O que acontece quando estou em pecado mortal?

A Igreja nos ensina que o pecado grave ou mortal destrói o coração de uma pessoa, pois rompe e aparta o ser humano de Deus.  Pecados como homicídio, blasfêmia, adultério e prostituição são pecados contra a vida e contra Deus. Enquanto o pecado venial são pecados que apenas agravam a relação com Deus não rompendo ou apartando.

Neste post vamos focalizar no pecado mortal. O que acontece em nossa alma quando cometo este pecado?

Primeiramente, há um distanciamento da presença de Deus e da oração, a principal via de relacionamento com o Senhor. As consequências são graves. Uma vez que por minha livre escolha eu me afasto da fonte da vida e lanço minhas raízes em águas lodosas e fétidas que somente produzirão imundície, vazio interior e relações machucadas.
Aprofundamo-nos cada vez mais em escolhas erradas, algumas piores que as anteriores. Envolvemo-nos nossa alma em uma escuridão tão densa que o Sol da Justiça (Deus) que antes brilhava com esplendor dentro de nós parece que se apaga.

Nossa árvore será regada e “cuidada” pelo demônio. Desta forma, que frutos poderão dá? E se a nossa vida terminasse deste modo jamais poderíamos contemplar tal Luz que erradia deste Sol.  Portanto, só o pecado pode ser chamado de mal. Já que acarreta males eternos.

Estas são as consequências que acontecem em nossa alma, porém, é pior ainda no que se diz a respeito do nosso relacionamento com Deus, pois quando optamos, escolhemos, preferimos… viver no pecado mortal passamos agradar e dar prazer ao demônio. Tornamos trevas como ele. Nem as boas obras que realizamos são capazes de agradar a Deus e nem trazem merecimentos para chegar ao céu.

Entretanto, nossa alma quando está em estado de graça, ou seja, quando rompe com os pecados graves assemelhasse a uma planta enraizada em um rio de águas puras. Tornam-se férteis e viçosas.

Mas, como libertar-nos do pecado mortal?

É necessários sermos humildes e reconhecermos que somos pecadores na confissão. Desta maneira, atraímos o coração de Deus que se torna nosso auxílio nas situações que não somos capazes de vencer. Ele guardará nossa alma como uma sentinela que guarda sua cidade. Compreenderemos que é em nossa fraqueza que Ele se torna nossa força.

Na medida em que nós nos aproximamos dele e, a oração é a principal via, Jesus vai introduzindo em nossa alma o temor grandíssimo de não ofendê-lo. O próprio Deus ensina-nos que a vigilância é outra via importante para vencermos nossas fraquezas. Só vigiamos o que é nos é caro. Aqui entra o nosso relacionamento com Deus, ou seja, a espiritualidade que é o mais caro para um Jovem Revolucionário. São Pedro nos adverte:

“Sede sóbrios e vigiai! O Diabo, vosso adversário, anda ao redor de vós, buscando a quem devorar” (I Pedro 5;8)

Não temos a necessidade de mais nada a não ser um espírito vigilante para podermos cumprir o que é agradável a Deus.

Temos a deficiência de não conseguirmos vigiar, porque esquecemos o que é caro para nós, o nosso relacionamento com Deus. Se esquecemos o que é importante não damos atenção e preferimos desviar o foco e ceder as nossas paixões carnais que nos levam ao pecado mortal.

Se conseguíssemos entender o tamanho mal que o pecado mortal realiza em nossa alma, nenhum só homem seria capaz de pecar.

No próximo post falaremos sobre a necessidade de se conhecer outra maneira de vencermos o pecado mortal.

Texto fundamento nos escritos de Santa Teresa D’Avila (Castelo Interior ou Moradas – capítulo 1)

Rui Junio dos Santos
Missionário Canção Nova
@junioae / facebook/ ruijunio