Vitamina Amor

 Afeto é coisa da oficina da vida e do coração!Afeto é dom que a gente recebe por osmose no laboratório da cozinha, da sala e na varanda; nos braços do pai, da mãe, dos irmãos e amigos.Afeto são pratos fartos de vitamina Amor que a gente saboreia e recebe no abraço, no olhar e num jeito de dar importância àquilo que a gente é e vai se tornando.Afeto é uma conversa de olhos e gestos; de assobios e risadas; nos tons da voz.É também a certeza que se tem, de que alguém acredita na pessoa que a gente tem uma vontade enorme de se transformar, mesmo que a gente não consiga!Afeto é silêncio fecundo que a gente faz um ao lado do outro, somente para dizer que não precisa falar nada pra se explicar.Afeto é dar uma rosa em plena quarta ou quinta-feira!É tomar banho “na frente” para o outro dormir mais um pouquinho e fazer aquilo que a gente não gosta, com cara boa, só pra fazer o outro feliz!É saber que o outro errou, mas não é errado!É sofrer por que o outro falhou, mas não é falido!É descobrir que o outro mentiu, mas não é mentiroso!É um “oi, tudo bem com você?” do fundo do coração!Tudo o que sei sobre o amor, aprendi com meus pais e irmãos! Aprendi que o que se aprende no colo da mãe, na mesa de casa, na cama com os pais, na intimidade do lar, jamais a gente esquece.Assim, lá em casa, logo após o almoço, costumávamos todos irmos para a cama com meus pais; era nossa reunião da família. Assim determinamos, mesmo quando não cabíamos mais. Éramos cinco. Lá aprendi a escutar as novidades dos outros e descobri carinhos e cócegas que faziam muito bem a mim, meus pais e irmãos. Era um pouco de bagunça e risadas para temperar a felicidade!Aprendi a dar valor ao que o outro tinha para contar, mesmo que não me dissesse muita coisa; Aprendi a sorrir do que não era muito engraçado, pois o que valia era desfrutar da experiência de contar o que estava acontecendo. Eram segredos de família, coisas que a gente não contava pra ninguém e que nos ajudava a entender o espetacular valor que é a gente simplesmente estar junto, mesmo quando meu pai cochilava e a gente fingia irritação. Ainda sinto o cheiro dos nossos encontros de tão forte que eram!Resta um tesouro, daqueles que ninguém sabe avaliar seu valor! Feito de coisas como a mão do meu pai, segurando forte a minha, durante a última viagem juntos; eu tinha trinta e seis anos!É que aprendemos uma lição, daquelas que ninguém pára pra ensinar.São lições da vida, no colo da mãe, na cama de casa, na mesa com os pais! 

