Incentivando à leitura

Olá pais e catequistas a paz de Jesus.
Hoje temos em primeira mão um texto da  Tia Adelita falando sobre o incentivo a leitura um exemplo familiar.

O gosto pela Leitura começa com a família
Adelita Maria Roseti Frulane
Quando pequena, bem antes de aprender a ler, ouvia meu pai contando longas histórias à beira do fogão nas frias noites de inverno paranaense. Especialmente em dias de chuva, quando a casa ficava sem luz elétrica, meu pai recordava vários contos que havia ouvido, sob a luz do lampião, de um de um “contador de histórias” na colônia dos italianos onde morava. Era um homem raro que tinha muitos livros e a noite reunia os colonos para contar, dramatizando, as histórias que lia, com direito a intervalo para pipoca.
Meu pai tinha uma gaveta cheia de histórias em quadrinhos e sempre que lia dava boas gargalhadas, por isso eu não via a hora de entrar para a escola, pois queria saber o que de tão engaçado ele lia naquelas revistas.
Sempre estudei em escolas públicas e a primeira biblioteca que tive na escola foi na 5ª série. Até então arrastava minha irmã para biblioteca municipal e passávamos lá tardes inteiras lendo.
Graças a Deus, tive a felicidade de sempre escolher livros apropriados para a minha idade, que abriram para mim um mundo de conhecimentos e não feriram meus valores. Uma vez, com uns 13 anos, acabei lendo um livro muito deprimente e fiquei uma semana triste, nessa ocasião minha mãe me proibiu ler por um mês, para que eu fosse mais cuidadosa na escolha de minhas leituras.
Meu filho herdou de mim o gosto pela leitura. Desde bebê, eu coloco livros na sua mão. Ele aprendeu a ler sozinho, com quatro anos, pelo contato com os livros, os quais considera tão prazerosos, como seus brinquedos.
E acho que aí está o segredo de desenvolver o gosto pela leitura: tem que ser um prazer e não uma imposição.
Os livros de meu filho estão misturados com seus brinquedos. Mas todos os livros e revistinhas que ele tem, eu leio antes. E não tenho receio nenhum em arrancar uma página que não considere apropriada, ou jogar fora um livrinho que venha no meio de uma coleção, que não condiga com a doutrina ou moral cristã. A não ser que eu queira usar daquela história para desenvolver nele o senso crítico. Então, lemos juntos (eu ou meu esposo) com ele para depois conversarmos sobre o assunto. Mas não deixo que um livro que eu desaprovo, fique lá, solto no meio dos outros porque ele lê muitas vezes o mesmo livrinho, e “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, tomamos o mesmo critério com os filmes de desenho animado, até que ele tenha maturidade para fazer suas próprias escolhas pois, em idade pré-escolar, sua personalidade está em construção.
Meu filho gosta muito das histórias da Bíblia e vida de santos, mas não só. Existem muitos livros infantis divertidos, educativos e encantadores que ensinam valores ou apenas divertem. O importante é que em tudo haja a participação amorosa e responsável dos pais, até no desenvolver o delicioso hábito pela leitura de nossos filhos.

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