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Sacerdócio e Eucaristia nascem do Coração de Jesus.

quarta-feira, abril 20th, 2011

Qual a origem do Sacerdócio e da Eucaristia? Pensando neste mistério de vocação que é o sacerdócio, imediatamente penso no para que essa vocação foi feita. O sacerdócio foi feito para a Eucaristia, o padre existe para a Eucaristia e ambos foram criados para a salvação do povo.

Hoje é um dia duplamente feliz, pois Jesus com o coração mais generoso que a face da terra já viu, nos deu dois grandes presentes. Na última ceia, antecipando a Sua doação total, mesmo diante da traição e do Mistério de dor que teria que passar para salvar o mundo das trevas do pecado e da morte, entrega aos discípulos o Sacramento do Amor: A Eucaristia. “A Santíssima Eucaristia é a doação que Jesus Cristo faz de si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. Neste Sacramento admirável, manifesta-se o amor maior: o amor que leva a dar a vida pelos irmãos.” Papa Bento XVI.

Escute na integra o Podcast:

O Sacerdócio e a Eucaristia nascem do mesmo lugar, das fontes misericordiosas do Coração de Jesus.

Neste mesmo dia o Mestre “divide” o seu Sacerdócio com os Apóstolos e faz deles ministros do Sacramento do Amor, ministros do Perdão, ministros da misericórdia. O vínculo intrínseco entre a Eucaristia e o Sacramento da Ordem deduz-se das próprias palavras de Jesus no Cenáculo: “Fazei isto em memória de mim” Lucas 22,19. Nós sacerdotes usamos as mesmas palavras de Jesus quando instituiu O Mistério de Amor, porque somos os primeiros a estar no lugar de Cristo Jesus para a Salvação do mundo, portanto, o Sacerdócio é um movimento Divino do Amor de Deus Pai que continua agindo em sua Igreja em todo Tempo e o tempo todo. Onde existe um Sacerdote, há a possibilidade do Amor e da misericórdia de Deus se manifestarem pelo homem.

Falando um pouco de mim, o lema do meu Sacerdócio é: “Tudo posso naquele que me dá força” Filipenses 4,13. A força do meu sacerdócio não vem de mim mesmo, mas a força do sacerdote vem da fonte pela qual ele oferece todos os dias torrentes de “Água Viva” ao povo fiel e sedento desse Amor que é Jesus. Eu busco A Força para exercer minha vida como ministro desse Sacramento nas Palavras que eu dirijo todos os dias ao Pai: “Tomai e comei, isto é o meu corpo; Tomai e bebei isto é o meu sangue, sangue da nova e eterna Aliança, para a remissão dos pecados, fazei isto em memória de mim!” As mesmas Palavras de Cristo são fonte de vida, de salvação em primeiro lugar para mim, alimento substancioso para a minha intimidade com o Senhor e para servir ao povo de Deus, que procura no sacerdote não ele mesmo, mas Jesus Cristo o seu Salvador. O Papa João Pulo II disse para os Sacerdotes em sua última e tradicional carta na Quinta-feira Santa de 2005: “O povo tem o direito de ver Jesus Cristo na pessoa do sacerdote”.

Essas palavras do Santo Padre ficaram gravadas em minha alma como uma missão, apesar de ser pecador e cheio de limitações como todo homem, eu não sou um homem comum, eu sou ministro do Sacramento do Amor e da misericórdia. Cristo hoje na Última Ceia depôs do manto, sinal de sua dignidade de Senhor, de Rei, para servir aos discípulos, para lavar os seus pés, esse gesto de humildade revela o caminho que o discípulo deve seguir; Imitar o Mestre: “Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais à mesma coisa que eu fiz”. “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (cf. Jo 13, 1-15). Aos sacerdotes hoje, felicidades, força e que eles saibam não estão sozinhos, pois disse o Senhor: “Eu estarei convosco todos os dias, até o final dos tempos!”.

Ultimamente estamos sendo atingidos por tantas noticias através da mídia em relação aos sacerdotes, noticias que podem até em parte ser verdadeiras, mas noticias que generalizam demais e nós esquecemos da riqueza que é essa vocação e de dizer quanto bem faz um sacerdote em nosso meio e em meio a nossas comunidades. Por isso, meus irmãos rezemos por esses homens que deixam a sua família para servir o povo de Deus e faz do povo de Deus a sua família e se salva junto com eles.

Oração: Jesus sumo e eterno sacerdote, daí-me a graça como padre de viver como o Senhor viveu e ser para o Teu povo sinal vivo de tua misericórdia. Maria mãe dos sacerdotes quero sempre estar sobre os teus cuidados na proteção do teu manto de mãe, pois sou o teu filho predileto. Quero estar imerso nestes dois mistérios pelo qual eu fui feito. O mistério do Sacerdócio e Eucaristia para que eu seja ponte para os meus irmãos do Amor misericordioso de Deus. Daí-me a graça da fidelidade de Cristo.

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Eu sou feliz e realizado em minha vocação como sacerdote.