Ricardo Sá 

11 Responses Subscribe to comments


  1. Regina

    Querido Ricardo,
    Semana passada tive a graça de ser tocada por DEus através de um curto tempo que pude assistí-lo no Sorrindo para a Vida. Você falava do Amor Pão. A sua fala, inspirada por DEus, ficou dialogando com o meu coração 24 horas a ponto de gerar, no dia seguinte, uma mensagem que distribuí para minha lista. Hoje você nos brinda com outro texto lindo, pura poesia ungida por Deus, e eu louvo e agradeço ao Pai pela sua vida e peço que Ele continue derramando sobre você e sua família, graça e sabedoria.
    Tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente quando estive na Canção Nova para um trabalho com o Cantinho da Criança. Sou de São Paulo, do bairro da Pompéia, do Grupo Sagrada Família que você conhece tão bem.
    Copio a seguir o texto que sua fala, na condição de instrumento de DEus, acabou por gerar. Retranquei o assunto como “Minha mensagem de ontem, inspirada em fala de Ricardo Sá”, e seguia assim: “Não percam tempo procurando pela tal mensagem. Ela não foi enviada. Pior: ela não foi escrita. Na verdade, ficou em descanso no meu pensamento como a massa deve ficar depois que recebe o fermento.
    Ontem foi o dia internacional do Amor.
    Acordei muito cedo porque a agenda cobrava vários compromissos, mas antes de iniciar o trabalho abri meu coração para a Palavra de Deus. Embarquei na Leitura, no Salmo, no Evangelho e em vez de encerrar por aí, acabei lendo uma reflexão, outra, e quando dei por mim estava assistindo pela internet um trechinho do “Sorrindo para a Vida”, exibido na TV Canção Nova. Era Ricardo Sá quem falava e apesar do meu relógio cobrar a minha saída, fiquei ainda um pouquinho, tempo suficiente para ouvi-lo pronunciar: Em primeiro lugar o que eu queria dizer é que o Amor é Pão.
    Experimente repetir – Amor Pão – é gostoso de falar e essa sonoridade, essa melodia, me trouxe reflexões como fazem os poemas Hai Kai, tão pequenos e com tanta profundidade.
    Como faz bem pensar que o Amor é um pão, que é preparado com ingredientes selecionados e medidos por quem o faz; que precisa de um ambiente propício, acolhedor, e de um tempo para crescer e ganhar forma; que precisa ser assado numa temperatura adequada; que exige atenção de quem o assa para não passar do ponto. Como faz bem pensar que todo esse processo é o que garante sabor e textura agradável a quem o experimenta.
    Por um momento pensei na fome do mundo, na fome de amor.
    Por um instante lembrei daquelas pessoas que estão à margem da sociedade, carentes de tanta comida, e principalmente do Amor Pão.
    Mas foi aí, nessa cena, do carente pedindo amor pão, que me dei conta da minha fome. E junto com o meu próprio retrato de mãos estendidas pedindo Amor Pão, vi tantos outros em ótima situação sócio-econômica, milhares, milhões. Eu era um pontinho dentro da realidade mundial. Nessa imagem já não era possível distinguir o rico ou o pobre, o culto ou o analfabeto. Éramos iguais na mesma fome de Amor Pão.
    Rapidamente, como um quebra-cabeça autônomo, o retrato mudou sua imagem. Agora nossas mãos não pediam, mas amassavam a massa. A grande maioria tinha tão pouco a amassar que lembrava o pão da viúva que alimentou Elias na porta de Sarepta (I Reis 17, 10-16). Amassávamos o quase nada. E eu parei para perguntar a mim mesmo como poderia querer distribuir Amor Pão, se o que eu tinha era tão pouco? Como saciaríamos a fome de Amor Pão do mundo, com quase nada? A mesma pergunta que os discípulos de Jesus fizeram a ele diante de 5 pães, 2 ou 3 peixes e uma multidão faminta. Todos os evangelistas narram esse milagre, mas foi a narrativa de João que eu lembrei: “Jesus tomou os pães e rendeu graças!” (JOÃO 6,11) O alimento foi distribuído e todos ficaram saciados.
    Pela Graça de Deus, o Amor Pão é o único que tem a capacidade de alimentar completamente, quem come e quem o oferece. É o único que quanto mais é distribuído, mais enche a dispensa com ingredientes de qualidade cada vez melhor. Portanto, que nenhum de nós se detenha diante da constatação de não ter recebido anteriormente, da família, dos amigos, da vida, a quantidade certa para que possa distribuir. Precisamos nos acostumar a louvar e agradecer (como fez Jesus) pela quantidade pequena que temos em mãos e passarmos a preparar o nosso pequeno Amor Pão. Veremos que assim como aconteceu com a viúva de Sarepta, assim como aconteceu no milagre da multiplicação dos pães (Mateus 14,17-20; Marcos 6, 38-43; Lucas 9, 13-17), o Amor Pão vai ser abundante em nossas vidas. Vamos descobrir a força da nossa atitude, da nossa decisão de amar, da nossa fé, e nas horas difíceis vamos para a cozinha dos nossos corações, juntando farinha, óleo, fermento e sal para saciar a nossa fome, a fome dos nossos e do mundo repetindo: Senhor, por sua graça, que eu ame!

    Leia e ouça Ricardo Sá em http://euajudo.cancaonova.com/?id=06031

    Bjs
    O Senhor te abençoe e te guarde!O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça!O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz!(Nm 6,24-26)

    Regina da Graça

    fev 18, 2008 @ 08:24


  2. Wagner

    Ricardo, querido.
    Muito obrigado pelo seu afeto.

    Queremos aproveitar a oportunidade e desejar a vc muitas felicidades e sucesso na sua vida. Que continue a ser esta pessoa abençoada e dedicada.
    Vamos celebrar a vida… Feliz Aniversário! (um pouco atrasado, mas ainda está valendo. :o))

    Deus o abençoe!

