Aprendi tomar posse da minha alegria e me aceitar como sou
Eu tinha acabado de completar 24 anos quando cheguei na Casa de Maria. Era janeiro de 1994. Depois de tudo o que vivi aqui, sem dúvida posso afirmar: Nesta casa me tornei uma mulher livre!
Aqui fui formada e iniciei o meu processo de cura, que sinto que é para toda a vida.
Quando morei na Casa de Formação da Canção Nova em Queluz, era tudo muito estranho e muito diferente do que eu vivia, mas eu estava disposta a viver aquele tempo.
Não foi fácil me deparar com as minhas misérias, fraquezas e carências. Nos grandes momentos de saudades e solidão eu corria para a Gruta de Nossa Senhora [foto acima], e lá derramava meu coração diante da Virgem Maria. Me sentia consolada, amada e acolhida.
Ah! Se essas escadas falassem! Quantas vezes sentada nessas escadas com o coração tomado de saudades da minha família… observava na Via Dutra, que fica justamente em frente a nossa casa, e via os ônibus que iam para Bahia, minha terra natal. O coração chegava doer.
Aqui nesta casa recebi uma carta do meu sobrinho, na época com 8 anos, me convidando para ser sua madrinha de Batismo. Esse foi o meio que Deus usou para eu, minha mãe e minha irmã nos tornarmos amigas, por que antes não nos entendíamos.
As boas experiências foram muitas, porém peço a Virgem Maria a graça de encarná-las em minha vida.
Que cada momento que vivi aqui me faça melhor para os meus irmãos.
Rita de Cássia (Ritinha)
Equipe Vocacional Canção Nova
fb.com/ritinhacn @amigadobem
.
Texto escrito durante da 1ª Jornada 2012 na Casa de Maria em Queluz