Os sinais de Deus nos nutria para ter outro filho

Inverno de 2009. Foi ali que parei a narrativa da primeira fase de nosso testemunho de família.

Agora, vamos adiante! Após sete anos, finalmente consegui colocar para fora grande parte do que se passou no coração de nossa família: os sentimentos, os ensinamentos e a experiência de Deus que tivemos no momento da prova e da dor. Nosso filho nasceu com seis meses de gestação devido à eclâmpsia que minha esposa passou. Foram muitas complicações que nos colocaram frente a frente com a morte. Para a glória de Deus, ambos superaram esse tempo!

1600x1200Foto:  Darrya/ by Getty Images

“A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo” (João 16,21).

A presença de nosso bebê em casa trouxe-nos uma alegria imensa, tal e qual o versículo acima. Tanto quanto ele precisava de nós, sua presença era a nossa necessidade. Estar com ele era mais intenso do que os sentimentos que tínhamos com as lembranças dolorosas. Os sinais de Deus que vivemos nos nutriam e mantinham em pé.

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No artigo anterior, escrevi sobre os dias que passamos no hospital entre o momento que minha esposa sofreu a eclâmpsia até a hora em que a médica decidiu pelo nascimento de nosso filho. O tempo que se passou entre esses dois acontecimentos foi de quatro dias, ou seja, entre os dias 22 e 25 de abril de 2009. Estávamos no sexto mês de gestação.

Nasce nosso filho ao sexto mês de gestaçãoFoto:herjua / iStock. by Getty Images

Você pode ler o texto anterior clicando aqui.

Ignorei qualquer sentido que poderia haver na morte de qualquer um dos dois

Na noite do dia 26, eu estava me preparando para ir embora do hospital, aguardando somente o resultado do ultrassom que foi feito na Elisa. Minha sogra ia ficar com ela. Ao chegar o diagnóstico, vimos que nosso filho estava começando a sofrer devido à pressão alta de minha esposa. Era preciso que ela subisse ao centro cirúrgico, pois o nosso bebê precisava nascer.

A doutora Ana, obstetra da Elisa, explicou que o curso normal daquela situação seria a pressão da Elisa descer quase tão logo o parto fosse feito. Com isso, surgiram dois sentimentos: uma angústia, por saber que nosso filho precisava ser tirado ao sexto mês de gestação, e que, apesar de ter tido tempo de o remédio acelerar o amadurecimento dos seus pulmões, seu estado ao nascer seria gravíssimo. O outro sentimento era de alívio, por saber que a Elisa ia se recuperar desse estado terrível e perigoso de pressão alta.

Choramos ao nos despedirmos. Não dava nem tempo de tentar assimilar tudo o que se passava em nós.

Tive medo de ser a última vez que eu fosse vê-la com vida

Minha sogra e eu ficamos ali no quarto sem dizer qualquer palavra. Aquele silêncio era fúnebre. Levantei-me e fui para a capela do hospital e ela foi comigo. Lá, clamamos com ardor para que Deus passasse à frente da cirurgia e os deixasse com vida.

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Difícil decisão: permanecer com a gestação ou deixar nosso filho nascer

Este é o quarto texto que escrevo para contar o nosso testemunho de família. No artigo anterior realçava a importância da família e dos amigos no momento de sofrimento. Nós precisamos intensamente uns dos outros! Graças à ajuda deles, pude suportar aquele primeiro dia de susto após minha esposa sofrer o flagelo da eclâmpsia. Depois de desistir de permanecer no hospital, esperando que minha esposa saísse da UTI, fui para casa.

Créditos: by Getty Images: Micheldenijs

Naquela noite sem ela, dormi somente com a ajuda de remédio. Acordei no outro dia e, mais que depressa, procurei verificar se tudo não passava de um pesadelo. Mas não! Como não adiantava ir para o hospital cedo, pois a visita era somente à tarde, permaneci em casa. No entanto, fiquei em busca de informações.

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