aborto
O artigo da Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira - Reflexão sobre o aborto dos gêmeos
Hoje, tive a grata satifação de ler a reflexão que a Drª Elizabeth Kipman Cerqueira faz sobre o caso sa menina de 9 anos que engravidou de gêmeos, fruto do estrupo do padrasto.
Segundo o artigo que em seu final apresenta esta brilhante profissional: Ela é Médica ginecologista/Obstétrica; integrante da Comissão de Ética e Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco, em Jacareí – SP. Diretora do Centro Interdisciplinar de Bioética da Associação “Casa Fonte da Vida” e especialista em Logoterapia e Logoteoria aplicada à Educação.
A sua reflexão me faz pensar sobre o nosso compromisso de fato com o Projeto de Deus na condição de profissionais de saúde cristãos e católicos.
Faço questão de reproduzir na íntegra esta reflexão para que você e sua família possam faze-la também!
Médica Ginecologista Obstetra dá seu parecer sobre aborto ocorrido em
Recife:
“Meus amigos,
– Todo o fato é terrível — não é isso que se está discutindo —
porém acho importante fazermos algumas reflexões pois o aborto não era a
única nem a melhor solução:
a) Devem ter usado Cytotec (?) — que tem protocolo muito claro para
tratamento de úlceras gástricas — não há experiência suficiente de seu uso
em meninas de 9 anos grávidas (mesmo que tenham usado outra droga — sempre
se está atirando meio no escuro pois é de se convir que é raro uma gravidez
gemelar aos 9 anos) – portanto houve risco na indução do aborto
b) A menina não corria risco de vida agora — não havia esta pressa
nem indicação de intervenção no momento para salvar a sua vida;
c) De onde vem a estatística que ela corria o risco de 90% de morte
ou de qualquer outra %? Estatística deve ser registrada em trabalho médico
de pesquisa e com amostragem significativa para ter valor;
d) Haveria possibilidade que tivesse parto prematuro ou até aborto
(espontâneo) – mas, quando espontâneo, o processo é mais simples e de menor
risco;
e) Se levasse a gravidez pelo menos até 22 semanas, teríamos 15 a
20% de chance de sobrevivência para os gêmeos (mesmo que fosse 10% de chance
– estaríamos tentando salvar as crianças sem aumento de risco para a
mãezinha);
f) Psicologicamente, esta menina foi usada como um trapo pelo homem,
destruída como pessoa, percebendo-se marcada inconscientemente como algo sem
valor — e por 3 longos anos. Ao experimentar a destruição dos filhos como
lixo, o inconsciente registra — “viu, sou lixo e de mim só pode sair lixo”.
Sabe-se lá como se fará para recuperar todo esse novelo em sua cabecinha.
Por outro lado, imagine-se: ela sentindo-se rodeada por atenção, amor,
cuidado e experimentado a valorização das crianças que trazia dentro de si
— mesmo que a análise racional não fosse predominante — poderia estar
começando aí o seu resgate como pessoa integral;
g) Sei de meninas que deram a luz com 10 anos e continuam muito bem
após anos e anos;
h) Não sei de ninguém que morreu por causa da idade precoce com que
engravidou, se recebeu acompanhamento adequado. Vou pesquisar mais e
comunico a vocês se houver algum trabalho nesse sentido”.
MÉTODO DA OVULAÇÃO BILLINGS E O ABORTO
* Gerson Abarca
Ao entrar hoje no blog do Professor Felipe Aquino, refletimos sobre a polêmica do aborto, e da posição de lideranças Católicas em torno do tema ( blog.cancaonova.com/felipeaquino).
Dificilmente veremos um casal usuário do Método da Ovulação Billings (MOB) ser a favor do aborto, mesmo que liderem trabalhos com empobrecidos em periferias ou em realidades distantes do Brasil, que mais parece pré colonial ( cantos do Amazônas e do setão nordestino ).
A precursora do MOB no Brasil, Ir. Martha Bhering, sempre atuou no meio de mulheres empobrecidas e também prostitutas, e nunca precisou orientar uma mulher a fazer um aborto por causa de sua realidade social.
Não é o caso da coordenadora da Pastoral das mulheres marginalizadas, que para se ver “adaptada”, aceita em seu trabalho e neste meio. Prefere entrar no jogo apelativo de que os meios justificam os fins.
Infelizmente, são poucas Paróquias no Brasil que incrementaram e criaram mecanismos para os casais escolherem o Planejamento Natural da Família (PNF). As Paróquias que assumiram a causa da vida com trabalhos concretos de ensinamento do MOB, estão ganhando casais para a ação Pastoral e a fidelidade destes pela defesa da vida. Já assessorei trabalhos em Paróquias, que com o tempo até lideranças de Pastoral Familiar fizeram de tudo para não dar certo, porque os casais usuários do MOB incomodavam a muitos casais lideranças da Pastoral que não queriam reconhecer a própria escolha pela esterilidade. Diziam, ” agora vamos só ficar falando de sexo…”;” eu já fechei a porta e joguei a chave pela janela, filho ehm!!!”.
POR QUE UM CASAL USUÁRIO DO MOB NÃO SERÁ A FAVOR DO ABORTO?
Dificilmente, porque “maldito o Homem que confia no próprio homem…”.