    Beijos.//
    Wagner e Beth (Flórida)

    fev 18, 2008 @ 11:26


  3. Ticiana Souza

    Lindo!
    E o mais lindo é poder dizer que eu aprendi o que é amar e ser amado com meus pais e irmãos… Tdos nós 4, amontuados na cama de meus pais, falando sério, chorando, falando bobeira, rindo…
    Posso dizer que é em casa que tomo todos os dias minha dose diária da vitamina Amor…
    Que seja assim em todos os lugares onde estou…

    Lindo!!!

    fev 18, 2008 @ 15:12


  4. Rosana

    Que lindo Ricardo!
    com esse texto vc me fêz refletir, nesse tesouro que as vezes deixamos de lado, às vezes fico na Tv e minha filha vai dormir sózinha. Olha que momento rico perdemos, e passa tão rápido, daqui a pouco ela arruma namorado ..casa e ai …
    Obrigado pelo despertar…
    Que Deus continue sempre a te orientar e te abençoar.
    um abração
    Rosana – Ribeirão Preto /SP

    fev 18, 2008 @ 18:34


  5. CLEUMAR

    Oi Ricardo, gosto muito de você e da Eliana.
    Esse trecho é tão realidade, que procuro na medida do possível viver dentro de casa. Conversando à mesa, brincando na cama com meus filhos antes de dormir (nath e Lu).Ensinando e aprendendo. Fiquei com saudades porque o tempo consome nosso tempo de realizar e viver tanto em tão pouco tempo.
    Abraços. Clê

    fev 18, 2008 @ 22:02


  6. Michelly Ribeiro

    Adorei seu texto sobre ‘Vitamina do Amor’. Se existe uma coisa que é essencial em nossas vidas é o amor! Desde o amor fraterno, amigo, profissional até o amor incondicional. Devemos colocar amor em tudo o que fazemos, a fim de que possamos desenvolver tudo com dedicação e com a alma pura!

    Um abraço!
    Boa semana…

    fev 19, 2008 @ 09:06


  7. Maria

    Oi Ricardo, tudo bem… muito prazer em conhecê-lo, muito poucas vezes o tinha visto na canção nova, não sei se nunca dei sorte ou se nossos horários não combinam.
    Mas vamos ao que interessa… Assisto todos os dias, tem mais ou menos uns seis meses o programa sorrindo prá vida. Ora com a Luzia Santiago e o Eto, ora com o Marcio Mendes e a Adriada, e agora tive a grata satisfação de conhecer um pouco de Ricardo Sá e Eliana, vocês formam um belo casal, um casal de Deus.
    Estava a rezar com vocês um dia desta semana e você disse que quem quizesse podia dar testemunho no seu blog. Ai vai…
    A mais ou menos dois anos navegando no controle remoto descobri a Canção Nova e o querido Pe Léo,sempre fui uma pessoa de Deus mais andava meio afastada de uns quatro anos para cá. No começo eu assistia a parte da pregação e no momento que aparecia alguem,pedia para ajudar eu mudava de canal, pois achava o cúmulo, pensava comigo, como a Igreja Católica pode se igualar a esses evangélicos pregar e pedir dinheiro?
    Aos poucos mergulhada em problemas fui cada vez mais ficando com vocês, levantava pela manhã, rezava o terço, voltava a dormir e acordava com o sorrindo prá vida e foi aí que descobri quão maravilhosa era essa obra, imagine um programa ficar mais de uma hora no ar sem um comercial? Pe.Leo e Marcio Mendes foram o canal para que eu me convertesse e voltasse a casa do Pai. Estou encantada com o retido Popular estou fazendo todos junto com vocês,comecei a quaresma com o pé direito, já me confessei coisa que não fazia há muito tempo. Descobri que eu existo prá Deus e que Deus existe em mim, me tornei uma pessoa melhor no meu trabalho, só que tenho ainda muitos problemas dentro de casa mais estou confiante que depois desses quarenta dias de oração eu vou viver a Pascoa da Ressurreição na minha vida e na minha família.Senti com você e com a Eliana Ribeiro hoje a emoção daquela musica… “Deus te vê, não é indiferente a sua dor Deus te entende quer te envolver de amor.”
    Em que canal de televisão que estando do outro lado da tela você pode sentir a emoção verdadeira do outro?
    Ser Canção Nova é bom demais…

    AH..não sou sócia, mais todos os meses contribuo voluntárimente, esse é meu jeito, fazer o bem sem olhar a quem e sem que ninguem precise saber.
    Mil beijos a todos os irmãos…. faça isso por mim

