Sofrimento como caminho de conversão
Na oração da “Salve Rainha”, num dado trecho, dizemos:
“… a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.”
Essa é a nossa condição: vivemos em um vale de lágrimas! Falo, com toda convicção, que não tem jeito de passar por essa vida sem ter sofrimentos.
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
O ser humano passa todo o tempo buscando o Paraíso, mas o que é o Paraíso? É a comunhão perfeita com Deus. Nossa alma tende, constantemente, para Deus, mas nós confundimos essa inclinação pelo Senhor, pelas meras experiências de prazer e euforia nas coisas passageiras deste mundo. Mesmo as coisas que consideramos das mais importantes, como a graça de ter uma boa família, não plenifica o nosso coração. Ao contrário, quando qualquer um de nós tem uma experiência com o Senhor, a alegria é tão intensa, que todo o resto diminui frente a isso!
É fundamental aceitar o sofrimento como condição da existência
O sofrimento é um trampolim que podemos utilizar para um encontro com Deus. Como não dá passar por essa vida sem sofrer, podemos fazer do sofrimento algo fecundo: um caminho de conversão. A cruz foi o meio que nosso Senhor Jesus utilizou para conduzir todos à salvação. A dor é como fogo que nos prova, provoca-nos a sermos melhores e nos impulsiona para estarmos próximos daquilo que realmente traz sentido à vida: Deus e as pessoas.
Imagine se você tomar nas mãos as suas dores e ter uma atitude ativa: “Onde essa dor está me provocando a ser melhor?”, “O que tenho a aprender com isso, que possa ajudar os outros?”, “O que Cristo faria nessa hora?”. Isso é ter uma atitude ativa diante da dor e não mais ser um coitado; é ter nas mãos a realidade da própria vida.
Era essa a minha postura diante de tudo o que venho partilhando com você, sobre a eclâmpsia que minha esposa sofreu e os seus desdobramentos.
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