mesmo Espírito conhecer e experimentar o Amor de Deus Pai.
Primeiro grande fruto da amizade com o Espírito Santo à experiência do Amor de Deus e a salvação em Jesus Cristo proclamando seu senhorio. Ninguém será capaz de dizer: “Jesus é Senhor”, a não ser sob influência do Espírito Santo (cf. ICor 12,3b).
Ele nos purifica dos nossos pecados, Manda teu espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra (Sl 104, 30). Ilumina e abre a nossa inteligência: o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo (cf. Jo 14,26). O Espírito Santo nos ensina a ser dóceis e a obedecer aos mandamentos do Senhor: Porei em vós o meu espírito e farei com que andeis segundo minhas leis e cuideis de observar os meus preceitos (cf. Ez 36,27).
Este amigo divino Confirmará a esperança da vida eterna, pois Ele é o penhor da Herança dada por Cristo Jesus: Nele acreditastes e recebestes a marca do Espírito Santo prometido, que é a garantia da nossa herança, até o resgate completo e definitivo, para louvor da sua glória (Ef 1, 13-14). Ele revela aos nossos corações que de Deus nós somos filhos, devolve a dignidade e a convivência perdida pelo pecado original:
E a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: “Abbá, Pai!” Gl 4,6
Ele é o nosso conselheiro nas duvidas e nos mostra qual a Vontade de Deus: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas. Ao vencedor darei como prêmio comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus’ (Ap 2,7).
Anima-nos e nos levanta do abatimento: Deu-me o Senhor DEUS uma língua habilidosa para que aos desanimados eu saiba ajudar com uma palavra. Toda manhã ele desperta meus ouvidos para que, como bom discípulo, eu preste atenção (Is 50,4).
Ele é o nosso advogado contra o mundo, defensor contra o pecado e principalmente nos defende de nós mesmos quando não conhecemos os desígnios de Deus: e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e estará dentro de vós (cf. Jo 14,16-17).
Sendo amigo do Espírito Santo recorrendo a Ele, pedindo o socorro do seu auxilio chegaremos a Vontade do Pai cuja missão é imprimir em nossa alma, em nossa vida a SANTIDADE: eleitos conforme a presciência de Deus Pai e pela a santificação do Espírito, para obedecerem a Jesus Cristo e serem aspergidos com o seu sangue(I São Pedro 1,2). Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (I Ts 4,3).
Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei (cf. Gl 5, 16. 22-23).
Sendo o Espírito Santo como uma Pessoa capaz de falar, agir, ter vontade, inteligência, sentimentos, alguém que ora, intercede e conhece a Vontade de Deus, você já fez a experiência de se relacionar com Ele, conversar, falar de suas aflições, dificuldades, duvidas, tristeza e alegrias. Imagine ter um amigo tão virtuoso e cheio de santidade disposto a dividi-la com você. Eu começo o meu dia assim que acordo cumprimentando-o “bom dia Espírito Santo! O que nós iremos fazer juntos hoje?”.
Comecemos agora a falar com Ele: Vem, Espírito Criador!
Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai e enchei os corações com vossos dons celestiais.Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par, a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai, por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz, se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer. Amém!
Escute na integra o Podcast:
Você é amigo do Espírito Santo? Deixe o seu comentario e seus pedidos de orações.