    Marylú

    02/2008

    fev 20, 2008 @ 21:26


  8. sueli

    Ricardo,

    É a primeira vez que entro em seu blog, porém o faço com grande satisfação, seu texto sobre vitamina amor, foi de grande ajuda para mim no dia hoje, pois preciso receber esse afeto, descobrir porque me sinto pouco amada, não tive essa vida afetiva com meus pais. Assim sendo,não me sinto amada por ninguém, e isso me angustia profundamente, claro que o que preciso é me sentir amada por Deus que é nosso Pai.
    Acho que aí está o problema nunca me senti amada pelo meu pai e transferi isso para meu marido e todos que me rodeiam. Mas foi bom ler seu texto, me mostrou que tenho que ser assim com meus filhos e consequentemente com o meu marido que levamos uma vida muito conturbada. O amor é tudo, vence todas as barreiras, basta deixá-lo nos guiar, não é mesmo!
    Gosto muito de você, continuarei a ler seus textos, pois são preciosos para nossas vidas.
    Que continue sempre te abençoando e sua família.
    Beijos, querido!

    fev 21, 2008 @ 08:38


  9. MARIA CRISTINA RIOS

    RICARDO, SOU SOCIA E SOU FA DE VCS , LENDO SUA CRONICA PUDE ME TRANSPORTAR PARA A CASA DOS MEUS PAIS ONDE TIVE MOMENTOS IGUAIS A ESSES QUE VC DESCREVEU,TENHO MUITA SAUDADES DAQUELE TEMPO E A CERTEZA DE QUE FOI LA QUE APRENDI A SER GENTE E A SER FILHA DO CEU, PERDI MEU PAI MEU COMPANHEIRO E AINDA SINTO SUA MAO SEGURANDO A MINHA EM MUITOS MOMENTOS DA MINHA VIDA AONDE ELE ERA A MAO DE DEUS SOBRE A MINHA,
    UM ABRAÇO DA SUA IRMÃ

    fev 22, 2008 @ 08:40


  10. Adauto

    Deliciosa Mensagem esta, Vitamina Amor, copiei-a e enviei aos meus contatos (mantive o autor e o blog). com certeza estarei lançando mão dela para a Obra de Deus.
    Que Deus o abençoe

    Adauto
    Presidente Prudente, SP

    fev 23, 2008 @ 14:33


  11. yaskara oliveira

    sua irmã Yá!!!!
    meu irmão, quanta emoção ao ler esse texto…
    quantas lembranças e quantos ensinamentos nesse tempo na cama, na mesa e em casa com nossos pais, um tempo que passa ligeiro, mas que deixa marcas tão profundas… meu deus!!!!
    li e chorei e choro toda vez que tiro da minha bolsa a folha arrancada da revista e que mostro aos meus amigos e pessoas que amo e que quero que saibam mais de mim, de nós.
    pensei muito e sinto que ainda têm muitas coisas que aprendemos e fiquei relacionando as lições princialmente do papai e desobri coisas tão lindas,quem sabe vc poderá descrevê-las melhor que eu, quer ver?
    – papai nos ensinou a gostar da natureza e de seus mistérios, gostar da chuva, entender os trovões, olhar o céu e ver seus sinais, amar o arcoíris, o verde, as cores do dia, a lua e as estrelas, lembra???
    – papai nos ensinou a amar os animais, a nunca judiar, a respeitá-los e ele comunicava-se com eles com tanta intimidade, podia ser cachorro, gato, arara, passarinhos, as vacas que iam até a porteira encontrá-lo e o cavalo que seguia-o, não pescava de tarrafa porque achava covardia, nem deixava que usássemos baladeira… matar só se for pra comer, lembra???
    – papai gostava dos mendigos e doidos do meio da rua, e falava com os vigias das casas porque dizia que ninguém importavasse com eles, lembra?
    – papai dava mais do que pediam, se pediam telhas ele dava mais cimento, se pediam um dia de trabalho ele dava uma semana, se pediam a refeição, ele dava a feira, lembra?
    – papai nos ensinou a beleza das músicas, a identificar os instrumentos, a gostar de seresta e de músicas de todos os tipos, apreciar as letras e nos ensinou até a sermos românticos, como um bom nordestino, lembra?
    – papai nos ensinou a gostar de feira, a tomar sangria no domingo, a colecionar coisas, a dormir bem vestidos e cheirosos, uma boa piada, uma boa história, uma boa conversa de matuto, lembra?
    … muitas coisas, quem sabe um dia poderemos, nós dois, relacioná-las, nem que seja pra gnt e para que todos saibam que é importante não perder de vista as lições que tivemos e que são elas que nos formaram e que de vez enquanto nos trazem para o original…
    meu irmão, te amo mais que tudo… obrigada pela sua palavra e que deus te abençoe sempre e seja essa luz e esse exemplo de verdade na minha vida…
    vc se parece muito com o papai, lembra?
    te amo, yá

    mar 17, 2008 @ 18:48