Minha benção sacerdotal+

Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
http://twitter.com/padreluizinho

Um grito de fé e de Vitória: “Tudo posso naquele que me dá força."

quarta-feira, dezembro 22nd, 2010

No dia 12 de Dezembro de 1994 fui mandado embora do seminário diocesano, e era um dia especial, dia de Nossa Senhora de Guadalupe. Foi dito para mim que eu não tinha vocação para ser padre diocesano, meu mundo caio naquele dia, e a promessa de Deus, e a profecia da minha tia? Deus desistiu de mim e de minha vocação? Depois de todo resgate de Deus em minha vida e do grande perdão em relação ao meu pai (você pode ler toda essa historia na página que fala de Minha Historia), de ter experimentado a Deus e decidido: “Não posso dar a Deus a metade, é preciso dar a Deus tudo!”

Na quarta-feira de cinzas de 1993 entrava para o seminário Propedêutico Santa Terezinha do Menino Jesus em Salvador Bahia, esse período era um noviciado, uma preparação para o seminário maior no ano seguinte, onde também me preparava para o vestibular na Universidade Católica para cursar Filosofia. Este ano foi mais tranqüilo, tive uma forte crise de saudade de casa e dificuldade nos estudos, mas aconteceu uma intervenção de Santa Terezinha. Depois de grandes questionamentos se Deus queria-me padre mesmo, decidi ir para Missa das 7:00h da manhã e pedi um sinal, pois estava fazendo a novena das rosas de Santa Terezinha e naquele dia estava servindo ao altar como acolito. Passou-se a Missa toda e nada aconteceu, depois da benção final, o padre beijou o altar e íamos voltando para a sacristia, quando olhei atrás da cadeira que estava sentado e vi uma Rosa Salmon, olhei para todo o altar e não havia nenhuma flor natural na ornamentação da Igreja, era o sinal de Santa Terezinha, resposta para que eu continuasse no seminário!

Neste ano fiz grandes amizades, o Cícero, o José Carlos, os dois hoje também são padres, e a Elzinha japonesinha da Canção Nova, ela sempre fazia a leitura na Missa. Conheci também a Salete Ferreira, o Pedro Roberto, o Chiquinho, todos jovens da Comunidade Canção Nova, eles trabalhavam na Rádio Excelsior da Arquidiocese de Salvador, que ficava ao lado do seminário. Antes de conhecer esses jovens nunca tinha ouvido falar da Comunidade, era a Providência de Deus se revelando para mim, mais adiante você vai entender. Esse ano terminou e consegui passar no vestibular  para a filosofia no seminário de minha então diocese de Feira de Santana, Seminário Santana Mestra. Neste ano de 1994 começam as grandes provações de minha vocação, “pois os homens agradáveis a Deus são provados como a prata e o ouro” Eclesiástico 2. Uma de minhas maiores dificuldades chamava-se Reitor, ele implicava comigo por ser desse jeito carismático, tudo queria rezar, sempre que tinha tempo estava na capela e queria fazer no seminário o que fazia nos grupos de oração, é claro precisava de um pouco mais de discernimento e maturidade, mas eu estava em formação e ele deveria me ajudar. Ele pegava no meu pé mesmo, implicava, criticava e algumas vezes me humilhava na frente dos outros colegas. Fui para este seminário a pedido do meu diretor espiritual, o Padre Jessé Torres, um homem santo, um modelo de sacerdote, que me deu catequese e incentivou minha vocação, apresentou-me a Nossa Senhora, é por grande parte culpa dele que hoje estou aqui.

No final do ano de 94, no dia 12 de dezembro o Reitor me chamou em seu escritório e deslicou-me do seminário dizendo que não tinha vocação. Lembrei-me da frase que a Salete havia dito alguns  dias antes: “Deixa tudo e vem para Canção Nova!” Eu não tinha coragem para fazer isso, hoje eu endento que mesmo de maneira dolorosa Deus havia me empurrado para fazer a sua Vontade. Voltei para casa de minha mãe e fui procurar o Walmir Motta, responsável da Canção Nova na Bahia. Contei toda minha historia para ele e depois de ouvir tudo me disse: “Os dons e a Vocação de Deus são irrevogáveis.” E continuou Deus não volta atrás quando chama alguém!. Romanos 11,29 Aqui a Palavra de Deus ressuscitou minha vocação e no mesmo dia o Walmir ligou para o Pe. Jonas Abib contando toda historia, e o PE. Jonas disse: “Se for de Deus a Providência vai ver tudo”. E foi assim, três senhoras da Renovação Carismática, Eneida, Inédite e Cristina Dorea me ajudaram a cursar todo o segundo ano de Filosofia em 95 e em 1996 entrei para o Noviciado da Comunidade Canção Nova. Por isso, há exatamente dez anos o meu lema sacerdotal é um grito de fé e de vitória: “Tudo posso naquele que me dá força.” Filipenses 4, 13

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Padre Luizinho,

Sacerdote Canção Nova.