Deus fala comigo através dos fatos, da natureza e dos irmãos

O lugar da Casa de Maria que mais gosto fica ao lado da capela: onde por muitas vezes eu parei para fazer meu estudo Bíblico, embaixo de uma grande árvore. Seus galhos são enormes e dão uma impressão de crescimento contínuo. Parece que eles brotam desde a raiz.

Recordo-me de uma tarde, quando me sentei na varanda e fiquei olhando para aquela árvore. Observei sua estrutura, suas raízes e comecei a rezar, pedindo a Deus, que firmasse em mim raízes profundas e inabaláveis, como as daquela árvore.

Parece que aquela árvore continua crescendo sem parar. Pelo menos foi essa a sensação que eu tinha no momento da minha oração. Assim, pedi ao Senhor que eu também vivesse um crescimento na presença de dELE e no carisma Canção Nova.

Vivi várias experiências assim, de sentir Deus falando comigo através da natureza. E o que me encanta na Casa de Maria, é a discrição de Nossa Senhora.

Para nós, membros da Canção Nova, vivemos nosso 2º ano na Comunidade, o discipulado, na cidade de Queluz (SP). Nesse período é comum vivermos muitas crises interiores, quando Deus trabalha muito a nossa cura interior. Durante meu discipulado, eu estava muito angustiada em meus pensamentos, e andando pela casa pensando e rezando. Bem ali, ao lado do alojamento, senti uma mão tocar tão suave em meu ombro, que nenhum ser humano jamais tocaria daquele jeito. Na hora veio no meu coração: é Ela, A Virgem Maria. Aquela angústia que estava em mim, foi se transformando em consolo e confiança em Deus. Ela é uma mãe presente, mas discreta.

Nesta casa eu também tive muitos encontros com os irmãos, chegando a descobrir grandes amigos. É uma riqueza conhecer as qualidades e defeitos de cada um e aprender a lidar com eles: aceitá-los como são mesmo sem entender. Uns mais rápidos, outros mais cautelosamente, e com eles conhecer principalmente os meus limites. Os irmãos nos formam. Eles são usados por Deus para ser nosso sustento.

O que eu vivi na casa de Maria criou em mim raízes profundas, e crescimento contínuo. Sempre que posso, volto lá, na mesma árvore, onde em uma formação o padre Luizinho pediu para escolhermos uma árvore (e eu já sabia qual seria a minha) para escrevermos o nosso nome nela. Penso que nem dá pra ver o meu nome lá, mas no meu coração esta casa está cravada para sempre.

Como disse Nicodemos no Evangelho de João 3,4: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” Concretamente isso não é possível, mas, na Casa de Maria, eu literalmente volto ao ventre do carisma, onde renovo todas as minhas forças, e sou reenviada para a missão de evangelizar com minhas raízes profundas e inabaláveis em Cristo.

Vera Lúcia Soares
Atualmente na missão de São José dos Campos (SP)
@verolettecn

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“Atualmente eu moro nesta casa e percebo que realmente é um lugar propício para fazermos experiências profundas com Deus. Tudo o que a Vera viveu quando morou aqui em 2007 hoje é minha vez de viver. Fui a primeira pessoa a ler este texto, antes mesmo de ser postado, e me identifiquei por que eu também quero raízes profundas para que, ao sair desta casa, eu leve Jesus para todas as pessoas que precisam conhecê-Lo” Rosana Silva