Os usuários do MOB, partem do princípio Cristão de ” Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo:10,10). É uma escolha fruto de uma filosofia de vida, da defesa pela vida. Não se dá para usar o MOB apenas para se evitar um filho ou para se ter, escolhas deste tipo, duram apenas o tempo de seu desfecho. Assim que o casal têm dois filhos, laqueia para não ter mais. Podemos dizer que quem assim o faz não pode ser considerado usuário do MOB, mas sim usuário de um controle natural da natalidade. Controle! porquê já têm um fim em si, o desejo unilateral do casal.
Não é à toa que em muitas Paróquias, os cursos de noivos ensinam todos os métodos possíveis de planejamento familiar, mesmo os não indicados pela Igreja, e quando vão falar do método indicado pela Igreja,dizem método de “controle natural”.
Achar um casal usuário do MOB, é como procurar agulha em um palheiro, é quase parecido com o achar um Cristão. Não é verdade que muitos vão à Igreja, mas poucos são os escolhidos? Aqueles que se deixam ser escolhidos, pois Deus chama a todos.
Neste sentido, os casais que podemos considerar usuários do MOB, mantem-se fiéis à escolha inicial, porque incorporaram a escolha pela vida no âmago do casamento. Caminhar com esta escolha por todo o ciclo de fertilidade da vida de uma mulher, entre tantas as facilidades de controle de natalidade que a sociedade oferece, é uma luta de Davi contra Golias, cuja resistências estão impregnadas dentro da própria vida Pastoral dos Católicos. Mesmo depois que a mulher já não precise mais se preocupar com seu ciclo menstrual, por ter entrado na menopausa e consequentemente sua fisiologia tenha estancado sua fertilidade, ela continuará ensinando o MOB, pois esta vivência é tão apaixonante, que desejará transmitir para o resto de sua vida à outras mulheres, e o parceiro Homem, continuará parceiro nesta empreitada, porque ele obteve tantos benefícios na vivência do MOB, que não deseja parar de querer dispertar outros homens para a reeducação sexual.
Um casal que escolheu os filhos e conseguiu inclusive escolher o dia da fecundação deles ou mesmo que assim não o fizeram, mas conseguiu acolher o ser fecundado com alegria, não terá no aborto a saida para as dificuldades financeiras, sociais ou de relacionamento conjugal que a vida impõem. Os usuários do MOB, que escolheram por amor à vida, terão nos filhos fecundados o sinal de esperança. Filhos não são problemas, mas sim soluções.
E quando não tivermos quase úteros que fecundem, pela avassaladora propagação da infertilidade; quando o Brasil estiver dentro do ranking de país envelhecido; quando a taxa de natalidade já estiver negativa entre todas as nações; aí sim teremos os casais usuários do Planejamento Natural da Família, que não chegam a 4% da população, prontos para acolherem a vida plenamente fecundade, sem recursos laboratoriais e de especulação científica. E OLHA QUE A MAIORIA DOS CASAIS USUÁRIOS DO MOB NO MUNDO NÃO SÃO CATÓLICOS. Aliás, o casal Billings conseguiu colocar o MOB no programa de planejamento familiar da China.
Não serão os usuários do MOB a favor do aborto, porque estes representam e representarão a resistência contra a morte em favor da vida.
Isto é vivência, é realidade, não é teoria.
Mesmo que as portas estão fechadas para o MOB, na quase totalidade das Paróquias do Brasil, mesmo em tempo de Campanha da Fraternidade que enfatiza a defesa da vida, os usuários, divulgadores, e instrutores do MOB, estão de prontidão para servir.
Graças a Comunidade Canção Nova, e todos os seus veículos de comunicação, o MOB está se revigorando. Os casais usuários estão saindo do anonimato e testemunhando a vida em plenitude.
A Igreja Católica é a única instituição religiosa no Brasil que possue nos seus documentos a indicação do Planejamento Natural da Família por meios científicos e baseado no cíclo de fertilidade do casal, como é o caso do MOB, o com melhor desempenho e estudos ciêntíficos, por respeitar o ciclo natural da mulher sem necessidade de outros instrumentos de suporte, e de fácil aprendizado. Se há grupos ou pastorais que não estão preocupados em fazer aperecer esta indicação da Igreja Católica, sabemos que é porque somos Igreja povo, que é construida por seres humanos sujeitos a erros.Assim como vamos encontrar adeptos do aborto, mesmo estando falando em nome da Igreja Católica.
Queres fidelidade na defesa da vida em sua Paróquia? Estruturem um centro de ensinamento e acompanhamento do MOB, à longo prazo, vereis o resultado…
“UM BANDO DE MULHERES GRÁVIDAS!”, dirão os desesperados. ”
” – NÃO!?!, UM CONTIGENTE ENORME DE CASAIS FECUNDOS PELA DEFESA DA VIDA ” ,reponderão os beneficiados.
* É Psicólogo, usuário do MOB , autor do livro: ” Prazer sexual na vida conjugal”, Ed Paulus-SP.
Junto com Maria Celina sou usuário do MOB há 18 anos. No início atacavam-nos dizendo que iriamos engravidar todos os anos. Infelizmente não foi assim, planejamos três que com a graça de Deus fecundamos em dia e hora historicamente lembradas.Em muitos ambientes pastorais somos vistos como “ETs”, alguns nos chamam de arcáicos. Mas com certeza hoje já bebemos as alegrias de nossa escolha, a felicidade estampada nos rostos de nossos filhos e uma dinâmica conjugal que nos faz transmitir que a vida em Matrimônio é fonte de vida e esperança.
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